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Iniciativa anuncia mais de R$ 650 mil em incentivos à produções audiovisuais em 2023
Iniciativa anuncia mais de R$ 650 mil em incentivos à produções audiovisuais em 2023

O Projeto Paradiso, por meio da iniciativa Brasil no Mundo, anunciou mais de R$ 650 mil em incentivos à produções audiovisuais brasileiras em 2023. Estão previstos 24 apoios para longas-metragens e séries de ficção nacionais em grandes festivais e mercados pelo mundo. Os incentivos variam entre R$ 7 mil e R$ 50 mil que, totalizados, somam mais de R$ 650 mil em investimentos para prestigiar produtores e diretores de conteúdos brasileiros. Os interessados em participar da seleção podem se inscrever no site do Projeto Paradiso.

“O Brasil lutou para conseguir uma janela de projeção internacional e, com o programa Brasil no Mundo, buscamos manter esse espaço aberto para o audiovisual nacional. Neste ano, queremos ampliar nossos incentivos, apoiando projetos selecionados para festivais de gênero, LGBT e fora do mercado europeu. Saber que os incentivos oferecidos por nós ajudam diversas produções nacionais a consolidarem seus espaços no cenário internacional, nos mostra que estimular e apoiar a participação de profissionais, projetos, longas-metragens e séries de ficção em grandes festivais e mercados internacionais é o caminho certo”, explica Josephine Bourgois, diretora executiva do Projeto Paradiso.

A iniciativa irá apoiar longas e séries de ficção selecionados em grandes festivais e mercados, como Festival de Cannes, Berlinale, Festival de Roterdã, Sundance, Veneza, Locarno e San Sebastian. Voltaram à lista de eventos apoiados os festivais de Guadalajara, Annecy, Biarritz, Toronto e Ventana Sur, na Argentina. Como novidades, em 2023, o Projeto Paradiso buscou expandir sua atuação no mercado americano, europeu e asiático, com os eventos: When East Meets West, Cinelatino, Festival de Jeonju, Tribeca Film Festival e Iber Séries e Platino Indústria. Ainda incluiu, pela primeira vez, apoio a dois festivais temáticos: o Festival Internacional de Cinema LGBTQ+ de São Francisco e o Festival de Cinema de Sitges, na Catalunha, voltado para projetos de gênero.

Em 2022, o Projeto Paradiso apoiou 25 filmes e projetos em mais de 17 festivais e mercados, além de oferecer quatro Prêmios WIP Paradiso de US$ 10 mil, voltados para finalização e internacionalização da obra. Entre as produções beneficiadas, estão Marte Um, de Gabriel Martins (Sundance, Cinélatino, corrida para seleção no Oscar de filme estrangeiro); Carvão, de Carolina Markowicz (Cinélatino, Toronto); Fogaréu, de Flávia Neves (Festival de Berlim e de Guadalajara) e Regra 34, de Júlia Murat (Locarno).

Além dos incentivos para a presença em festivais e mercados, o Projeto Paradiso, ao longo de seus três anos de atuação, já beneficiou mais de 100 profissionais brasileiros do audiovisual por meio de projetos de formação profissional, geração de conhecimento com programas de bolsas e mentorias, cursos, seminários e estudos. Atualmente a rede reúne 147 participantes de todas as regiões do Brasil, sendo 63% do Sudeste e 25% do Nordeste. As regiões Sul, Centro-Oeste e Norte representam, respectivamente, 5%, 5% e 2% dos talentos.

Filme baseado na história real do serial killer de mulheres no Irã chega aos cinemas
Filme baseado na história real do serial killer de mulheres no Irã chega aos cinemas

O filme Holy Spider, baseado na história real do serial killer de mulheres mais famoso no Irã chega aos cinemas de todo o Brasil nesta quinta-feira (dia 19). A produção dinamarquesa é dirigida pelo iraniano Ali Abbasi, mesmo diretor do drama Border (2018), e estrelada por Zar Amir-Ebrahimi, vencedora do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes 2022. A película também foi indicada com melhor filme europeu, melhor diretor, atriz e roteiro no European Film Awards 2022, além de ter sido pré-selecionado para representar o país na disputa pelo Oscar de filme internacional.

