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Cineasta baiano Tau Tourinho lança curta-metragem “Ogigi - A Trajetória da Sombra”
Cineasta baiano Tau Tourinho lança curta-metragem “Ogigi – A Trajetória da Sombra”

O cineasta baiano Tau Tourinho lançou, no sábado (dia 4), seu novo curta-metragem Ogigi – A Trajetória da Sombra. O filme é uma ótima oportunidade para conferir mais uma obra criativa deste diretor da cidade Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, e radicado em Cachoeira. A histórica cidade baiana, inclusive, tem inspirado o artista a produzir bastante, principalmente, nesses tempos de pandemia.

Ogigi – A trajetória da Sombra é um documentário de produção independente, com duração de dez minutos, onde o Doté Marcelino discorre sobre o percurso da sombra humana ao longo da vida e outras curiosidades da matriz africana Jêge Mahi, trazida para o Brasil no período da colonização e ainda hoje existentes na região do Recôncavo da Bahia.

“Quando está na hora do nascimento, antes da cabeça da criança sair do útero, vem primeiro o Ogigi, a sombra. É o momento que o orixá apoderá-se do Ori, ou seja, a cabeça desse indivíduo que acaba de sair do útero da mãe”, explica no curta-metragem Doté Marcelino, da Casa Paulo Dias Adorno, em Cachoeira. O documentário tem direção, fotografia, montagem e edição de Tau Tourinho e música assinada por Jamberê Cerqueira. O curta-metragem Ogigi – A Trajetória da Sombra pode ser assistido gratuitamente no canal de Tau Tourinho no YouTube.

Tau Tourinho é um artista visual e cineasta baiano que transita pelo desenho, pintura, fotografia, cinema, escultura e produção artística. Nos anos 1990 produziu o curta-metragem Má Vida, que deu origem ao Movimento Novo Cinema Novo. Com seus filmes participou de mostras e festivais nacionais e internacionais. O cineasta é graduado no curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Serviço:

O quê: curta-metragem Ogigi – A Trajetória da Sombra, com direção de Tau Tourinho

Onde: disponível no canal de Tau Tourinho no YouTube

Quanto: acesso gratuito

Documentário Rodrigo Velloso - Ternas Memórias - Foto: Arquivo pessoal
Documentário celebra vida de Rodrigo Velloso, filho mais velho de Dona Canô

Sem poder desfilar com o seu terno de reis pelas ruas de Santo Amaro da Purificação por conta da pandemia do novo coronavírus, Rodrigo Velloso será presenteado no seu aniversário, na próxima terça-feira (26), com o documentário que celebra sua vida; Rodrigo Velloso – Ternas Memórias. O curta-metragem de 39 minutos, dirigido pelo cineasta baiano Tau Tourinho, é uma homenagem a este santo-amarense, ex-secretário municipal de Cultura de Santo Amaro, ativista cultural e fundador do Terno de Reis Filhos do Sol.

A ideia do documentário surgiu quando o diretor cursava Cinema na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano. Em 2017 começaram as buscas por imagens que envolvem desde registros feitos pelo cineasta até filmagens inéditas da chegada de Caetano Veloso do exílio, em 1972, captadas e preservadas pelo cineasta Robinson Roberto. Os obstáculos impostos pela pandemia da Covid-19, que se abateu no mundo em 2020, lançaram novos desafios, mas, não impediram que o cineasta concluísse a obra a tempo, graças aos colaboradores Ana Vilas Boas e Carlos Dias da Silva, que abraçaram o projeto e se revelaram dedicados produtores.

No filme, as memórias do protagonista são evocadas a partir de trechos de músicas do seu irmão, Caetano Veloso, usadas para ajudar Rodrigo a relembrar fatos e curiosidades da cidade de Santo Amaro da Purificação, da infância e de vivências familiares ambientadas na história do Brasil e do mundo. Entre os destaques do filme estão histórias do “Terno de Reis Filhos do Sol”, grupo cultural criado há 67 anos por Rodrigo e amigos, que se tornou uma tradição que movimenta toda a cidade.

Rodrigo Velloso – Ternas Memórias é uma produção independente na qual Tau Tourinho uniu profissionais como Danilo Martins (Artes Visuais-UFRB) que comandou a técnica e a edição, Jamberê Cerqueira (UFBA-Neojiba) que assina a música do filme, além de  produtores de audiovisual do Recôncavo baiano, veteranos e iniciantes, em uma obra fílmica onde coloca em prática as experiências criativas, autorais e acadêmicas. Seu lançamento no dia 26 de janeiro, mais do que um presente, é uma homenagem e agradecimento a Rodrigo Velloso por sua importante presença na cena cultural baiana.

De casa para as ruas com a mesma fé

O Terno de Reis Filhos do Sol foi criado em 7 de janeiro de 1954, quando os pais de Rodrigo comemoraram 24 anos de  casados. Após o falecimento de seu pai, José Telles Velloso, em 1983, o terno não desfilou por três anos, mas os festejos recomeçaram depois com o mesmo envolvimento entusiasmado de D.Canô, familiares e amigos.

De festa familiar organizada por Rodrigo com o apoio de irmãos e amigos, a manifestação ganhou uma dimensão pública, e hoje integra o calendário das atividades culturais de Santo Amaro, atraindo moradores e turistas, preservando a tradição da celebração aos Três Reis Magos, herdada dos colonizadores portugueses.