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Artista transforma escombros de incêndio em representações do cosmos
Artista transforma escombros de incêndio em representações do cosmos

“Se a vida te der limões, faça uma limonada”. O ditado popular poderia ser aplicado ao artista plástico recifense Kilian Glasner, que superou o drama de ter seu ateliê destruído num incêndio. Ele transformou os escombros em representações do cosmos, que compõem a mostra individual Macrocosmos, microcosmos ou, a cosmogonia dos incêndios. A exposição está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB, em São Paulo, até 22 de novembro.

Com curadoria de Paulo Kassab, a exposição reúne 29 trabalhos, entre desenhos, instalação audiovisual e esculturas de bronze, criadas após a contemplação dos cosmos durante viagem ao Atacama e a partir do trágico incêndio que consumiu seu ateliê, na Ilha de Itamaracá-PE, e as obras que seriam originalmente expostas nesta mostra. Um vídeo de 12 minutos no qual o artista caminha sobre os escombros do que restou de seu ateliê revela sua relação simbólica com o antigo espaço e evoca a ambiguidade dos incêndios, que apesar de devastadores, carregam a força de novas criações.

Nos desenhos é possível observar a via láctea, nebulosas, supernovas e outros corpos celestes. Neles, foram utilizados giz pastel, cola, pó e carvão colhidos nos escombros do incêndio de seu espaço de criação. “As representações surgiram depois de uma viagem para o deserto do Atacama, onde visitei observatórios e contemplei o céu de uma forma mais ampla. Mais tarde, durante a noite do incêndio, quando tudo estava ainda em chamas, eu fui até a praia e me deitei na areia para olhar o céu. A imagem me confortou e resolvi usar o carvão que restou para produzir as obras”, explica o artista.

Após utilizar destroços e ruínas como assuntos centrais da série Rua do Futuro (2009) e explorar as diferentes plasticidades do fogo em Anatomia do Fogo (2014), Kilian transforma o espaço do CCBB em seu ato final. Na mostra, ele estabelece uma conexão entre os móveis e objetos transformados em cinzas com a própria característica cíclica dos cosmos. “Trata-se de reconstruir e expressão artística a partir dos elementos produzidos pelo fogo”, comenta Glasner.

Kilian reforça que os trabalhos contam, por meio da história dos desenhos e suas potências subversivas e criadoras, as próprias ligações do artista com o fogo, iniciada nas exposições já citadas e em O brilhante futuro da Cana-de-Açúcar, de 2010.

Macrocosmos, microcosmos ou, a cosmogonia dos Incêndios marca a volta de Kilian Glasner às séries anteriores em um ato que inverte o sentido das criações precedentes. Agora a ruína não mais é a representação, ela salta do papel para presença, testemunha o que foi consumido e aponta, ao mesmo tempo, para aquilo que pode emergir, o sonho”, destaca Paulo Kassab, curador da exposição.

Residência artística na França

Kilian Glasner vive e trabalha na capital pernambucana. Sua obra foi premiada no 39º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco em 1999. O artista realizou seus estudos de graduação e mestrado na École Nationale Superieure des Beaux-Arts, em Paris, onde residiu de 2000 a 2007. Fez residência artística na Academia Francesa de Artes em Roma, a Villa Médici, realizou trabalhos fotográficos na cordilheira do Himalaia, na Índia, em 2003, além de ter participado em mostras coletivas na França, Holanda e Itália. No Brasil, já expôs em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Branco e Brasília, além de ter seu trabalho em países como: Bruxelas, EUA, Itália, França, Holanda e Portugal.

