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Coletivo propõe dança de salão entre homens gays

Em quê implica ser homem e gay na dança de salão? Este é um dos questionamentos que vem provocando o Casa 4, projeto artístico desenvolvido em Salvador pelos dançarinos-criadores Alisson George, Guilherme Fraga, Jônatas Raine, Leandro de Oliveira e Marcelo Galvão. No formato de espetáculo de dança e com estreia prevista para novembro, o projeto busca refletir sobre as relações construídas pela dança de salão nos corpos dos artistas envolvidos. “Corpos viados, afeminados, fechativos, brutos, sensíveis e mais um bocado de coisa”, ressalta Marcelo Galvão, dançarino formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Os ensaios acontecem desde junho deste ano e agora o grupo lança uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar a realização do espetáculo pelo site www.catarse.me/casaquatro. Tradicionalmente as danças de salão carregam signos e regras que reforçam os estereótipos de gênero e excluem outras possibilidades de dançar a dois. Neste sentido, os dançarinos do Casa 4 têm mergulhado em suas experiências, nos preconceitos velados e nas microviolências diárias para falar sobre ser gay neste universo. “Acreditamos não dá mais para gente não fazer, não falar, não dançar respeitando o que a gente é”, afirma Guilherme Fraga, mestre em Dança pela UFBA e professor da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).

Em cena, a proposta é não se limitar a binarismos como condutor-conduzido, ativo-passivo, masculino-feminino. Desejos, amor, breguice e viadagem conduzem os “dois pra lá, dois pra cá” deste projeto em processo de criação. Destaque para a equipe desta ação artística-política-amorosa que reúne, exclusivamente, colaboradores LGBTQI+. Integram o Casa 4, Caio Figueiredo (artista visual), David Calluque (arquiteto/cenógrafo) Diego Moreno (designer gráfico), Diego Solon (estilista) e Maiana Brito (cineasta). Para acompanhar o trabalho sigam o grupo nas redes sociais @casa04producoes.

Fliquinha 2017 traz programação diversificada pensada para as crianças

Desde 2013, as crianças têm lugar cativo dentro da programação da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que este ano acontece entre os dias 05 e 08 de outubro em Cachoeira, cidade localizada a 130km de Salvador. A Fliquinha é o espaço da garotada, com contações de histórias, bate-papos e apresentações teatrais e musicais, com curadoria de Mira Silva e Lilia Gramacho.
Este ano a Fliquinha apresenta o show “Pé de Maravilha”, projeto musical infantil do cantor Saulo, que mistura no repertório, clássicos infantis da música popular brasileira, aos cheiros e estímulos originários da floresta representada no palco por um jardim tropical. “É uma satisfação muito grande, ter um artista como Saulo na nossa programação, além de ele ser um grande nome da nossa música, no seu show, ele traz o universo da natureza e da música para as crianças, principalmente nesse mundo tão tecnológico”, completa Mira Silva.
Em 2017, como em todos os outros anos, a Fliquinha traz a literatura nas mais diversas plataformas, seja no cinema, no teatro e na música. Os autores e o livro possibilitarão às crianças revisitarem expressões narrativas como objetos de prazer, de ludicidade e de descoberta. Esta será a 5º edição do espaço que já faz parte da programação oficial da Flica.
“Quando pensamos a programação, o nosso compromisso é atiçar a natureza curiosa infantil através de uma programação que amplia o conceito do livro, para o campo das multlinguagens, tendo como premissa um fio narrativo que invoca aquilo que temos mais singular: a nossa capacidade de imaginar” explica a curadora.
Com mais de 20 atrações, nos quatro dias de evento, a criançada pode esperar muita contação de histórias, espetáculos teatrais e musicais, lançamento de livros, bate-papo com autores e muito mais. Orquestra Rumpilezzinho, Carolina Cunha, Antonio Moreno, Renato Moriconi, Iara Sydenstricker, Pablo Marutto, Renata Fernandes são alguns dos nomes nacionais e locais já confirmados para a programação.  Fliquinha acontece no Cine-Theatro Cachoeirano, prédio tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Flica 2017 – A sétima edição, que acontece entre os dias 5 e 8 de outubro, traz para o Recôncavo Baiano influentes nomes da literatura nacional e internacional, com programação para adultos e crianças. Em 2017, estão programados debates literários, lançamento de livros, exposições, apresentações artísticas, contações de histórias e saraus.
Todos os anos, escritores de diversos matizes se reúnem para debater e interagir com o público, que tem acesso gratuito a todas as atrações do evento. A festa costuma atrair mais de 20 mil visitantes a Cachoeira.
Uma novidade deste ano será a curadoria. O escritor e jornalista Tom Correia assume a função ocupada, em 2016, por Emmanuel Mirdad, um dos idealizadores e coordenador geral da Flica.
O Governo do Estado da Bahia apresenta a Flica 2017. O projeto é realizado pela Cali e Icontent e tem patrocínio do Governo do Estado, por meio do Fazcultura, e apoio do Hiperideal, Coelba e da Prefeitura Municipal de Cachoeira.
 
