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Instituto Popular do Recôncavo celebra tradições juninas em Bom Jesus dos Pobres
Instituto Popular do Recôncavo celebra tradições juninas em Bom Jesus dos Pobres

Show de forró, samba de roda, apresentações de quadrilha e roda de conversa marcaram a programação do projeto Tradições Juninas do Recôncavo, realizado pelo Instituto Popular do Recôncavo, em Bom Jesus dos Pobres, no município de Saubara (BA). O projeto, que conta com o apoio da Prefeitura de Saubara, e patrocínio do Governo da Bahia, através da Bahiatursa, aconteceu na sexta (dia 17) e no sábado (dia 18).

Na abertura (dia 17), a comunidade se reuniu numa roda de conversa sobre a história e a importância das manifestações tradicionais da cultura popular do Recôncavo Baiano. O bate-papo abordou a relevância dessas manifestações para o impulsionamento do turismo cultural, muito significativo para a Região Nordeste e, principalmente, para a Bahia, assim como são as festas juninas.

Já no dia seguinte (dia 18), a noite foi de arrasta-pé e muito samba de roda, além das apresentações da Quadrilha Junina Girassol do Iguape, do Samba Chula João do Boi e da banda de forró Fura Chinela, tudo isso às margens da Baía de Todos os Santos, em frente a sede do Instituto Popular do Recôncavo (IPR Bahia), em Bom Jesus dos Pobres.

O Recôncavo Baiano é uma das regiões brasileiras de maior influência cultural do país, marcado por diversas manifestações afro culturais que se propagaram por todo o território baiano e brasileiro, confirmando, assim, o importante papel que a região tem na história da Bahia e do Brasil.

Nesse contexto e com o intuito de fortalecer a cultura local e nordestina, a partir da oferta de apresentações juninas, o projeto Tradições Juninas do Recôncavo incentiva o turismo cultural, o sentimento de pertencimento e de possibilitar a apropriação e a preservação da cultura do Recôncavo, assim como o reconhecimento da diversidade de saberes e da identidade cultural de um povo que foi historicamente silenciado.

Projeto da Filarmônica Minerva Cachoeirana que beneficiará 700 pessoas é selecionado em edital
Projeto da Filarmônica Minerva Cachoeirana que irá beneficiar 700 pessoas é selecionado em edital

Próximo de comemorar 144 anos, em 10 de fevereiro, a Filarmônica Minerva Cachoeirana, foi contemplada no edital Transformando Energia em Cultura, do Instituto Neoenergia com a seleção do projeto Minerva Cachoeirana Além da Música, no segmento musical. A ação, que vai beneficiar 700 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos na cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, foi escolhida num universo de centenas de propostas concorrentes da Bahia.

“O projeto promoverá ações apresentando a música como base de um caminho de perspectivas para o desenvolvimento de trajetórias positivas. É uma proposta cultural e educativa inclusiva com vistas à cidadania, à elevação da autoestima e ao envolvimento do público-alvo com práticas sociais multiplicadoras”, explica Roberaldo Galiza, coordenador de projetos da Minerva. Entre as ações previstas estão a formação de Iniciação à Música e oficinas de Luthieria e de Audiovisual, com a realização de um concerto gratuito no final do projeto.

O edital é uma dos mais importantes ações de incentivo à arte e cultura do Brasil e acontece anualmente, em parceria com as distribuidoras do instituto, por meio de programas e leis de incentivo à cultura estaduais como o FazCultura. As instituições contempladas têm como principal objetivo realizar  ações socioculturais voltadas, prioritariamente, para a inclusão social de crianças e jovens em vulnerabilidade social, bem como valorizar a cultura local, suas origens, tradições e influências.

Os projetos são avaliados por comitês regionais que priorizam critérios técnicos e a proposição de projetos que atendam também aos desafios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em sua primeira edição na Bahia, a iniciativa do Instituto Neoenergia em parceria com a Neoenergia Coelba recebeu 347 projetos inscritos em 2021.

A Sociedade Lítero Musical Minerva Cachoeirana foi fundada em 10 de fevereiro de 1878 pelo maestro Eduardo Mendes Franco. O presidente em exercício é o maestro Felisberto José da Silva, que assumiu o cargo após a licença do presidente Carlos Roberto Franco. A Minerva Cachoeirana mantém a Escola de Música Alcides dos Santos, que oferece curso gratuito de iniciação musical para crianças e adolescentes. A direção pedagógica da escola é da professora Denise Marques e os maestros da filarmônica são Felisberto José da Silva (vice presidente) e Clarício Mascarenhas Marques.

filarmônica coleciona prêmios em festivais, participando de concertos, cerimônias religiosas e cívicas em todo o estado, como os cortejos da Independência do Brasil no 2 de julho em Salvador e em 25 de junho em Cachoeira, Festa d’Ajuda, encontros de filarmônicas, Festa da Irmandade da Boa Morte, aniversário de Cachoeira e outras solenidades.

