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Espetáculo "Medeia Negra" retorna em temporada presencial em Salvador - Foto: Ricardo Boni
Espetáculo “Medeia Negra” retorna em temporada presencial em Salvador

O espetáculo solo Medeia Negra retorna em curta temporada presencial no Teatro Sesc Pelourinho, em Salvador, marcando a retomada das atividades com público no espaço cultural da capital baiana. A premiada montagem volta em cartaz para celebrar esse momento e os três anos de estreia do espetáculo. Medeia Negra, estrelado pela atriz Márcia Limma, recria o mito grego para os contornos reais da voz, do corpo e do pensamento de uma mulher negra.  A temporada acontece nesta quinta, sexta e sábado (dias 2, 3 e 4) e na próxima sexta e sábado (dias 10 e 11), às 19h, com ingressos a R$40 (inteira) e R$20 (meia entrada).

A temporada marca a retomada das apresentações presenciais em Salvador, que foram autorizadas pela prefeitura no último dia 9 de agosto com novas medidas de segurança para evitar a transmissão da Covid-19. O Teatro Sesc Pelourinho terá a capacidade reduzida em 40%, com apenas 60 espectadores por apresentação, seguindo o distanciamento entre o público e também entre artistas e plateia, além de controle de temperatura no acesso ao teatro.

Durante a pandemia, Medeia Negra foi visto por mais de 6 mil pessoas de todo o País em formato on-line pela plataforma SESC Em Casa. O espetáculo também foi apresentado em festivais no Uruguai, Alemanha e Portugal, além de São Paulo, Ceará e diversas cidades do interior da Bahia em 2018. No ano seguinte, Márcia Limma foi indicada ao Prêmio Braskem de Teatro 2019, na categoria melhor atriz.

A narrativa expõe as opressões da mulher negra em diferentes lugares de fala e tempos históricos, como um grito contundente contra a estrutura social que a marginaliza, julga e aprisiona. Com elementos musicais, do jazz e blues americanos, referências políticas e da intelectualidade negra, como Ângela Davis, Djamila Ribeiro e Grada Kilomba, a peça provoca o público a refletir sobre o seu lugar no processo de descolonização dos mitos e práticas patriarcais e racistas.

O espetáculo foi fruto da pesquisa da atriz no Mestrado em Artes Cênicas, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), e envolveu mulheres em situação de encarceramento no principal complexo penal de Salvador. As internas participaram das oficinas teatrais conduzidas por Márcia Limma. Em uma delas, após estudar diferentes versões do mito, as internas escreviam cartas à Medeia. As emoções e desejos registrados nessa ‘troca de mensagens’, assim como referências do dia-a-dia das mulheres, fazem parte da dramaturgia.

“São histórias de uma Medeia que foi enegrecida a partir dessa convivência. Nós partimos do clássico de Eurípedes, mas trazemos contornos reais a partir deste corpo negro e da convivência com mulheres criminalizadas. Isso justamente para colocar o feminismo negro no protagonismo da cena”, explica a atriz.

Desde o início do espetáculo a plateia é tensionada pelo binarismo masculino e feminino. Ao centro, Márcia Limma reverencia a religiosidade afrobrasileira e contrapõe a tradição grega a arquétipos das divindades como Nanã, Iansã, Exu e Omolu na construção do corpo-político que evoca o poder das mulheres de reagir às violações e lutar pela libertação de todo um povo. A cenografia valoriza e destaca o trabalho da protagonista, recriando o universo mítico com elementos do afrofuturismo.

Serviço:

O quê: Espetáculo Medeia Negra

Quando: quinta, sexta e sábado (dias  2, 3 e 4) e sexta e sábado (dias 10 e 11), às 19h

Onde: Teatro SESC Pelourinho (Largo do Pelourinho, 19, Centro Histórico de Salvador)

Quanto: ingressos a R$40 (inteira) e R$20 (meia entrada). Capacidade total do teatro reduzida para 60 lugares, a fim de garantir distanciamento entre o público.

Luiz Caldas lança mais um álbum mensal, desta vez dedicado a Bossa Nova
Luiz Caldas lança mais um álbum mensal, desta vez dedicado a Bossa Nova

O cantor e compositor baiano Luiz Caldas lança, nesta quarta-feira (dia 1º), mais um álbum do seu projeto mensal, desta vez dedicado a Bossa Nova. Com um cantinho, um violão e voz suave, o multi-instrumentista mergulha no universo do ritmo que consagrou nomes como João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes. O resultado é o álbum Elos, com 10 faixas dedicadas ao estilo musical brasileiro, “ideal para o momento em que precisamos reafirmar e lutar por nossa cultura”. O lançamento é o 115º do projeto de discos mensais que o artista realiza desde 2013, e poderá ser acessado nas principais plataformas de streaming e no site do artista.

