Forrozeiro baiano Zelito Miranda morre aos 68 anos

O forrozeiro baiano Zelito Miranda morreu aos 68 anos, na madrugada desta sexta-feira (dia 12), em Salvador. O cantor e compositor estava em casa acompanhado da esposa, Telma Miranda, quando passou mal e faleceu. A família de Zelito informou que a causa da morte foi problemas pulmonares e que o sepultamento aberto ao público vai acontecer às 16h45, no cemitério Bosque da Paz, na capital baiana.

O artista ficou conhecido como “Rei do Forró Temperado”, por incrementar o tradicional ritmo nordestino com o “tempero” de outros estilos, como o rock e o jazz. Com quase 40 anos de carreira, 220 músicas compostas, 12 discos gravados, entre CDs e LPs e um DVD, Zelito Miranda, levava multidões ao shows do Forró no Parque, projeto que fazia antecipando os festejos juninos e lotava o Parque da Cidade, em Salvador. Zelito Miranda nasceu em 30 de agosto 1953, na cidade baiana de Barrocas, então localidade do município de Serrinha, a 170 quilômetros de Salvador. 

Autoridades lamentaram a morte de Zelito Miranda. O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que “a música baiana está de luto”. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, ressaltou que “Zelito Miranda é um artista na sua mais pura essência. Um símbolo da nossa cultura que levava o forró por todo o mundo. Sua obra está eternizada em nossas memórias”.

O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, também lamentou o falecimento de Zelito Miranda. “Generosidade, essa é a palavra chave que me ocorre ao lembrar dessa grande figura: Zelito Miranda. Lembro do início de minha carreira, gravando minhas trilhas no estúdio de Zelito na Boca do Rio, sua presença simpática e acolhedora, sua figura sorridente e bem humorada. O país perde um grande forrozeiro, defensor de nossas raízes e tradições, corpo e alma mergulhados na nossa cultura popular”, destacou o dramaturgo.