Serviço:
​Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica 2017
​Quando: ​5 a 8 de Outubro
Onde: Cachoeira-BA

Foto: AG. BAPress
“Acredito na transformação social”, afirma Graça Machel durante conferência de encerramento do Fronteiras Braskem do Pensamento 2017

“É possível tornar a vida mais digna, tornando as relações mais humanas”, “a cultura liberta as pessoas” e “acredito na transformação social”. Essas foram algumas das declarações feitas pela ativista dos direitos humanos moçambicana Graça Machel, durante a conferência que encerrou, na noite dessa terça-feira (05/09), no palco principal do Teatro Castro Alves, em Salvador, a temporada 2017 do Fronteiras Braskem do Pensamento. Com o tema Civilização – A sociedade e seus valores, o projeto tem o patrocínio da Braskem e do Governo da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, com realização da Caderno 2 Produções Artísticas.

Em frente a uma plateia atenta, a ex-ministra da Educação de Moçambique e desde 2010 gestora do fundo internacional que leva seu nome, Graça Machel falou sobre a onda de imigração, direitos humanos, diferença entre gêneros, racismo e exploração infantil. A conferência foi apresentada pelo doutor em Filosofia, Eduardo Wolf, curador-assistente do Fronteiras do Pensamento e com a mediação de Zulu Araújo, diretor da Fundação Pedro Calmon. Durante sua conferência, Graça assegurou que “o Brasil é um exemplo de integração de imigrantes”.

Ela questionou porque hoje em dia o fenômeno da imigração é visto com medo. “As imigrações fazem parte da experiência humana ao longo dos séculos e até de milênios, faz parte do DNA social”, afirmou a ativista. Para Graça, a desigualdade econômica é um fenômeno motivador das imigrações. “Atualmente existem presidentes que acham que podem construir muros para separar pessoas. É preciso algumas vozes mais esclarecidas para atentar que o islã é uma religião de paz. Existem alguns indivíduos que são terroristas, mas precisamos não generalizar”, adverte.

Formada em Filologia da Língua Alemã pela Universidade de Lisboa, Machel atuou como professora e lutou clandestinamente com a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) durante a Luta Armada da Libertação Nacional. “Hoje somos uma África que temos marcas do coronelismo. Não somos um continente homogêneo. Temos duas mil línguas em África. A Nigéria sozinha tem 500 línguas. Apesar das várias colonizações conseguimos preservar muito de nossa tradição. Não somos nem franceses ou ingleses, somos africanos”, garante. Graça alerta que a globalização, com todas as vantagens que trouxe, também deixou muitas marcas da pobreza. “A grande maioria do nosso povo, nas zonas rurais africanas, tem muito pouco de globalização”.