A faixa que abre o disco, GG, é uma homenagem ao compositor e amigo Gilberto Gil e passeia pelos tantos papéis e atributos suscitados pelo artista e sua obra. Gil é violão, Gilberto é tambor / Gil é união, Gilberto é tutor/ Gil é bossa nova, Gilberto Rock and Roll /Gil é alegria, Gilberto é fulgor. A canção é apenas a primeira de mais nove composições que revisitam a Bossa Nova, estilo nascido na década de 1950 e eternizado para o mundo na voz de intérpretes brasileiros.

Em Elos, Luiz Caldas apresenta criações que recriam parcerias com César Rasec, Nagib, Ricardo Marques e Sergio Peres, além de também convidar o cantor e compositor Alexandre Leão e sua filha Paula Leão para assinarem com ele, a canção Meu e Seu. O disco também marca a estreia de uma parceria de Luiz Caldas com seu neto Luvi Caldas, de apenas 9 anos. O garoto, que já fazia parceria com o avô nos palcos, participa da canção Que os Dois Sejam Um.

“Quando tinha seis anos, ele brincou comigo, ‘Vovô, vamos fazer uma música?’, aí peguei gravador, liguei e disse vamos, comece, aí ele começou a cantar. O início foi bem interessante, depois ele foi inventando um monte de coisas da cabeça dele que eu tive que tirar, mas a partir daí fiz uma bossa nova que ficou muito bonita, e o início foi ele que criou”, conta o orgulhoso vovô Luiz Caldas.

Espetáculo "O Louco e a Camisa" encerra temporada presencial no Teatro do Sesi-SP - Foto: Caio Gallucci
Espetáculo “O Louco e a Camisa” encerra temporada presencial no Teatro do Sesi-SP

O espetáculo O Louco e a Camisa, com direção de Elias Andreato, encerra temporada presencial no Teatro do Sesi-SP, neste sábado (dia 4), às 20h, e no domingo (dia 5), às 19h. A entrada para o espetáculo é gratuita, com ingressos reservados pelo site Meu SESI. A sessão do dia 4 de setembro contará com tradução simultânea em Libras.

O espetáculo marca o retorno do Teatro do Sesi-SP, no Centro Cultural Fiesp, a receber convidados, após quase um ano e cinco meses sem atividade com a presença do público, em razão do protocolo de enfrentamento à Covid-19. As apresentações seguirão todos os protocolos de segurança e terá capacidade reduzida a apenas 125 lugares para manter o distanciamento social necessário.

Com texto do argentino Nélson Valente, O Louco e a Camisa traz no elenco os atores Rodrigo Frampton, Noemi Marinho, Marcelina Fialho, Guilherme Gorski e Ary França. Com diálogos naturalistas, o espetáculo trata sobre aspectos de relações familiares, além de amor e das hipocrisias que nascem por trás das cortinas. A peça narra o convívio de uma família problemática. Um pai ausente e marido violento, mãe submissa e uma filha sempre esperançosa. Quando a moça conhece um rapaz rico e bem-sucedido, eles se unem para esconder o “pária” da família: o filho louco.

Além da direção, Elias Andreato assina também o cenário e o figurino do espetáculo, que tem ainda iluminação de Cleber Eli e trilha sonora de Jonathan Harold, além da produção de Priscilla Squeff e Leandro Luna.

Serviço:

O quê: Espetáculo O Louco e a Camisa

Quando: sábado (dia 4/09), às 20h, e domingo (dia 5/09), às 19h

Onde: Teatro do SESI-SP, no Centro Cultural Fiesp (Av. Paulista, 1.313)

Quanto: entrada gratuita. Reservas antecipadas pelo site Meu SESI (www.sesisp.org.br/meu-sesi).

Classificação: 12 anos

Informações: 0800 055 1000

Fundação Gregório de Mattos lança Prêmio Riachão para iniciativas de pequeno porte
Fundação Gregório de Mattos lança Prêmio Riachão para iniciativas de pequeno porte

A Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), lança nesta segunda-feira (dia 30), o Prêmio Riachão para iniciativas de pequeno porte. A Chamada Pública nº 001/2021, que homenageia um dos mais famosos sambistas deste país, vai destinar o valor de R$ 15 mil para cada proposta artística-cultural selecionada. Para realizar a inscrição, o proponente deve acessar o site: culturafgm.salvador.ba.gov.br até o próximo dia 17 de setembro.

