Pesquisar por:
Musical “A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa” com Laila Garin chega a São Paulo
Musical “A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa” com Laila Garin chega a São Paulo

O espetáculo musical A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa estrelado pela atriz e cantora Laila Garin chega a São Paulo em curta temporada no Teatro Vivo, entre os dias 3 de novembro e 11 de dezembro. As apresentações acontecem de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h. O espetáculo tem adaptação e direção de André Paes Leme, canções especialmente compostas por Chico César e direção musical e arranjos de Marcelo Caldi.

Na montagem, Laila Garin é Macabéa, a mítica protagonista do aclamado romance, ao lado de Claudia Ventura e Leonardo Miggiorin. Também estão em cena os músicos Fabio Luna (bateria, percussão, flauta e voz), Pedro Franco (guitarra, violão, bandolim, violino e voz) e Pedro Aune (baixo acústico, baixo elétrico, tuba e voz). A idealização e produção do projeto é de Andréa Alves, da Sarau Cultura Brasileira, responsável por espetáculos como Elza, Suassuna – O Auto do Reino do Sol, Sísifo e Macunaíma.  

A Hora da Estrela foi o último livro escrito por Clarice Lispector (1920-1977), que faleceu pouco tempo após o seu lançamento. Suas páginas narram a saga de Macabéa, imigrante nordestina cuja vida no Rio de Janeiro é marcada pela ausência de afeto e poesia. Vista pela sociedade como uma mulher desprovida de qualquer atrativo, ela se contenta com uma existência medíocre: ganha menos do que um salário, divide um quarto com quatro pessoas, sofre com um chefe rigoroso e não atrai a atenção de ninguém.

Na obra literária, tal história é contada por um escritor, que vê Macabéa na rua e resolve narrar a vida de uma pessoa tão invisível, comum e sem brilho, em um exercício de alteridade. Para esta versão teatral, André Paes Leme propõe uma inversão e essa figura do escritor se transforma em uma atriz. Desta forma, Laila Garin tem o desafio de se alternar entre a Macabéa e a Atriz, que não somente narra, mas também comenta e lança uma série de questões ao longo da encenação. O espetáculo não somente faz uso de diálogos, mas coloca os atores como narradores, enquanto contracenam, fazendo uso de frases na íntegra do livro original. 

André Paes Leme, que já assinou adaptações de Guimarães Rosa, como A Hora e Vez de Augusto Matraga e Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados, de Nelson Rodrigues; teve ainda a parceria de Chico César no processo de criação. As músicas pontuam toda a dramaturgia e aparecem para ilustrar o estado emocional e o interior de cada personagem. Ao longo da montagem, as canções servem ainda para detalhar algum acontecimento e também para tirar as personagens do sofrido estágio em que se encontram, trazendo alguma fantasia para existências tão opacas.

A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa traz mais um conjunto de canções inéditas do compositor, com trechos musicados do próprio livro e criações livres, com base no original de Clarice Lispector. O espetáculo marca ainda a primeira vez em que Laila Garin atua em uma peça de composições inéditas, produzidas ao longo do processo de ensaios. Após ser recordistas de premiações por seu trabalho em Elis – A Musical e Gota D’Água [a seco], Laila foi dirigida pela lendária Ariane Mnouckine em As Comadres, no início de 2019. Enquanto segue com uma série de projetos de TV, Laila se consagrou na última década como uma das grandes vozes do teatro musical brasileiro.

Serviço:

O quê: espetáculo musical A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa com Laila Garin chega a São Paulo

Quando: de quinta a sábado, às 20h; e aos domingos, às 18h. De 3 de novembro a 11 de dezembro (exceto no dia 17/11) 

Onde: Teatro Vivo (Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Vila Cordeiro, São Paulo – SP) 

Quanto: os ingressos custam a R$100 (inteira) e R$50 (meia-entrada) ou a preços populares (há limite por sessão) a R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada) e estão estão à venda no Sympla 

Espetáculo "[sem]DRAMA" ganha versão presencial em cartaz na Casa Preta, em Salvador
Espetáculo “[sem]DRAMA” ganha versão presencial em cartaz na Casa Preta, em Salvador

O espetáculo [sem]DRAMA ganha versão presencial em cartaz até o dia 18 de novembro, na Casa Preta, em Salvador. A encenação acontece todas as sextas-feiras (dias 28/10, 4, 11 e 18/11), sempre às 19h30, na Sala Ivana Chastinet do espaço de cultura localizado no bairro Dois de Julho, na região central da capital baiana. Os ingressos limitados custam R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada) e estão à venda pelo PagSeguro e bilheteria do local.