Cineasta baiano Tau Tourinho lança curta-metragem “Ogigi - A Trajetória da Sombra”
Cineasta baiano Tau Tourinho lança curta-metragem “Ogigi – A Trajetória da Sombra”

O cineasta baiano Tau Tourinho lançou, no sábado (dia 4), seu novo curta-metragem Ogigi – A Trajetória da Sombra. O filme é uma ótima oportunidade para conferir mais uma obra criativa deste diretor da cidade Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, e radicado em Cachoeira. A histórica cidade baiana, inclusive, tem inspirado o artista a produzir bastante, principalmente, nesses tempos de pandemia.

Ogigi – A trajetória da Sombra é um documentário de produção independente, com duração de dez minutos, onde o Doté Marcelino discorre sobre o percurso da sombra humana ao longo da vida e outras curiosidades da matriz africana Jêge Mahi, trazida para o Brasil no período da colonização e ainda hoje existentes na região do Recôncavo da Bahia.

“Quando está na hora do nascimento, antes da cabeça da criança sair do útero, vem primeiro o Ogigi, a sombra. É o momento que o orixá apoderá-se do Ori, ou seja, a cabeça desse indivíduo que acaba de sair do útero da mãe”, explica no curta-metragem Doté Marcelino, da Casa Paulo Dias Adorno, em Cachoeira. O documentário tem direção, fotografia, montagem e edição de Tau Tourinho e música assinada por Jamberê Cerqueira. O curta-metragem Ogigi – A Trajetória da Sombra pode ser assistido gratuitamente no canal de Tau Tourinho no YouTube.

Tau Tourinho é um artista visual e cineasta baiano que transita pelo desenho, pintura, fotografia, cinema, escultura e produção artística. Nos anos 1990 produziu o curta-metragem Má Vida, que deu origem ao Movimento Novo Cinema Novo. Com seus filmes participou de mostras e festivais nacionais e internacionais. O cineasta é graduado no curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Serviço:

O quê: curta-metragem Ogigi – A Trajetória da Sombra, com direção de Tau Tourinho

Onde: disponível no canal de Tau Tourinho no YouTube

Quanto: acesso gratuito

Mostra articula masculinidades e território no Museu do Recolhimento dos Humildes na Bahia
Mostra articula masculinidades e territorialidade no Museu do Recolhimento dos Humildes na Bahia

Masculinidades negras e territorialidade são os temais centrais que inspiraram a mostra h – Gênesis, do artista visual Lucas Nascimento, no Museu do Recolhimento dos Humildes, na cidade de Santo Amaro, no recôncavo baiano. A exposição é apresentada ao público pela primeira vez de segunda a sexta, das 9h às 16h, de 24 de novembro a 21 de janeiro de 2022.

A partir de seu estudo da forma física masculina, desenvolvido em diferentes linguagens artísticas, a investigação articula os marcadores de sua identidade de homem-preto-gay-sertanejo às tensões raciais experimentadas de modo coletivo. A mostra é uma cartografia dessa encruzilhada expressa em barro, tela e tecido.

“A exposição tem nove peças, sendo sete esculturas em argila daqui de Santo Amaro, que confere esse simbolismo regional. Elas não passaram pelo processo de cozimento, de assar, então, por estarem cruas, elas ganham outro aspecto, que é de craquelado. Tem uma impressão de 1,5 m por 3 m de altura e uma colagem que também compõem a pesquisa”, explica Lucas Nascimento.

Natural de Irecê, no sertão da Bahia, Lucas Nascimento é discente da Licenciatura Interdisciplinar em Artes no Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e artista das visualidades, com pesquisa no campo das masculinidades negras e territorialidade. Seu trabalho, autobiográfico, explora a experiência negra brasileira para produzir contranarrativa, tema que desenvolve através da pintura, escultura, fotografia e colagem digital. Aliado a isso, desde 2019, vem cultivando artistas independentes em grão, espaço de fomento às artes independentes em Santo Amaro do qual é cofundador e curador.

Serviço:

O quê: exposição “h – Gênesis”, de Lucas Nascimento

Quando: Abertura e roda de conversa com o artista: 24 de novembro, 10h. Visitação: até 21 de janeiro de 2022, de segunda a sexta, das 9h às 16h.

Onde: Museu do Recolhimento dos Humildes (Praça Frei Bento, s/n, Centro, Santo Amaro-BA)

Quanto: entrada gratuita

Escritor Laurentino Gomes lança segundo livro da trilogia sobre a escravidão
Escritor Laurentino Gomes lança segundo livro da trilogia sobre a escravidão

O jornalista e escritor Laurentino Gomes acaba de lançar o segundo livro da trilogia sobre a história da escravidão no Brasil. Em Escravidão – Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de Dom João ao Brasil, obra editada pela Globo Livros, o autor se debruça sobre o século XVIII, auge do tráfico negreiro no Atlântico. Motivado principalmente pela descoberta das minas de ouro e diamantes em território brasileiro e pela disseminação, em outras regiões da América, do cultivo de cana-de-açúcar, arroz, tabaco, algodão e outras lavouras e atividades de uso intensivo de mão-de-obra africana escravizada. A publicação aborda ainda as importantes rupturas e transformações ocorridas no universo dos brancos neste período de cem anos, como a independência dos Estados Unidos, a Conjuração Mineira, a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e o nascimento do abolicionismo na Inglaterra.