Serviço:

O quê: Exposição Macrocosmos, microcosmos ou, a cosmogonia dos incêndios, de Kilian Glasner

Quando: visitação aberta todos os dias, das 9h às 18h, exceto às terças-feiras, até 22 de novembro

Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo (Rua Álvares Penteado, 112, Centro Histórico de São Paulo)

Quando: entrada gratuita, com reservas pelo site ou APP EVENTIM ou diretamente na bilheteria do CCBB)

Classificação: Livre

Mostra apresenta influência de Raquel Trindade, a Rainha Kambinda, na cultura afro-brasileira
Mostra apresenta influência de Raquel Trindade, a Rainha Kambinda, na cultura afro-brasileira

Ocupação Olhares Inspirados: Raquel Trindade, Rainha Kambinda é o nome da mostra que ocupa o quinto andar do Sesc 24 de Maio, no centro de São Paulo. A exposição estabelece a influência social e cultural de Raquel Trindade (1936-2018), a partir de sua trajetória de vida e obra, os quais são tomados como elementos propulsores para novas criações artísticas. O público poderá visitar a mostra gratuitamente mediante agendamento prévio pelo site sescsp.org.br/exposicoes. As atividades presenciais seguem protocolos de saúde pública para evitar o contágio da Covid-19.

A ocupação homenageia a Rainha Kambinda, como era conhecida Raquel, e faz articulações sobre sua trajetória e legado artístico. A mostra conta com um núcleo central dedicado a ela, com pesquisa da curadora, artista, educadora, doutora em Artes Visuais e professora Renata Felinto. Além de obras, são apresentados objetos pessoais da griot – guardiã de saberes ancestrais africanos – e multiartista, que se estabeleceu em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo, dedicando-se ao universo artístico afro-brasileiro até o ano de sua morte, em 2018.

Os outros núcleos da ocupação, no formato “trabalho em processo”, são compostos por obras inéditas de até onze artistas negras e afro-indígenas de São Paulo que reinterpretam, a partir de diferentes linguagens, aspectos presentes na vida e obra de Raquel Trindade. A artista plástica foi também educadora, escritora, coreógrafa, fundadora do grupo de dança Nação Kambinda de Maracatu e mantenedora do Teatro Popular Solano Trindade, em Embu das Artes.

Entre as convidadas, para construção das obras e performances durante todo período de ocupação, está Aline Bispo. A artista busca inspiração em temas como os aspectos nada pacíficos da miscigenação brasileira, gênero, sincretismos religiosos e étnicos, explorados através de ilustrações, pinturas e fotografia, trazendo aspectos de sua pesquisa em performance, Outra convidada da ocupação é a artista grafiteira, artesã, educadora social, escultora, pintora e empreendedora, Nenesurreal, que apresenta suas várias facetas pautadas pela pesquisa e valorização da estética da mulher negra e da luta feminista.

A ocupação conta também com trabalhos de performers, como Aretha Sadick e Charlene Bicalho, multiartistas gráficas, e da street art, como Bianca Foratori, Soberana Ziza, Eve Queiróz e Ione Maria, além da fotógrafa e videoartista Daisy Serena e Patricia Gonzalez, representante da geração de artistas que conviveram com Raquel. Outro destaque é a obra em vídeo poético de Maria Trindade, neta de Raquel Trindade, que trata do Axexê, ritual fúnebre de passagem de sua avó.

Atividades em ambiente virtual nas plataformas e redes sociais do Sesc 24 de Maio seguem até o final da mostra. Serão oferecidas ações educativas e artísticas, com arte-educadoras/es, dançarinas/os, pesquisadoras/es, cineastas e roteiristas que estão em constante diálogo com a produção artística afro-brasileira, produzindo reflexão a respeito da vida, da obra e do legado de Raquel Trindade.

