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Gravado em plano-sequência, filme “O Buscador” reflete sobre a realidade política e ideológica do país

Os embates políticos e ideológicos de uma família tipicamente burguesa no Brasil é o pano de fundo para o filme O Buscador (The Seeker), que estreia nos cinemas do país na próxima quinta-feira (dia 29). O longa-metragem, dirigido pelo ator e cineasta Bernardo Barreto, foi filmado em plano-sequência em apenas dois dias. “Filmar o filme em plano-sequência foi uma necessidade. A ideia original era fazer o filme em 21 dias, mas a partir do momento que esses dias foram sendo reduzidos, chegando a cinco, não tinha como rodar de forma tradicional e fez todo sentido fazer dessa forma, já que só tínhamos duas locações”, explica.

No elenco, estão atores como: Pierre Santos, Mariana Molina, Monique Alfradique, Débora Duboc, Bruno Ferrari, Erom Cordeiro, Mário Hermeto, Aline Fanju e Luiz Felipe Mello. O diretor conta que sua experiência como ator de teatro ajudou a vencer os desafios impostos pela opção da gravação em plano-sequência. “Eu tinha o elenco por 15 dias e aproveitei esse período para ensaiar com os atores e o diretor de fotografia, que operou a câmera. Quando você tira a edição no cinema, você tira o controle. Quem passa a dominar o filme é o elenco e a câmera, fica tudo ultra realista. Com esse estilo de filmar o filme fica muito vivo”, afirma o diretor.

O Buscador retrata a história da jovem Isabella (Mariana Molina), filha de um poderoso político que cresceu cercada de luxo e que se apaixona por Giovanni (Pierre Santos), um líder de uma comunidade sustentável que prega o amor livre. Isabela abandona sua vida de conforto para construir uma vida diferente e, após quatro anos longe de casa, tenta uma reaproximação com a família, descobrindo que seu pai está envolvido em um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil. Impactada pela situação, ela decide enfrentar os fantasmas de seu passado.

No filme, Bernardo aborda os temas que afligem o país em uma sequência de cenas com um propósito crítico. A construção do roteiro aconteceu num momento em que o ator e diretor buscava novos caminhos para sua vida, se reinventar como artista e de mudança para os Estados Unidos. Paralelo a essas inquietações pessoais, o Brasil vivia a polarização política, dividido entre Esquerda e Direita, na época do Impeachment de Dilma Rousseff.

“As pessoas estavam extremamente violentas. Elas continuam dessa forma e eu no meio disso, absorvendo todas essas informações e tentando entender aonde isso morava em mim. Então foi uma forma de juntar essa experiência pessoal e ao mesmo tempo trazer todo o universo e questionamento das coisas que estavam acontecendo no país e no mundo também, porque tinha esse movimento acontecendo em diversos países, como Estados Unidos, por exemplo”, explica Bernardo.

Com mais de 20 filmes estrelados internacionalmente, entre curtas e longas, séries e novelas, Bernardo Barreto iniciou sua carreira em 2006 com o personagem Cauã, protagonista de Malhação. A paixão pelo cinema e o desejo de levar narrativas autorais para as telas, o desenvolveu como roteirista, diretor e produtor através de sua produtora de cinema que opera tanto em Nova York, como no Brasil, onde vive atualmente.

O Buscador foi produzido pela Berny Filmes com distribuição pela O2 Play. Já a trilha sonora escolhida para o filme é a canção de Pramit Almeida, Coração de um Buscador, que contextualiza a mensagem do longa. O Buscador recebeu o prêmio Especial do Júri do Tallinn Black Nights Film Festival 2019 (Festival de Cinema PÖFF 2019), além do Prêmio de Melhor Diretor Artístico no Festival de Cinema Independente de Montreal e no Festival CinePE ganhou ainda o Prêmio de Melhor Ator e Atriz coadjuvante.

Ouça a entrevista do diretor Bernardo Barreto no episódio #06 do podcast Destaques da Semana

Assista ao trailer abaixo:

Broncas do Rafa – Que pais é esse?

