O escritor Graciliano Ramos será o homenageado da Festa Literária Internacional do Pelourinho – FLIPELÔ 2021, que acontece em Salvador, de 17 a 21 de novembro. Esta edição do evento, que é realizado pela Fundação Casa de Jorge Amado, em parceria com o Sesc, será realizada de forma híbrida e gratuita, com uma programação virtual e presencial, para pessoas de todas as idades. Apesar de ter nascido em Alagoas e vivido no Rio de Janeiro, Graciliano Ramos (1892-1953), autor do célebre romance Vidas Secas, tinha grande amizade com o escritor baiano Jorge Amado (1912 – 2001).
A Festa, que enaltece a literatura, beneficiará diretamente a comunidade do Pelourinho, no Centro Histórico da capital baiana, contribuindo para o fomento do comércio local, o turismo e as atividades produtivas de todo o sítio histórico, além de movimentar e promover o mundo da literatura. A programação prevê a realização de debates presenciais que contarão com a transmissão em tempo real no canal e redes socais do evento, com escritores internacionais do Equador, México, Porto Rico, Angola, São Tomé e Príncipe e Moçambique, com escritores que representam as diversas regiões do país e uma presença importante de escritores vindos do interior da Bahia.
Na Arena do Teatro Sesc-Senac Pelourinho será instalado um painel de LED que funcionará como uma central de transmissão, onde o público poderá assistir o que está sendo exibido no canal da FLIPELÔ em tempo real. Espetáculos e contações de histórias que serão exibidos no canal do YouTube da FLIPELÔ, e uma ampla programação infantil com oficinas e ações formativas. Recitais de poesia, lançamentos de livros, espaço das Editoras Baianas, a presença da livraria oficial do evento – a LDM, Praça do Cordel e uma programação especial para comemorar o Dia da Consciência Negra.
A FLIPELÔ 2021 ainda promoverá a Rota Gastronômica Amados Sabores, da qual participam restaurantes e bares do Centro Histórico, criando pratos com o tema Amado Sertão – Comida Sertaneja da Bahia, inspirado no livro A Cozinha Sertaneja da Bahia, de Guilherme Radel. A programação do evento ainda terá a Rota das Artes, com exposição de obras de arte de artistas visuais que atuam no Centro Histórico, vivem e têm ateliês no local.
Fotos: Elói Corrêa/GOVBA
Acesso facilitado
Todos os eventos da FLIPELÔ 2021 que acontecerem em espaços culturais públicos ou privados terão o acesso condicionado ao passaporte de vacina, com comprovação das duas doses. Será exigido o uso de máscaras e aferição da temperatura. Um apoio significativo está sendo programado para possibilitar a acessibilidade a portadores de deficiências. A maior parte dos eventos terá audiodescrição e tradução de libras.
Monitores de Turismo e guias de turismo filiados a Associação dos Guias Turísticos da Bahia irão orientar o público. Na Estação de Metrô do Campo da Pólvora, a ação “Vá de Metrô para a FLIPELÔ” vai disponibilizar vans que farão o traslado gratuito da estação até o Taboão. Para quem, p´referir ir de carro, os estacionamentos da região que terão tarifa única de R$ 15. A Festa Literária Internacional do Pelourinho – FLIPELÔ 2021 é uma produção da Sole Produções.
Depois de 18 meses fechado o Circuito de Cinema Sala de Arte volta a funcionar em Salvador. A partir desta quinta-feira (dia 7), o Cine MAM, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-Bahia), será a primeira sala do circuito na capital baiana a voltar a exibir películas nacionais e estrangeiras.
A reabertura só foi possível depois de uma campanha que durou 40 dias para arrecadar doações para a Sala de Arte. A exibição dos filmes acontecerá semanalmente de terça a quinta, com quatro sessões. Na sexta, sábado e domingo acontecerão cinco sessões. Especialmente nesta segunda-feira (dia 11), véspera de feriado, ocorrerão cinco sessões. Confira programação desta semana abaixo e no site https://saladearte.art.br.
O funcionamento do Cine MAM obedece a todos os protocolos determinados pelas autoridades de saúde, municipais, estaduais e federais. Os cinemas de Salvador já estavam liberados a funcionar desde maio deste ano. Em função do fechamento durante a pandemia, o Circuito Sala de Arte passou por dificuldades e por isso foi realizada uma campanha de arrecadação de recursos.
