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Museu do Amanhã recebe exposição temporária sobre a Amazônia
Museu do Amanhã recebe exposição temporária sobre a Amazônia

O Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, recebe a exposição temporária Fruturos – Tempos Amazônicos, que entrará em cartaz nesta sexta-feira (dia 17), data em que o equipamento cultural completa seis anos. A mostra traz, ao longo de sete áreas, a grandeza, a biodiversidade e o conhecimento presentes no maior bioma tropical do mundo. O visitante poderá se sentir parte da floresta a partir da ambientação, que trará atividades interativas, elementos que revelam a diversidade da Amazônia e a atmosfera sonora da região.

Já na entrada, a cenografia revela a vastidão biodiversa da Amazônia. Neste setor, há silhuetas de árvores inundadas pelas cheias colocando em cena animais como uma sucuri e um pirarucu acima dos visitantes. Sons de seres aquáticos contribuem para criar a atmosfera intrigante, que se estende ao longo de toda a mostra. Outro destaque é uma folha real de coccoloba, árvore amazônica, de cerca de 1,60m, uma das maiores folhas do mundo.

Após o contato inicial com plantas e animais que habitam a floresta, o visitante chegará a um ambiente inspirado em uma maloca, que abriga uma série de objetos utilizados por povos indígenas. Nas paredes, placas indicam a variedade de idiomas falados na Amazônia. Uma experiência interativa composta por instrumentos indígenas com o som de cada um se elevando quando o público se aproxima.

Além de aprender um pouco mais sobre os povos indígenas, o público entrará em contato com outras comunidades que habitam a floresta: agricultores, extrativistas e ribeirinhos. No centro da sala, uma estrutura remete a uma sumaúma, considerada uma das árvores extraordinárias da Amazônia por seu gigantismo. Ao redor dela, os visitantes podem acessar um material interativo sobre as comunidades locais e ouvir relatos de seus representantes. Uma animação, distribuída em três paredes, mostra o cotidiano destas famílias.

A linha do tempo proposta discute o modelo de desenvolvimento econômico adotado nas últimas décadas, que corroborou para a destruição de parte da floresta. Um balcão sinuoso remete a um rio com três afluentes e, cada um deles, representa um fator que coloca em risco a preservação do bioma. Diante dele, é projetado um vídeo que aborda, entre outros temas, a expansão das pastagens e a construção de grandes obras de infraestrutura.

Para conhecer verdadeiramente a Amazônia, é necessário saber sobre a cultura local em seus mais diversos aspectos. Um dos setores traz um ambiente colorido e festivo, que remete às músicas e danças da região, bem como à culinária, à produção literária, às festividades e às indumentárias utilizadas em ocasiões especiais. O público pode aprender ainda mais a partir de um interativo sobre as manifestações culturais, brincar em pula-pulas em forma de vitória-régia e admirar três objetos expostos na sala: um pedaço da corda do Círio de Nazaré, uma veste do povo Ashaninka e uma roupa usada em apresentações de marabaixo.

Na penúltima área, vídeos são projetados com depoimentos de habitantes da região, que trazem suas perspectivas para o futuro. Elementos gráficos apontam na direção de um novo modelo econômico, com foco no potencial da bioeconomia e na associação entre os saberes tradicionais e científicos. Um exemplo desta associação aparece no Jogo do Pirarucu, uma das atrações da sala. Outro destaque é uma estrutura que remete à Torre Atto, que possui 325 metros e é utilizada para o monitoramento de dados meteorológicos, químicos e biológicos. Dentro desta estrutura há um vídeo com imagens impressionantes da mata vista do topo.

Para finalizar, uma pequena maloca convida os visitantes a participarem de uma experiência com realidade virtual: um jogo no qual é preciso coletar uma série de produtos na floresta ao se tornar um avatar de um indígena. A mostra temporária Fruturos – Tempos Amazônicos, no Museu do Amanhã é apresentada pelo Instituto Cultural Vale e conta com o apoio da Bayer, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Serviço:

O quê: Exposição temporária Fruturos – Tempos Amazônicos

Quando: Abertura dia 17 de dezembro. Visitação de terça a domingo, das 10h às 18h (última entrada às 17h). Até 12 de junho de 2022

Onde: Museu do Amanhã (Praça Mauá, nº 1, Centro, Rio de Janeiro-RJ)