Alguém pode, por favor, me explica o que esta acontecendo no Brasil, porque eu não estou conseguindo entender nada! É o Presidente da República se desmentindo dizendo que agora “Caixa Dois” é uma pratica criminosa. É ex-ministro dos transportes dizendo que sempre usou recursos do caixa dois nas suas campanhas eleitorais. É dinheiro de empresas estatais financiando partidos políticos. É Superior Tribunal de Justiça (STJ) libertando assassinos confessos. É político corrupto que sai da prisão com problemas estomacais, comendo pastel e tomando chope. É policial militar invadindo centro espírita e hospital público, agredindo e ameaçando médicos. Qual será a próxima?

Broncas do Rafa – Estelionato Federal

Você já parou para pensar que esta jogando dinheiro fora ou pagando duas vezes pelos mesmos serviços? Não seria o caso de denunciarmos os nossos governantes ao PROCON ou a outros órgãos de Defesa do Consumidor por propaganda enganosa?

O Brasil têm uma das maiores cargas tributarias do mundo e pouco, ou quase nada, recebemos em troca. No jogo de interesses, barganha e troca de favores, os únicos favorecidos em nosso país, tem sido os políticos corruptos e pessoas inescrupulosas.

Alguns exemplos – Você paga o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para ter uma rua com asfalto de boa qualidade, paga Taxa de Iluminação Pública (TIP) para ter ruas bem iluminadas, paga a Taxa de Lixo (TL) para ter uma cidade limpa, paga Previdência Social (INSS) para ter uma aposentadoria tranquila. Mas, você que paga seus impostos – se não em dia com juros e multa por atraso -, tem assegurado esses serviços?

Paga-se tributos ao erário público em todos os bens comprados ou em serviços contratados, mas quando o cidadão precisa se proteger contra a violência e a criminalidade tem que pagar empresas que prestam serviços de segurança particular. Se você sonha em ver seus filhos formados e com boas chances de ingressar no mercado de trabalho – cada vez mais competitivo -, tem que investir em estabelecimentos de ensino pagos (escolas e universidades).

Se o desejo é ter um atendimento médico digno e de boa qualidade, terá que pagar um plano de saúde. De preferencia que não faça parte da lista dos planos boicotados pelos Conselhos Regionais de Medicina. É ou não é um estelionato federal contra os cidadãos brasileiros?

A Crise e o Jornalismo Político

CPI é como investigar marido: se você procurar vai achar” (Tereza Cruvinel)

Utilização de caixa dois, acusações de compra de votos e pagamento de mesada a deputados da base aliada em malas recheadas de dinheiro, são algumas das denuncias que estão sendo apuradas pelas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos) em curso no Congresso Nacional. O papel da imprensa na atual crise política foi discutido em Salvador, nesta terça-feira (20/09), pelas analistas políticas Tereza Cruvinal e Dora Kramer, durante o painel “A Crise e o Jornalismo Político”.

O evento, que comemorou a passagem do Dia da Imprensa (10/09) e os 75 anos da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), representada por seu presidente, o jornalista Samuel Celestino, contou ainda com a presença de profissionais e estudantes da área, além de pessoas interessadas em entender melhor essa crise, que tem características diferenciadas das crises anteriores.

“Toda crise tem uma lógica de inicio ápice e esfriamento. Essa é diferente porque fugiu a essa lógica devido à velocidade de novos fatos, ao surgimento de novas denuncias e ao aparecimento de notícias pitorescas, como o petista preso com dinheiro nas roupas íntimas”, afirmou Dora Kramer, recusando-se a falar cuecas, “que é horrível”, justificou a jornalista do Jornal do Brasil, arrancando risos da platéia.

Para a analista política do jornal O Globo, Tereza Cruvinel, esse é um momento de desafio para a democracia brasileira e a imprensa tem um papel importante na cobertura da crise. “Há uns excessos, mas a imprensa esta cumprindo o seu papel. É melhor do que se fosse uma imprensa inibida”, afirma Cruvinal.