Ligada desde muito cedo a organizações sociais para a manutenção dos direitos de mulheres e crianças, Graça Machel não chegou a conhecer o próprio pai, que morreu três semanas antes do seu nascimento. Filha mais nova de uma família de origem humilde, cresceu e acompanhou o empenho e o esforço de sua mãe para criar sozinha os setes filhos. Em 2010, a ativista fundou a Graça Machel Trust, organização de direito com foco na saúde e na nutrição de crianças, na educação, no empoderamento econômico e financeiro das mulheres, e no desenvolvimento de estratégias de governança e liderança femininas na África. “A única diferença que existe realmente entre o homem e a mulher é o gênero, mas fizeram o homem crer que pode matar as mulheres”, lamenta a conferencista.

Outras duas grandes causas levantadas por Graça Machel são o trabalho em favor das vítimas de casamentos infantis e o combate a quaisquer tipos de racismo. “A realidade é que pessoas de pele negra em qualquer continente lutam para sobreviver. Precisamos fazer uma introspecção para saber que tipo de pessoa nos tornamos”, provoca Graça. “Hoje a família humana tem dois grandes desafios, aceitar que homens e mulheres e pretos e brancos são iguais. Não há nada que nos diferencie”, garante. Ao finalizar sua fala, provocou a plateia questionando “o que podemos fazer para desmantelar esses mitos?”.

SOBRE O FRONTEIRAS BRASKEM DO PENSAMENTO
Fronteiras Braskem do Pensamento é um ciclo de conferências alinhado ao projeto cultural múltiplo Fronteiras do Pensamento – www.fronteiras.com – que aposta na liberdade de expressão intelectual e na educação de qualidade como ferramentas para o desenvolvimento. O Fronteiras do Pensamento realiza anualmente edições em Porto Alegre e São Paulo, e na edição especial em Salvador abre espaço para o debate e a análise da contemporaneidade e das perspectivas para o futuro, apresentando pensadores, artistas, cientistas e líderes que são vanguardistas em suas áreas de pesquisa e pensamento.

Os valores básicos do projeto são o pluralismo das abordagens, o rigor acadêmico e intelectual de seus convidados e a interdisciplinaridade de ideias. Por isso o Fronteiras Braskem do Pensamento já trouxe à Bahia importantes nomes como Enrique Peñalosa, Leymah Gbowee, Wim Wenders, Edgar Morin, Manuel Castells, Contardo Calligaris, Luc Ferry, Salman Rushdie, Jean-Michel Cousteau e Valter Hugo Mãe, entre outros. Na temporada 2017, além de Graça Machel, o Fronteiras Braskem do Pensamento trouxe à capital baiana, o escritor moçambicano Mia Couto e a crítica cultural norte-americana Camille Paglia.

Estudantes de publicidade criam campanha para incentivar trabalho voluntário em agências

Incentivar que agências associadas ao Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia – Sinapro-Bahia assumam contas de Organizações Não Governamentais (ONGs), que necessitam serem vistas pelo público para continuarem seus trabalhos beneficentes. Esse é o objetivo da campanha Adote Uma Conta, criada por oito estudantes calouros do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Salvador (Unifacs). O trabalho foi realizado no primeiro semestre deste ano e envolveu as disciplinas de Introdução a Publicidade e Propaganda, Teorias da Comunicação, Comunicação Visual, Laboratório de Editoração e Gestão das Organizações.
A escolha se deu pelo fato do Sinapro-Bahia ter voz ativa com o público-alvo da as agências de comunicação e publicitários da Bahia. “Por se tratar de um trabalho de faculdade com um cliente anunciante fictício, entendemos que o contexto de atuação da entidade no mercado publicitário local fazia sentido com o posicionamento que desejávamos com a campanha”, explica Bruce Marinho, um dos estudantes envolvido na campanha.
Com o apoio do Sinapro-Bahia, a iniciativa será apresentada no Intercom, congresso que reúne milhares de pesquisadores, profissionais e estudantes de Comunicação de todo o país, e que este ano será realizado entre os dias 4 e 9 de setembro, em Curitiba-PR. Depois que se organizaram em grupos, os alunos foram desafiados a trabalharem em uma campanha fictícia com a temática “doação”. A proposta da professora Mariana Alcantara é que cada grupo de estudo simulasse uma agência em potencial.
“A ideia nasceu da constatação de que uma boa estratégia de comunicação é a ferramenta mais poderosa a ser doada a uma instituição que realiza algum trabalho social. É a partir dela que se consegue garantir a divulgação do trabalho realizado, consolidando sua imagem junto à sociedade”, esclarece Marinho. Também integraram a equipe os estudantes Alexsandro Vilas Boas, Ivan Marinho, Jamille Dourado, Juliana Vilas Boas, Lara Azeredo, Pedro Delfino e Stefano Gobira.

