Festival debate em Salvador o futuro do jornalismo e seu papel na sociedade

A terceira edição do FALA! – Festival de comunicação, culturas e jornalismo de causas será aberta nesta quinta-feira (dia 25), em Salvador. Nesta edição, serão debatidos temas relacionados ao papel dos meios de comunicação na democracia, direitos humanos, movimentos sociais, cultura, combate ao silenciamento, jornalismo posicionado e novas formas de ver o mundo. Entre os participantes do evento estão as jornalistas Aline Midlej (Globo News), Joyce Ribeiro (TV Cultura) e Valéria Almeida (TV Globo). Os debates e oficinas serão realizados de forma gratuita de 25 a 27 de agosto e com transmissão ao vivo pelo canal do festival no YouTube.

“Pensando no futuro do jornalismo e dos meios de comunicação em massa, o propósito do FALA! é abraçar a diversidade e a democracia a partir da perspectiva popular dentro da área e abrir espaço para que profissionais independentes atuem de forma conjunta, sendo capazes de desenvolver discussões amplas e democráticas sobre os temas atuais”, comenta Rosenildo Ferreira, idealizador do Festival FALA!

Nesta quinta-feira (dia 25), às 19h30, no Teatro Gregório de Mattos, acontece a mesa de abertura intitulada O lugar da utopia em um mundo distópico. O painel traz discussões sobre como os ideais de uma sociedade igualitária e verdadeiramente democrática podem impulsionar uma agenda política de oposição ao avanço do autoritarismo, do preconceito e da violência. A mediação do debate será realizada por Cristiane da Silva Guterres, jornalista, apresentadora e redatora; com participação de Helio Santos, doutor em administração e fundador do IBD (Instituto Brasileiro de Diversidade); e Cíntia Guedes, doutora em comunicação pela UFRJ, com ênfase em relações raciais, colonialidade do poder e produção de subjetividade.

Na sexta-feira (dai 26), abrindo o segundo dia do FALA!, às 10h15, o painel Entre redes e ruas: Que democracia é essa? apresenta uma discussão sobre a qualidade da democracia no Brasil a partir de um debate público promovido nas redes sociais e na vivência das ruas. Mediada por Rosane Borges, doutora em ciência da comunicação pela ECA-USP, a mesa também recebe Michel Silva, graduado em jornalismo pela PUC-RJ, é cofundador do jornal Fala Roça; Midiã Noelle, jornalista e mestra em cultura pela UFBA; e Célia Tupinambá, líder indígena, professora, intelectual e artista da aldeia Serra do Padeiro.

Novas resistências para velhas violações é o tema do segundo debate do dia, que começa às 15h, e será apresentado pela jornalista Valéria Lima, do Instituto Mídia Étnica e do Portal Correio Nagô. O painel irá abordar o papel da comunicação na construção de caminhos contra a barbárie. Para integrar a mesa, participam Guilherme Soares, jornalista, consultor em diversidade e criador do Guia Negro; Denise Mota, jornalista da Agence France-Press, No Toquen Nada e Folha de S. Paulo; e Claudia Wanano, comunicadora da Rede Wayuri, de São Gabriel da Cachoeira (AM).

Para finalizar os debates da sexta-feira (dia 26), às 18h45, a mesa Uma cidade para todas as histórias, mediada pela jornalista Mônica Santos, discute a ocupação de artistas, movimentos sociais e comunicadores em espaços gentrificados das grandes metrópoles. A artista visual e muralista Luna Barros; o coordenador do Centro Cultural Que Ladeira É Essa, Marcelo Teles; e a comunicadora e mestranda em educação pela USP Ana Flor, são os participantes convidados para o painel.

Iniciando a programação do último dia do Festival FALA!, às 10h30, a cofundadora do portal Nós, Mulheres da Periferia Semayat Oliveira apresenta a mesa Novas formas de ver e contar o mundo. Participam desta discussão Fabiana Lima, do Slam das Minas; Darwiz Bagdeve, professor universitário e escritor da história em quadrinhos Guerreiro Fantasma; e Yane Mendes, cineasta periférica e parte do time de coordenadores da Rede Tumulto, em Recife (PE).