[sem]DRAMA tem texto do ator Caio Rodrigo, vencedor do 28º Prêmio Braskem de Teatro na categoria Texto pelo espetáculo Ensaio para uma redenção. Ele divide a direção de cena e a atuação com o ator Gordo Neto. O projeto surgiu de uma imersão artística realizada na Casa Preta, entre os meses de janeiro a setembro deste ano, cumprindo sua primeira etapa em versão digital em abril e, agora, volta a cartaz de forma presencial.

Na trama, dois irmãos, confinados sem motivo aparente, percebem que a casa onde moram está desaparecendo. Essa situação limite ancorada num elemento sobrenatural favorece uma constante dialética entre ficção e realidade, abrindo espaço para o debate sobre arte e vida, evidenciando o jogo teatral. Através do uso da metalinguagem, os personagens “Eu” e “Outro” propõem desvios dramatúrgicos por meio de uma constante discussão sobre a ação dramática.

O espetáculo é uma parceria entre Casa Preta Espaço de Cultura, Teatro Terceira Margem e artistas independentes. Erick Saboya assina a direção de arte e a iluminação fica por conta de Pedro Dultra Benevides. O projeto conta ainda com a produção de Raquel Bosi e Gerta Schultz, arte gráfica de Bruno Cassio.

Serviço:

O quê: espetáculo [sem]DRAMA, com os atores Caio Rodrigo e Gordo Neto

Quando: as sextas-feiras (dias 28 de outubro, 4, 11 e 18 de novembro), sempre às 19h30

Onde: Casa Preta Espaço de Cultura (Rua Areal de Cima, nº 7, Dois de Julho – Centro, Salvador – BA)

Quanto: os ingressos limitados custam R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada) e estão à venda pelo PagSeguro (https://linktr.ee/Casapreta) e bilheteria do espaço de cultura

Balé Teatro Castro Alves volta a cartaz com espetáculo em homenagem a Gilberto Gil
Balé Teatro Castro Alves volta a cartaz com espetáculo em homenagem a Gilberto Gil

O Balé Teatro Castro Alves (BTCA) volta a cartaz com o espetáculo Viramundo em homenagem aos 80 anos de Gilberto Gil em duas novas apresentações, nesta sexta-feira (dia 28) e sábado (dia 29), às 20h, na Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador. Inspirado pela riqueza da obra deste imortal baiano, a companhia oficial de dança da Bahia, sob direção e criação coreográfica de Duda Maia, se une à Orquestra Afrosinfônica, regida pelo maestro Ubiratan Marques, para colocar no palco uma montagem de beleza em dança e música. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) e estão à venda na bilheteria do TCA ou no Sympla.

Todo o elenco do BTCA estará em cena, ressoando as danças que Gilberto Gil, em sua figura e em sua produção, desperta em seus corpos. Um roteiro musical dançado – ou um roteiro de dança musicada – nasce do acordo criativo entre Duda e Ubiratan. Na conexão entre ancestralidade e futuro, raízes e profecias, sertão e litoral, ecologias e tecnologias, despontam a diversidade, a atemporalidade, a generosidade. “Mais do que transformar a obra de Gil em dança, a ideia foi de apropriar a musicalidade de Gil e produzi-la com o corpo”, revela Duda Maia, que conduziu uma verdadeira imersão com o Balé Teatro Castro Alves durante dois meses de processo criativo.

“Ao levarmos à cena a imensa riqueza da produção de Gil através de outras linguagens, e tudo o que ela é capaz de gerar e ecoar nos corpos envolvidos, nós dizemos mais uma vez do poder da arte, do que ela inspira, transforma e revoluciona”, detalha a idealizadora do projeto, Ana Paula Bouzas, diretora artística do BTCA.

Para a criação da trilha sonora original, Ubiratan Marques se baseou em três movimentos de percepção da obra do homenageado: o 1º movimento, Sertão; o 2º, Tropicália; e o 3º, Expresso 2222. São sonoridades que representam sua leitura e remetem às características próprias de Gilberto Gil, misturadas a trechos de suas canções em novos arranjos. A Orquestra Afrosinfônica ocupa o palco junto com a companhia de dança, movendo e cantando juntos. “A Orquestra Afrosinfônica é exatamente o que Gilberto Gil falou sobre a Oralidade dos Sertões ao lado dos letrados clássicos da Academia Brasileira de Letras. Acredito que é dessa forma que apresentamos Viramundo ao lado do BTCA para nosso povo”, atesta o maestro.

