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A Crise e o Jornalismo Político

CPI é como investigar marido: se você procurar vai achar” (Tereza Cruvinel)

Utilização de caixa dois, acusações de compra de votos e pagamento de mesada a deputados da base aliada em malas recheadas de dinheiro, são algumas das denuncias que estão sendo apuradas pelas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos) em curso no Congresso Nacional. O papel da imprensa na atual crise política foi discutido em Salvador, nesta terça-feira (20/09), pelas analistas políticas Tereza Cruvinal e Dora Kramer, durante o painel “A Crise e o Jornalismo Político”.

O evento, que comemorou a passagem do Dia da Imprensa (10/09) e os 75 anos da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), representada por seu presidente, o jornalista Samuel Celestino, contou ainda com a presença de profissionais e estudantes da área, além de pessoas interessadas em entender melhor essa crise, que tem características diferenciadas das crises anteriores.

“Toda crise tem uma lógica de inicio ápice e esfriamento. Essa é diferente porque fugiu a essa lógica devido à velocidade de novos fatos, ao surgimento de novas denuncias e ao aparecimento de notícias pitorescas, como o petista preso com dinheiro nas roupas íntimas”, afirmou Dora Kramer, recusando-se a falar cuecas, “que é horrível”, justificou a jornalista do Jornal do Brasil, arrancando risos da platéia.

Para a analista política do jornal O Globo, Tereza Cruvinel, esse é um momento de desafio para a democracia brasileira e a imprensa tem um papel importante na cobertura da crise. “Há uns excessos, mas a imprensa esta cumprindo o seu papel. É melhor do que se fosse uma imprensa inibida”, afirma Cruvinal.

“A imprensa não existe para gostar ou desgostar do poder público. Jornalismo é a prestação de um serviço público. Garantindo o direito constitucional da população de ter acesso a informação e bem informada, forme sua opinião”, idealiza Tereza Cruvinel.

“A natureza da crise tem ligação com o sistema de financiamento de campanhas políticas. É um fluxo de dinheiro para financiamento de campanhas políticas e não patrimonialista, ao contrario do caso do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf”, relata Cruvinel ao explicar o “valerioduto” como um programa financeiro para manter o PT (Partido dos Trabalhadores) no poder. “O financiamento da companha do PT cresceu 1300% em relação a campanha de 1998”, informa se perguntando: “de onde vem o dinheiro do ‘valerioduto’?”.

DOIS ANOS DE MUITAS BATALHAS, mas continuo vencendo a guerra

Pois é, dois anos já se passaram e posso afirmar que sou uma nova pessoa e que compartilhar um pouco de minha vida com vocês, me ajudou a compreender meu papel neste mundo e a aceitar as perdas que sofri e dar valor aos momentos felizes. Quero agradecer a todos que passaram por minha sala de visitas e deixaram estampadas, como quadros maravilhosos, suas mensagnes e comentários. Valeu!
E em ritmo de comemoração pelo 2° aniversário do blog, neste mês de março e pelo Dia do Jornalista, em 7 de abril, estou colocando ar enquetessobre o jornalismo brasileiro a parte de hoje. Espero contar com os votos de todos. Serão três enquetes, onde estarei verificando a credibilidades dos telejornais brasileiros e dos seus apresentadores.
Durante esses dois meses, estarei colocando aqui, no blog, alguns fatos marcantes nestes dois anos e os resultados das enquetes deste período. Estou preparando um novo álbum de fotos, com imagens minhas mais recentes e pessoas queridas. Mas tudo em doses homeopáticas.
Então aguardem novidades!!!

Teleton – uma lição de vida

Assistindo hoje (dia 20) a maratona televisiva em prol da construção de mais um centro de assistência e reabilitação de portadores de deficiência física da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), os telespectadores puderam me emocionar inúmeras vezes ao ver verdadeiras lições de vida. Durante quase 28h, o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) mostrou exemplos de garra e força de vontade de crianças sem pernas e braços lutando para serem felizes e se tornarem independentes do auxilio de seus familiares.

