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Atriz Zeca de Abreu celebra 30 anos de carreira com espetáculo “A Filha da Monga” - Foto: Gabrielle Guido
Atriz Zeca de Abreu celebra 30 anos de carreira com espetáculo “A Filha da Monga”

A atriz Zeca de Abreu celebra seus 30 anos de carreira com a encenação do espetáculo A Filha da Monga, no Domingo no TCA, projeto dominical do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador. O monólogo, que marca a formatura da artista na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem texto inédito e direção assinados por Luiz Marfuz. A exibição acontece neste domingo (dia 26), às 11h, no canal do TCA no YouTube e, por conta da classificação indicativa, às 22h, na TVE Bahia. A peça poderá ser assistida no YouTube do TCA até o dia 29 de setembro, quarta-feira.

A Filha da Monga nasceu na formatura de Zeca, resgatando um ciclo interrompido há três décadas, quando a artista deixava a graduação na UFBA para integrar elencos de peças profissionais. O espetáculo solo traça a história de uma jovem que é obrigada pelo padrinho a trabalhar num parque de diversões no papel da mulher que vira monstro, a Monga, seguindo os passos da mãe. Ela tenta quebrar essa cadeia de sucessão para poder viver os ritos de passagem de sua vida na infância, na adolescência e na vida adulta. Para isso, precisará enfrentar a hostilidade dos homens que, antecipadamente, reservaram um papel para ela. Entre a realidade e a imaginação, a trama percorre a jornada de afetos da história dessa mulher.

“A peça procura tocar algumas questões incômodas que atravessam temas e instituições como a escola, a família, a religião, a psiquiatria, a sexualidade, a violência doméstica e a indústria de entretenimento. Trata-se, no fundo, da reconstituição da jornada de afetos e agruras de uma mulher”, conta Luiz Marfuz, que escreveu a obra especialmente para Zeca após um pedido da atriz que aconteceu três anos atrás. Naquela época, os dois se reuniram, Marfuz escreveu algumas cenas, mas a história não avançava muito. Foi então que, em dezembro de 2020, já durante a pandemia, o projeto foi retomado.

“Escrevi o texto entre janeiro e março deste ano, a maior parte em Coaraci, minha cidade natal. Foi aí que me veio a lembrança da Monga, fenômeno que sempre acompanhei nos circos e parques de diversões do interior e que me intrigava muito. Eu ficava fascinado por aquela transformação e só mais tarde vim a saber que era um truque de espelho, que mulher nenhuma virava monstro”, ressalta Luiz Marfuz.

Para Zeca de Abreu, é uma estreia especialmente simbólica, pois marca o seu retorno à Escola de Teatro depois de uma carreira artística consolidada, premiada como atriz e diretora, com dezenas de trabalhos em teatro, cinema e televisão. “Estou ao mesmo tempo completando 30 anos de carreira e me formando no curso de Interpretação Teatral na Universidade Federal da Bahia. Me formar tem muitos significados. Voltei a estudar porque acredito que a vida é um eterno aprendizado”, comenta Zeca. Explorando o diálogo entre o teatro e a linguagem audiovisual, A Filha da Monga foi ensaiada remotamente e gravada no Galpão Wilson Melo, no Forte do Barbalho, em Salvador.

O espetáculo tem direção musical de Luciano Salvador Bahia, cenário de Zuarte Júnior, figurino de Maurício Martins, desenho de luz de Fernanda Paquelet, preparação vocal de Iami Rebouças, assistência de direção de Mateus Schimith, Lucas Modesto e Ícaro Bittencourt, câmera de Hilda Lopes Pontes, Klaus Hastenreiter  e Thiago Duarte, montagem de Klaus Hastenreiter, roteiro audiovisual de Luiz Marfuz e Lucas Modesto, produção executiva de Gabrielle Guido, coordenação de produção de Luiz Antônio Sena Jr, além da participação em voz off dos atores e atrizes Aicha Marques, André Tavares, Edu Coutinho, Iami Rebouças e Kaika Alves. O projeto é uma realização da Escola de Teatro da UFBA e da Ouroboros Companhia de Investigação Teatral.