No elenco de intérpretes-criadores do espetáculo Viramundo, estão Adriana Bamberg, Agnaldo Fonsêca, Ângela Bandeira, Cristian Rebouças, Dayana Brito, Dina Tourinho, Douglas Amaral, Evandro Macedo, Fátima Berenguer, Fernanda Santana, Gilmar Sampaio, Jai Bispo, Joely Pereira, Konstanze Mello, Lílian Pereira, Luís Molina, Luíza Meireles, Maria Ângela Tochilovsky, Mirela França, Mônica Nascimento, Paullo Fonseca, Renivaldo Nascimento (Flexa II), Rosa Barreto, Ruan Wills e Solange Lucatelli.

Completando a ficha técnica, Renata Mota assina a cenografia, Adriana Ortiz está na iluminação, Hisan Silva e Pedro Batalha, dupla dirigente da marca Dendezeiro, criaram o figurino e o Centro Técnico do TCA assumiu as soluções de cenotecnia. Anna Paula Drehmer e Ticiana Garrido, membros do BTCA, são assistentes de coreografia e Marcelo Jardim é preparador vocal convidado.

Serviço:

O quê: Balé Teatro Castro Alves (BTCA) volta a cartaz com o espetáculo Viramundo, em homenagem a Gilberto Gil

Quando: sexta-feira (dia 28) e sábado (dia 29), às 20h

Recepção da camerata Quarteto Novo da OSBA: 19h20 às 19h50

Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves (Praça Dois de Julho, s/n, Campo Grande, Salvador – BA)

Quanto: os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada), filas A a Z11, e estão à venda na bilheteria do TCA ou no Sympla

Classificação indicativa: 12 anos

Espetáculo "Quem é Você na Fila do Pão?" realiza últimas apresentações em Salvador
Espetáculo “Quem é Você na Fila do Pão?” realiza últimas apresentações em Salvador

O espetáculo Quem é Você na Fila do Pão? realiza as duas últimas apresentações desta temporada no Teatro Sesi Rio Vermelho, em Salvador. Após o sucesso de público na primeira temporada, e anteriormente na cidade de Feira de Santana, o ator Adriano Lima retorna ao palco com as experiências vividas pela personagem Maria do Perpétuo Socorro durante o isolamento social por conta da pandemia mundial. As apresentações acontecem as quartas-feiras (dias 19 e 26/10), sempre às 20h, e os ingressos, que custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada), estão à venda no Sympla.

O texto cômico do espetáculo solo é de autoria do ator, responsável também pela encenação. Durante uma hora de encenação são relatados fatos que só ficaram evidentes por conta do contexto que todos foram obrigados a passar. No decorrer dessa história surgem situações que, com certeza, passariam despercebidas, mas que Socorro, irreverente e sem papas na língua, não perdoa. Os eventos vão desde a descoberta do fogão elétrico à falta de comunicação com outras pessoas, além de um teste para saber o quanto você é baiano e assim, descobrir Quem é Você na Fila do Pão?

O ator Adriano Lima foi o vencedor na categoria de Melhor Ator Coadjuvante da premiação do Festival de Teatro São Matheus em 2007 pelo espetáculo Graxeira, Graças a Deus. Em seu currículo ele traz ainda as montagens Um Velório Muito Estranho e Hoje Eu Não Tô Boa!

O espetáculo Quem é Você na Fila do Pão? é uma realização da Capricórnio Produções.

Serviço:

O quê: espetáculo Quem é Você na Fila do Pão? realiza últimas apresentações em Salvador

Quando: quarta-feira (dias 19 e 26 de outubro), às 20h

Onde: Teatro Sesi Rio Vermelho (Rua Borges dos Reis, n° 9, Rio Vermelho, Salvador – BA)

Quanto: ingresso custa R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) e estão à venda no Sympla

Espetáculo "Quem é Você na Fila do Pão?" realiza últimas apresentações em Salvador
No espetáculo solo “Quem é Você na Fila do Pão?”, o ator Adriano Lima, vive as agruras da personagem “Maria do Perpétuo Socorro” durante o isolamento por conta da pandemia – Foto: Divulgação
Grupo Corpo apresenta espetáculo “Gil Refazendo” no Domingo no TCA, em Salvador
Grupo Corpo apresenta espetáculo “Gil Refazendo” no “Domingo no TCA”, em Salvador

O Grupo Corpo apresenta o espetáculo Gil Refazendo no projeto Domingo no TCA, no próximo dia 23, às 11h, no Teatro Castro Alves, em Salvador. A coreografia de Rodrigo Pederneiras com música de Gilberto Gil, que homenageia os 80 anos do cantor e compositor baiano, será encenada no palco principal do TCA. Os ingressos custam R$ 1 (inteira) e R$ 0,50 (meia-entrada) e serão vendidos apenas no dia do evento, no local, a partir das 9h, com acesso imediato à plateia do teatro.