Arte e feminismo: Camille Paglia fala no Fronteiras Braskem do Pensamento

Polêmica crítica cultural norte-americana realiza conferência no dia 15 de agosto no Teatro Castro Alves

Foto: Divulgação

 
Uma pensadora de seu tempo, que discorre sobre as incongruências do feminismo, a sexualidade, a política, a religião, a estética e a cultura pop, entre tantos outros assuntos, sem evitar a contradição. Assim é Camille Paglia, conhecida pelas obras Personas sexuais e Sexo, arte e cultura americana. Mas no livro mais recente lançado no Brasil a intelectual retorna aos seus estudos de origem: em Imagens cintilantes, destaca a história das artes plásticas a partir de 29 obras representativas de estilos e contextos sociais, do túmulo da Rainha Nefertari do Egito ao cinema norte-americano de George Lucas. Na obra, Camille afirma, com certa decepção, que os jovens trocaram a pintura e a escultura pela tecnologia e o design industrial, gerando consequências. “O olho sofre com anúncios piscando na rede. Para se defender, o cérebro fecha avenidas inteiras de observação e intuição. A experiência digital é chamada interativa, mas o que eu vejo como professora é uma crescente passividade dos jovens, bombardeados com os estímulos caóticos de seus aparelhos digitais. Pior: eles se tornam tão dependentes da comunicação textual e do correio eletrônico que estão perdendo a linguagem do corpo.” A conferência ocorre no dia 15 de agosto, às 20h30, no Teatro Castro Alves, Campo Grande. Vendas: www.ingressorapido.com.br. Informações no site www.fronteiras.com/salvador ou pelo fone 4020-2050.
Formada pela Universidade de Yale com Ph.D. em língua inglesa pela mesma instituição, Camille Paglia é uma das intelectuais mais influentes da atualidade e a principal teórica do pós-feminismo. Desde 1984, é professora de Humanidades e Estudos Midiáticos na Universidade de Artes da Filadélfia. Seu método acadêmico é erudito, comparativo e descritivo, e seus ensaios alcançam grande repercussão midiática. É o caso de Imagens cintilantes, no qual Camille poetiza para depois provocar: “a arte é o casamento do ideal e do real. Fazer arte é um ramo da artesania. Artistas são artesãos, mais próximos dos carpinteiros e dos soldadores do que dos intelectuais e dos acadêmicos, com sua retórica inflacionada e autorreferencial. A arte usa os sentidos e a eles fala. Funda-se no mundo físico tangível”. E, nesta era reconhecida pela pensadora como “de vertigem”, torna-se necessário reaprender a ver e, segundo Camille, encontrar um foco. “As crianças, sobretudo, merecem ser salvas deste turbilhão de imagens tremeluzentes que as vicia em distrações sedutoras e fazem a realidade social, com seus deveres e preocupações éticas, parecer estúpida e fútil. A única maneira de ensinar o foco é oferecer aos olhos oportunidades de percepção estável – e o melhor caminho para isso é a contemplação da arte”, afirma a crítica, que questiona também o sistema de educação artística. “Da pré-escola em diante, a arte é tratada como uma prática terapêutica – projetos com cartolina do tipo ‘faça você mesmo’ e pinturas com os dedos para liberar a criatividade oculta das crianças. Mas o que de fato faz falta é um quadro histórico de conhecimentos objetivos acerca da arte”, analisa. “Sem conhecimento a cultura se perde, e a imaginação começa a faltar”, completa.