Serviço:

O quê: Espetáculo “A Filha da Monga” no projeto Domingo no TCA

Quando: domingo (dia 26), às 11h no YouTube do TCA e às 22h na TVE Bahia

Quanto: Ingresso gratuito

Classificação: 14 anos

Dramaturgo Paulo Atto lança livro sobre censura ao teatro em 1980
Dramaturgo Paulo Atto lança livro sobre censura ao teatro em 1980

O dramaturgo Paulo Atto lança nesta quarta-feira (dia 14), o livro Atto em 3 Atos & Memórias da Censura. A publicação da Editora do Teatro Popular de Ilhéus, será lançada, de forma virtual, às 19h, no canal do YouTube do Festival de Teatro da Caatinga. Em um vídeo especialmente criado para o momento, o autor irá falar sobre sua obra, formada pela trilogia de textos teatrais nos anos 1980: A Confissão, As Máquinas ou A Tragédia em Desenvolvimento e Até Delirar / O Banquete. O livro é uma espécie de inventário emotivo, histórico, dramatúrgico e artístico do período em que um grupo de atores e artistas vivenciaram a sua produção na Bahia.

“A escolha desses textos para o livro é justamente porque, por coincidência, eles são todos da década de 1980 e acontecem nesse período de transição democrática, onde a gente tem a presença e o aparato da censura. Nós tínhamos de submeter os textos de teatro a um departamento da Polícia Federal, que era a Divisão de Censura de Diversões Públicas, onde primeiro eram analisados, geralmente se levava três semanas, depois emitido um certificado de censura”, explica o dramaturgo, que apresenta alguns desses documentos no livro. “Esses textos também trazem em uma certa constância de temas como: enfrentamento, liberdade, direito ao sonho, ao delírio, a livre expressão e ao poder, sobretudo em A Confissão. Por isso, a razão desse livro ser essa trilogia da minha origem como dramaturgo, como diretor de teatro”, ressalta Paulo.

Em suas 298 páginas, a obra recorre à trilogia inicial do autor – que completa em 2021 exatos 38 anos de carreira – para recuperar e contribuir com a história do teatro de grupo na Bahia, num período que, embora em processo lento e gradual de abertura, o teatro enfrentava a censura, que em alguns momentos chegou a ser branda, mas que criava um permanente conflito dos criadores e grupos com os censores. No livro, Paulo relata um episódio em Recife (PE), em que os censores não queriam aceitar o certificado de censura da Bahia. “Eles queriam ver o espetáculo, mas chegaríamos num sábado e eles não tinham censores que trabalhassem nesse dia para ir assistir. E, apesar da gente já tem um certificado de censura da Bahia, decidiram que não iam permitir apresentação do espetáculo sem ser novamente avaliado. Foi uma situação muito complicada”, desabafa.

Além dos textos, o livro apresenta as matérias publicadas na imprensa sobre as montagens, fotos dos espetáculos, relatos do próprio autor sobre as condições de produção, processos criativos e contexto da época. Fazem parte ainda do volume uma apresentação sobre cada montagem e uma espécie de “memorial afetivo” – como o próprio dramaturgo define, composto de bilhetes deixados pelos autores, histórias de bastidores, anotações de cena, fac-símiles dos programas, cartazes, convites, folhetos e panfletos, anotações da direção, pequenas histórias, cartas, observações sobre ensaios. Na obra estão descritas, ainda, as relações do dramaturgo com o grupo Artes & Manhas do diretor Paulo Cunha, em seus processos criativos de escrita e montagem e por outro lado, o autor apresenta uma série de fatos decorrentes da conturbada relação que vivenciou com os censores e o aparato da censura no período.

“Da década de 80 para cá, a obra artística de Paulo Atto vem se desenvolvendo numa escala ascendente, crescendo em complexidade estrutural e temática, ele sempre inventando voos. Na fornada da última década, vale destacar A Conferência (2013), escrita a partir do livro As Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino, e Teatro La independência (2018), ambas reconhecidas e indicadas ao Prêmio Braskem de Teatro de Melhor Texto. Justos reconhecimentos a quem vem na contracorrente da massificação, em busca de um teatro pleno de inquietações, que recusa o apelo fácil, e se impõe como marca de atitude e presença no mundo“, afirma o dramaturgo Luiz Marfuz, no prefácio do livro.