Com recursos oriundos da Lei Aldir Blanc, o Prêmio Riachão contempla iniciativas de cunho artístico-culturais que tenham baixo orçamento e/ou curta duração. Os projetos devem ser pensados e formatados para o ambiente virtual, como as redes sociais, as plataformas audiovisuais e sonoras. O direcionamento desse modelo busca garantir a segurança sanitária dos profissionais e do público envolvido nas produções, diante da pandemia do Covid-19.

Serão selecionadas, pelo menos, 120 propostas, de pessoas físicas e jurídicas, que se enquadrem em diversas linguagens e dimensões artístico-culturais. Podem ser inscritas  produções inéditas (trabalhos ainda não exibidos ao público) ou produções revisitadas, adaptadas ou continuadas (trabalhos já apresentados ao público, mas que receberão uma nova intervenção).

Para o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, utilizar os recursos remanescentes da Lei Aldir Blanc foi uma conquista de toda a classe artística e cultural. “Vivemos um momento muito delicado na produção cultural de nosso país. Destravar todo esse montante, é impulsionar toda a cadeia da cultura de nossa cidade”. Para essa Chamada Pública serão investidos R$ 1,8 milhão.

Nascido no ano de 1921, em Salvador, Clementino Rodrigues completaria 100 anos no próximo 14 de novembro. Desde criança, o sambista já demonstrava o seu interesse na música, quando cantava em festas e batucadas com os amigos. Aos 12 anos, ele compôs a sua primeira canção, mas, só foi aos 44 anos, que ele fez sua primeira apresentação pública.

Por seu estilo bem-humorado sobre o noticiário local, ele ganhou o título de cronista da cidade. Ao todo, ele lançou seis álbuns: Umbigada da Baleia 78 (1960), Samba da Bahia (1975), Sonho de Malandro (1973), Humanenochum (2000), Riachão (2001) e Mundão de Ouro (2013). Antes de seu falecimento, aos 98 anos, ele se preparava para lançar seu sétimo álbum: Se Deus quiser eu vou chegar aos 100.

Projeto apresenta adaptação circense do musical "Alice no País das Maravilhas" - Foto: Daniel Augusto
Projeto apresenta adaptação circense do musical “Alice no País das Maravilhas”

O musical Alice no País das Maravilhas, adaptação circense baseado na obra original de Lewis Carrol, escrita em 1865, será apresentado pelo projeto Diversão em Cena, da Fundação ArcelorMittal. A transmissão ao vivo ocorre, neste domingo (dia 29), às 16h, no canal do YouTube da Fundação e na página no Facebook do Diversão em Cena. Nesta releitura, a clássica história de Alice é recontada em uma nova roupagem, mas sem deixar de lado a essência da menina que se vê no dilema entre crescer ou permanecer criança. Ao utilizar-se do mundo do circo, o espetáculo Alice no País das Maravilhas promete encantar adultos e crianças. Em cena, os atores cantam, dançam, fazem malabarismo, sobem em pernas de pau, em tecidos e se arriscam no trapézio.

O espetáculo, que estreou em 2018, é produzido pela Copas Produções Artísticas e tem texto adaptado por Diego Benicá, que assina também a direção, o cenário e os figurinos. No elenco estão so atores Bernard Bravo, Bernardo Rocha, Bruno Alexsander, Daniela Cassimiro, Efigênia Maria e Luana Costa. A trilha sonora é o oitavo trabalho do compositor Leo Mendonza para crianças. A inspiração do músico veio da anarquia sonora dos desenhos animados dos anos 1940 e 1950. Também serviram de inspiração musicais clássicos como Annie e Chorus Line, além da obra de Chico Buarque e canções francesas.

O Diversão em Cena, da Fundação ArcelorMittal, é um programa de formação de público para teatro infantil viabilizado por meio das Leis de Incentivo à Cultura Federal e Estaduais de São Paulo e Minas Gerais. Ao longo de mais de uma década, cerca de 500 mil pessoas já conferiram aos mais de 1,3 mil espetáculos apresentados. Em decorrência da pandemia, o programa adota o modo remoto e drive-in para apresentação das atrações de maneira segura. O Diversão em Cena segue todos os protocolos sanitários preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Serviço:

O quê: Espetáculo Alice no País da Maravilha

Quando: domingo (dia 29), às 16h

Onde: no canal do YouTube da Fundação ArcelorMittal e na página no Facebook do Diversão em Cena

Neojiba apresenta concerto de metais e percussão no "Domingo no TCA"
Neojiba apresenta concerto de metais e percussão no “Domingo no TCA”

O projeto Domingo no TCA deste mês de agosto apresenta concerto do Grupo de Metais e Percussão do Neojiba (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia). O time musical é formado pelos integrantes da Orquestra 2 de Julho, principal formação musical do Neojiba. Os músicos serão regidos pelo maestro Helder Passinho, que ainda fará comentários sobre as obras executadas. O registro audiovisual será transmitido neste domingo (dia 29), às 11h, pelo canal do Teatro Castro Alves no YouTube e com exibição simultânea na TVE Bahia.