A importância de Camille Paglia no universo intelectual caracteriza-se também pela quebra de paradigmas – apesar da formação clássica, valoriza a cultura popular e massiva no ambiente acadêmico – e por uma relação tênue entre vida pública e privada, ao assumir-se, ainda na universidade, como homossexual, sofrendo preconceito de colegas e professores. Nascida em Endicott, vila no condado de Broome, Nova York, Camille é filha de imigrantes italianos e cresceu em uma casa de fazenda com seu pai, veterano da Segunda Guerra Mundial e professor, que incentivou o crescimento da filha em um ambiente livre e de apoio à cultura e às artes. Casada por mais de uma década com a artista Alison Maddex, de quem Camille adotou legalmente o filho após sua separação, não é adepta da ideia de que a criança possui “duas mães”, reconhecendo-se como uma parente próxima de seu filho, alguém que possui influência em sua criação. Reconhecendo-se como uma dissidente do movimento feminista das décadas de 60 e 70, Camille também é voz polêmica ao comentar o casamento gay. “Eu apoio a união civil, mas nunca apoiei o casamento gay. Não acho que o governo deve se envolver em casamento, um termo circunscrito à Igreja. Perante a lei, deve haver igualdade de gêneros e orientações sexuais. Mas deve haver mais respeito por religião. Se você quer se casar, vá a uma igreja que aceite casá-lo. Mas a insistência de que o governo deve intervir neste sentido é muito juvenil”, provoca.
A pensadora analisa também, de forma crua, a atual luta social das mulheres. “Acredito que um feminismo forte deve basear-se no respeito pelo homem, admiração pelo que alcançaram através da história. Esse retrato dos homens como sendo opressores é uma calúnia grosseira. Houve homens criminosos? Sim, certamente, mas os homens deram sua vida, através da história, pelas mulheres e pelas crianças. As mulheres precisam se responsabilizar por suas vidas e parar de culpar os homens por seus problemas, que têm mais a ver com questões e estruturas sociais e não são fruto de uma conspiração masculina”, afirma. E completa: “A infelicidade que muitas mulheres sentem hoje resulta em parte da incerteza delas sobre quem são e sobre o que querem nesta sociedade materialista, voltada para o status, que espera que a mulher se comporte como homem e ainda seja capaz de amar como mulher. Quando eu vou a Nova York, vejo essas mulheres nas ruas: bem cuidadas, lindas, bem-sucedidas, graduadas em Harvard, Yale e… tediosas! Te-di-o-sas. Não têm nenhuma mística erótica. Acho que o número de homens gays vem aumentando porque os homens são mais interessantes do que as mulheres”, polemiza.
Para a intelectual, estamos em uma fase tardia da cultura, em que as definições dos sexos começam a se dissolver e surgem todos os tipos de trocas de papéis entre o feminino e o masculino. “Eu adoro tudo isso, mas acho que não pode ser confundido com um sintoma de saúde e de progresso. É um sintoma de declínio histórico da nossa cultura. Eu não noto, a propósito, nenhum avanço no campo das artes. Pelo contrário, todos estão obcecados consigo próprios. O ego se tornou um trabalho artístico. Acho que a obsessão com gênero e com orientação sexual se tornou uma doença”, sentencia. E opina sobre os recentes levantes feministas como a Marcha das Vadias, comparando-o com a atitude de uma figura que é frequente em suas análises: “Madonna expunha seu corpo ao mesmo tempo em que assumia a responsabilidade de se defender. Você tem o direito de se vestir como Madonna nas ruas às 3h da manhã e faz parte do comportamento da mulher liberada fazer isso. Só que essa mulher tem que saber se defender. Se você é uma mulher livre, você tem que aceitar que, toda vez que se vestir de modo convidativo, está enviando uma mensagem. E é claro que ninguém tem o direito de fazer nada com você, mas só uma idiota acha que vai para as ruas de vestimentas provocativas sem correr o risco de ser atacada, culpando o Estado por isso”, finaliza. Neste ano Paglia lançou sua mais recente obra, Free women, free men – Sex, gender, feminism, ainda sem publicação no Brasil.
Camille Paglia já esteve em Salvador, em 2008, realizando a conferência Variedades do erótico na arte do século XX. No projeto Fronteiras do Pensamento também esteve em São Paulo, em 2015, com a conferência Arte, cultura e feminismo, e em Porto Alegre, em 2007, com a fala A mulher na arte: da idade da pedra até Hollywood. Resumos das conferências e entrevistas exclusivas disponíveis no portal www.fronteiras.com.
 