O penúltimo painel do festival começa às 15h e tem como tema Nós por nós. Identidade, cultura ancestral e combate ao silenciamento. Nele participam Naira Santa Rita, profissional da área de direitos humanos e sustentabilidade; Erisvan Guajajara, jornalista, defensor dos direitos indígenas, fundador e coordenador da Mídia Índia; Joyce Cursino, jornalista, produtora e cineasta; e Natureza França, educadora, mestra em dança e produtora cultural, integrante do Quilombo Aldeia Tubarão e da Rede ao Redor.

Fechando os três dias de discussões e aprendizado sobre comunicação, cultura e democracia, às 18h, os grupos Alma Preta, Marco Zero Conteúdo, Ponte Jornalismo e 1 Papo Reto encerram o festival com o painel O jornalismo posicionado e suas subjetividades, que apresenta e defende a comunicação posicionada que dialoga com a arte e a cultura.

Oficinas

Além dos painéis, a programação do Festival FALA! promove oficinas presenciais, que acontecem no Espaço Cultural Boca de Brasa a fim de desenvolver atividades práticas sobre arte, cultura, pesquisa e comunicação. As primeiras oficinas Pesquisa em Jornalismo: Vamos conversar? O diálogo entre prática e pesquisa em Jornalismo e Arte e Cultura: a gente não quer só comida acontecem na sexta-feira (dia 26), às 14h e às 15h15, ministradas, respectivamente, por Fabiana Moraes, jornalista, professora e pesquisadora do núcleo de design e comunicação da UFPE, Denis de Oliveira, jornalista e professor da ECA-USP e pelos escritores Marcelino Freire e Miriam Alves.

Os workshops previstos para o sábado (dia 27) acontecem também às 14h e às 15h15, abordando os temas: Direito à Comunicação: Porque não me calo: o debate interditado sobre o direito à comunicação, por Charô Nunes, da organização Blogueiras Negras, e Daiene Mendes, do Repórteres Sem Fronteiras, e Pluralidade: representatividade e empoderamento no centro do debate, com Aline Midlej, jornalista da Globo News, Joyce Ribeiro, jornalista da TV Cultura e Valéria Almeida, jornalista da TV Globo.

Entre os debates e oficinas, também ocorrerão intervenções artísticas das musicistas Amanda Costa, Iane Gonzaga e Áurea Semiséria; declamação de poesias por Rilton Júnior e pelo grupo Slam das Minas; performance e dança de Diego Mamba Negra e Mano Sabota, além da apresentação do conjunto Pradarrum, que trabalha a preservação e valorização da musicalidade dos terreiros de candomblé.

Serviço:

O quê: FALA! – Festival de Comunicação, Culturas e Jornalismo e Causas

Onde: Teatro Gregório de Mattos (Praça Castro Alves, s/n, Centro, Salvador – BA) com transmissão ao vivo pelo canal do Festival FALA! no Youtube

Quando: de 25 a 27 de agosto (de quinta a sábado)

Quanto: inscrições gratuitas pelo Sympla (Necessário a apresentação da caderneta de vacinação contra a Covid-19)

Oficinas:

Local: Espaço Cultural Boca de Brasa (Praça Castro Alves, s/n, Centro, Salvador – BA)

Quando: de 26 a 27 de agosto, das 13h30 às 14h30

Quanto: inscrições gratuitas pelo Sympla. Sujeito a lotação

Programação completa do Festival FALA!

25/08 – Quinta-feira

19h – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA (atividade presencial) – Performance poética de abertura – Amanda Rosa, rapper da Chapada de Diamantina

19h15 – APRESENTAÇÃO DO FESTIVAL (atividade presencial e online) – Fala Institucional de um dos fundadores do Festival FALA!

19h30 – MESA DE ABERTURA – O lugar da utopia em um mundo distópico (atividade simultânea presencial e online)

Participantes: Cristiane da Silva Guterres, jornalista, apresentadora e redatora (mediação); Helio Santos, doutor em administração e fundador do IDB; e Cintia Guedes, doutora em comunicação pela UFRJ, com ênfase em relações raciais, colonialidade do poder e produção de subjetividade

21h – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA (atividade presencial) – Apresentação musical – Iane Gonzaga, musicista de Salvador

26/08 – Sexta-feira

10h – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA (atividade presencial) – Citação de poesia – Rilton Júnior, escritor, poeta e ator da Juventude Ativa de Cajazeiras

10h15 – MESA 1 (atividade simultânea presencial e online) – Entre redes e ruas: que democracia é essa?