Lançamento e debate sobre a censura às artes cênicas

Para o lançamento o livro Atto em 3 Atos & Memórias da Censura, nesta quarta-feira (dia 14), foram gravados em vídeo depoimentos e interpretação de trechos do livro por atores e atrizes consagrados que participaram das montagens como Hebe Alves, Frank Menezes, Andrea Elia, Selma Santos, Hamilton Lima e Rafael Magalhães. Foram também especialmente convidados a atriz Claudia di Moura e o ator Ricardo Castro, que não atuaram nas montagens, mas que eram profissionais que Paulo Atto desejava ver interpretando seus textos. Os jovens atores de Irecê, Marcos de Assis e Mozar Nunes, do Núcleo Caatinga da Cia Avatar também interpretarão textos do livro.

Já no dia 21 de julho, às 19h, será transmitido um debate, também através do YouTube do Festival de Teatro da Caatinga, sobre teatro e censura, tendo como eixo o contexto do livro Atto em 3 Atos & Memórias da Censura. Participam do debate o diretor, professor e dramaturgo Luiz Marfuz e o próprio autor do livro, Paulo Atto. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Serviço:

O quê: Lançamento do livro Atto em 3 Atos & Memórias da Censura

Quando: quarta-feira, dia 14 de julho, às 19h

Onde: no canal do YouTube do Festival de Teatro da Caatinga

Dramaturgo Paulo Atto lança livro sobre censura ao teatro em 1980
Capa do livro (Imagem: Reprodução)

Ouça no episódio #05 do podcast Destaques da Semana, a entrevista com o dramaturgo Paulo Atto fala sobre seu livro Atto em 3 Atos & Memórias da Censura

Prêmio Braskem de Teatro comemora 25 anos e anuncia os destaques do teatro baiano
Prêmio Braskem de Teatro comemora 25 anos e anuncia os destaques do teatro baiano

Um Vânia, de Tchekhov e Virgulino Menino, Futuro Lampião venceram as categorias Espetáculo Adulto e Espetáculo Infantojuvenil, respectivamente, do 25º Prêmio Braskem de Teatro. O anúncio dos destaques do teatro baiano em 2017 foi feito durante cerimônia de entrega dos troféus, na noite dessa quarta-feira (13/06), no palco principal do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador. Este ano, a mais importante premiação das artes cênicas do estado, completou 25 anos. O Prêmio Braskem de Teatro é uma realização da Caderno 2 Produções e patrocinado pela Braskem e Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

“Esta é mais uma noite que ficará marcada na história do teatro baiano. São 25 anos do Prêmio Braskem de Teatro, que não só reconhece o trabalho dos artistas e técnicos baianos que se destacam anualmente, como, ao longo desses anos, valoriza e incentiva toda a engrenagem que envolve a produção teatral em nosso estado”, afirma Milton Pradines, gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia e Alagoas.

Gil Vicente Tavares, conquistou o troféu de Direção pelos espetáculos Os Pássaros de Copacabana e Um Vânia, de Tchekhov; já Luiz Marfuz venceu na categoria Texto pela peça Traga-me a Cabeça de Lima Barreto. Marcelo Praddo levou a estatueta na categoria Ator, pelo desempenho nas peças Os Pássaros de Copacabana e Um Vânia, de Tchekhov, e Mariana Moreno foi escolhida melhor Atriz por Uma Mulher Impossível. Os vencedores das categorias de melhores espetáculos Adulto Infantojuvenil receberam R$ 30 mil, enquanto os contemplados nas outras seis categorias receberam R$ 5 mil cada, além de troféus.

Um ponto alto da noite foi a homenagem especial ao ator baiano Antonio Pitanga. “Quero pedir a benção à todas as entidades, no dia de Santo Antônio, meu Ogum, que continuem me abençoando”, abriu seu discurso. Pitanga lembrou que Glauber Rocha o aconselhou a fazer teatro e estendeu o conselho às novas gerações: “O ator tem que fazer teatro, sua casa, seu pilar. Tudo começa pelo teatro. Esse prêmio é uma revisitação à minha Bahia, ao meu povo, à minha família do teatro, das artes, da música, da literatura, do cinema, da capoeira. Neste templo sagrado, me chamam para ser homenageado em vida. Muito obrigado minha Bahia. Viva minha Bahia”, ressaltou o ator, bastante emocionado.