“A imprensa não existe para gostar ou desgostar do poder público. Jornalismo é a prestação de um serviço público. Garantindo o direito constitucional da população de ter acesso a informação e bem informada, forme sua opinião”, idealiza Tereza Cruvinel.

“A natureza da crise tem ligação com o sistema de financiamento de campanhas políticas. É um fluxo de dinheiro para financiamento de campanhas políticas e não patrimonialista, ao contrario do caso do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf”, relata Cruvinel ao explicar o “valerioduto” como um programa financeiro para manter o PT (Partido dos Trabalhadores) no poder. “O financiamento da companha do PT cresceu 1300% em relação a campanha de 1998”, informa se perguntando: “de onde vem o dinheiro do ‘valerioduto’?”.

Broncas do Rafa – Cheiro de orégano no ar

Mais uma vez o deputado federal Severino Cavalcanti (PP-PE) mete os pés pelas mãos. Realmente o Brasil já estava sem governo há muito tempo, prova disso foi a eleição desastrosa desse ser das cavernas, que só sabe ser corrupto e faz questão de assumir isso ao dizer que contrata familiares, ao querer aumentar – os já gordos -, salários dos deputados, ao defender propostas esdrúxulas e de orientações conservadoras que beirando o arcaico.

A idéia do impeachment do presidente “Alice, No País das Maravilhas” Lula da Silva foi rejeitada até pela oposição, com certeza, porque todos temem o que poderia acontecer ao Brasil sendo governado – por 30 dias que seja -, pelo nobre Severino.

SEVERINO: ALGUÉM AVISA! – O Deputado Federal Fernando Gabeira (PV-RJ) disse nesta terça-feira (30/08), o que eu sempre quis dizer ao ver o presidente da Câmara discursar ou tentar dar um entrevista: “Não a nada melhor para aliviar o estresse, do que ouvir as besteira que o Severino tem a dizer”.

QUESTÃO DE ORDEM – O ilustre representante de Pernambuco (que representação!) tentou dar uma entrevista para um repórter da TV Câmara, afirmando que os trabalhos no Congresso continuavam seu ritmo normal, apesar da crise política e das três CPIs. Mas ao ser perguntado sobre quais projetos estariam na pauta para serem apreciação só lembro do projeto de tributação e ai desabafou, sem saber que estava ao vivo, que não daria para fazer a entrevista assim de improviso. Aja incompetência e inexperiência!

Como diz o apresentador Fausto Silva: “não faça de seu voto uma arma, a vitima pode ser você!”. Em 2006, vamos fazer valer nosso voto. Tentar escolher melhor nossos representantes e extirpar dos quadros políticos aqueles que só querem tirar vantagens dos cargos públicos. Espero que os eleitores, como eu, já tenha se convencido de que políticos “salvadores da pátria” não existem. O que temos de decidir agora: é quem é o menos ruim!

João Henrique derrota Carlismo em Salvador
João Henrique derrota Carlismo em Salvador

Neste domingo (dia 31), 27 milhões de brasileiros foram novamente as urnas para escolher o prefeito de 44 municípios. Salvador era uma das 15 capitais, onde a decisão da sucessão municipal se arrastou para o segundo turno. A cidade é o terceiro maior colégio eleitoral do país, com 1.558.346 eleitores. O candidato eleito com 74,7%, João Henrique Carneiro (PDT), garantiu que já começa os trabalhos de transição na Prefeitura de Salvador, na próxima semana. Ele obteve no segundo turno 876.278 votos válidos, contra 296.986 (25,3%), que o senador César Borges, candidato pelo PFL recebeu. Percentual menor que o de eleitores que deixaram de comparecer as suas seções eleitoras. A abstenção chegou a 335.262 eleitores, 21,15%.

Essa foi a maior derrota já sofrida na Bahia, pelo grupo política do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL). Ainda em seu local de votação, no Clube Bahiano de Tênis, o senador ACM, afirmou aos repórteres: “apresentamos o melhor candidato, o melhor para a cidade. Se o resultado não for bom, será pior para a Bahia, porque o governo de João Henrique será um fracasso. O ódio que os que sempre eu derrotei nutrem por mim levou eles a se unir. Isso já foi visto. A Bahia sofrerá, mas mais adiante eles sofrerão derrota”, garantiu o senador, referindo-se aos candidatos derrotados no primeiro turno, Lídice da Mata (PSB) e Nelson Pellegrino (PT) que apoiaram o candidato do PDT.