Participantes: Rosane Borges, doutora em ciência da comunicação pela ECA-USP (mediação); Célia Tupinambá, liderança indígena, professora, intelectual e artista da aldeia Serra do Padeiro; Michel Silva, graduado em jornalismo pela PUC-RJ, é co-fundador do jornal Fala Roça; e Midiã Noelle, jornalista e mestra em cultura pela UFBA

15h – MESA 2 (atividade simultânea presencial e online) – Novas resistências para velhas violações

Participantes: Valéria Lima, Mídia Étnica e Correio Nagô (mediação); Guilherme Soares, jornalista, consultor em diversidade e criador do Guia Negro; Denise Mota, jornalista da Agence France-Press, No Toquen Nada e Folha de S. Paulo; e Claudia Wanano, comunicadora da Rede WAYURI, de São Gabriel da Cachoeira (AM)

18h30 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA (atividade presencial) – Apresentação de dança – Mano Sabota, b-boy e capoeirista

18h45 – MESA 3 (atividade simultânea presencial e online) – Uma cidade para todas as histórias
Participantes: Mônica Santos, jornalista (mediação); Luna Bastos, artista visual e muralista; Ana Flor, travesti, comunicadora e mestranda em Educação na USP; e Marcelos Teles, coordenador do Centro Cultural Que Ladeira é Essa

20h30 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA (atividade presencial) – Apresentação musical – Áurea Semiséria, MC e rapper de Cajazeiras

27/08 | SÁBADO

10h15 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA (atividade presencial) – Citação de poesia – Slam das Minas, poetry slam organizado e disputado por mulheres

10h30 – MESA 4 (atividade simultânea presencial e online) – Novas formas de ver e contar o mundo

Participantes: Semayat Oliveira, cofundadora do Nós, Mulheres da Periferia (mediação); Fabiana Lima, Slam das Minas; Darwiz Bagdeve, professor universitário e escritor do HQ Guerreiro Fantasma, que apresenta uma Salvador futurista, sem perder as conexões com as raízes; e Yane Mendes, cineasta periférica e uma das coordenadoras da Rede Tumulto, do Recife (PE)

15h – MESA 5 (atividade simultânea presencial e online) – Nós por nós. Identidade, cultura ancestral e combate ao silenciamento

Participantes: Naira Santa Rita, atua na área de direitos humanos e sustentabilidade; Erisvan Guajajara, jornalista, defensor dos direitos indígenas, fundador e coordenador da Mídia Índia; Joyce Cursino, jornalista, produtora e cineasta; e Natureza França, educadora, mestra em dança e produtora cultural, integrante do Quilombo Aldeia Tubarão e da Rede ao Redor

17h30 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA (atividade presencial) – Performance artística – Diego Mamba Negra, performer e artista

18h – MESA DE ENCERRAMENTO (atividade simultânea presencial e online): O jornalismo posicionado e suas subjetividades

Participantes: Alma Preta; Marco Zero Conteúdo; Ponte Jornalismo; e 1 Papo Reto

20h – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA (atividade presencial) – Apresentação musical – Grupo Pradarrum, músicas que valorizam a musicalidade dos terreiros de candomblé


Programação das oficinas:

IMPORTANTE: Este evento será apenas presencial. As inscrições para o Festival dão direito a participar das Oficinas. (Sujeito a lotação)

Onde: Espaço Cultural Boca de Brasa (Praça Castro Alves, s/n – Centro, Salvador – BA)

OFICINA 1 – Pesquisa em Jornalismo: Vamos conversar? O diálogo entre prática e pesquisa em jornalismo

Dia 26/08, às 14h

Painelistas: Fabiana Moraes, jornalista, professora e pesquisadora do Núcleo de Design e Comunicação da UFPE, campus Caruaru (PE); e Denis de Oliveira, jornalista e professor da ECA-USP

OFICINA 2 – Arte e Cultura: a gente não quer só comida

Dia 26/08, às 15h15

Painelistas: Marcelino Freire, escritor e contista; e Miriam Alves, escritora literata

OFICINA 3 – Direito à Comunicação: Porque não me calo: o debate interditado sobre o direito à comunicação

Dia 27/08, às 14h

Painelistas: Charô Nunes, Blogueiras Negras; e Daiene Mendes, Repórteres Sem Fronteiras

OFICINA 4 – Pluralidade: Representatividade e empoderamento no centro do debate

Dia 27/08, às 15h15

Painelistas: Aline Midlej, jornalista Globo News; Joyce Ribeiro, jornalista da TV Cultura; e Valéria Almeida, jornalista da TV Globo