Letícia Bianchi, vencedora da categoria Revelação pela direção do espetáculo Eudemonia, dedicou o prêmio às grandes mulheres do teatro. O ator Lucas Sicupira, representando todo o elenco de Virgulino Menino, Futuro Lampião, espetáculo vencedor na categoria Infantojuvenil, agradeceu o Prêmio Braskem de Teatro e ressaltou a importância do teatro nas escolas para a formação de atores e principalmente de plateia.

A atriz Mariana Moreno agradeceu ao Prêmio Braskem de Teatro e ao olhar sensível da comissão julgadora pela avaliação do espetáculo Uma Mulher Impossível. “Ter um trabalho reconhecido é sempre bom, e por esse espetáculo que dá voz a muitas mulheres, em especial. Viva o teatro”, destacou. O ator Leno Sacramento, do Bando de Teatro Olodum, baleado na perna numa ação policial na tarde dessa quarta-feira foi lembrado, assim como o movimento em defesa da regulamentação da profissão de artista.

Foram avaliadas 61 peças teatrais baianas profissionais e inéditas, que estiveram em cartaz em Salvador de 1º de abril a 17 de dezembro de 2017. Essas montagens concorrem as oito categorias do Prêmio: Espetáculo Adulto, Espetáculo Infantojuvenil, Direção, Ator, Atriz, Texto, Revelação e Categoria Especial. Integraram a Comissão Julgadora da 25ª edição do Prêmio Braskem de Teatro: Bertrand Duarte, ator e apresentador; Cristiane Mendonça, atriz; Edvar Passos, arquiteto, diretor teatral e dramaturgo; Mauricio Pedrosa, ator, diretor, cenógrafo e bonequeiro; e Warney Jr., dançarino, ator, coreógrafo e professor de dança de salão.

Com direção artística de Luiz Marfuz, a cerimônia de premiação teve como tema A arte é livre. O espetáculo passeou pela rica história de 2.500 anos do teatro, para refletir sobre a liberdade da criação artística e o cerceamento artístico vividos nos últimos tempos. A condução da cerimônia ficou a cargo dos atores baianos Harildo Déda, Valdineia Soriano, Cyria Coentro e Hilton Cobra, além de Leandro Villa, como ator convidado. A atriz e cantora Laila Garin, junto com 12 dançarinos, foram responsáveis pelo um dos momentos mais emocionante da noite. Ela interpretou Cálice, canção de Chico Buarque e Gilberto Gil, censurada durante a ditadura militar no Brasil. Outra participação da Laila bastante aplaudida foi quando cantou Como Nosso Pais, de Belchior, acompanhada dos músicos Alexandre Lins (pandeiro) e Gelber Oliveira (piano).

A cerimônia do Prêmio Braskem de Teatro ainda reverenciou o trabalho do maquiador e cabeleireiro Deo Carvalho, que compartilhou a homenagem com todos que se dedicam ao teatro, em especial a Eliana Pedroso, Cristiane Mendonça e Vadinha Moura. A premiação prestou homenagens póstumas para a atriz e diretora teatral Ivana Chastinet, morta em agosto de 2017, aos 54 anos de idade; e para a atriz Frieda Gutmann, que morreu em janeiro de 2018, aos 67 anos.


CONFIRA OS VENCEDORES DO 25º PRÊMIO BRASKEM DE TEATRO:

ESPETÁCULO ADULTO

  • Um Vânia, de Tchekhov

 
ESPETÁCULO INFANTOJUVENIL

  • Virgulino Menino, Futuro Lampião

 
DIREÇÃO

  • Gil Vicente Tavares, pelos espetáculos Os Pássaros de Copacabana e Um Vânia, de Tchekhov

 
ATOR

  • Marcelo Praddo pelos espetáculos: Os Pássaros de Copacabana e Um Vânia, de Tchekhov

 
ATRIZ

  • Mariana Moreno pelo espetáculo Uma Mulher Impossível

 
TEXTO

  • Luiz Marfuz por Traga-me a Cabeça de Lima Barreto

 
REVELAÇÃO

  • Letícia Bianchi pela Direção do espetáculo Eudemonia

 
CATEGORIA ESPECIAL

  • Gerônimo Santana pela Composição Musical do espetáculo De Um Tudo
Prêmio Braskem de Teatro reúne atores baianos para refletir sobre a liberdade artística
Prêmio Braskem de Teatro reúne atores baianos para refletir sobre a liberdade artística