Gil Refazendo é uma recriação do espetáculo Gil, estreado em 2019, quando a trilha especialmente criada por um dos papas da música popular brasileira ganhou sua primeira tradução cênica. Três anos depois – com a pandemia da Covid-19 no meio –, a volta aos palcos se dá em uma nova encarnação, no espírito de renovar, reconstruir, rever, reviver: refazer. “Embarcamos na ideia de um renascimento. É um novo espetáculo”, diz o diretor artístico da companhia, Paulo Pederneiras. O balé foi reconstruído, inteiro. Uma única exceção que permanece na coreografia renovada é o solo de samba da bailarina Mariana do Rosário na releitura de Aquele Abraço.

A trilha de Gil Refazendo conduz um espetáculo de alta intensidade. “A música é como um rio caudaloso, de correnteza forte”, avalia o coreógrafo Rodrigo Pederneiras. Na trilha sonora estão presentes as canções: Aquele Abraço, Realce, Tempo Rei, Andar com Fé, Toda Menina Baiana, Sítio do Pica-Pau Amarelo, Raça Humana. Frases e temas de canções de Gil surgem retrabalhadas, mas perfeitamente reconhecíveis nas suas variações. O arco traz quatro ambientes musicais, na definição do próprio compositor: um choro instrumental; uma abordagem camerística (com inspiração “em Brahms ou Satie”, segundo ele); um momento de liberdade improvisadora; e, finalmente, uma construção abstrata baseada em figuras geométricas. “Círculo, triângulo, retângulo, pentágono, a volta ao círculo e finalmente a dissolução numa linha reta”, explica Gilberto Gil.

A temporada brasileira do segundo semestre de 2022 do Grupo Corpo tem patrocínio premium do Instituto Cultural Vale; patrocínio master da ArcelorMittal; e patrocínio Vivo e CCR. As apresentações em Salvador têm apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Teatro Castro Alves.

Serviço:

O quê: Grupo Corpo apresenta o espetáculo Gil Refazendo, no projeto Domingo no TCA, em Salvador

Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves (Praça Dois de Julho, s/n, Campo Grande, Salvador – BA)

Quando: domingo (dia 23), às 11h

Quanto: o ingresso custa R$ 1 (inteira) e R$ 0,50 (meia-entrada) e estarão à venda somente no dia, a partir de 9h, com pagamento apenas em dinheiro e acesso imediato do público

Classificação indicativa: 14 anos

Grupo Corpo apresenta espetáculo “Gil Refazendo” no Domingo no TCA, em Salvador
Gil Refazendo é uma recriação do Grupo Corpo para o espetáculo Gil, estreado em 2019 – Fotos: José Luiz Pederneiras
Musical "O Caminho dos Mascates" apresenta temporada no mês das crianças em Salvador
Musical “O Caminho dos Mascates” apresenta temporada no mês das crianças em Salvador

O Coletivo DUO apresenta temporada especial do musical infantojuvenil O Caminho dos Mascates no mês das crianças, em Salvador. Escrito pelo dramaturgo e poeta Denisson Palumbo, o espetáculo é permeado de referências coletivas do Nordeste, de um povo imaginário que em trânsito construiu um Brasil. As apresentações acontecem às sextas e sábados, até o dia 28 de outubro, sempre às 19h, na Arena SESC SENAC Pelourinho. Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada) e estão à venda no Sympla e na bilheteria do teatro.

Em O Caminho dos Mascates o Nordeste se fez e se reinventa. É dessa necessidade de recriar-se e reerguer-se, que Palumbo cria os Unidos Estados do Nordeste (UENE), pedaço de terra sertaneja cercado de Brasil por todos os lados, separados por uma muralha ficcional, uma ilusão que oprime. Com direção cênica de Elisa Mendes, o espetáculo musical aborda como muralhas são fronteiras que limitam movimentos, signos de segregação, trânsitos de memórias. No fluxo de ser e estar nesses territórios estão os mascates, que carregam em suas malas ausências, histórias e desejos. Vividos pelos atores Israel Barretto, Marcos Lopes e Saulus Castro, esses viajantes por profissão questionam suas vivências e produzem repentes a partir de dúvidas territoriais.

Palumbo traz para sua embolada musical e dramatúrgica um plebiscito que questiona ao povo se ele deseja a derrubada dessa muralha repleta de ilusões – geográficas e racionalistas, se os nós fronteiriços devem ser desatados, demolidos. O autor conta que o texto foi escrito entre março e junho de 2020, quando a Covid-19 torna-se pandemia no Brasil, e tem como referência Os Sertões, de Euclides da Cunha. O caminho dos Mascates interroga o que seria a identidade cultural contemporânea de uma nova “nordestinidade”.

