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As super ofertas de Alex Góes: cantor lança seu quarto CD em Salvador
As super ofertas de Alex Góes: cantor lança seu quarto CD em Salvador

Mesmo concorrendo com um grande evento reunindo 20 artistas da Axé Music, o show de lançamento em Salvador, do quarto CD do cantor e compositor Alex GóesSupermercado do Eu -, realizado no último dia 17, lotou a Praça Tereza Batista, no Pelourinho.

Esbanjando simpatia e bom humor, Alex cantou os antigos e os novos sucessos, sempre com a ajuda da plateia – um público cativo, composto por pessoas de diversas faixas etárias -, que se rendeu ao comando do cantor e,  em coro, cantou todas as músicas. Foi uma noite para consagrar uma carreira iniciada em julho de 1994, num primeiro show realizado no Teatro Expresso Baiano, do Clube Baiano de Tênis, quando ainda era conhecido como Alex e Banda.

Ao longo desses 11 anos, Alex Góes vem recebendo o reconhecimento popular nos palcos e já lançou quatro discos de forma independente, todos com composições próprias, reunindo influencias nacionais e internacionais do rock oitentista.

Supermercado do Eu – O quarto CD de Alex Góes, musicalmente é quase uma sequência do anterior, Terceiro Cd. A sonoridade é apenas um pouco mais leve, explorando menos as distorções da guitarra e valorizando ainda mais os violões de aço e o piano. O CD conta com a participação especial de Paulinho Moska, na faixa Amargura. A música de trabalho – Autodestruição -, já está tocando em algumas rádios do Rio de Janeiro e de Salvador.

Em seu site na Internet o artista explica o que é o Supermercado do Eu. “O título do trabalho veio do fato de ter percebido que a maioria das músicas escolhidas para o repertório, falava de sentimentos da alma de cada um. Os nomes das faixas, portanto, seguiram essa linha, dentro do universo de sentimentos e, por isso, agrupei todos nas prateleiras do Supermercado do Eu”, destaca Alex.

Broncas do Rafa – Tem que ter

Frase na traseira de um veículo kombi – “é velho, mas está pago e não foi financiado” – , me fez refletir sobre a ditadura de ter que estar motorizado. Uma vez minha mãe me perguntou como seria o tratamento das pessoas no trabalho e na faculdade se eu tivesse um carro?

Nesses meus devaneios catando peças aqui e acolá, juntando frases, músicas, sonhos, insight, etc…comecei a refletir sobre essa ditadura do “tem que ter”. Segundo meu professor de Língua Portuguesa João Edson, passamos por uma fase de “tem quer ser”, outra do “tem que ter” e agora estaríamos vivendo a fase do “perecer ter”. Será que se eu tivesse olhos azuis ou verde, fosse mais alto, malhado, tivesse saldo no banco, carro do ano, morasse na Barra, Graça, Vitória ou Horto Florestal teria tratamento diferente do que eu tenho hoje?

Alex Góes crítica esse monopólio na letra de sua música “Sou como sou”, e nos afirma que: “Olho pela janela e não é o que vejo não / Seria muito mal se fosse essa a situação / Chega de preconceito e viva a união / De toda raça, toda cor, sexo e religião / Quer saber? Sou como sou / Não quero me encaixar em qualquer padrão / Pode crer, sou como sou / Não preciso ser galã de televisão“.

Estamos vivendo realmente a ditadura dos galãs globais? As meninas tem de ter um corpo igual ao Gisele Bünchen. Se não der para ter o corpo, podem se contentam com a sandália que ela anuncia nos outdoors, fazer o quê? Você, o que acha dessa polêmica toda? Você concorda com esses “padrões” facilmente difundido e cada vez mais impregnado em nossa sociedade contemporânea, criados pela mídia? Devemos seguí-los?

Você namoraria uma pessoa que possuísse alguma deficiência física? Um gari ou vendedor ambulante? Alguém que não tenha o mesmo nível econômico ou cultural que o seu? Ou teclaria em uma sala de bate papo ou MIRC com uma pessoa que mora no subúrbio? Ou que se chama “João” ou “Hermenegildo”? E Romilda?