Quanto: ingresso a R$ 30

Programa vai apoiar empreendedorismo de mulheres negras e afro-indígenas
Programa vai apoiar empreendedorismo de mulheres negras e afro-indígenas

Os Institutos Feira Preta e Alok lançaram o Programa Pretas Potências, edital que visa apoiar negócios digitais liderados por mulheres negras e afro-indígenas na área da economia criativa digital. As inscrições podem ser feitas pelo link. A iniciativa, em parceria com a cerveja Black Princess, irá apoiar até 20 mulheres negras empreendedoras de qualquer lugar do Brasil. As selecionadas farão parte de uma comunidade de aprendizado com ciclo de mentorias, aceleração digital do negócio e uma rede de parcerias com mulheres negras empreendedoras.

O edital do Programa Pretas Potências contemplará quatro áreas da economia criativa digital: novas mídias (jornalistas, creators, streamers, podcasters, empreendedoras de mídias paralelas e/ou periféricas, produtoras de audiovisual, produtoras de canais de conteúdo em diversas mídias – blogs e redes sociais); design e fabricação digital (designers digitais – UX Design, UI Design, desenvolvedoras de jogos, fabricação digital – universo maker); tecnologia (desenvolvedoras de tecnologias e aplicativos, programadoras); e música (produtoras de áudio, trilhas, jingles). Poderão participar mulheres negras empreendedoras, com idade entre 18 e 30 anos, atuantes na economia criativa digital em qualquer lugar do Brasil.

Hoje, o Brasil tem mais de 4,6 milhões de empreendedoras negras, das mais diversas áreas de atuação, responsáveis por movimentar R$ 73 bilhões ao ano, de acordo com estudo divulgado pelos Institutos Locomotiva e Feira Preta. A pesquisa revelou também que 96% das pessoas negras têm algum sonho, sendo 25% empreender, e 95% têm confiança que ainda vão alcançar todos os seus objetivos. Já o fator impeditivo para 64% dos entrevistados é a disponibilidade de dinheiro, seguido por ampliação de conhecimentos e estudo (17%).

“Queremos identificar potência em jovens mulheres negras empreendedoras, que possuem negócios em regiões de baixa mobilidade social, como periferias e comunidades de baixa renda, em qualquer lugar do Brasil, para fortalecer e impulsionar suas trajetórias profissionais e pessoais, contribuindo para ampliar sua renda e seu impacto na sociedade”, afirma Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta e CEO da PretaHub.

Alok ressalta que esse aporte vai beneficiar os potenciais de jovens mulheres pretas e indígenas empreendedoras que possuem negócios em regiões de baixa mobilidade social como periferias e comunidades de baixa renda. “A atuação do Instituto Alok vai a qualquer lugar do Brasil para impulsionar as trajetórias profissionais e pessoais dessas mulheres. Mas não apenas isso, queremos conhecer as histórias, as pessoas que estão por trás do empreendedorismo e transformá-las em agentes de mudança social para que possam, em breve, impactar positivamente outras mulheres”, explica.

Serviço:

O quê: Edital Programa Pretas Potências

Quando: inscrições até 20 de janeiro de 2022

Onde: Inscrições pelo site https://festivalfeirapreta.com.br/programa-pretas-potencias-fortalecendo-negocios-digitais/

Magary Lord e Kart Love participam do ensaio da banda Afrodisíaco em Salvador
Magary Lord e Kart Love participam do ensaio da banda Afrodisíaco em Salvador

Os cantores baianos Magary Lord e Kart Love participam da segunda edição dos ensaios da banda Afrodisíaco, em Salvador. Os encontros quinzenais comandados pelo cantor e compositor Pierre Onassis retornam a área de eventos da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico da capital baiana, nesta sexta-feira (dia 17), a partir das 19h, com show de abertura de Noelson do Cavaco. “Estou muito feliz de reencontrar e alegrar as pessoas, em meio a tudo isso que nos aconteceu. O Afrodisíaco vem como um balsamo”, ressalta Pierre. O ingresso custa R$ 60 e já estão à venda pelo site Sympla.

