A trajetória do guerrilheiro comunista Carlos Marighella em exposição até o dia 30

A exposição Marighella, em memória aos 40 anos da morte do guerrilheiro comunista, ícone do combate à Ditadura Militar no Brasil segue em cartaz na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, em Salvador, até o dia 30 deste mês. Com curadoria de Isa Grinspum Ferraz e Vladimir Sacchetta, a mostra traça o perfil e a trajetória de vida do baiano Carlos Marighella com cartas, livros, imagens de arquivo, iconografia variada, depoimentos, além de textos do próprio Marighella. A exposição está em cartaz no foyer da Biblioteca Pública, com visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 21h.

Carlos Marighella nasceu em Salvador, em 5 de dezembro de 1911. Ainda na adolescência, o filho de um imigrante italiano com uma mulher negra, despertou para as lutas sociais. Aos 20 anos inicia o curso de Engenharia na Escola Politécnica da Bahia, tornando-se militante do Partido Comunista em 1933. Em 1946, Marighella foi eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte, sendo apontado como um dos mais audaciosos parlamentares de todas as bancadas, proferindo em menos de dois anos 195 discursos.

Na década de 1950, em São Paulo, participou ativamente das lutas populares do período e, em 1958, redigiu o estudo: “Alguns aspectos da Renda da Terra no Brasil”, que abre uma série de contribuições políticas que elaboraria até 1969. Marighella ainda visitou a China, União Soviética e Cuba, estudando as experiências revolucionárias naqueles países. Na noite de 4 de novembro de 1969, Carlos Marighella foi surpreendido por uma emboscada de agentes da polícia política e assassinado na Alameda Casa Branca, em São Paulo.

Serviço:

O quê: Exposição Marighella

Onde: Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Rua General Labatut, s/n, Barris, Salvador – BA)

Quando: visitação de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 21h, até 30 de abril

Quanto: ingresso gratuito