Essas imagens nos fazem refletir sobre a gana pela vida que nós, tidos como pessoas “normais” – como se eles também não fossem -, não estamos tendo. Porque reclamar se estamos sem emprego neste momento, se tivemos que parar temporariamente os estudos ou se estamos sem aquela pessoa amada perto da gente, diante a grandiosidade dos problemas enfrentados por essas pequenas criaturas na sua face inicial de suas vida? Somos dotados de pernas e braços e assim, capazes de reescrever nossa história. Dar a volta por cima e enfrentar esses pequenos percalços que a vida nos impõe.

O INÍCIO – A AACD foi fundada em 1950 pelo Dr. Renato da Costa Bonfim e tem como missão: “tratar, reabilitar e reintegrar à sociedade crianças, adolescentes e adultos portadores de deficiência física”. Desde sua primeira edição há sete anos, o TeleTon, mostra sua transparência e credibilidade, sendo auditado pela Trevisan. Em suas sete edições já foram arrecadados R$ 86 milhões. Dinheiro revertido para a construção de cinco centros de atendimento a deficientes físicos, descentralizando o atendimento na sede da AACD, em São Paulo.

Recife (PE), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), já contam com o atendimento da AACD, além da ampliação das instalações da sede da AACD na capital paulista. Todos frutos das doações do povo brasileiro através de ligações telefônicas e de grande empresas parceiras como Votorantim, Microsoft, Siemens e Bradesco.

No dia 28 de setembro de 2004, graças ao 6º Teleton, a AACD pode inaugurar a sua unidade no estado do Rio de Janeiro. Com 1.661 m² de área construída em um terreno de sete mil m² doado pela Prefeitura de Nova Iguaçu, a unidade opera hoje, com um quadro de 58 funcionários e terá capacidade para realizar diariamente até 650 atendimento.

Devemos vestir realmente a camisa de projetos e iniciativas como TeleTon ou o Criança Esperança, porque a sociedade civil tem sua parcela de culpa e não é só dever cristão repartirmos o que temos, mas também agradecermos a Deus por nossa missão neste mundo ter sido menos penosa quanto dessas crianças.

Não é agouro, mas vale lembrar que ninguém está imune de sofrer algum tipo de deficiência física durante a vida ou ter algum familiar nesta condição, por isso vale se solidarizar e tentar amenizar o sofrimento dos deficientes físicos, dando-lhes o direito a tratamento digno e de qualidade. Outras informações no site da AACD.

João Henrique derrota Carlismo em Salvador
João Henrique derrota Carlismo em Salvador

Neste domingo (dia 31), 27 milhões de brasileiros foram novamente as urnas para escolher o prefeito de 44 municípios. Salvador era uma das 15 capitais, onde a decisão da sucessão municipal se arrastou para o segundo turno. A cidade é o terceiro maior colégio eleitoral do país, com 1.558.346 eleitores. O candidato eleito com 74,7%, João Henrique Carneiro (PDT), garantiu que já começa os trabalhos de transição na Prefeitura de Salvador, na próxima semana. Ele obteve no segundo turno 876.278 votos válidos, contra 296.986 (25,3%), que o senador César Borges, candidato pelo PFL recebeu. Percentual menor que o de eleitores que deixaram de comparecer as suas seções eleitoras. A abstenção chegou a 335.262 eleitores, 21,15%.

Essa foi a maior derrota já sofrida na Bahia, pelo grupo política do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL). Ainda em seu local de votação, no Clube Bahiano de Tênis, o senador ACM, afirmou aos repórteres: “apresentamos o melhor candidato, o melhor para a cidade. Se o resultado não for bom, será pior para a Bahia, porque o governo de João Henrique será um fracasso. O ódio que os que sempre eu derrotei nutrem por mim levou eles a se unir. Isso já foi visto. A Bahia sofrerá, mas mais adiante eles sofrerão derrota”, garantiu o senador, referindo-se aos candidatos derrotados no primeiro turno, Lídice da Mata (PSB) e Nelson Pellegrino (PT) que apoiaram o candidato do PDT.