Serviço:

O quê: Ocupação Olhares Inspirados: Raquel Trindade, Rainha Kambinda

Onde: Sesc 24 de Maio (Rua 24 de Maio, 109, República, São Paulo)

Quando: visitação de terça a sexta, das 8h às 20h; sábados, das 9h às 16h; domingos e feriados, das 11h às 16h até 12 de dezembro de 2021

Quanto: Ingresso gratuito mediante agendamento prévio pelo site sescsp.org.br/exposicoes

Classificação indicativa: Livre

Mostra na Pinacoteca de São Paulo celebra os 35 anos de carreira da artista Rosângela Rennó - Foto: Eduardo Brandão
Mostra na Pinacoteca de São Paulo celebra os 35 anos de carreira da artista Rosângela Rennó

A Pinacoteca de São Paulo celebra os 35 anos de carreira da artista plástica mineira Rosângela Rennó com uma mostra panorâmica que reúne cerca de 130 obras entre 1987 e 2021. A exposição Pequena ecologia da imagem apresenta os principais argumentos que a artista desenvolveu em torno da “fotografia expandida”, aquela que extrapola a criação de imagens autorais e inclui seus processos técnicos e sociais. Além de obras que pontuam toda essa trajetória, a curadora Ana Maria Maia incluiu trabalhos que serão vistos pela primeira vez e um projeto comissionado pela Pinacoteca.

O ineditismo no Brasil fica por conta da instalação Eaux des colonies (2021), resultado da residência artística de Rosângela Rennó em Colônia, na Alemanha, e a série Seres notáveis do mundo (2014-2021), produzida em Las Palmas, na Espanha. Ainda faz parte da seleção, a videoinstalação Terra de José Ninguém (2021), uma reunião de videoaulas distribuídas pela igreja católica, em 1980, referente a luta do cidadão comum pelos direitos políticos e civis, que foi comissionada pela Pinacoteca de São Paulo para esta exposição. Também ganham ênfase os trabalhos Realismo fantástico (1991); Série Vermelha (Militares) (2000) e Arquivo Universal (1992).

A mostra adota trabalhos de linguagens diversas, das fotografias às coleções, objetos, instalações e obras audiovisuais que estarão distribuídas em três salas no quarto andar da Pinacoteca Estação, na região da Santa Ifigênia, em São Paulo. Apesar da variedade de suportes, há um direcionamento para o modo como a artista observou e comentou um imaginário histórico brasileiro e suas persistências no presente. A organização expositiva abandona a cronologia para uma apresentação com bases nos assuntos tratados de forma persistente e reincidente no decorrer da sua trajetória.

“A artista considera a fotografia um pretexto para se questionar os arquivos, as narrativas e as relações de poder que fazem algumas imagens existirem e circularem, enquanto tantas outras permanecem invisíveis e, portanto, esquecidas. Nesse sentido, embora a linguagem fotográfica seja de fato predominante enquanto suporte e assunto em seu trabalho, ela aparece de forma expandida, o que envolve assumir seus bastidores, fazer críticas e desconstruções; entrelaçá-la a textos, máquinas, objetos e coleções”, resume a curadora Ana Maria Maia.

Serviço:

O quê: Exposição Pequena ecologia da imagem – Mostra panorâmica da artista Rosângela Rennó

Quando: visitação de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h até o dia 7 de março de 2022

Onde: Pinacoteca Estação (Largo General Osório, 66, Santa Ifigênia, São Paulo-SP)

Quanto: ingressos gratuitos, com reserva pelo site www.pinacoteca.org.br

Artista plástico Samuel Cruz expõe obras de arte sacra feitas em papel jornal

O artista plástico baiano Samuel Cruz apresenta suas obras feitas exclusivamente em papel jornal, na mostra Histórias em Papel, exposta em Salvador. O público poderá conferir as peças inspiradas em arte sacra e retratos do cotidiano entre os dias 29 de setembro e 14 de outubro, nos dois pisos do Shopping Paseo, no bairro do Itaigara, na capital baiana.

No início, Samuel Cruz produzia suas obras com cimento, até que começou a desenvolver uma técnica com o jornal e encontrou o seu verdadeiro ofício. Ele ainda não vive de arte, trabalha com transporte de carreta, mas se sente realizado ao ver o impacto e reconhecimento do seu trabalho. “Me sinto lisonjeado com o que a arte tem me proporcionado. Ter as minhas emoções materializadas dentro da casa de cada pessoa me deixa muito feliz”, declara o artista.

