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Broncas do Rafa - A Mulher Laranja
Broncas do Rafa – A Mulher Laranja

Na impossibilidade de Joaquim Roriz (PSC) concorrer ao cargo de governador de Brasília, Weslian Roriz – esposa do político -, foi nomeada como substituta. Roriz teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na lei da Ficha Limpa.  Em 2007, ele renunciou ao mandato de senador para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar.

Colocada na berlinda durante o debate entre candidatos ao governo do Distrito Federal (DF), realizado nesta terça-feira (dia 28) pela TV Globo, Weslian mostrou todo o seu despreparo para o cargo que pleiteia. As gafes cometidas pela candidata ficaram no top dos assuntos mais comentados do Twitter, nesta quarta-feira (dia 29). Coitada da “mulher laranja”, como já está sendo chamada.

Veja, abaixo, trechos do debate.

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Farmácia de manipulação denunciada no "Fantástico" é interditada
Farmácia de manipulação denunciada no "Fantástico" é interditada

A farmácia de manipulação A Terapêutica, localiza do bairro do Candeal, em Salvador, foi interditada nesta terça-feira (dia 20), pela Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A dona da farmácia, identificada como D. Terezinha, foi flagrada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, ao revelar que paga comissões a médicos para que eles indiquem o estabelecimento a pacientes. A farmácia também é investigada por manipular medicamentos controlados.

Foram recolhidos no local para análise, receituários de cor azul, usados na prescrição de medicamentos controlados. O Conselho Regional de Farmácia (CRF) vai abrir sindicância para apurar a responsabilidade dos farmacêuticos de A Terapêutica na denúncia do pagamento de comissões a médicos. O Ministério Público Estadual (MPE) também abriu investigação para averiguar possíveis danos aos consumidores.

América: polêmica contra a proibição do beijo gay na novela gera reclamações no Orkut e beijaço em Brasília
América: polêmica contra a proibição do beijo gay na novela gera reclamações no Orkut e beijaço em Brasília

Milhares de telespectadores ficaram no aguardo, na última sexta-feira (dia 11), da tão propagada cena do “beijo apimentado” entre os personagens Júnior (Bruno Gagliasso) e o peão Zeca (Erom Cordeiro), no último capítulo da novela América, da autora Glória Perez e exibida pela Rede Globo. O fato contribuiu para que o capítulo final da novela tivesse 70 pontos no Ibope.

Depois de tanto falatório, tanta expectativa, o beijo não aconteceu. O último capítulo começou bem, com a mãe de Júnior aceitando e afirmando a homossexualidade do filho. Mas, nada do tão esperado beijo. Eles apenas se olharam nos olhos e se aproximaram, sem contato físico.

Logo após o fim da novela, a página da autora no site de relacionamentos Orkut recebeu milhares de mensagens de reprovação contra a censura ao beijo entre os personagens gays. A autora se defende afirmando que ela e o diretor da novela Marcos Schetman lutaram para que a cena do beijo fosse exibida, mas a decisão de vetá-lo teria partido da “alta cúpula” da emissora.

Apesar de toda a polêmica que a cercou desde seu início, com a saída do diretor Jayme Monjardim, e perdura mesmo após seu o último capítulo já ter ido ao ar, a novela contribuiu para colocar em foco algumas discussões importantes.  Para grupos gays, com a ausência do beijo, a Rede Globo só reforça o preconceito e cria ainda maior tabu em torno do amor entre pessoas do mesmo sexo.

Para protestar contra a censura da cena do beijo cerca de 300 gays e lésbicas estenderam bandeiras gigantes com as cores do arco-íris em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, e fizeram um beijaço. Eles participam do 12º Encontro de Gays, Lésbicas e Transgêneros, que vai até sexta-feira (dia 11) na Câmara dos Deputados. Os manifestantes pedem o fim do preconceito e a legalização do casamento homossexual.

BEIJO ENTRE MENINAS – No mesmo horário de exibição da novela, a MTV reexibia o programa Beija Sapo, apresentado pela modelo Daniela Cicarelli em sua primeira versão lésbico. A princesa Loredana, beijou a atriz Renata, uma de suas “sapinhas” pretendentes – esse sim foi um beijo caliente no final do programa. O canal de videoclipes acredita que tenha sido o primeiro beijo lésbico da TV aberta brasileira, se for desconsiderado o selinho trocado entre as personagens Clara (Paula Picarelli) e Rafaela (Aline Moraes) no final da novela Mulheres Apaixonadas, também da Rede Globo.