SOBRE O FRONTEIRAS BRASKEM DO PENSAMENTO
Fronteiras Braskem do Pensamento é um ciclo de conferências alinhado ao projeto cultural múltiplo Fronteiras do Pensamento – www.fronteiras.com – que aposta na liberdade de expressão intelectual e na educação de qualidade como ferramentas para o desenvolvimento. O Fronteiras do Pensamento realiza anualmente edições em Porto Alegre e São Paulo, e na edição especial em Salvador abre espaço para o debate e a análise da contemporaneidade e das perspectivas para o futuro, apresentando pensadores, artistas, cientistas e líderes que são vanguardistas em suas áreas de pesquisa e pensamento. Os valores básicos do projeto são o pluralismo das abordagens, o rigor acadêmico e intelectual de seus convidados e a interdisciplinaridade de ideias. Por isso o Fronteiras Braskem do Pensamento já trouxe à Bahia importantes nomes como Enrique Peñalosa, Leymah Gbowee, Wim Wenders, Edgar Morin, Manuel Castells, Contardo Calligaris, Luc Ferry, Salman Rushdie, Jean-Michel Cousteau e Valter Hugo Mãe, entre outros.
O  tem o patrocínio da Braskem e do Governo da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do estado, com realização da Caderno 2 Produções Artísticas.
 
SERVIÇO FRONTEIRAS BRASKEM DO PENSAMENTO SALVADOR 2017
DATAS E HORÁRIO: Ocorrem mais dois encontros – 15/8 e 5/9, sempre às 20h30.
LOCAL: Teatro Castro Alves (Praça Dois de Julho, s/nº – Salvador/BA).
INGRESSOS: Ingresso individual por conferência: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia).
COMO COMPRAR: Pelo site www.ingressorapido.com.br, na bilheteria do Teatro Castro Alves e nos postos de vendas do SAC, nos shoppings Barra e Bela Vista. Informações sobre vendas pelo fone 3003-0595.
INFORMAÇÕES SOBRE O FRONTEIRAS BRASKEM DO PENSAMENTO: Na Central de Relacionamento Fronteiras pelo fone 4020.2050 e no portal www.fronteiras.com/salvador

​Foto: Marcos Hilton / Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador
Ação Cívico-Social leva serviços gratuitos para o município de Candeias

Os moradores das comunidades do entorno do Porto de Aratu terão acesso gratuito a serviços de assistência médica, odontológica e social, durante a Ação Cívico-Social (ACISO), promovida pela Marinha do Brasil em parceria com o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari – COFIC, com patrocínio da Braskem e apoio da Prefeitura Municipal de Candeias, Vopak e Cetrel. A ação acontece de 16 a 19 de agosto, das 8h30 às 16h30 (quarta a sexta) e das 8h30 às 11h (sábado), na Praça do Rio do Cunha, em Passé, Candeias.


Serão oferecidos serviços de atendimento odontológico, Clínica médica, Cardiologia, Dermatologia, Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Mastologia, Nutrição e farmácia popular. Para Mauro Pereira, Superintendente Geral do COFIC: “Trata-se de uma iniciativa de indiscutível importância para as comunidades do entorno do Porto de Aratu, por possibilitar o acesso gratuito a serviços relevantes de interesse comunitário, principalmente no campo da saúde”.


O público presente poderá realizar ainda emissão gratuita da 1ª e 2ª vias do RG (carteira de identidade); regularizar embarcações; esclarecer dúvidas no Balcão de Justiça e Cidadania; assistir palestras educativas e participar de atividades lúdicas, além de corte de cabelo. Já no estande do Sebrae serão prestadas orientações sobre empreendedorismo para quem desejar se tornar um Microempreendedor Individual (MEI). “Além das tarefas diretamente ligadas ao preparo e emprego do Poder Naval para a defesa da Pátria, a Marinha do Brasil contribui com a população brasileira por meio de ações sociais, como a assistência prestada às comunidades ribeirinhas que enfrentam dificuldades de acesso aos serviços públicos. As Ações Cívico-Sociais que realizamos costumam motivar bastante os nossos militares, que delas participam de forma voluntária”, destaca o Capitão de Fragata Flávio Almeida, Assessor de Relações Institucionais do Comando do 2º Distrito Naval.