Holy Spider é baseado na onda de assassinatos de mulheres que aterrorizou o Irã entre agosto de 2000 e julho de 2001. O filme é um thriller sombrio que conta a história do serial killer Saeed Hanaei. Conhecido como Spider Killer (assassinatos da aranha) pela mídia iraniana, o homem matou 16 prostitutas ou usuárias de drogas em nome da missão divina de “limpar a cidade de Mashhad do pecado”. Hanaei atraía mulheres desconhecidas para sua casa, as estrangulava e depois se livrava de seus corpos.

O filme é ao mesmo tempo aterrorizante e uma exposição perturbadora de hipocrisia e misoginia, mostrando que podem existir interpretações muito diferentes sobre o real significado de justiça. “Esta é uma história com muitas camadas, que cristalizam tudo o que há de errado com a sociedade iraniana. Os assassinatos em si não têm nada de especial, há certa banalidade neles. Mas o que está no entorno do assassino e o respeito que ele inspirou, isso sim é fascinante”, explica o diretor Ali Abbasi.

A produção traz ainda no elenco os atores iranianos Mehdi Bajestani e Forouzan Jamshidnejad. O filme entra em cartaz no circuito nacional de cinema nas cidades de Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Recife. Spider Killer também vai entrar no catálogo de filmes da plataforma digital MUBI a partir de 10 de março e estará disponível para compra e locação via streaming.

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Documentário sobre a vida de homens trans estreia nas plataformas digitais
Documentário sobre a vida de homens trans estreia nas plataformas digitais

Dirigido pela cineasta mineira Silvia Godinho, o documentário Eu, Um Outro sobre a vida de homens trans estreia nas principais plataformas digitais do país nesta quinta-feira (dia 15). A história apresenta Luca, Thalles e Raul, que compartilham algo comum: nasceram como mulheres biológicas. Eu, Um Outro é resultado da curiosidade de Silvia Godinho em retratar pessoas trans no Brasil, o país que mais mata a população LGBTQIA+ no mundo.

Segundo a diretora, o homem trans é o mais invisibilizado da sigla e a intenção do documentário é registrar as vivências deles e naturalizar a existência de corpos trans na vida em comunidade. “Espero que o filme faça o público refletir sobre quão diferentes somos uns dos outros e, ao mesmo tempo, como todos atravessamos experiências semelhantes, que nos conectam enquanto seres humanos. Ou seja, como o exercício da empatia pode nos tornar pessoas melhores, com um olhar mais amoroso sobre o outro e o mundo”, declara a cineasta.

O filme é protagonizado pelo influenciador digital Luca Scarpelli, que deixou sua cidade natal há 12 anos e, apesar disso, ainda mantém vínculos com o local e as pessoas. Desta vez, ele decidiu ir atrás de Ana, seu primeiro amor, que não via desde que era uma menina. Na jornada, ele cruza o caminho com outros dois homens trans. Raul Capistrano é um estudante de filosofia, mas quer ser professor, e Thalles Rocha é um segurança que odeia seu trabalho e enfrenta burocracia e preconceito para registrar seu nome masculino. O que todos têm em comum é a urgência de viver uma vida que acabou de começar.

O filme foi exibido em festivais internacionais como o Outfest Los Angeles 2020 e Melanin Pride Festival, além de integrar o 52º Festival de Brasília do Cinema e o 27º Mix Brasil. Com distribuição da O2 Play, e em parceria com a Oficina de Criação, o documentário está disponível para aluguel Google Play, YouTube Filmes, Apple (Itunes), Vivo Play e Claro TV+.

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Trailer do documentário Eu, Um Outro, dirigido por Silvia Godinho, sobre a vida de três homens trans no Brasil, que estreia nas plataformas digitais
Edital Salvador Cine investe R$ 750 mil em produções audiovisuais locais
Edital Salvador Cine investe R$ 750 mil em produções audiovisuais locais

Através do edital Salvador Cine, a Prefeitura de Salvador e a Fundação Gregório de Mattos (FGM) vão investir R$ 750 mil em produções audiovisuais locais. O objetivo do edital é promover a produção, distribuição e o acesso a conteúdos audiovisuais soteropolitanos. Os interessados podem submeter seus projetos até o dia 27 de janeiro de 2023, por meio do site da FGM: www.fgm.salvador.ba.gov.br.

O edital Salvador Cine irá premiar 10 propostas voltadas para a produção audiovisual local distribuídas em três eixos. O primeiro eixo vai contemplar a produção de cinco projetos de curtas-metragens no valor de R$ 100 mil; o segundo prevê o prêmio de R$ 50 mil para dois projetos que visem a finalização de longas-metragens de baixo orçamento; enquanto o terceiro eixo irá premiar três projetos de R$ 50 mil voltados ao desenvolvimento de obras em formato de seriados com, no mínimo, quatro episódios.