O Beija Sapo Gay também foi gravado e exibido na quarta-feira (dia 9/11). No final do programa o “príncipe” Rodrigo beijou o “sapinho” escolhido Maicon. Vale lembrar também que a MTV já havia exibido, em 2002, um casal de gays se beijando no programa Fica Comigo, apresentado por Fernanda Lima.

Broncas do Rafa – “Não me deixe sentar na poltrona num dia de domingo”

Por Rafael Veloso*

Não dá para assistir ao Domingão do Faustão, na Rede Globo. É nítido, transparente, claro como água, que o apresentador faz o programa meramente por obrigações contratuais e capitalistas. Somente para manter o seu elevado padrão de vida e pagar sua consumação diária de pizzas. Deslizes da produção – coisas normais para um programa ao vivo e cheio de improvisos do próprio apresentador -, tudo é motivo para o obeso comunicador reclamar deixando os convidados, músicos e atores globais, constrangidos com a situação.

Creio que muitos deles se vêem obrigados, também, a comparecerem a atração das tardes de domingo da emissora do plim-plim, para promover suas novelas ou ganhar seus discos de ouro pelas milhares de cópias vendidas e ainda fazem aquela cara de surpresa. Como se isso não tivesse sido combinado, previamente, entre a produção do programa, as gravadoras e os próprios artistas.

Nesse show de coisas bizarras, muitos personagens acabaram sendo criados. Quem não conhece o cinegrafista bigodudo Renato Laranjeiras, o músico Caçulinha ou a produtora Lucimara Parise, também apelidada por Fausto Silva, como a “paquita erótica da terceira idade”. Personagens já consagrados com as “brincadeiras” do apresentador e vítimas do seu mau humor dominical ao ver que algo não deu certo como previamente “acertado em reunião com a produção”. É como canta na música A minha Alma, o grupo musical O Rappa“não me deixe sentar na poltrona num dia de domingo, procurando novas drogas de aluguel nesse vídeo coagido”.

*Texto publicado parcialmente na coluna Canal de Idéias na Revista da TV do jornal A Tarde, em 14 de agosto de 2005.
Rafael Veloso
Broncas do Rafa – As exigências do emprego

Rafael VelosoQuando fui procurar meu primeiro emprego, em 2001, aos 18 anos, não achava que seria tão difícil, afinal, eu já havia me qualificado para as exigências do famigerado mercado de trabalho. Sabendo que para ingressar no hall dos assalariados, deveria atender alguns pré-requisitos impostos por meu futuro patrão, então, aos 16 anos, resolvi começar a me preparar.

Sabia que naquela época, as condições necessárias para ocupar um posto de trabalho eram ter conhecimento em informática e noções básicas em inglês. Fui à busca desses certificados. Pensei em fazer um curso de informática básico e depois “um ano e meio com prazer” de aula de inglês. Só que nem tudo saiu como eu planejava. Primeiro descobri que o valor do curso de língua estrangeira não era compatível ao orçamento de meus pais. Depois, o curso de informática se prolongou em uma doce e adorável trilogia: Office I, Office II e Editoração Eletrônica.

Fiz o primeiro curso, em maio de 2000, contrariando vários discursos desfavoráveis. Inclusive de meu irmão, que afirmava, que por não possuir um computador em casa e nem ter acesso a ele na escola, esqueceria em apenas um mês, tudo que aprendesse. Durante o intervalo de cinco meses entre o primeiro e o segundo curso, não esqueci absolutamente nada que meu instrutor Deri Rozario, havia ensinado.

Os primeiros contatos com aquela máquina tinham ocorridos no PC do padrasto de um colega da 8ª série. Era o ano de 1999, quando meu colega Igor, passou a me ajudar a fazer os trabalhos da escola no computador. Antes disso, eu datilografava todos os meus trabalhos escolares e ainda produzia o jornal mensal “O Mundo”. A vida dessa publicação foi efêmera, durou apenas cinco meses.

Amava o contato com o “micro”. Foi nessa época do curso, que pude navegar pela primeira vez na Internet. Até aquele momento, só nos conhecíamos por nome (eu e a Internet).