“O livro anterior teve seu foco principal na África, pelo simples motivo de que, para estudar a escravidão, é preciso sempre começar pela África. Este volume tem como cenário o Brasil, que se tornaria no século XVIII o maior território escravista do hemisfério ocidental. No espaço de apenas cem anos, mais de dois milhões de homens e mulheres escravizados chegaram aos portos brasileiros. Todas as atividades do Brasil colonial dependiam do sangue e do sofrimento de negros cativos”, ressalta Laurentino. “Entre outros aspectos, procuro descrever a violência e as formas de trabalho no cativeiro, a família escrava, as irmandades e práticas religiosas, o papel das mulheres, as fugas, revoltas e formação de quilombos e outras formas de resistência contra o regime escravista”, explica o autor.

Com mais de 500 páginas e 31 capítulos ilustrados com imagens, mapas e tabelas, o segundo volume de Escravidão segue o estilo do livro anterior, com um texto jornalístico de leitura acessível e que reúne, na forma de ensaios, as observações e conclusões do autor ao longo de mais de seis anos de pesquisas. Nesse período, Laurentino Gomes debruçou-se sobre a vasta bibliografia já existente sobre o assunto e visitou centros de estudos, bibliotecas, museus e lugares históricos. O trabalho de reportagem incluiu viagens por 12 países em três continentes. Para este volume, entre outros locais, o autor esteve em quilombos nos estados da Paraíba, Alagoas, Minas Gerais e São Paulo; antigos engenhos de cana-de-açúcar da região Nordeste; terreiros de candomblé no Recôncavo Baiano; as cidades históricas do ciclo do ouro e diamante em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso; as fazendas dos barões do café no Vale do Paraíba; e o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, maior entreposto de comércio de escravos no século XIX.

“Tudo que já fomos no passado, o que somos hoje e o que seremos no futuro tem a ver com as nossas raízes africanas e a forma como nos relacionamos com elas. Fomos a maior sociedade escravista do Hemisfério Ocidental por mais de trezentos anos. Quarenta por cento de todos os doze milhões de cativos africanos trazidos para as Américas tiveram como destino o Brasil. Portanto, sem estudar a escravidão seria impossível entender o que somos hoje e também o que pretendemos ser no futuro”, afirma Laurentino Gomes. O escritor é autor dos best sellers 1808, livro sobre a fuga da corte portuguesa de dom João para o Rio de Janeiro; 1822, sobre a Independência do Brasil; e 1889, sobre a Proclamação da República, além de O caminho do peregrino, em coautoria com Osmar Luduvico da Silva.

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo, Laurentino Gomes é titular da cadeira de número 18 da Academia Paranaense de Letras e por sete vezes foi ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura.

Roberto Mendes faz live com clássicos do samba chula no MPB em Movimento
Roberto Mendes faz live com clássicos do samba chula no MPB em Movimento

O cantor, compositor e pesquisador Roberto Mendes apresenta clássicos do samba chula em live no projeto MPB em Movimento neste fim de semana. O músico, que é um dos maiores divulgadores da cultura rítmica do recôncavo baiano e de Santo Amaro, principalmente do samba chula, se apresenta ao lado do filho, João Mendes, num duo de violões. A live musical será transmitida neste sábado (dia 22), às 20h, pelos canais MPB Play e do artista no YouTube.

Há mais de três décadas Roberto Mendes se dedica a pesquisar o samba chula, ritmo tradicional característico das comunidades rurais do Recôncavo baiano, considerado patrimônio imaterial do estado. O músico santamarense, em quatro décadas de carreira, já teve composições suas gravadas por nomes como: Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa, entre outros.

O MPB em Movimento é uma realização da Caderno 2 Produções com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei federal de Incentivo à Cultura – Ministério do Turismo. Em duas décadas integrando o programa Petrobras Cultural o projeto, que anteriormente se chamava MPB Petrobras, já levou a diversas cidades do nordeste grandes nomes da Música Popular Brasileira em mais de 500 shows, 20 cidades percorridas e mais de 1 milhão de espectadores nas apresentações. Agora em formato digital, os shows passam a atingir todo o Brasil. 

Na primeira etapa do projeto, que foi interrompida pela pandemia do coronavírus, Mariene de Castro se apresentou na Concha Acústica, em Salvador, com show de abertura da banda ABC do Samba. Já nas cidades de Manaus, Recife, Fortaleza e Natal o cantor João Bosco cantou seus principais sucessos num show intimista. Nestas cidades, os artistas Nicolas Jr (AM), Ganga Barreto (PE), Jota (CE) e Lene Macedo (RN) fizeram os shows de abertura. Para a retomada digital, o projeto MPB em Movimento mantém a essência de conectar através da transmissão de lives musicais um artista local e uma atração nacional.

Serviço: 

O quê: Roberto Mendes, no projeto MPB em Movimento

Quando: neste sábado (dia 22), às 20h

Onde: nos canais MPB Play e Roberto Mendes no YouTube

Mais informações: www.mpbemmovimento.com.br