Pela estrada ele ganha a vida, mas foi no papel jornal que o artista plástico Samuel Cruz reescreveu a sua trajetória. Carreteiro de profissão e artista de coração, transformou o seu apreço pelas artes sacras e a inspiração das cenas do cotidiano em arte. O menino nascido e criado na comunidade do Nordeste de Amaralina não deixou as dificuldades da vida afetar a sua sensibilidade. Ao contrário, usou as barreiras como força propulsora para retratar o que a vida tem de melhor. E foi essa beleza que Samuel aprendeu a moldar nas folhas de jornais.

Aliás transformar tragédias em oportunidades é o seu maior dom. Foi por conta de um acidente grave que o afastou do trabalho, atuando como carreteiro, que a sua vida mudou. Sem poder trabalhar, Samuel encontrou na arte um refúgio. “Aquilo me fez buscar meios para ocupar minha mente. E o que eu encontrei foi a arte”, revela o artista. Primeiro, como autodidata. Foi aprimorando a sua técnica com ajuda profissional, passou pelo extinto Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, e não se acomodou. Hoje, cursando Licenciatura em Artes Visuais, o artista empresta o seu talento aos objetos que produz e vislumbra alçar voos mais altos para poder viver da arte.

Museu na Bahia proporciona viagem na história do Brasil Colônia - Foto: Deep
Museu na Bahia proporciona viagem na história do Brasil Colônia

Proporcionar ao visitante uma viagem na história pelo período do Brasil Colônia, é o que promete o Museu Garcia D´Ávila, que fica dentro do Parque Histórico e Cultural da Fundação Garcia D´Ávila, em Praia do Forte, no município de Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador. Apesar de já está aberto ao público desde fevereiro, a inauguração oficial acontece, nesta sexta-feira (dia 24), às 17h, somente para convidados.

Durante a inauguração, será exibido pela primeira vez um video mapping concebido e realizado pelos VJs Gabiru, Grazi e Spetto, que irá projetar nas ruínas do castelo imagens poéticas da exuberante vegetação nativa da região e também trechos da saga da família Garcia D’Ávila. A exibição acontecerá aos sábados, domingos e feriados, das 18h às 19h.

“Essa inauguração é um divisor de águas da fundação, que acaba de completar 40 anos. Com isso, a gente inaugura um capítulo que une turismo e história. Falar da origem do Brasil é falar da história da família Garcia D´Ávila. No museu, a gente fala da miscigenação dos negros, índios, portugueses, conta como nasceu o povo brasileiro”, salienta Geisy Fiedra, presidente da Fundação Garcia D’Ávila.

Com muita tecnologia e inovação, o museu conta toda a história do espaço e da família Garcia D’Ávila. Um clã que desbravou toda a região e construiu um forte, em 1551, a Casa da Torre, também conhecida como Castelo Garcia D´Ávila, que até hoje é fonte de referência histórica para todos os brasileiros. Ela foi a segunda residência fortificada do Brasil, antecedida apenas pelo antigo Castelo de Duarte Coelho, em Pernambuco.

Em um ambiente totalmente climatiza, o público poderá conhecer a história de pelo menos dez gerações da família Garcia D’Ávila. O espaço conta com achados arqueológicos datados do período colonial, entre os séculos XVI e XIX, maquetes, vídeos com depoimentos de historiadores e antropólogos, informações interativas em que o público poderá conhecer personagens históricos, além de uma simulação das naus que trouxeram os portugueses para as terras brasileiras.  

Mas nem só de museu vive o Parque Histórico e Cultural. O espaço tem também a Sonora Gameleira e a Sonora Capela. Ao se aproximar da árvore centenária, a gameleira, que faz parte da área verde do local, o visitante conhecerá a história do início da colonização do Brasil. Já em relação à Capela Nossa Senhora da Conceição, a Capela Sonora, ao pisar em suas dependências um jogo de som e luzes de variadas cores será acionado.