“O sucesso da campanha foi essencial para a reabertura, mas o retorno do público às salas de cinema é que vai garantir a continuidade desses espaços de cultura e arte, tão importantes para a cidade”, enfatiza uma das sócias do Circuito, Suzana Argollo. Segundo ela, as demais salas ainda passarão por manutenção na estrutura física e equipamentos.
MAM-Bahia reabre espaços de forma gradual e por etapas
Fotos: Geraldo Moniz
Fotos: Geraldo Moniz
O Cinema Sala de Arte do MAM foi o terceiro espaço a ser aberto no museu que está reabrindo de forma gradual e por etapas. Os primeiros espaços reabertos à visitação pública em 17 de agosto foram com as salas expositivas da Capela e Casarão e a exposição O Museu de Dona Lina, seguido do Café Sala de Arte juntamente com os Pátios da Mangueira e do Pôr do Sol. “No próximo dia 19 de outubro estaremos reiniciando o Programa de Residências Artísticas do MAM-Bahia com a Pinacoteca do Beiru e até início de dezembro serão inaugurados o Espaço Lina Bo Bardi e o Espaço Unhão”, relata Pola Ribeiro, diretor do MAM-Bahia. Em 2022, acontecerá a entrega do Parque das Esculturas.
As áreas livres abertas até agora somam mais de 2.500 m² de espaços a céu aberto que garantem ventilação permanente e possibilidade de distanciamento entre as pessoas. As máscaras continuam obrigatórias. O MAM dispõe de aferição de temperatura na portaria, álcool gel e sinalizações internas e externas de segurança. O Pátio da Mangueira onde está a entrada do Cinema do MAM dispõe de mesas, cadeiras e sombreiros do Café Sala de Arte, com acesso aos espaços expositivos, ao café e sanitários. O local tem esse nome em função da mangueira com mais de 15 metros de altura e uma grande copa.
Confira a programação da Sala de Arte – Cine MAM – de 7 a 13 de outubro:
A DONA DO BARATO (La Daronne) – ESTREIA!
De Jean-Paul Salomé. Com Isabelle Huppert, Hippolyte Girardot, Liliane Rovère. França, EUA. 2021. Patience Portefeux (Isabelle Huppert) é uma tradutora policial francês-árabe que é especializada em escutas telefônicas para a unidade antinarcóticos. Um dia, enquanto escuta os traficantes procurados, ela descobre que um deles é filho da fantástica mulher que cuida da sua mãe. Duração: 1:46. Classificação: 16 anos.
12h30 (Apenas sábado, domingo, segunda e terça)
18h30 (DIARIAMENTE)
CRY MACHO – O CAMINHO PARA A RENDENÇÃO (Cry Macho) – ESTREIA!
De Clint Eastwood. Com Clint Eastwood, Eduardo Minett, Natalia Traven. EUA. 2021. Mike Milo (Clint Eastwood), um ex-astro de rodeio e criador de cavalos fracassado, aceita uma proposta de trabalho de um ex-chefe para trazer o jovem filho desse homem de volta do México para casa. A dupla improvável enfrenta uma jornada inesperadamente desafiadora, durante a qual o cavaleiro cansado do mundo pode encontrar seu próprio senso de redenção ensinando ao menino o que significa ser um bom homem. Duração: 1:45. Classificação: 12 anos.
14h30 e 20h30 (DIARIAMENTE)
O HOMEM QUE VENDEU SUA PELE (The Man Who Sold His Skin) – ESTREIA!
De Kaouther Ben Hania. Com Yahya Mahayni, Dea Liane, Monica Bellucci. Tunísia, França, Alemanha, Suécia, Turquia. 2021. Sam Ali, um jovem e impulsivo sírio que deixou seu país, pelo Líbano, para escapar da guerra. Almejando viajar para a Europa e viver com o amor de sua vida, ele aceita ter suas costas tatuadas por um dos artistas contemporâneos mais cultuados do mundo, transformando seu próprio corpo em uma linda e prestigiosa obra de arte. Duração: 1:48. Classificação: 14 anos.