Primeiro emprego

Terminada a safra de cursos de informática, apesar de ainda ter a vontade de fazer o de WebDesign, era hora de procurar emprego. Mesmo que o curso de Inglês tenha ficado de lado, relegado a possibilidade de conciliá-lo com a faculdade no futuro, eu já me sentia qualificado para o mercado de trabalho. Foi assim, que em maio de 2001, comecei a fazer artes-finais n’A Casa do Estudante Informática Ltda., no fim de linha do bairro da Ribeira. Mas, como também sou movido a desafios e o trabalho de fazer cartões de visita, tirar cópias, atender clientes de encadernação, plastificação ou em busca de materiais de escritório e escolar, não me entusiasmava e acabei pedindo demissão em setembro do mesmo ano.

Dessa vez o vilão do desemprego só me assustou por um mês e meio. No início de outubro, já estava trabalhando na Casario Editora e Serviços Ltda. A princípio, cobriria apenas os 15 dias de férias do programador visual. Mas, como os projetos eram muitos, acabei ficando lá sete meses. Foram momentos muito agradáveis, onde pode conhecer dezenas de pessoas e lugares legais, que eu jamais pensaria em conhecer. Além, de ter exercitado várias funções dentro da pequena produtora.

Em agosto de 2002, após minha demissão da Casario, me dedique exclusivamente ao vestibular no final do ano. Fiz curso pré-vestibular no Sagrado de Nazaré. Foram quatro meses de intensivão, onde o objetivo era estudar, mas que serviram também para eu descobrir que a vida fica tão mais leve com a presença de amigos e que não é necessário estar com eles 24 horas por dia ou todos os dias do ano. Basta saber simplesmente que eles existem e que estão sempre a lhe apoiar.

A Faculdade

Em 2003, ingressei na Faculdade Integrada da Bahia (Agora, a FIB é Centro Universitário da Bahia), no curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Foi em 2003, também um dos melhores anos da minha vida (pelo menos até agora!). Estava completamente apaixonado pelo curso e entusiasmado com a faculdade. No primeiro semestre fui representante de turma. Envolvi-me na organização da 1ª SECOM – Semana de Comunicação, trazendo para Salvador o jornalista Carlos Dornelles.

O repórter da Rede Globo proferiu uma palestra e lançou o livro “Deus é inocente, a imprensa não”, sobre a cobertura da imprensa nos atentados aos torres gêmeas do Wold Trade Center, em 11 de setembro de 2001. Participei da oficina de Webjornalismo organizada pelo Site UOL e pela Revista Imprensa e ministrada pelo jornalista Cássio Politi.

Foi na FIB, que aprendi que faculdade não é só uma escola com nível elevado e sim o local onde pessoas de diferentes culturas se reúnem para discutirem o seu tempo e extrair dos seus mestres o melhor que eles têm a nos passar. Foi na FIB, também, que conheci Agnes Mariano, jornalista premiada várias vezes e a qual me conquistou pelos conselhos, ensinamentos, experiência de vida e boa vontade. Tomo aqui a iniciativa de publicar uma mensagem eletrônica que ela me enviou e que guardo com muito carinho em meu computador e também no meu coração:

Oi Rafa,

Soube pelos seus colegas que você tinha trancado (o semestre letivo na faculdade). Não desanime tá? Lembre dos seus sonhos todos os dias, procurando uma brecha para concretizá-los. É inevitável que às vezes a gente precise parar algumas coisas, dar atenção a outras. É só um teste da vida, para ver se estamos alertas e se somos determinados o suficiente para ter paciência e retomar o caminho depois.

Você é uma das pessoas mais apaixonadas por jornalismo que já conheci. Você é sério, dedicado, inteligente, por isso nada poderá impedi-lo de fazer o que você desejar.

Um grande beijo,

Agnes”

A FIB que me deu Silvia Rebeca. A menina-mulher mais levada na breca e centrada ao mesmo tempo, que já conheci. Admiro seu autocontrole, sua capacidade de tomar decisões rápidas e certeiras. A FIB me deu o Marilia Ramos (Lilão), minha panda de estimação. A aluna em que vejo um futuro brilhante, devido a sua concentração e capacidade. Te cobrarei a amizade eterna que prometeste.

A FIB me deu a pessoa que escolheria para ser o meu irmão, se isso fosse possível. Olavo Coelho, se eu pudesse lhe prometer alguma coisa: seria que a nossa amizade ultrapassaria os murros da faculdade. Não tenho vergonha de dizer que te amo, e que suas loucuras e até os seus rompantes de mau humor, alegria e êxtase, são provas de que você não é perfeito, assim como os melhores seres humanos.