Seis atores baianos comandarão a cerimônia de entrega da 25ª edição do Prêmio Braskem de Teatro. A grande noite das artes cênicas baianas, será realizada na próxima quarta-feira (dia 13), às 20h, no palco principal do Teatro Castro Alves, em Salvador. Para a missão, o diretor artístico Luiz Marfuz, convocou os atores Harildo Déda, Valdineia Soriano, Cyria Coentro e Hilton Cobra, como mestres de cerimônia. Além do quarteto, integram o elenco do evento, Leandro Villa, como ator convidado e a atriz e cantora Laila Garin, que fará uma participação especial, junto com 12 dançarinos, que formarão o coro performático do espetáculo.

A cerimônia, que irá premiar os destaques nas artes cênicas baianas em 2017, além de comemorar os 25 anos do Prêmio Braskem de Teatro, terá como tema A arte é livre. O espetáculo, usará a rica história de 2.500 anos do teatro, para refletir sobre a liberdade da criação artística, considerando as manifestações e o cerceamento artístico vividos nos últimos tempos.

A arte livre será tema dos 25 anos do Prêmio Braskem de Teatro
A arte livre será tema dos 25 anos do Prêmio Braskem de Teatro

Refletir sobre as manifestações e o cerceamento artístico vividos nos últimos tempos. Esse será o tema principal da cerimônia de entrega dos troféus do Prêmio Braskem de Teatro. A tradicional premiação das artes cênicas baianas, que em 2018 comemora 25 anos, será realizada no próximo dia 13 de junho, no palco principal do Teatro Castro Alves, em Salvador.

“No ano passado, uma onda conservadora caiu em cima da produção dos artistas do país, em quase todas as áreas. Onda que se traduziu em proibições e manifestações contra obras de arte, acalorando o debate sobre a natureza, função, limites e (des)limites das artes”, lembra Luiz Marfuz, diretor artístico da cerimônia. Ele explica que o conceito da cerimônia, busca trazer, de algum modo, fagulhas do espírito de nosso tempo.

“O conceito da cerimônia será A arte é livre. Isso pode parecer óbvio, mas muitas vezes precisamos reafirmar o óbvio, para que não desapareça”, garante o diretor Artístico do Prêmio Braskem de Teatro, revelando que o evento terá música, dança, teatro e audiovisual, mas sem deixar escapar mais detalhes.

Harildo Déda volta a cartaz com “A última sessão de Teatro”
Harildo Déda volta a cartaz com A última sessão de Teatro

O espetáculo A última sessão de Teatro reestreia nesta sexta-feira (dia 12), às 20h, no Teatro Martim Gonçalves, no Canela, em Salvador. A peça, com texto e direção de Luiz Marfuz, marca os 70 anos de Harildo Déda, ator, diretor e professor da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

No palco, Déda vive um personagem, também de 70 anos, que acaba esquecendo as falas durante os espetáculos. O problema de memória leva o artista abandonar os palcos. Depois, a pedido de uma amiga, passa a dar aulas de interpretação a um ator em início da carreira, o que faz o veterano repensar a decisão de abandonar o teatro. O espetáculo levanta, ainda, discussões a respeito da arte de atuar, o teatro contemporâneo e o significado da profissão.

Carreira

Aos 70 anos, o mestre Harildo Déda tem em no currículo quase 70 espetáculos teatrais. Atuou e dirigiu montagens como: A Vida de Galileu, de Bertolt Brecht, Hamlet, de William Shakespeare, e Seis Personagens à Procura de um Ator, de Pirandello. Na televisão, participou das minisséries O Pagador de Promessas (1988), “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1998) e “Carga Pesada” (2004). No cinema, atuou nos filmes “Tieta do Agreste” (1996), “Central do Brasil” (1998), “Cidade Baixa” (2005) e “Orquestra dos Meninos” (2008).

Serviço:

O quê: Peça A Última Sessão de Teatro

Onde: Teatro Martim Gonçalves – Escola de Teatro da Ufba (Av. Araújo Pinho, 292, Canela)

Quando: sextas, sábados e domingos (até 04 de abril), às 20h

Quando: ingresso a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)

Informações: (71) 3283-7862