Um verdadeiro exército, composto por mais de 100 profissionais em diversas especialidades, estará envolvidos na ação, prestando serviços voluntários. A estrutura que será montada para o atendimento à população envolverá 17 barracas e oito toneladas de equipamentos. “A ACISO é uma iniciativa transformadora e extremamente gratificante, pois oferece serviços gratuitos de saúde e cidadania de qualidade e de fácil acesso para milhares de pessoas”, ressalta Helio Tourinho, gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia. A expectativa é que a uma média de mil atendimentos sejam realizados por dia na Ação Cívico-Social.


A ACISO conta com a participação do Comando do 2º Distrito Naval, Hospital Naval de Salvador, Capitania dos Portos da Bahia, Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador, Cofic, Vopak, Cetrel, Prefeitura Municipal de Candeias, Colônia de Pescadores e Agricultores Z-54 de Candeias, NUDEC IMC – Núcleo de Defesa Comunitária de Ilha de Maré e Continente, além da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, Instituto de Identificação Pedro Mello e Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Curso de Pescador Profissional – No sábado, dia 19, para marcar o encerramento das atividades da Ação Cívico-Social, será realizada a cerimônia de formatura dos 30 moradores de Passé que concluíram o curso de Pescador profissional POP, promovido pela Braskem e Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), com associados da Colônia de Pescadores Z-54 de Passé.


Serviço:
O que? ACISO – Ação Cívico-Social
Quando? De 16 a 19 de agosto – Das 8h30 às 16h30 (quarta a sexta) e das 8h30 às 11h (sábado),
Onde? Praça do Rio do Cunha, Comunidade de Passé, Candeias-BA

Candeias: Capitania dos Portos da Bahia e Braskem promovem curso gratuito para pescadores na comunidade de Passé

Foto: Marcos Hilton / Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador

Até o próximo dia 19 de agosto, 28 moradores da comunidade de Passé, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, participam do curso de Pescadores Profissionais (POP). A iniciativa gratuita é promovida pela Braskem e Capitania dos Portos da Bahia (CPBA) com aulas teóricas e práticas ministradas pelos militares da Capitania. O curso, que começou no último dia 8/08, é destinado aos associados da Colônia de Pescadores Z-54 de Passé, e acontece das 8h às 17h, com carga horária total de 82 horas. Os assuntos abordados são: marinharia, Legislação Marítima e Ambiental, Segurança do Trabalho, Primeiros Socorros, Combate ao incêndio, Motores, Sobrevivência do Náufrago, entre outros. O apoio à qualificação dos pescadores da região é uma das ações do Programa Maré Boa, promovido pela Braskem nas comunidades do entorno do Porto de Aratu.
 
Sobre o Programa Maré Boa
Maré Boa é a marca que reúne as ações do Programa de Comunicação e Responsabilidade Social do projeto de TUP – Terminal de Uso Privativo da Braskem no Porto de Aratu. Através do Maré Boa serão realizadas ações sociais, de educação ambiental e valorização da cultura nas comunidades de Candeias e Ilha de Maré, com foco no desenvolvimento regional.
 
Sobre a Braskem
A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, com volume anual superior a 20 milhões de toneladas, incluindo a produção de outros produtos químicos e petroquímicos básicos, e com faturamento anual de R$ 54 bilhões. Com o propósito de melhorar a vida das pessoas, criando as soluções sustentáveis da química e do plástico, a Braskem atua em mais de 70 países, conta com 8 mil integrantes e opera 40 unidades industriais, localizadas no Brasil, EUA, Alemanha e México, esta última em parceria com a mexicana Idesa.
 
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