Pena que com o passar dos semestres o entusiasmos com a faculdade diminuiu. Fruto de minha incompetência em administrar o tempo, dividindo-o entre a elaboração trabalhos acadêmicos com a jornada de trabalho como agente de telemarketing na TNL Contax Ltda., empresa do grupo Telemar.

Mercado cruel de trabalho

Aos 16 anos não conseguia emprego, porque não tinha conhecimento em inglês e informática. Aos 19, era calouro da faculdade e aspirante a “foca” – termo dado aos recém-formados em jornalismo -, e agora, aos 21 anos, o mercado me exige ter concluído a faculdade, sem nem querer me explicar de onde eu devo tirar dinheiro para custear meus estudos. A educação de qualidade no Brasil é cada vez mais cara, tornando-se privilégio de poucos, apenas de uma elite.

Outra exigência é experiência no cargo. Como ter experiência se ninguém deseja me dar à primeira oportunidade? Eu fico me perguntando, se aos 25 anos para atender as exigências cada vez mais ávidas do mercado de trabalho, terei que ter MBA’s e doutorado em Havard ou Sorboune. Até parece a que remuneração oferecida ao trabalhador brasileiro compensa. Depois, pesquisadores e psicólogos vão aos programas de entrevistas na TV, debaterem o “Efeito Canguru” na sociedade atual.

Efeito Canguru

O efeito canguru é a denominação que foi dada para a saída tardia dos jovens da casa dos pais. Mas, como sair do conforto, da segurança e até, em alguns lares, da privacidade de poder passar a noite com o (a) namorado (a) na casa dos pais, se o mercado de trabalho do país “Petracampeão de Futebol”, discrimina os negros, as mulheres, os idosos e desacredita em seus jovens?

Broncas do Rafa – 450 anos nós também fizemos, e daí?

Em 1999, a cidade de Salvador – primeira capital do Brasil Colônia -, completou 450 anos de fundação. Se não fosse os esforços do governo do Estado e da prefeitura municipal da capital baiana, através de seus órgãos oficiais de turismo, a data seria passada sem maiores comemorações. Independente de bairrismo e da velho rincha entre baianos, paulistas e cariocas, eu fico me perguntando será que os 450 anos de fundação de São Paulo é um acontecimento para mudar toda uma grande de programação da maior rede de televisão do Brasil?

Tudo bem, que São Paulo é o coração econômico do país, uma metrópole com uma vida cultural invejável, considerada a capital gastronômica do mundo. Mas, será que ainda sim, é motivo para todos os programas da Globo, passarem a ser transmitidos ao vivo desta cidade e reunindo artistas nacionais em shows que envolvem estruturas gigantescas? Será que Salvador, também não mereceria uma comemoração semelhante? Será que São Luís, no Maranhão, também não merece uma comemoração com requintes de mega evento global? Ou será que só São Paulo e Rio de Janeiro são cidades importantes para o desenvolvimento nacional?

Vale salientar que o estado da Bahia é considero o 2° destino turístico brasileiro, que o PIB (Produto Interno Bruto) do estado teve superávit em relação a média nacional e as contas do funcionalismo público encontram-se em dias. Não é querendo fazer propaganda de nenhum grupo político que chefie o estado em tom de coronelismo, mas que verdades precisam ser ditas e que o Brasil, e principalmente os sulistas, tem de enxergar que a nação não se restrinja ao eixo Rio-São Paulo.

Minissérie "O Portador"
Minissérie “O Portador”

“Eu continuo. A morte é inquilina do meu corpo e acompanha a minha sombra por onde quer que eu vá…mas eu continuo indo adiante, e posso encontrar a fatalidade na próxima esquina, como posso seguir pela cidade afora (…) até que a morte nos separe… eu continuo…eu estou vivo. Viva a vida!”.

Fala do personagem Léo, vivido pelo ator Jayme Periard, em 1991 no final na minissérie O Portador, da Rede Globo. Essa minissérie, escrita por José Antônio de Souza e Aziz Bajur, com direção de Herval Rossano, abordava a história de um empresário que contraiu o vírus HIV/Aids numa transfusão de sangue, após um acidente aéreo.