A ficha técnica dos projetos deve conter, obrigatoriamente, no mínimo cinco integrantes, podendo o representante do proponente ou titular MEI integrar essa lista, desde que tenha função técnica ou artística a ser realizada, medida que visa mitigar a concentração dos recursos, promovendo sua distribuição entre diferentes profissionais do setor do audiovisual.

Para o gerente de promoção cultural da Fundação Gregório de Mattos, Felipe Dias, o edital representa um importante passo para o fomento, a produção e a circulação de produtos audiovisuais realizados na capital baiana. “Estamos trabalhando para estimular o desenvolvimento de diversas áreas do audiovisual da cidade, com foco, principalmente, nas pequenas produtoras. Queremos criar condições para o desenvolvimento e a diversificação deste mercado”.

Os projetos podem desenvolver produções audiovisuais documentais, ficcionais ou de animação, cujo cronograma seja executado entre o dia 30 de abril a 30 de dezembro de 2023, compreendendo desde as etapas de pré e pós-produções. A implementação desse novo mecanismo de fomento busca fortalecer a cidadania cultural, ampliar a democratização e descentralização do acesso aos recursos públicos para iniciativas audiovisuais empreendidas por produtoras independentes, coletivos e organizações da Sociedade Civil atuantes no campo do audiovisual.

Comédia francesa "Homens à Beira de um Ataque de Nervos" chega às plataformas digitais
Comédia francesa “Homens à Beira de um Ataque de Nervos” chega às plataformas digitais

A comédia francesa Homens à Beira de um Ataque de Nervos (Men on the Verge of a Nervous Breakdown) chega às principais plataformas digitais. O filme  estrelado pelo ator Thierry Lhermitte (O Palácio Francês e A Fuga dos Avós), Laurent Stocker (O Oficial e o Espião) e Marina Hands (O Escafandro e a Borboleta), entra no catálogo das plataformas digitais Claro Now, iTunes/Apple TV, Google Play, YouTube, Sky Play e Vivo Play. Com distribuição da Synapse Distribution, o longa está disponível para compra e aluguel em versão legendada.

Exibida na seleção oficial do festival L’Alpe-D’Huez deste ano, a produção acompanha um grupo de homens, de idades que variam de 17 a 70 anos, que se inscrevem em um retiro terapêutico, liderado pela coach Ômega, pois estão à beira de um colapso nervoso. Com a promessa de uma experiência “exclusivamente reservado para homens” que, supostamente, opera milagres, o grupo se surpreende ao descobrir a verdadeira identidade sobre o local e seu operador.

A diretora e co-roteirista Audrey Dana, a mesma de O Que as Mulheres Querem, conta que o filme traz uma história feita para fazer o espectador se sentir bem. Ela ainda diz que o título é um trocadilho proposital com o filme de Pedro Almodóvar Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988). “A ideia é mostrar que a ‘histeria’, que dizem ser algo tão exclusivo das mulheres, também pode ser aplicada aos homens.” Dana acrescenta: “A figura masculina da forma que é retratada não é muito vista nas telonas, e eu gosto quando o cinema se assemelha à vida. O riso é um ingrediente essencial, pois acredito que simboliza universalmente a emoção”.

O elenco de Homens à Beira de um Ataque de Nervos conta ainda com François-Xavier Demaison, Ramzy Bedia, Michael Gregorio, Pascal Demolon e Max Baissette de Malglaive. Quem assina o roteiro junto à cineasta é Claire Barré, autora de Ronda Noturna.

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A comédia francesa Homens à Beira de um Ataque de Nervos estrelado pelo ator Thierry Lhermitte chega às plataformas digitais
Documentário "Eu, Um Outro” sobre a vida de homens trans chega aos cinemas
Documentário “Eu, Um Outro” sobre a vida de homens trans chega aos cinemas

Chega aos cinemas nesta quinta-feira (dia 10), o documentário Eu, Um Outro sobre a vida de homens trans no Brasil, o país que mais mata a população LGBTQIA+ no mundo. O documentário de Silvia Godinho, produzido por Claudia Santos com distribuição da O2 Play, retrata a história de Luca, Thalles e Raul, que compartilham um elemento: eles nasceram como mulheres biológicas.