O artista plástico baiano Samuel Cruz apresenta suas obras feitas exclusivamente em papel jornal, na mostra Histórias em Papel, exposta em Salvador. O público poderá conferir as peças inspiradas em arte sacra e retratos do cotidiano entre os dias 29 de setembro e 14 de outubro, nos dois pisos do Shopping Paseo, no bairro do Itaigara, na capital baiana.
No início, Samuel Cruz produzia suas obras com cimento, até que começou a desenvolver uma técnica com o jornal e encontrou o seu verdadeiro ofício. Ele ainda não vive de arte, trabalha com transporte de carreta, mas se sente realizado ao ver o impacto e reconhecimento do seu trabalho. “Me sinto lisonjeado com o que a arte tem me proporcionado. Ter as minhas emoções materializadas dentro da casa de cada pessoa me deixa muito feliz”, declara o artista.
Pela estrada ele ganha a vida, mas foi no papel jornal que o artista plástico Samuel Cruz reescreveu a sua trajetória. Carreteiro de profissão e artista de coração, transformou o seu apreço pelas artes sacras e a inspiração das cenas do cotidiano em arte. O menino nascido e criado na comunidade do Nordeste de Amaralina não deixou as dificuldades da vida afetar a sua sensibilidade. Ao contrário, usou as barreiras como força propulsora para retratar o que a vida tem de melhor. E foi essa beleza que Samuel aprendeu a moldar nas folhas de jornais.
Aliás transformar tragédias em oportunidades é o seu maior dom. Foi por conta de um acidente grave que o afastou do trabalho, atuando como carreteiro, que a sua vida mudou. Sem poder trabalhar, Samuel encontrou na arte um refúgio. “Aquilo me fez buscar meios para ocupar minha mente. E o que eu encontrei foi a arte”, revela o artista. Primeiro, como autodidata. Foi aprimorando a sua técnica com ajuda profissional, passou pelo extinto Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, e não se acomodou. Hoje, cursando Licenciatura em Artes Visuais, o artista empresta o seu talento aos objetos que produz e vislumbra alçar voos mais altos para poder viver da arte.
Foi iniciada na noite desta segunda-feira (dia 27) a venda de ingressos para a turnê Infinito, de Thiaguinho, em Salvador. Após estrear a nova turnê em São Paulo, o cantor vai apresentar dois shows no Centro de Convenções de Salvador, nos dias 23 e 24 de outubro (sábado e domingo). O ingresso, com valor do primeiro lote, custa de R$ 150 e está à venda pelo site do Sympla.
Neste novo projeto, Thiaguinho e sua banda trazem 38 composições, que passeiam entre canções inéditas e regravações de grandes sucessos da carreira do artista. “Espero que os fãs, que sempre me acompanham de perto, sintam o carinho que toda a minha banda e equipe depositou nesse projeto. Infinito é um álbum muito especial para mim. Espero que todos se divirtam, se emocionem e que o nosso carinho e nossa troca seja infinita”, comenta Thiaguinho.
Com realização da Oquei Entretenimento e Grupo Onda, as apresentações vão seguir os protocolos de segurança, controle e combate ao novo coronavírus, exigidos pelos órgãos sanitários competentes. Após os dois shows na capital baiana, Thiaguinho apresenta a turnê Infinito em Balém (PA), Recife e Caruaru (PE).
Músico e empresário
Nascido no interior de São Paulo e criado no Mato Grosso do Sul, Thiaguinho cresceu ouvindo música sertaneja, ritmo predominante na cidade onde morava. Mas as referências musicais da família também influenciaram o garoto de Presidente Prudente, que ouvia Elis Regina e Tim Maia.
Ainda menino cantava e tocava violão nos corais da igreja que frequentava com sua mãe. Conheceu o pagode através de um tio e, desde então, traçou uma meta: ser músico, ou melhor, pagodeiro.
Seu primeiro trabalho foi no Grupo Samba e Suor, mas foi no reality show Fama, da TV Globo, que o cantor foi revelado em 2002.
Em 2012, o cantor, compositor e instrumentista, partiu para carreira solo, após nove anos à frente do grupo Exaltasamba. Em abril de 2021, o músico e empresário investiu R$ 52 milhões em sua própria gravadora, já responsável pelo lançamento do projeto Infinito.