Conhecido pelo som do seu samba reggae, o Afrodisíaco foi criado em 2005, com a proposta de resgatar a cultura afro-pop tocada na Bahia e no mundo. O som da banda tem enorme influência de outros grupos, como Timbalada, Olodum, AraKetu, Muzenza e Ilê Aiyê, além de traz consigo a valorização da música popular brasileira e suas vertentes.

O primeiro disco da banda foi um CD promocional com 18 faixas distribuído aos amigos e fãs. Entre as músicas estavam Já é, Beija-flor, Flor do desejo, Mama África e Café com Pão. Esta última, foi eleita como Melhor Música do Carnaval de Salvador em 2006. Pierre Onassis é responsável por alguns dos grandes sucessos da música baiana gravados por nomes como Daniela Mercury (Música de Rua, Capoeira), Olodum (Requebra, Rosa, Berimbau), Cheiro de Amor (Lero Lero, Vai sacudir, vai abalar), entre outros.

Serviço:

O quê: Ensaio do Afrodisíaco com participações de Magary Lord e Kart Love; e show de abertura com Noelson do Cavaco

Quando: sexta- feira (dia 17), às 19h

Onde: Área de eventos da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo (Largo do Santo Antônio, Santo Antônio Além do Carmo, Salvador – BA)

Quanto: ingressos a R$ 60 à venda pelo site Sympla e no local do evento sujeito a alteração de preço

Murais na fachada de prédios em Salvador chamam atenção para preservação ambiental
Murais na fachada de prédios em Salvador chamam atenção para preservação ambiental

Sustentabilidade e preservação ambiental é o tema da 3ª edição do Projeto MURAL, que vai montar 400 m² de arte vertical na fachada de prédios em Salvador. O bairro do Comércio, antigo centro financeiro da capital baiana, foi novamente escolhido pelo coletivo de artistas baianos para essa intervenção urbana. As obras integram uma parceria inédita do movimento com a Virada Sustentável Salvador, que acontece entre quarta-feira (dia 15) e domingo (dia 19). O festival conta com o apoio da Ball e patrocínio da Braskem e do Governo da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura.

Os trabalhos foram produzidos pelos artistas Sirc, Tarcio V, Isabela Seifarth e Zana Nacola, utilizando uma série de técnicas, como desenho, pintura, graffiti e stencil. Na obra “Se plante”, em um paralelo com uma bananeira, Sirc faz referência aos recursos renováveis oferecidos na natureza, chamando atenção para a sua grandiosidade. Já o artista Tarcio V traz de suas memórias afetivas a figura humana de um pescador com a obra “O pescador da cidade velha”. No trabalho, Tarcio V destaca a importância do mar para nossa sobrevivência.

A artista Isabela Seifarth trouxe a figura central da cabocla como signo marcante da miscigenação do povo brasileiro e do imaginário da festa da independência da Bahia, o 2 de julho. Mensagens sobre preservação do meio ambiente e dos povos originários do Brasil estão presentes na obra batizada de “Salvem as matas, salve à Cabocla”. As conexões entre corpo, terra e mar marcam a obra “O mar em mim” de Zana Nacola. Através deste trabalho, a artista oferece uma pausa contemplativa sobre a sensibilidade humana e suas relações com a natureza.

Para a idealizadora e curadora do Projeto MURAL, Vanessa Vieira, os trabalhos contribuem na “formação de plateia apreciadora da arte contemporânea baiana, e suas infinitas possibilidades de interações e reflexões”. Instalados para a Virada, os murais ficarão como legado do festival para a cidade.

“O Comércio é patrimônio histórico da capital baiana, onde houve um intenso movimento muralista com artistas de grande importância na década de 50 e 60 do século passado. Muitas dessas obras ainda estão preservadas nas áreas internas das edificações, com pouca visibilidade de público. Então fazer estas grandes empenas nas fachadas externas dos prédios da região, é poder proporcionar esta experiência estética a todos os públicos”, conta.

Além dos murais, o festival terá mais de 20 atividades gratuitas e diversas, entre intervenções urbanas, performances, discussões e exposições de obras de artes locais e internacional. Confira a programação completa do evento no site da Virada Sustentável Salvador.

Último fim de semana da 20ª Bienal do Livro do Rio

O último fim de semana da 20ª Bienal do Livro do Rio tem programação para toda a família, com apresentação musical, bate-papo com autores e sessão de autógrafos. Até domingo (dia 12), a criançada poderá se divertir ainda com releituras de clássicos literários infantis, como O Sítio do Pica Pau Amarelo, Saltimbancos, Cinderela, A Bela e a Fera e O casamento da Dona Baratinha. No Pavilhão Laranja, haverá teatrinho, contação de histórias e fantoches.