Este concerto é uma homenagem às bandas marciais baianas e traz peças famosas no repertório dessas formações, como a Abertura Persis, de James L. Horsay, e Hyde Park, de Keith Mansfield. O concerto tem ainda terá a execução de Bacchanale, de Camille Saint-Säens, além de obras populares brasileiras com arranjos sinfônicos, como Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, e Pombo Correio, de Moraes Moreira.

Outro destaque do repertório é a Marcha Nupcial de Aipré, com composição assinada por Alfredo Moura, professor da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O Grupo de Metais e Percussão do Neojiba fará a segunda apresentação desta peça na Bahia, com solo do trompista Orlando Afanador, coordenador pedagógico de trompa do programa.

Criado em 2007, o Neojiba promove o desenvolvimento e integração social prioritariamente de crianças, adolescentes e jovens em situações de vulnerabilidade, por meio do ensino e da prática musical coletivos. O programa é mantido pelo Governo do Estado da Bahia, vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, e gerido pelo Instituto de Desenvolvimento Social Pela Música. Em 13 anos, o Neojiba atendeu, direta e indiretamente, mais de 10 mil crianças, adolescentes e jovens entre 6 e 29 anos. Atualmente, o programa beneficia 1.970 integrantes diretos em seus 13 núcleos, e 4.500 indiretos em ações de apoio a iniciativas musicais parceiras.

Serviço:

O quê: Domingo no TCA apresenta concerto do Grupo de Metais e Percussão do Neojiba

Quando: domingo (dia 29), às 11h

Onde: transmissão pelo canal do Teatro Castro Alves no YouTube e com exibição simultânea na TVE Bahia

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Foto: Jefferson Peixoto/Secom/PMS
Prefeitura de Salvador anuncia evento teste com 500 convidados

A capital baiana se prepara para o retorno do setor de eventos, entretenimento e cultura com a realização do Evento Teste Retomada Salvador. O evento será realizado nesta sexta-feira (dia 27), a partir das 18h, no Centro de Convenções Salvador, na orla da Boca do Rio. Com um público presencial de 500 convidados, o evento terá shows do cantor e compositor Gerônimo, da cantora Márcia Castro, do DJ Telefunksoul, e do grupo Afoxé Darajú de Odé, do bairro da Liberdade, em cima do trio elétrico, que estará posicionado em meio ao público.

Após cerca de um ano e meio paralisado, o objetivo central é testar protocolos e operações que foram previamente analisados pelos órgãos municipais envolvidos e também autoridades da saúde. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, ressaltou que o evento servirá para testar e validar os protocolos para a realização de shows de forma segura na cidade, assim que o cenário da Covid-19 permitir. “São mais de 6 mil profissionais que vivem diretamente da renda proporcionada pelos eventos. O setor cultural é um dos mais importantes para a economia da cidade e foi um dos mais impactados pela pandemia, sendo o primeiro a parar e o único que ainda não retornou. Minha preocupação é com esses profissionais e com toda a cadeia que gera emprego e renda em Salvador”, completou Bruno Reis.

As regras protocolares do evento exigem que todos os convidados deverão ter acima de 18 anos e deverão ter tomado pelo menos a primeira dose ou dose única de alguma vacina contra a Covid-19 até o dia 27 de julho de 2021 (30 dias antes do evento-teste). Todos os convidados serão testados antes do dia do evento e só estarão aptos a participar os que estiverem com resultados negativos – estes cidadãos voltarão a ser testados após o evento. Durante o evento teste, o uso da máscara será obrigatório, exceto no momento das refeições. Só será permitida a comercialização de bebidas e alimentos industrializados em suas embalagens originais. Toda a operação de venda de alimentos e bebidas será feita de forma digital e os pagamentos realizados apenas por cartões.

O Evento Teste Retomada Salvador tem realização da Associação do Coletivo de Entidades de Matriz Africana (Acema), Associação Baiana dos Produtores de Eventos (Abape), Associação Brasileira de Produtores dos Eventos (Abrape-BA), Associação dos Profissionais de Eventos (APE), Grupo Bahia e Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc Brasil), todas organizações ligadas diretamente ao setor de eventos no estado, e conta com o apoio de diversas empresas para a concretização, além da Prefeitura de Salvador. Todo o custo será pago pelos patrocinadores.