Foi inaugurado na noite desta quinta-feira (dia 23), a Cidade da Música da Bahia, novo museu instalado pela Prefeitura de Salvador no histórico Casarão dos Azulejos Azuis, no bairro do Comércio. Situado próximo ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo, dois conhecidos cartões portais soteropolitanos, o imóvel foi completamente recuperado e apresenta a história da música desde os tempos da colonização da primeira capital do Brasil até a explosão de diversidades sonoras dos tempos contemporâneos. Além disso, também será um centro cultural de produção de novas linguagens musicais, com aparelhamento técnico e estúdios para promover novos movimentos.
O funcionamento da Cidade da Música da Bahia será de terça-feira a domingo, das 10h às 17h. O valor do ingresso é R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada). O benefício da meia entrada é extensivo a cidadãos residentes em Salvador, mediante comprovação de endereço. A visitação deverá ser feita através de agendamento prévio, a ser feito no site www.cidadedamusicadabahia.com.br.
Gerenciado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a Cidade da Música da Bahia possui 1.914,76 m² de área construída e possui quatro pavimentos, cuja imersão dos visitantes é proporcionada através da mais moderna tecnologia utilizada atualmente. O piso térreo conta com hall de entrada, recepção e bilheteria, salão de estar, café, loja, biblioteca, midiateca, centro de pesquisa, área de infraestrutura do centro cultural, secretaria, depósito, copa e área de funcionários. A partir daí, a viagem ao universo sonoro da capital baiana é monitorada através do próprio smartphone do visitante, a partir do sistema da Cidade da Música a ser acessado através de QR Code e mediante preenchimento do cadastro.
Os pavimentos superiores abrigam acervos permanentes e estão sob as curadorias do antropólogo Antonio Risério e do arquiteto e artista Gringo Cardia, que também atuaram em outro equipamento municipal: a Casa do Carnaval da Bahia, na Praça da Sé. No primeiro andar da Cidade da Música, os visitantes se deparam com a exposição A Cidade de Salvador e Sua Música, que retrata bairros da cidade e suas músicas, histórias, depoimentos e novas tendências. O local dispõe de recursos audiovisuais através de uma grande maquete interativa, três grandes telas de projeção, estações de consulta e estúdio para gravação de depoimentos.
O segundo andar, por sua vez, possui na ambientação o tema da Tropicália com ilustrações gigantes de fragmentos da pintura modernista de Genaro de Carvalho. O local abriga a exposição História da Música na Bahia com nove cabines de vídeos, além de três salas. Uma delas é intitulada A Magia da Orquestra e exibe conteúdo voltado para a música clássica, mostrando como funciona uma orquestra passo a passo, quais os instrumentos a compõe e vídeo gravado com a Orquestra Sinfônica da Bahia.
A sala A Nova Música da Cidade traz experiência imersiva com grande tela de 80 polegadas, onde passam vídeos com grupos novos, cantores em ascensão e grupos periféricos de música. O sistema de iluminação desse local acompanha as luzes do show ou clipe, dando a sensação ao visitante que ele está dentro da tela. Já a sala Quem Faz a Música da Bahia é equipada com uma grande tela na qual são exibidos 260 depoimentos das pessoas mais importantes e representativas da música baiana.
O último pavimento da Cidade da Música da Bahia oferece entretenimentos educativos. Há três estúdios de gravação de clipes karaokê onde o visitante escolhe um fundo gráfico e, ao final, tem seu clipe pronto para postar em redes sociais. Uma estação de vídeo mostra todos os clipes que foram gravados. O conteúdo é acumulativo e dá para pesquisar quem gravou. O cardápio de variedades segue com a sala do Rap e Trap, poesia consciente que mostra vídeos de vários rappers, trappers e poetas de todo o Brasil, em especial os artistas jovens da Bahia. Esse espaço tem um pequeno tablado no qual o visitante pode recitar seu rap ou poesia.
O terceiro andar ainda tem sala especial de demonstração de um set de percussão onde as pessoas sentam em volta da mesa central. Um monitor do espaço cultural faz uma aula show com a participação final de todos os visitantes. Essa mesma sala está desenhada para ser um estúdio de gravação que acolherá o projeto “Novos Talentos”, no qual a Cidade da Música escolhe quatro jovens artistas por mês e produz a música e um clipe dos selecionados.