Para receber o público, o espaço vai obedecer todos os protocolos sanitários exigidos pelos decretos oficiais, como testagem da temperatura, uso da máscara, higienização das mãos, distanciamento social e número limitado de visitantes.

A construção do Museu Garcia D’Ávila foi toda acompanhada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, já que a edificação de quase 500 anos foi tombada em 1937.

Serviço:

O quê: Museu Garcia D’Ávila

Onde: Rua Direto do Castelo, s/n, Praia do Forte, Mata de São João – BA

Quando: visitação de quarta a domingo e feriados, das 10h às 16h30. Agendamento pelo (71) 98791-5170 ou pelo e-mail: agendamento@fgd.org.br

Quanto: ingresso R$ 30 (Inteira) e R$ 15 (Meia-entrada)

Primavera dos Museus movimenta mais de 680 espaços culturais do país - Foto: Carla Ornelas/GOVBA
Primavera dos Museus movimenta mais de 680 espaços culturais do país

Organizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a 15ª Primavera dos Museus movimenta mais de 680 espaços culturais do país. São mais de 1.700 atividades voltadas ao público inscritas em todo o Brasil. A programação começou nesta segunda-feira (dia 20) e segue até o próximo domingo (dia 26). Por conta do contexto de pandemia e da reabertura gradual dos museus, parte das ações será promovida nas redes sociais. As atividades presenciais serão realizadas seguindo protocolos de segurança contra a Covid-19.

Com o tema Museus: reencontros com um novo olhar, os espaços vinculados ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) convidam o público à reinvenção a partir da pandemia. O Museu de Arte da Bahia (MAB), em Salvador, irá promover a palestra virtual Pandemias, Endemias e Recomeços, com o professor e Doutor em História, Ricardo Batista, na terça-feira (dia 21), às 18h, no Instagram do MAB (@museudeartedabahia). Além das atividades virtuais, o público poderá conferir, no auditório do MAB, na sexta-feira (dia 24), às 16h, a apresentação musical de dois coros da Neojibá.

Primavera dos Museus movimenta mais de 680 espaços culturais do país - Foto: Divulgação
“Pandemias, Endemias e Recomeços” é a palestra virtual do doutor em História, Ricardo Batista, no Museu de Arte da Bahia. Foto: Divulgação

Está em cartaz também a exposição Revisitando Modos de Ver e de Entender a Arte, que proporciona ao público a oportunidade de conhecer, ou rever, as obras do acervo representantes dos diversos estilos artísticos através das diferentes linguagens: Alegoria da República, de Manoel Lopes Rodrigues; Alegoria da Paz, de Sebastiano Conca; Alegoria do Novo Mundo, de José da Cunha Couto; A Feira da Água de Meninos, de Mendonça Filho, além de cópias de famosas obras como A Balsa da Medusa e Davi com a Cabeça de Golias. A mostra desenvolve também a percepção do público sobre os conceitos de técnica, estilo e conteúdo, estabelecendo as diferenças entre o olhar e o ver. O Museu de Arte da Bahia fica aberto à visitação de terça a sábado, das 13h às 17h.

O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) anuncia novos dias de visitação gratuita para o público baiano e turistas: terça a domingo, das 13h às 17h. Continua em cartaz até 10 de dezembro a exposição O museu de Dona Lina. Na quinta-feira (dia 23), o MAM-BA anuncia o lançamento da Visita Virtual da Exposição. Internautas de qualquer lugar do mundo vão poder conhecer a exposição que reúne obras do acervo do museu baiano e da Coleção de Arte Popular, do Centro Cultural Solar Ferrão, também da capital baiana. No dia 26 de setembro, o museu lança o projeto piloto do Domingo no MAM com um pocket show de Chorinho e atividades de Corpo e Pintura ao longo da tarde.