Em entrevista ao programa Jogo Aberto da TV Band Bahia, o prefeito eleito não quis comentar as afirmações do senador, se limitando apenas a dizer que o resultado de sua administração “só será possível depois dos quatro anos de mandato a frente da prefeitura”.

O que o novo prefeito enfrentará

A partir de 1° de janeiro, o prefeito eleito de Salvador João Henrique Carneiro terá que administrar uma cidade com um orçamento apertado de R$1.180 bilhões e uma despesa de R$1.296 bilhão, além de inúmeros problemas. Salvador é a segunda cidade mais endividada do Brasil. A dívida total é de R$1.284 bilhão (em junho de 2004), sendo que 96% desse total é com a União, segundo dados de 2003, da Secretaria da Fazenda do Município.

Saúde – Os gastos com a saúde representam 11% do orçamento total da prefeitura. A partir de 2004, uma lei determina que esse percentual alcance 15% do orçamento dos municípios. Salvador é a única capital do Nordeste que ainda não está na Gestão Plena do Sistema de Saúde, por isso parte das verbas federais para o setor deixa de vir direto para o município, sendo repassada ao Estado primeiro.

Educação – Existem hoje na cidade 100 mil analfabetos absolutos e 300 mil analfabetos funcionais – aqueles que não completaram o quarto ano do ensino básico). Entre 1991 e 2001, o índice de analfabetismo entre jovens de 7 a 14 anos diminui de 19,3% para 10,3%. Salvador têm o maior índice de evasão escolar no ensino fundamental (1ª a 8ª série), do Nordeste. Cerca de 21,4%. Detém ainda, o maior índice de alunos com atraso escolar (distorção idade/série): 61,6%.
Segundo o Censo Escolar do MEC, somente 43,3% das escolas municipais têm livros em suas estantes.

Saneamento básico – Apenas 62% da população de Salvador é atendida por rede de esgoto. A maioria dos domicílios não atendidos por rede de esgoto localiza-se em bairros e regiões periféricas. A área do subúrbio Ferroviário engloba 21 bairros e sete praias. Esta região residem cerca de 25% da população da cidade. Apenas uma praia (São Tomé de Paripe) apresenta condições ambientais próprias para banho de mar.

Violência – Em dez anos, de 1991 a 2001, o número de homicídios em Salvador saltou de 26,7 para 54,7 casos para cada 100 mil habitantes. Somente no 1° semestre de 2004, 1.306 assaltos a ônibus foram registrados na cidade.

Trânsito – As obras do metrô têm a previsão para conclusão do primeiro trecho só em 2007. Outro problema relacionado ao novo sistema e que poderá gerar novos atrasos é com relação à tarifa a ser cobrada. Hoje, seria cerca de R$ 3. O meio de transporte utilizado por 72% da população de Salvador é ônibus. A frota é de 2.228 ônibus para cerca de 425 linhas a uma velocidade média de 12 km/h. A tarifa de R$ 1,50 é considerada alta pela população e, no ano passado, provocou protestos de estudantes que pararam a cidade. Outros 2% utilizam a ferrovia, que liga a Calçada ao subúrbio Ferroviária, que conta com cinco trens em operação.

Dia do Nutricionista marcado por missa, coquetel e homenagens

Por Rafael Veloso*

Dos dez fatores de prevenção à mortalidade humana, cinco estão ligados à nutrição, segundo relatos da Organização Mundial da Saúde (OMS). É essa contribuição dada pelos profissionais responsáveis por orientar a população para uma alimentação saudável e equilibrada, lembrada ontem em ato religioso em comemoração ao Dia do Nutricionista. “Esses fatores reforçam a importância da nutrição na saúde”, afirma Jamary Costa Souza, presidente do Conselho Regional de Nutrição – 5ª Região (CNR 5).

