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Documentário "A Meia Voz" sobre amizade e exílio chega às plataformas digitais
Documentário “A Meia Voz” sobre amizade e exílio chega às plataformas digitais

As perspectivas de duas mulheres sobre a amizade e o exílio é o que norteia o documentário cubano A Meia Voz, que chega às principais plataformas digitais brasileiras, nesta sexta-feira (dia 15). O longa acompanha a história de duas cineastas cubanas que fogem do país em busca de um futuro melhor. Anos mais tarde, elas se reencontram e compartilham suas memórias e a paixão pelo cinema, através de fotos, cartas e filmes, levando o espectador a mergulhar em suas vidas cotidianas vividas em diferentes países.

O longa documental foi escrito e dirigido por Heidi Hassan e Patricia Pérez Férnandez e reflete a situação dos refugiados da ilha, que foi governada por Fidel Castro durante quase 50 anos. “A migração é um processo doloroso, independentemente de onde você venha, mas no caso dos cubanos tem um componente adicional porque implica um duplo desenraizamento: o de sua cultura e fundo social e outro, do seu político-ideológico”, afirmam as diretoras.

O documentário autobiográfico foi o grande vencedor do Festival de Cinema Ibero-Americano de Fortaleza – Cine Ceará, em 2020. A Meia Voz ganhou o Troféu Mucuripe nas categorias de Melhor Longa-metragem e Melhor Montagem, para Heidi Hassan, Patricia Pérez Férnandez e Diana Toucedo. Como parte da premiação de melhor longa, o filme recebeu um prêmio em espécie para impulsionar a divulgação e distribuição do filme no país. Com distribuição da Synapse Distribution, A Meia Voz estará disponível para compra e aluguel nas plataformas de streaming Claro Now, Vivo Play, Amazon, Apple TV, Google Play e YouTube Filmes.

Serviço:

O quê: estreia nas plataformas digitais brasileiras do documentário A Meia Voz (A Media Voz

Quando: a partir desta sexta-feira, dia 15 de outubro

Onde: disponível para compra e aluguel nas plataformas de streaming Claro Now, Vivo Play, Amazon, Apple TV, Google Play e YouTube Filmes

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Quando os melhores amigos fizerem greve - Por Rafael Veloso
Quando os melhores amigos fizerem greve

É sempre assim. Quando as pessoas acabam seus relacionamentos, procuram os “melhores amigos” e eles têm a obrigação de estarem à disposição para ouvirem suas lamentações e a célebre promessa de que: “essa será a última vez que sofro por amor!”. Mas, esquecem de que quando estava tudo bem, quando o namoro ia de vento em popa, o seu amigo (a) estava lá, no mesmo lugar. A espera de uma ligação sua, de um convite para passear no shopping, de um bate papo, de um pretexto para se veem e matarem as saudades.

Mas, você só tinha olhos para seu novo amor. Todos os segundos do seu dia ainda era pouco tempo para ser dedicado a quem te deixava cego de amor. Quando estamos com alguém, não sabemos administrar o nosso tempo, arranjando um espaço para encontrar os amigos de vez em quando e acabamos deixando de lado as amizades feitas na infância e passamos a venerar os amigos do casal.

Vejo que atualmente o principal problema entre os casais é o não saber ceder. Ou o ceder demais de uma só das partes. Exemplo disso é quando o namorado chega para a garota e diz que vai ao show daquele grupo de rock’n’roll que ele é fã. Ela odeia este estilo musical, mas só para estar ao lado dele, desiste do espetáculo de balé que estava programando durante toda o mês e para o qual já havia comprado os ingressos – enfrentando uma fila gigantesca.

Será que não é possível se ter momentos agradáveis sem estar ao lado da pessoa que amamos? Será nesse exemplo acima, a garota não se divertiria muito mais indo ao espetáculo que aguardava com tanta ansiedade com uma amiga, enquanto o namorado curtiria o som de seus ídolos com a sua turma?

Porque temos que entrar num ritmo de escravidão e só sairmos com aquela pessoa? A diversidade é maravilhosa. Porque não conversarmos com pessoas diferentes, irmos a lugares novos, ouvirmos músicas novas, fazermos coisas diferentes sempre que possível.

Parece simples. Mas, realmente é simples. Precisamos aprender a dividir para somar no final. É necessário só que aja confiança entre ambas as parte. O equilíbrio se alcança quando a relação se encontra em nível maduro, onde a fidelidade do casal não seja posta a prova. Afinal de contas, os homens não querem namorar nenhuma cópia da “Heloísa” – personagem da atriz Giulia Gam, na novela Mulheres Apaixonadas, de Manoel Carlos.

Outro erro comum aos amantes é em relação ao antigo amor. Não tenho que mudar o meu comportamento em relação às garotas que já namorei, porque minha atual namorada tem ciúmes delas e não acha esse tipo de relacionamento legal. Como vamos apagar uma pessoa que em um determinado tempo foi o que de mais importante aconteceu em nossas vidas?

Afinal, como esquecer um passado – não muito distante -, e simplesmente achar que aquela pessoa que estava com você nos momentos mais difíceis de sua vida não existe mais, pelo simples fato de vocês não estarem mais namorando? Sei que o brasileiro tem memória curta, mas aí já é demais. Querer renegar o passado é ser infantil o suficiente para não aproveitar os erros e tirar uma lição proveitosa disso.

A mesma coisa acontece com os amigos. Tenho um conhecido, que considero meu melhor amigo. Mas, no momento em que mais precisei, não pude contar com ele. Mesmo assim, não posso renegar o valor que teve em minha vida. Em outros momentos, me indicou os melhores cominhos a seguir.

Pergunto-me o que acontecerá quando estivermos arrasados, com aquele problemão e procuramos nossos velhos (e bons) amigos e descobrirmos que eles estão em greve. Exigindo melhores condições de relacionamento, um aumento substancial na porcentagem de atenção, o direto ao vale confiança e ao ticket lamentações. Ai, nesse momento, é que reconheceremos quem tanto nos auxilia a driblar as barreiras que a vida nos impõe.