No domingo (dia 12), às 15h, a Orquestra Petrobras Sinfônica apresenta na Bienal o concerto Sons da Primavera, no Estande da empresa. As atrações acontecem próximo ao Espaço Metamorfoses, uma área infantil de 600 metros quadrados que convida crianças e adultos a uma visita imersiva e sensorial, refletindo sobre as mudanças do mundo e a relação humana com o planeta.

Os ingressos da Bienal Internacional do Livro do Rio podem ser adquiridos pelo site ou na bilheteria física, no Riocentro, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Os visitantes precisam apresentar passaporte de vacinação e o uso de máscara é obrigatório. O festival foi planejado para ocorrer de forma segura: com avenidas mais largas, garantindo distanciamento entre os estandes, e com totens de álcool em gel espalhados pelos pavilhões.

Confira os destaques da programação da 20ª Bienal do Livro Rio:

Sábado, dia 11 de dezembro

11h – A Pequena Sereia – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

11h – Raphael Montes (Companhia das Letras) – Bate papo sobre os livros do autor, como Suicidas (2012); Dias Perfeitos (2014); Bom Dia, Verônica (2020).
Estande do Submarino, Pavilhão Azul

15h – A Bela e a Fera – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

15h Culturama: Sessão de fotos com Cosplays Star Wars – fã clube imperial Coast Line Garrison

17h – Contação de história Teca e Tutti – filme de animação que será lançado em janeiro – Estande Petrobras, Pavilhão Laranja

17h Os Saltimbancos – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

19h – Alexandra Gurgel, bate papo com mediação de Carla Lemos sobre os livros da autora, como Comece a se amar, lançado em novembro pela Editora BestSeller – Estande do Grupo Editorial Record


Domingo, dia 12 de dezembro

10h30 – Contação de história Teca e Tutti – filme de animação que será lançado em janeiro – Estande Petrobras, Pavilhão Laranja

11h Rapunzel – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

11h – Natalia Timerman – Bate papo sobre seu mais novo livro Copa Vazio, da Editora Todavia -Estande Submarino, Pavilhão Azul

13h – Sessão de fotos Cosplays Star Wars – fã clube imperial Coast Line Garrison – Pavilhão Azul (Editora Culturama). Sessões também às 14h e 15h

14h – Lançamento Duda Pimenta (Editora Mostarda) – Praça de autógrafos – Pavilhão Azul

14h30 – Sessão de autógrafos do livro Evangelho João, da Litteris Editora – Pavilhão 3

15h – Espetáculo Pinocchio – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

15h – Espetáculo Sons da primavera, da Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES) – Estande Petrobras, Pavilhão Laranja

16h – Sessão de autógrafos do livro Com Alzheimer e Com Amor, de Arminda Bertuzzi – Litteris Editora – Pavilhão azul

17h – A Rainha do Gelo – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

19h – Peter Pan – Estande Supergasbras, Pavilhão Laranja

19h – Bate papo com o autor Juan Julian sobre seus livros – Estande Submarino


Serviço:

O quê: 20ª Bienal do Livro Rio

Onde: Riocentro (Avenida Salvador Allende, 6.555, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro-RJ)

Quando: até domingo, dia 12 de dezembro, das 10 às 22h

Quanto: ingresso a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) à venda on-line pelo site e nas bilheterias físicas do evento.

Jornalista Marcelo Cosme lança livro sobre homofobia em sessão de autógrafos no Rio de Janeiro
Jornalista Marcelo Cosme lança livro sobre homofobia em sessão de autógrafos no Rio de Janeiro

O jornalista Marcelo Cosme lança o livro Talvez você seja – Desconstruindo a homofobia que você nem sabe que tem em sessão de autógrafos no Rio de Janeiro. O evento acontece nesta sexta-feira (dia 10), às 18h, na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon.

Em seu livro de estreia, o jornalista gaúcho e apresentador do canal de notícias GloboNews convida o leitor a uma reflexão, não sobre a própria sexualidade, como uma primeira leitura do título pode sugerir, mas sobre o comportamento preconceituoso que muitos têm sem nem se dar conta.