Foto: Reprodução / Site Cidade da Música da Bahia
Foto: Reprodução / Site Cidade da Música da Bahia
Foto: Reprodução / Site Cidade da Música da Bahia
De hotel e supermercado a museu
O histórico Casarão dos Azulejos Azuis foi tombado em 30 de julho de 1969 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas a história do imóvel é bem mais antiga. A fachada principal exibe dezenas de janelas de arcos em forma de ogiva, como em outros edifícios neogóticos. O Guia dos Bens Tombados Brasil, do Iphan, cita que não há informações precisas sobre as origens do sobrado. Acredita-se que ele tenha sido construído entre 1851 e 1855. De lá para cá, o imóvel passou por diversas transformações, abrigando o Hotel Muller, ainda no século XIX, e até o supermercado Paes Mendonça na segunda metade do século XX.
As intervenções no Casarão dos Azulejos Azuis tiveram investimento total de R$19,2 milhões, sendo R$11 milhões provenientes de financiamento junto à Corporação Andina de Fomento (CAF), através do Programa de Requalificação Urbanística de Salvador (Proquali), com intermediação da Casa Civil, e obras executadas pela Superintendência de Obras Públicas (Sucop), vinculada à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra).
Para efetivar as obras de recuperação no lugar que agora passa a abrigar a Cidade da Música da Bahia, a Prefeitura de Salvador promoveu estabilização do imóvel, em 2017, com a retirada dos escombros oriundos do desabamento da cobertura e consequentemente das estruturas em madeira abaixo dela. Os azulejos portugueses nas cores azul e branco que compõem a fachada do casarão passaram por um trabalho minucioso de restauração, realizado em mais de 21 mil peças de revestimento, espalhadas entre as ruas Portugal e Bélgica.
Os azulejos (que medem 13,5 x 13,5 cada), foram produzidos entre 1850 e 1860). Apesar de todos os cuidados na hora da remoção das pedras originais, nem todos os quadradinhos puderam ser reaproveitados devido à argamassa usada em diferentes períodos do passado. As peças com falta de pedaços foram restauradas, mas houve também produção de outras para substituir as que não puderam ser aproveitadas, de acordo com diretrizes do Iphan.
O Casarão dos Azulejos Azuis que passa a abrigar a Cidade da Música da Bahia está localiozado próximo ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo. Foto: Reprodução
Os mais de 21 mil azulejos que recobrem a fachada do histórico casarão e medem 13,5 x 13,5 cada e foram produzidos entre 1850 e 1860, passaram por um minucioso processo de restauro. Foto: Betto Jr. / Secom
Quanto: Ingressos a R$20 (Inteira) e R$10 (meia-estrada para estudantes, idosos acima de 60 anos e residentes em Salvador com apresentação de comprovante de residência individual)
O Espaço Itaú de Cinema informou, através de comunicado em seu site, o fechamento de suas 17 salas em Salvador, Curitiba e Porto Alegre, a partir desta quinta-feira (dia 16). O banco Itaú mantinha parceria para a manutenção do Espaço de Cinema Glauber Rocha com quatro salas de projeção, em Salvador. Apesar do comunicado da instituição bancária, o gestor do cinema baiano, o cineasta Claudio Marques, afirmou que ele e o sócio, Adhemar Oliveira, manterão as atividades do espaço que funciona no prédio utilizado como cinema desde 1919 e que já abrigou o histórico Cine Guarani.
“Nós continuamos a acreditar nas salas de exibição e no Centro Histórico de Salvador. O Cine Glauber vai renascer depois dessa pandemia, desse momento terrível, ainda com mais força. Espero realmente poder contar com o apoio de toda a nossa sociedade. Precisamos de novos parceiros e vamos atrás. Temos pouco tempo para poder viabilizar uma nova equação, mas nós estamos confiantes que esse não será o ponto final dessa bela história”, afirmou Marques.
