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Cajazeiras recebe exposição fotográfica "Mulheres que fazem a diferença" - Foto: Divulgação
Cajazeiras recebe exposição fotográfica “Mulheres que fazem a diferença”

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Shopping Cajazeiras, em Salvador, abraça o empoderamento feminino e apresenta a exposição fotográfica Mulheres que fazem a diferença. Em cartaz e com visitação gratuita, durante todo este mês, até o dia 31, das 9h às 21h, no Piso L2. O público poderá conferir a mostra fotográfica de sete mulheres que vivem e desenvolvem diversos projetos no bairro e adjacências, ressaltando sempre a luta contra o machismo e pelo direito à igualdade.

Uma das retratadas é a jovem Iranaci Quele, presidente da ONG Direito de Viver, que sofreu violência de seu ex-companheiro. “Eu como uma mulher preta, empoderada e independente que luta por algumas mulheres que não tem força, sofro violência constantemente”, afirma Quele. “A gente precisa empoderar às mulheres. Minha missão é inseri-las no mercado de trabalho para cada uma resgatar sua autoestima”, finaliza.

Já a sindicalista Rosa de Souza, uma ativista pelas causas de mulheres questiona os papéis entre homens e mulheres. “Quando a gente começa a levantar a bandeira da emancipação os olhares mudam, principalmente os dos homens, porque pensa que ao você se descobrir vai querer ocupar o espaço que é dele”, diz. “E isso não é verdade”, conclui.

Serviço:

O que: Exposição fotográfica Mulheres que fazem a diferença

Onde: Shopping Cajazeiras, no Piso L2 (Fazenda Grande II, Estr. do Coqueiro Grande, 1361, Cajazeiras)

Quando: até o dia 31/03, às 9h às 21h

Quanto: entrada gratuita

Mulheres já ocupam cargos de liderança nas agências publicitárias, embora ainda sejam minoria

De acordo com levantamento realizado pelo site especializado Meio & Mensagem, apenas 20% das equipes de criação das agências publicitárias no Brasil têm a participação de mulheres. Embora continuem sendo minoria, a notícia boa é que muitas já ocupam cargos de liderança nas agências, mas isso demonstra que muito ainda precisa ser conquistado nesse meio. Especialmente porque no país 40% das mulheres são chefes de família e representam 83% do poder de decisão de compra nos lares brasileiros, segundo pesquisa da agência Heads.

“Em 1998, no meu primeiro dia como estagiária em uma agência publicitária, uma coisa me chamou muito atenção. No setor de Criação trabalhavam 11 homens e apenas uma mulher”, lembra Lívia Diamantino, diretora de Criação da agência SLA Propaganda. “Minha primeira impressão foi ‘essa mulher deve ser muito boa para estar aí’. Essa mulher era Ana Luísa Almeida, minha primeira referência feminina na profissão”, destaca.

Ana Luísa explica que hoje as agências já têm muitas mulheres como redatoras e diretoras de arte, mas sabe que ainda é um ambiente predominantemente masculino. “Claro que foi um desafio para mim me tornar uma diretora de criação, liderando homens. Foi difícil, mas não foi impossível. Precisamos de mais mulheres criando e liderando”, recomenda.

Para Aline Macedo, diretora da agência Carambola Com, situada no município de Barreiras, o 8 de março – Dia Internacional da Mulher -, é uma data significativa, porque representa diversas conquistas políticas, econômicas e sociais. Ela ressalta que muitas mulheres já ocupam espaços importantíssimos em todas as áreas e na publicidade não seria diferente. “Esse é uma tendência. Precisamos cada vez mais igualar os direitos e incentivar que as mulheres estejam inseridas de forma atuante no mercado”, adverte.

Dupla jornada

O recente estudo com indicadores sociais de gênero do IBGE aponta que na Região Nordeste a desigualdade entre homens e mulheres é maior do que em outras regiões, uma vez que mulheres ocupadas dedicam cerca de 80% a mais de horas em cuidados com pessoas e afazeres domésticos do que os homens, alcançando 19,0 horas semanais contra 10,5 horas para eles.  Esse dado mostra que a dupla jornada ainda persiste.

 “As mulheres vêm conseguindo conquistar cada vez mais espaço, mas a gente tem muito o que percorrer”, afirma Rebecca Lyrio, que atua há mais de oito anos na área e atualmente é gerente Digital da Propeg. “É visível e notório o quanto a gente tem avançado, o quanto as mulheres ocupam cargos de liderança e eu fico muito feliz em fazer parte desse novo movimento”, conclui.

Mulheres conquistam espaço no segmento de vendas de ônibus e caminhões

O desafio de atuar em segmentos tradicionalmente “masculinos” nunca assustou a diretora Executiva da Concessionária Bravo Caminhões e Ônibus, Alessandra Lobo, e a auxiliar administrativa da Oficina da empresa, Hélvia Santiago Barbosa. As duas encontraram a oportunidade para fazer o que gostam e crescer profissionalmente na empresa e representam milhões de mulheres que cada vez mais buscam e conquistam espaços no mercado de trabalho. A Bravo é uma empresa do Grupo LM e representa a rede MAN Latin America na Bahia.

Não é apenas na conquista desses espaços que consiste as superações que as mulheres enfrentam quando optam por manter uma carreira. No dia a dia, elas acumulam vários papéis. Conciliar a maternidade e a organização da casa com a vida profissional, ainda são questões difíceis. Mesmo coordenando sete filiais espalhados pelo estado, com centenas de funcionários, Alessandra sabe da necessidade de não descuidar da sua família. E já encontrou uma forma para conciliar a situação: “Procuro fazer com que o tempo que eu esteja com minha família, meu marido e minha filha, seja de qualidade, totalmente dedicado a eles. Da mesma forma, mantenho momentos focados no meu trabalho, e momentos apenas meus”, alerta.