Em entrevista ao programa Jogo Aberto da TV Band Bahia, o prefeito eleito não quis comentar as afirmações do senador, se limitando apenas a dizer que o resultado de sua administração “só será possível depois dos quatro anos de mandato a frente da prefeitura”.

O que o novo prefeito enfrentará

A partir de 1° de janeiro, o prefeito eleito de Salvador João Henrique Carneiro terá que administrar uma cidade com um orçamento apertado de R$1.180 bilhões e uma despesa de R$1.296 bilhão, além de inúmeros problemas. Salvador é a segunda cidade mais endividada do Brasil. A dívida total é de R$1.284 bilhão (em junho de 2004), sendo que 96% desse total é com a União, segundo dados de 2003, da Secretaria da Fazenda do Município.

Saúde – Os gastos com a saúde representam 11% do orçamento total da prefeitura. A partir de 2004, uma lei determina que esse percentual alcance 15% do orçamento dos municípios. Salvador é a única capital do Nordeste que ainda não está na Gestão Plena do Sistema de Saúde, por isso parte das verbas federais para o setor deixa de vir direto para o município, sendo repassada ao Estado primeiro.

Educação – Existem hoje na cidade 100 mil analfabetos absolutos e 300 mil analfabetos funcionais – aqueles que não completaram o quarto ano do ensino básico). Entre 1991 e 2001, o índice de analfabetismo entre jovens de 7 a 14 anos diminui de 19,3% para 10,3%. Salvador têm o maior índice de evasão escolar no ensino fundamental (1ª a 8ª série), do Nordeste. Cerca de 21,4%. Detém ainda, o maior índice de alunos com atraso escolar (distorção idade/série): 61,6%.
Segundo o Censo Escolar do MEC, somente 43,3% das escolas municipais têm livros em suas estantes.

Saneamento básico – Apenas 62% da população de Salvador é atendida por rede de esgoto. A maioria dos domicílios não atendidos por rede de esgoto localiza-se em bairros e regiões periféricas. A área do subúrbio Ferroviário engloba 21 bairros e sete praias. Esta região residem cerca de 25% da população da cidade. Apenas uma praia (São Tomé de Paripe) apresenta condições ambientais próprias para banho de mar.

Violência – Em dez anos, de 1991 a 2001, o número de homicídios em Salvador saltou de 26,7 para 54,7 casos para cada 100 mil habitantes. Somente no 1° semestre de 2004, 1.306 assaltos a ônibus foram registrados na cidade.

Trânsito – As obras do metrô têm a previsão para conclusão do primeiro trecho só em 2007. Outro problema relacionado ao novo sistema e que poderá gerar novos atrasos é com relação à tarifa a ser cobrada. Hoje, seria cerca de R$ 3. O meio de transporte utilizado por 72% da população de Salvador é ônibus. A frota é de 2.228 ônibus para cerca de 425 linhas a uma velocidade média de 12 km/h. A tarifa de R$ 1,50 é considerada alta pela população e, no ano passado, provocou protestos de estudantes que pararam a cidade. Outros 2% utilizam a ferrovia, que liga a Calçada ao subúrbio Ferroviária, que conta com cinco trens em operação.

Broncas do Rafa – Da Série entenda se puder…

Dia 22 de maio, telejornal do meio dia:

O Deputado Federal Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) em pronunciamento na Câmara de Vereadores de Salvador, falando sobre a participação da comunidade em projetos sociais. “(…) teremos que contar com o apoio da sociedade civil organizada e da desorganizada também” (sic).

Sim, teremos um novo carnaval em Salvador? Sim, porque, só nesta festa de rua é que vemos organização e desorganização convivendo “harmoniosamente”. E que tal se o deputado ACM Neto dissesse que vai precisar do apoio de todos. Ah, não, não ficaria suficientemente claro.