Nos dias 24 e 25 de setembro, das 10h às 19h, os jardins do Palacete das Artes receberão a 12ª Mostra de Orquídeas e Bonsai. No encontro, em parceria com o Círculo Baiano de Orquidofilia e Centro de Excelência em Bonsai, obedecendo a todos os protocolos de segurança de prevenção à Covid-19, serão realizadas oficinas gratuitas sobre cultivo de orquídeas e bonsai, apresentadas pelos mestres João Frigo e Sérgio Bittencourt, sempre às 11h e 16h. Os visitantes que cultivam orquídeas e outras plantas podem levá-las e compartilhar experiências sobre o cultivo.

Até o dia 16 de outubro, estão disponíveis ao público duas exposições. A mostra Sobreviver, que homenageia os artistas Mario Cravo Jr. e Reinaldo Eckenberger. As obras dispostas no primeiro pavimento do Palacete reúnem pinturas, gravuras, metal e esculturas, de pequenas e grandes dimensões, madeira e pedra sabão, do modernista baiano. No segundo pavimento estão aquarelas, desenhos, gravuras, peças em cerâmica e bonecos de pano, do artista contemporâneo argentino, radicado no Brasil. No casarão, as obras do artista plástico Sergio Amorim, Águas de Salvador e da Baía de Todos os Santos, passam por abordagens do cotidiano de Salvador em diálogo entre o mar e as raízes da cidade. A mostra aponta para um olhar sensível pelo cenário soteropolitano e suas relações com o recôncavo e com o sertão baiano.

“Pandemias, Endemias e Recomeços” é a palestra virtual do doutor em História, Ricardo Batista, no Museu de Arte da Bahia. Foto: Divulgação
Obras do artista Reinaldo Eckenberger na exposição “Sobreviver”, no Palacete das Artes, em Salvador. Foto: Divulgação

Primavera nos Museus paulistanos

O Museu da Imigração, em São Paulo, estreia a instalação Avoar, que recebeu a doação da produção de pássaros de cerâmica com mensagens positivas de ceramistas de todo Brasil e da América Latina. Na quarta-feira (dia 22), a Pinacoteca e o Museu de Arte Sacra de São Paulo promovem ação integrada dirigida para professores e vai abordar os contrastes e aproximações das coleções das duas instituições.

Em Tupã, interior de São Paulo, o Museu Índia Vanuíre programou a exibição de uma série de depoimentos sobre a pandemia e como a instituição indígena se reinventou durante o período. No interior e litoral, os museus do Café (Santos), Casa de Portinari (Brodowski) e Felícia Leirner (Campos do Jordão) também prepararam ações exclusivas para o evento.

Nesta terça-feira (dia 21), o Museu Republicano de Itu, localizado na cidade paulista de Itu, realiza uma live para apresentar o site educativo Almeida Junior no acervo do Museu Republicano, sobre o artista, que foi um dos pintores de maior prestígio do século 19, com grande destaque por suas obras regionalistas. A transmissão acontece a partir das 18h, no canal da instituição no YouTube.

Destinado a educadores que planejem visitar com seus estudantes as exposições em exibição no Museu Republicano de Itu, o site reúne textos sobre gêneros de pintura, material educativo, roteiro de visitas, jogos, indicações bibliográficas, fontes documentais disponíveis online e galeria de telas do artista com audiodescrição que estiveram – e estão – em exibição nas salas do museu.