Por ser considerado um mundo mais masculino, a eletricista Hélvia Santiago Barbosa até desconfiou que não conseguiria a vaga de ajudante de eletricidade na Bravo. Mas apesar de pouca experiência, ela foi bem no teste prático, sendo admitida.  Hoje é um exemplo na empresa. Entrou como ajudante de elétrica, passou pelo cargo de monitora pós-venda de ônibus e hoje é auxiliar administrativa da Oficina. “Me motivei e entrei na faculdade de engenharia mecânica, e estou no sexto semestre. Conseguir espaço nessa área é difícil para uma mulher, mas creio que a tendência é que cada vez mais os mercados se abram para nós. Ganhar o respeito das pessoas é a maior dificuldade que enfrentamos, mas isso com trabalho de qualidade nós conseguimos”, aponta.

Hélvia entrou nesta área porque não aguentava mais os repetidos problemas na parte elétrica que seu carro apresentava. Desempregada, decidiu ingressar em um curso profissionalizante na área, que estava sendo oferecido gratuitamente pelo Senai. “Meu pai é mecânico de máquinas de produção, então eu já tinha contato com essa área e foi na elétrica que me encontrei”, conta ela.

Ganhar o respeito dos colegas é outra grande conquista de Alessandra Lobo, que não tem medo de seguir sua intuição e fazer mudanças na sua vida. Ainda estudante de Administração, começou a trabalhar no Polo Industrial de Camaçari. Período em que teve a oportunidade de ter contato com diversas áreas, como controladoria, planejamento e aquela que passou a ser sua paixão – a financeira. Exerceu cargo de liderança na controladoria de uma Indústria Multinacional em São Paulo e decidiu cursar a faculdade de Direito, retornando a Salvador já como advogada tributarista.

“Apesar da realização profissional com a Administração, não queria deixar de viver isso, porque eu sempre tive um encantamento com o Direito. Consegui realizar esse sonho, mas, confirmei que meu coração vibrava pela minha primeira profissão, para a qual retornei depois de exercer a advocacia, e entender que o Direito me completava como Administradora”, conta Alessandra.

Em 2010 ela retornou ao mercado administrativo e financeiro, em um novo segmento – o de concessionárias. Iniciou sua carreira na Bravo como coordenadora administrativa financeira, e, buscando sempre engajar a equipe num objetivo único, aliado às oportunidades recebidas e aproveitadas, antes de um ano já era gerente e, em 2017, chegou à diretoria. Alessandra salienta que, embora ainda considere tímida a participação da mulher no setor automobilístico, ela vem crescendo tanto na área operacional como em cargos executivos, não apenas na Bravo como na MAN Latin America, e acredita que uma das motivações para este crescimento decorre da sensibilidade feminina para dar soluções a situações complexas e diversas e ao nível de organização necessário ao negócio.

Já Hélvia, que reina na sua oficina, dá um lembrete às mulheres que enfrentam os desafios do mercado de trabalho. Para ela, não existe trabalho “de homem” e trabalho “de mulher”. “Penso que precisamos deixar esses conceitos para trás e perceber que as mulheres estão em todas as áreas e precisam ser respeitadas em qualquer local”, destaca.

Documentário sobre Lei Maria da Penha ganha exibição especial no Dia da Mulher
Documentário sobre Lei Maria da Penha ganha exibição especial no Dia da Mulher

Para estimular o debate sobre a prevenção da violência doméstica e os avanços e necessidades ainda existentes para a proteção das mulheres que sofrem com este problema, o Grupo LM vai proporcionar aos integrantes e convidados um momento de reflexão sobre o tema. Aproveitando o gancho do Dia da Mulher, o documentário Silêncio das Inocentes vai marcar a primeira sessão de 2018 do projeto Cineclube Bravo.

Nos dias 7 e 8 de março, um resumo do documentário que mostra como se processa no Brasil a aplicação da Lei nº 11.340/2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, será exibido na matriz da Bravo (dia 7) e do Grupo LM (dia 8), seguido de um debate proposto pelo setor de Recursos Humanos.

A ação dá início ao sexto ano do projeto Cineclube Bravo!, vencedor do Prêmio Ser Humano, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), na categoria Gestão de Pessoas em 2017. O projeto é desenvolvido pelo Grupo LM e já exibiu mais de 4 mil minutos de conteúdo para um público de cerca de cinco mil pessoas, entre integrantes do grupo, convidados e visitantes.

Embora o foco seja nos curtas, o documentário “Silêncio das Inocentes” foi escolhido porque seu conteúdo e a discussão que ele traz são ricos e pertinentes, em especial no Dia Internacional da Mulher.

O conteúdo também é replicado na intranet, através de divulgação interna via e-mail marketing para todas as 26 unidades e seus 790 integrantes e, também, para quase doze mil pessoas através de postagens nas redes sociais.

A Lei Maria da Penha leva o nome da bioquímica e farmacêutica cearense que ficou paraplégica após ser baleada pelo marido e pai de suas três filhas. O documentário O Silêncio das Inocentes, através de vários depoimentos de vítimas e especialistas, apresenta o cotidiano de vítimas de violência doméstica. Dirigido por Ique Gazzola, o filme tem como objetivo ampliar a visibilidade e contribuir para ajudar a transformar a realidade.

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Trailer do documentário Silêncio das Inocentes