Corpo do músico Luiz Galvão está sendo velado em São Paulo
O corpo do músico Luiz Galvão, um dos fundadores dos Novos Baianos, está sendo velado na tarde desta segunda-feira (dia 24), no Funeral Arce, no bairro do Morumbi, em São Paulo, onde será cremado. O cantor, compositor e poeta morreu na noite de sábado (dia 22), aos 87 anos, na capital paulista. Ele estava internado desde o dia 16 de setembro, depois de sofrer um infarte, na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Em seguida, foi internado no Instituto do Coração, onde morreu.
Luiz Dias Galvão nasceu na cidade baiana de Juazeiro, no norte do estado, em 22 de julho de 1935, mas só foi registrado dois anos depois. Além de músico, foi jogador profissional de futebol em Juazeiro e campeão baiano de futebol de salão. Formado em agronomia, exerceu a profissão por seis anos, quando decidiu viver de arte. Ainda na adolescente, Galvão conheceu outro conterrâneo ilustra, o músico João Gilberto, pai da Bossa Nova.
Com os Novos Baianos, ao lado de Moraes Moreira (1947 – 2020), Paulinho Boca de Cantor, Baby do Brasil e Pepeu Gomes, Galvão lançou o álbum Acabou chorare, que juntava samba, rock, bossa nova, frevo, choro e baião. O disco de 1972 trazia faixas como Preta pretinha, Mistério do planeta, A menina dança e Besta é tu. A coletânea foi eleita pela revista Rolling Stone como a melhor da história da música brasileira, em outubro de 2007.
No total, foram oito discos de estúdio, dois álbuns ao vivo, e dois de reuniões do grupo. Luiz Galvão escreveu a maioria das canções gravadas pelo grupo. O poeta, como gostava de se definir, também é autor dos livros: Novos Baianos: A história do grupo que mudou a MPB (2014); João Gilberto: a bossa e Anos 80: A história de uma amizade na década perdida (2021). Luiz Galvão deixa a esposa Janete Galvão e os filhos Lahirí e Kashi.