Semana do Educador em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paula

Os Centros Culturais Banco do Brasil (CCBBs) de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paula realizam a Semana do Educador, promovendo três encontros virtuais. Na quarta-feira (dia 22), às 10h, Brasilidade Pós-modernismo – Arte Contemporânea Brasileira pós Semana de 1922, em cartaz no CCBB Rio de Janeiro. Às 15h, o Transversalidade on-line tem como tema Conhecimentos molhados, tramas de aprendizagem, pedagogias em público: imaginar é uma práxis. Mônica Hoff, artista, curadora e pesquisadora, aborda tramas de aprendizagem e pedagogias em público a partir de investigações e projetos desenvolvidos nos últimos anos no entrecruzamento (ou na mediação) das práticas artísticas, curatoriais e educativas nos quais trata de pensar outras formas de organização como modo de construir outras formas de aprendizagem e de mundo.

Na quinta-feira (dia 23), às 14h, o Processos compartilhados, on-line, terá o tema Produzir arte é produzir encontros. Nesta edição, as convidadas Ania Rodriguez, sócia-diretora e a Karen Ituarte, gerente de projetos da Arte A Produções, compartilharão o universo da produção de grandes exposições, tratando de temas invisíveis ao grande público. Será um encontro entre o artista e seu público, entre a expressão de um e o olhar do outro, entre experiências e sentimentos, entre o mercado e a história, entre o local e o universal.

No dia 24, às 14h, o Laboratório de Crítica também e traz como tema Os eternos recomeços dos museus. Neste dia, Cauê Alves, professor do Departamento de Artes da PUC-SP, irá discutir fragilidades e possibilidades da curadoria em museus no Brasil. A partir da problematização da relação entre continuidade e recomeço. A proposta é apresentar e debater algumas experiências curatoriais, suas limitações, ambições, relações com a tradição, aberturas para outros campos e para o porvir.

Sexta-feira (dia 23), às 10h, Leandro Erlich, em cartaz no CCBB Belo Horizonte, e no dia 24, às 10h, O Legado de Morandi, no CCBB São Paulo. Nessas atividades on-line, os participantes terão contato com as pesquisas, estratégias e metodologias utilizadas pelos educadores do programa em atividades de mediação cultural realizadas nas exposições em cartaz nos CCBBs.

Exposição baiana sobre cachaça celebra o dia do destilado mais famoso do país

Antecipando o Dia Nacional da Cachaça, celebrado em 13 de setembro, a exposição Semana Baiana da Cachaça com a mostra de grandes rótulos ressalta a importância social, cultural e econômica do destilado mais famoso do país. A ação, promovida pela Quitanda do Baianinho em parceria com o Salvador Shopping, pode ser visitada gratuitamente até o dia 20 de setembro, no Espaço Gourmet – Piso L1, na capital baiana.

O crescimento da produção de cachaça genuinamente nacional é destaque no Brasil e no exterior e representa cerca de 80% do segmento de destilados, sendo que a produção de cana-de-açúcar no Brasil, somente para a fabricação de cachaça, chega a 10 milhões de toneladas por ano, o equivalente a uma área plantada de 125 mil hectares.

Um dos destaques da Semana Baiana da Cachaça é a exposição da Cachaça Salinas, natural de Minas Gerais, que desde 2018 é considerada a capital mundial da bebida. A cachaça começou a ser produzida na cidade mineira com a chegada dos primeiros fazendeiros que seguiram os rastros da pecuária. Alguns deles chegaram da Bahia no século XIX (entre 1880 e 1890), passaram a desbravar as redondezas e reservar áreas de suas fazendas para o plantio de cana. A mostra ainda possui outros itens históricos de Salinas.

Na Semana Baiana da Cachaça, o público ainda vai saber mais sobre a tradição e cultura da Cachaça de Alambique na Bahia e no Brasil, além de apresentar produtos da região do Recôncavo Baiano de cooperativas ligadas ao universo da agricultura familiar, tais como: geleias, rapaduras, pimentas e mandioca.

Serviço:

O quê: Exposição Semana Baiana da Cachaça

Onde: Espaço Gourmet – Piso L1 do Salvador Shopping (Av. Tancredo Neves, 3133, Caminho das Árvores)

Quando: segunda a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 12h às 21h (até 20 de setembro)

Quanto: visitação gratuita