Segundo Silvia, o homem trans é o mais invisibilizado da comunidade LGBTQIA+ e a intenção do filme é registrar as vivências deles e naturalizar a existência de corpos trans na vida em comunidade. “Espero que o filme consiga proporcionar uma experiência de alteridade e faça o público refletir sobre quão diferentes somos uns dos outros e, ao mesmo tempo, como todos atravessamos experiências semelhantes, que nos conectam enquanto seres humanos. Ou seja, como o exercício da empatia pode nos tornar pessoas melhores, com um olhar mais amoroso sobre o outro e o mundo”, declara a diretora e roteirista Silvia Godinho.

O influenciador digital Luca Scarpelli, um dos protagonistas do documentário, deixou sua cidade natal há 12 anos e, apesar disso, ainda mantém vínculos com o local e as pessoas. Desta vez, ele decidiu ir atrás de Ana, seu primeiro amor, que o rapaz não via desde que era uma menina. “Participar deste documentário foi muito importante pra mim, pra celebrar o homem que eu sou. Reencontrar meu primeiro amor foi assustador e muito bonito ao mesmo tempo”, comenta Luca.

Durante essa jornada, ele cruza o caminho com outros dois homens trans. Raul Capistrano é um estudante de Filosofia, mas quer ser professor e Thalles Rocha é um segurança que odeia seu trabalho e enfrenta burocracia e preconceito para registrar seu nome masculino. O que todos eles têm em comum é a urgência de viver uma vida que acabou de começar.

A diretora conta que acompanhou Raul e Thalles por seis meses antes de chegar ao material do filme. “Filmei cerca de 80 horas. Nesse processo, eles se acostumaram com a presença da câmera e criamos uma relação de confiança entre nós. Foi a partir dessa naturalidade na relação que conseguimos um resultado que provoca no espectador a dúvida se estão assistindo a um documentário ou a um filme de ficção, pois os personagens estão muito à vontade para se exporem”, completa Silvia.

Eu, Um Outro foi produzido em parceria com a Oficina de Criação. O documentário foi exibido em festivais internacionais como o Outfest Los Angeles 2020 e Melanin Pride Festival, além do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e no 27º Mix Brasil.

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Trailer do documentário “Eu, Um Outro” sobre a vida de homens trans que chega aos cinemas nesta quinta-feira (dia 10)
Morre, aos 91 anos, o cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard

O cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard morreu, nesta terça-feira (dia 13), aos 91 anos. A informação foi confirmada pela família do diretor à imprensa francesa. “Jean-Luc Godard morreu pacificamente em casa, cercado por entes queridos”, afirmou sua esposa Anne-Marie Mieville e os produtores em comunicado enviado aos meios de comunicação franceses. O texto afirmou, ainda, que Godard será cremado e não haverá cerimônia oficial.

Jean-Luc Godard, nasceu em Paris, em 1930, mas foi morar em Nyon, na Suíça. Retornando a capital francesa em 1949, já com 19 anos, para se dedicar ao cinema, sua grande paixão. Um dos pioneiros do movimento Nouvelle Vague, Godard estreou como diretor com o longa-metragem O Acossado, em 1960. Seus filmes ficaram conhecidos por romper com convenções já estabelecidas do cinema francês, em 1960, contribuindo com o início de uma nova forma de fazer cinema, utilizando câmara portátil, cortes de salto e diálogos existenciais.

O diretor foi vencedor de importantes premiações, inclusive, do Oscar pelo conjunto de sua obra, em 2010. Entre as obras que marcaram a brilhante trajetória do diretor, estão filmes como: O Despreza (1963), estrelado pela atriz Brigitte Bardot, Bando à Parte (1964), Pedro, o Louco (1965) e o mais recentes Filme Socialismo (2010) e Adeus à Linguagem (2014).

A página oficial do Festival de Cannes no Twitter lembrou que desde sua primeira aparição no Festival, ao todo 21 filmes de Jean-Luc Godard foram exibidos em Cannes, um dos mais importantes festivais de cinema mundial. “É com imensa tristeza e gratidão, bem como profundo respeito, que o Festival saúda uma última vez este artista sem cujo trabalho o cinema não teria hoje a mesma cara”, disse a publicação.

O diretor do premiado filme Bacurau, Kleber Mendonça Filho, também usou suas redes sociais para lamentar a morte do cineasta franco-suíço e ressaltar seu legado para a sétima arte. “Jean Luc Godard faleceu. E não vai morrer nunca. Obrigado”, afirmou o cineasta brasileiro.