“Quero te mostrar que nós, LGBTQIA+, estamos aí espalhados, somos o que quisermos ser. E que ‘Talvez você seja’ não mais um de nós, mas preconceituoso e não saiba”, afirma na introdução. A publicação é um lançamento da Editora Planeta.

Escrito em tom de reportagem, o livro traz narrativas pessoais de Cosme, como causos de sua infância, o momento no qual, já adulto, beijou um homem pela primeira vez, a fatídica conversa de revelação com a família e o comentário que fez em rede nacional a respeito de seu namorado, atual noivo, cuja repercussão foi maior do que esperava.

“Só quando saí do Rio Grande do Sul e fui morar sozinho em Brasília é que tive a coragem de começar a ser eu. Longe da família parecia ser mais fácil. Perceba que este é um comportamento comum: o LGBTQIA+ se afasta da família para poder experimentar, se descobrir, desvendar seus próprios caminhos. E longe de qualquer julgamento imediato, pensamos que vai ser fácil. Mas não é”, desta o jornalista num trecho da publicação.

A esses relatos em primeira pessoa, somam-se depoimentos de diversos personagens pertencentes à comunidade LGBTQIA+ e entrevistas inéditas com psicólogos, especialistas e personalidades públicas, a exemplo do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e da vereadora de São Paulo, Erika Hilton. O autor traz ainda dados de pesquisas sobre o tema, levantamentos dos direitos conquistados até aqui e um glossário com os principais termos associados a este universo.

Família, trabalho, sexualidade, legislação e representatividade no poder são alguns dos temas que permeiam o livro, cujo objetivo é atingir um público duplo: tanto pessoas LGBTQIA+, em busca de um senso de comunidade e acolhimento, quanto heterossexuais e/ou cisgêneros – aliados ou não da causa -, mas que procuram informações.

Cosme deseja que a leitura seja o estabelecimento de um primeiro diálogo contra o preconceito: “Talvez você seja alguém disposto a contribuir para que vivamos em um mundo mais tolerante, respeitoso, amoroso, livre e, por que não, mais feliz?!”, conclui o autor.

Forró é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil
Forró é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu as matrizes tradicionais do forró como Patrimônio Cultural do Brasil. A decisão unânime aconteceu durante reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan, nesta quinta-feira (dia 9). O conselho, formado por representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil, também elegeu o forró como um supergênero musical, por reunir ritmos nordestinos, entre eles, o xote, xaxado, baião, chamego, a quadrilha, o arrasta-pé e o pé-de-serra.

O pedido de registro para tornar o forró patrimônio cultural foi feito em 2011 pela Associação Cultural Balaio do Nordeste, do estado da Paraíba. Nos últimos 10 anos, em parceria com comunidades detentoras, foi realizada a descrição detalhada das matrizes tradicionais com registro documental e audiovisual. O reconhecimento do Forró acontece dias antes ao aniversário de nascimento do músico Luiz Gonzaga (13 de dezembro de 1912 – 2 de agosto de 1989), conhecido como “Rei do Baião” e principal representante do ritmo tradicional nordestino.

A conselheira Maria Cecília Londres, relatora da proposta, fez uma ampla explanação sobre as origens do ritmo musical nordestino e da palavra forró. A relatora destacou a relevância do forró por englobar atividades como artesanatos, orquestras sanfônicas, escolas de dança, preservação de instrumentos (rabeca, sanfona, triângulo, pífanos, zabumba etc). Maria Cecília citou também a importância das organizações de forrozeiros, criadas em vários estados para manter vivo o forró. Ao concluir seu voto, a relatora disse ser plenamente a favor do registro das matrizes tradicionais do forró como patrimônio cultural do Brasil.

“Com o reconhecimento, as matrizes foram inscritas no Livro de Registro das Formas de Expressão, assim como estão a ciranda do Nordeste e o repente. Esse bem cultural que é o nosso 52º bem registrado no país dispensa apresentações e está em incontáveis eventos e festivais por todo o Brasil. Em especial, nos festejos do ciclo junino, gerando em renda e empregos diretos e indiretos além de um sentimento muito forte de pertencimento”, comentou Larissa Peixoto, presidente do Iphan.

Com informações da Agência Brasil.