O papel do profissional também foi lembrado pelo reitor e guardião do Convento de Nossa Senhora da Piedade, frei Jorge Rocha, na missa em homenagem aos nutricionistas, na Igreja da Piedade. O nutricionista tem a missão de perceber e apontar os erros alimentares nas diferentes faixas etárias, além do acompanhamento de atletas para uma educação alimentar. “Através de uma dieta balanceada, orientada por um profissional, pode-se evitar a utilização de anabolizantes para melhorar o desempenho do competidor”, garante Joselina Martins Santos, presidente da Associação de Nutricionistas do Estado da Bahia (Anba).

Para marcar a data, a Associação de Nutricionistas do Estado da Bahia e o Conselho Regional de Nutrição da 5ª Região realizam às 18h um coquetel comemorativo no Memorial das Baianas – Belvedere da Sé, onde foi lançado o I Congresso de Nutrição da Bahia, dias 21, 22 e 23 de novembro, além de uma mesa redonda na Associação Baiana de Medicina (ABM), organizada pelo Departamento de Nutrição da instituição.

Programas Segundo Joselina Martins Santos e Jamary Costa Souza as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da área em todo o país são muitas e começam pelos programas do governo, como o Fome Zero e o Saúde da Família, onde oficialmente não há profissionais da nutrição trabalhando. “O município de Itabuna é a exceção neste caso, não por determinação da prefeitura, mas por conquistas dos profissionais locais”, afirma Joselina Martins Santos. Na Bahia e em Salvador, alguns postos de saúde municipal e estadual mantém profissional de nutrição em seus quadros. O paciente pode encontrar atendimento gratuito, também, no Posto do SUS na Avenida Carlos Gomes.

Segundo Jamary Souza, que também é professor na Escola de Nutrição da UFBA, houve um aumento na procura pelo curso, que pode ser vista no crescente número de faculdades no Estado. Atualmente são sete instituições tanto na capital, quanto no interior. No total são 220 cursos espalhados pelo país. O estudante do 7° semestre de Nutrição pela UNEB, Anderson Carvalho, 21 anos, é um desses jovens atraídos pela profissão. “As perspectivas de trabalho em diversos setores, além dos consultórios é atraente para os estudantes”, disse Anderson Carvalho, também, representante da Executiva Nacional de Estudantes de Nutrição.

Segundo o nutricionista recém-formado pela UFBA, Emerson Palmeira, 28 anos, os nutricionistas enfrentarão grandes dificuldades se o projeto Ato Médico de autoria do ex-senador Geraldo Altaf e defendido pelos senadores Tião Viana (PT-AC) e Papaléo Paes (PMDB-AP) , for aprovado. “Esse projeto limita o profissional a atender a população somente depois de encaminhado por outro profissional de saúde”, enfatiza o nutricionista.

*Reportagem publicada em 1° de setembro de 2004, no jornal “Tribuna da Bahia”.
Minissérie "O Portador"
Minissérie “O Portador”

“Eu continuo. A morte é inquilina do meu corpo e acompanha a minha sombra por onde quer que eu vá…mas eu continuo indo adiante, e posso encontrar a fatalidade na próxima esquina, como posso seguir pela cidade afora (…) até que a morte nos separe… eu continuo…eu estou vivo. Viva a vida!”.

Fala do personagem Léo, vivido pelo ator Jayme Periard, em 1991 no final na minissérie O Portador, da Rede Globo. Essa minissérie, escrita por José Antônio de Souza e Aziz Bajur, com direção de Herval Rossano, abordava a história de um empresário que contraiu o vírus HIV/Aids numa transfusão de sangue, após um acidente aéreo.