Nesta linha de raciocínio, Elisa Mendes diz que O Caminho dos Mascates discute sobre identidade, território e poder, e nos leva a pensar, “os Brasis que temos, a discutirmos sobre as muralhas que nos afastam, que nos segregam”, sendo a muralha “a própria lida, os impedimentos constantes para que a nossa sociedade avance”.

Música e dramaturgia se misturam no espetáculo, com falas ritmadas que dão vidas às personagens. Com direção musical de Saulus Castro, ator que dá vida ao mascate Antônio Massangano, a musicalidade traz a pluralidade dos Nordestes. Baiões, Bois, Aboios, Sambas de roda, Maracatus, Cavalos Marinho, Frevos, Emboladas, Carimbós, Xotes, Xaxados, Serestas e tantas outras sonoridades do Brasil-Profundo.

Para reafirmar a poética nordestina, o cenário, figurinos e acessórios de cena são compostos de fragmentos terrosos de tecidos em algodão, couro e malhas, madeiras, metais e plástico. Retalhos que compõem uma visualidade que nos leva a um Nordeste distópico e em construção. Retalhos relevos e topográficos que criam uma cartografia do que pode vir a ser solo e povo nordestino. Guilherme Hunder assina a direção de arte.

Serviço

O quê: espetáculo musical O Caminho dos Mascates com Coletivo DUO

Quando: sextas e sábados, até 28 de outubro, sempre às 19h

Onde: Arena SESC SENAC Pelourinho (Largo do Pelourinho, nº 19, Pelourinho, Salvador – BA)

Quanto: os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada) e estão à venda no Sympla e na bilheteria do teatro

Espetáculo “Fanta & Pandora, uma folia na primavera” volta a cartaz no Teatro Módulo, em Salvador
Espetáculo “Fanta & Pandora, uma folia na primavera” volta a cartaz em Salvador

O espetáculo Fanta & Pandora, uma folia na primavera volta a cartaz em nova temporada no Teatro Módulo, em Salvador. A comédia, que celebra os 35 anos da Cia Baiana de Patifaria, reúne no palco duas das personagens de maior sucesso do espetáculo A Bofetada, as professoras Fanta Maria, interpretada pelo ator Lelo Filho desde a estreia há 34 anos, e Pandora Luzia, vivida pelo ator Rodrigo Villa. O espetáculo fica em cartaz aos sábados, de 8 de outubro até 26 de novembro, sempre às 20h. Os ingressos, que custam R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada), estão à venda no Sympla.

Na montagem, que tem direção do próprio Lelo Filho, as professoras de filodramaturgia Fanta Maria e neuroprototragédia Pandora Luzia improvisam exercícios, aquecimento corporal e chamam “voluntários” da plateia ao palco para a demonstração dos fonemas ensinados. A rapidez com que os dois atores que interpretam as personagens principais levam para o palco o dia-a-dia do país e do mundo, através de improvisações, fazem com que o efeito do espetáculo seja arrebatador.

Além de Fanta e Pandora entram em cena também Araci, Paloma e Marivaldo, personagens interpretadas pelos atores Marcos Barretto, Maurício Martins e Alexandre Moreira, respectivamente. Mas os “patifes”, cuja marca registrada é o improviso, prometem surpresas e avisam: “Que a plateia não se surpreenda se, por acaso, Juma, a Muda ou o Véio do rio, personagens da novela Pantanal, invadirem o palco também”.

Com texto escrito pelos paulistas Miguel Magno e Ricardo de Almeida, o esquete que originalmente durava 30 minutos quando estreou em 1988 em A Bofetada, produção de maior sucesso da Cia Baiana de Patifaria, acabou por se tornar um espetáculo independente da montagem original. Isso se deve à capacidade de improviso dos atores que, em mais de três décadas, foram criando tamanha empatia e sucesso com o público, ao apresentar uma enlouquecida dupla de professoras universitárias que adentram o teatro transformando a plateia numa sala de aula e criando uma total interatividade com os “alunos”.

Serviço:

O quê: Espetáculo Fanta & Pandora, uma folia na primavera

Onde: Teatro Módulo (Av. Prof. Magalhães Neto, 1.177, Pituba, Salvador – BA)

Quando: sábados, de 8 de outubro até 26 de novembro, sempre às 20h

Quanto: os ingressos custam R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada) e estão à venda no Sympla

Informações: (71) 2102-1350

Classificação: Livre