Ele agradeceu ao Unibanco-Itaú pela parceria que viabilizou a construção e manutenção das salas de exibição em Salvador. “Construímos um empreendimento que foi capaz de transformar uma região preciosa e que estava abandonada. Hoje, há um novo cenário”, ressaltou Claudio Marques, sócio-gestor do Espaço de Cinema Glauber Rocha.
As demais 40 salas de exibição do Espaço Itaú de Cinema localizadas em Brasilia, Rio de Janeiro e São Paulo continuarão funcionando mantidas pelo banco Itaú.
Integra da nota do Espaço Itaú de Cinema
Caros espectadores e cinéfilos de Salvador, o Espaço Itaú de Cinema comunica o fechamento de suas salas a partir de quinta-feira, 16 de setembro. Foram quase 13 anos de atividade, oferecendo uma programação que sempre incluiu títulos de várias partes do mundo, além de mostras, festivais, pré-estreias e projetos, como o Clube do Professor.
Agradecemos a presença de todos que puderam estar conosco e vivenciar a experiência de assistir filmes da nossa programação em nossas confortáveis salas. Estamos em tempos de adaptação a novos formatos de exibição e o Espaço Itaú de Cinema vai ampliar, para todo o país, o acesso gratuito a filmes e Mostras, através da plataforma Itaú Cultural Play, onde todos poderão acompanhar um pouco do nosso trabalho.
O velejador e engenheiro civil Aleixo Belov lança o seu mais novo livro, Minhas viagens com outros comandantes. A publicação, concebida durante a pandemia, será lançada na próxima quinta-feira (dia 23), a partir das 18h, no salão de festas do Yacht Clube da Bahia, na Ladeira da Barra, em Salvador. O evento aberto ao público contará com uma sessão de autógrafos com o autor seguindo todos os protocolos de segurança contra a Covid-19. O lançamento de Minhas viagens com outros comandantes faz parte das ações para a inauguração prevista para o mês de novembro, do Museu do Mar, no bairro do Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador.
A mais recente obra de Belov, de 78 anos, mostra sua construção como navegador e o aprendizado que pôde adquirir, ao longo de sua juventude, em uma série de viagens que fez em barcos comandados por velejadores como o francês Oleg Bely, grande mentor do ucraniano que escolheu a Bahia como lar.
Essas experiências, que são compartilhadas com os leitores em ordem cronológica, contribuíram para que o velejador se tornasse um dos maiores navegadores do Brasil. Dentre os feitos que reforçam a importância desse baiano de coração estão cinco voltas ao mundo, sendo três delas em solitário a bordo do veleiro TrêsMarias. Por conta dessas viagens, ele ganhou um diploma da Marinha do Brasil por ter sido o primeiro a dar uma volta ao mundo sozinho em uma embarcação com a bandeira brasileira.
As outras duas viagens foram feitas com o veleiro-escola Fraternidade, construído pelo próprio Belov, assim como o TrêsMarias. Nas expedições, ele viajou acompanhado de mais 12 tripulantes – alunos entre 18 e 30 anos – pré-selecionados pelo próprio comandante para compreender as lições do mar, assim como aprendeu com os velejadores que constam na atual obra.
“Na época, não sabia da importância que Oleg iria exercer na minha vida de navegador, nem que se tornaria meu mentor e me ajudaria muito, dando sugestões no projeto e na construção do Fraternidade”, revela Belov, no capítulo intitulado A primeira viagem com Oleg Bely a bordo do Kotic.
No prefácio do livro, Belov, que venceu a Covid-19, ainda fala sobre como a crise sanitária que o mundo vive o ajudou na construção da obra. “Talvez este livro nunca tivesse sido escrito se não ocorresse a pandemia do novo coronavírus, que me deixou recolhido em casa. Revirando as coisas e separando o que ia ser exposto no Museu do Mar, que estava construindo, encontrei 11 cadernos com diários que escrevi, inclusive, quando ainda era jovem”, afirmou ele, antecipando que, para trazer à tona a veracidade presente nas anotações, manteve o estilo de escrita de cada época.
“Considerei mais importante manter como estava escrito para se ter a imagem do Aleixo Belov de cada época, nos diversos relatos em anos diferentes, e poder perceber como ele foi mudando com o tempo”, contou o velejador, que é autor de outros oito livros que narram suas as viagens ao redor do mundo.
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