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MAM Bahia é palco de performance teatral do dramaturgo Leno Sacramento - Foto: Heraldo de Deus
MAM Bahia é palco de performance teatral do dramaturgo Leno Sacramento

O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-Bahia), em Salvador, será o palco para a performance teatral Nas Encruza, do ator e dramaturgo Leno Sacramento. A apresentação gratuita do artista baiano, que integra o Bando de Teatro Olodum, será neste domingo (dia 14), às 15h30. A performance integra a programação criada pela Pinacoteca do Beiru para o Programa de Residências Artísticas do MAM. A ação ocupa a Galeria 3 do MAM-Bahia desde outubro e se prolongará até janeiro de 2022.

Nas Encruza é inspirada no espetáculo En(cruz)ilhada, monólogo de Leno que aborda problemas recorrentes na sociedade baiana e brasileira. “Com essa performance seguimos apontando mais problemas que atingem diretamente o povo preto, dessa vez o julgamento precoce e suas causas, genocídio, solidão de gêneros e morte declarada aos candomblecistas”, explica Leno.

O ator e dramaturgo fará também a leitura da publicação Para Desgraça – uma quarta para não esquecer. O livro escrito por ele, relata uma abordagem policial que Leno sofreu em 2018 na Avenida Sete de Setembro, na capital baiana, quando levou um tiro e foi parar no hospital. O título reproduz a fala do policial que o atingiu.

Leno Sacramento é ator e professor de teatro. Estreou aos 19 anos no Bando do Teatro Olodum, quando participou da peça Erê, sendo efetivado no grupo e iniciando carreira. Atuou nos espetáculos Ópera dos três mirréis (1996) e Ópera dos 3 reais (1998), baseados em A Ópera dos três vinténs (Brecht/Weill), além de Cabaré da RRRRaça e Ó paí, ó! Nascido na Liberdade, bairro carente de Salvador, Leno atuou nos filmes Cidade Baixa, Jardim das Folhas Sagradas, Besouro e Ó paí, ó! Participou da versão televisiva de Ó paí, ó, série da Rede Globo.

Ações da Pinacoteca do Beiru no MAM Bahia

Além de performances, como a de Leno, a Pinacoteca do Beiru promove na Galeria 3 a visitação gratuita ao ateliê montado pelo artista Anderson AC – criador da Pinacoteca – onde ele estará trabalhando, leituras públicas, aulas, oficinas, incluindo até uma apresentação de música jamaicana e DUB, além de rodas de conversa envolvendo música da diáspora. Nos próximos dias 21 de novembro, 5 e 19 de dezembro, continuam as Oficinas de Arte para Crianças – também gratuitas – em duas turmas: das 15h às 16h e das 16h às 17h. Para todas as atividades é obrigatório o uso de máscaras faciais.

Serviço:

O quê: performance teatral Nas Encruza, com o ator e dramaturgo Leno Sacramento

Onde: MAM-Bahia (Av. Contorno, s/nº, Solar do Unhão, Salvador-BA)

Quando: domingo (dia 14), às 15h30

Quanto: ingresso gratuito

Projeto de contação de história busca incentivar a valorização da ancestralidade
Projeto de contação de história busca incentivar a valorização da ancestralidade

Incentivar a leitura e valorizar a herança ancestral brasileira através da contação de histórias, esse é o intuito do projeto Ponto.Con.to. Durante um mês, até 27 de novembro, quatro vídeos de lendas, contos e poemas, que tragam a matriz afro ameríndia para o centro do debate, serão liberados no Instagram @nucleopontoconto e no canal do Núcleo Ponto Conto no YouTube, além de oferecer uma oficina de contação de histórias, ministrada pelo grupo baiano. O acesso é gratuito e o material contará com tradução para libras.  

Protagonizados e roteirizados pelos contadores Brenda Mariana, Clay Sabino, Débora Albuquerque, Maurício Pedrosa e Michele Lima, as histórias buscam ir além do preconceito que invisibiliza na nossa sociedade, há décadas, as nossas matrizes. Para isso, encenações sobre o Mito da Criação, tanto africana como ameríndia e das lendas do Tucano e do Tambor Africano, por exemplo, serão apresentadas de forma lúdica.

“Nossa intenção é incentivar o hábito da leitura e demonstrar a riqueza contida na cultura brasileira, reutilizando e ressignificando elementos geralmente desprezados, unindo arte e sustentabilidade”, explica Débora Albuquerque, uma das contadoras e produtora do projeto. A artista, inclusive, já tem uma história preferida: “A Galinha D’Angola”. “É uma lenda emocionante, que fala de persistência, de não desistirmos das coisas por conta de um obstáculo ao mesmo tempo que traz a beleza da ave vinda da África”, vibra.

Das 15 obras escolhidas para o Ponto.Con.to, três são poemas autorais escritos e contados por Brenda Mariana. São eles: Deságue, Diversidade e Descanso. “Meus poemas foram feitos inspirados no cunho social do nosso projeto ao falar da realidade de muitas pessoas nordestinas. Em Deságue, por exemplo, pensei na população negra que sofre uma pressão social e psicológica muito grande. Diariamente vemos notícias de pessoas negras morrendo, fora o racismo estrutural. Sendo assim, incentivo que as pessoas deságuem para além de toda essa pressão. Porque o choro, muitas vezes, é visto como sinal de fraqueza, mas não é. É necessário para que a gente possa aliviar toda essa carga”, detalha Débora.

Contemplado no edital 01/2020 – Premiação Aldir Blanc Bahia/Prêmio Fundação Pedro Calmon, grande parte da equipe de Ponto.Con.to é oriunda do projeto de extensão Dom Quixote: Biblioteca Andante, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tal ação promove a multiplicação de leitores, compreendendo que o acesso à leitura e o aprimoramento da comunicação auxiliam na integração social e no rompimento da histórica segregação do conhecimento.

Serviço:

O quê: Projeto de contação de história Ponto.Con.to

Quando: até 27 de novembro

Onde: Instagram do @nucleopontoconto e canal do Núcleo Ponto Conto no YouTube

Quanto: Gratuito

Classificação indicativa: Livre

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Ateliê de Coreógrafos Baianos apresenta espetáculo presencial de dança “Outro Céu”

O espetáculo de dança Outro Céu marca a volta aos palcos de Salvador, pela segunda vez em 2021, do Ateliê de Coreógrafos Baianos e desta vez de forma presencial. A nova montagem do coreógrafo Guego Anunciação estreia no próximo dia 28 (quinta-feira), às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, com apresentações gratuitas também na sexta-feira (dia 29), às 20h, e duas sessões no sábado (dia 30), às 16h e 20h.

O coreógrafo convidado desta segunda etapa do Ateliê de Coreógrafos Baianos em 2021, Guego Anunciação, conta que Outro Céu é uma obra de dança que convoca a coletividade para lutar e encontrar um refúgio em comum. “O processo de criação visa experimentar e construir pulsões de vida em coletivo a partir de temporalidades poéticas provindas do agrupamento com o outro e da interseção dinâmica desse encontro”, avalia o coreógrafo baiano.

Outro Céu é sobre o devir, o esgotamento de tudo que vivemos para possibilitar o novo. A força do coletivo, do coro e do uníssono vão evidenciando uma dança que se interessa em construir pulsões de vida a partir da coletividade. É sobre luta e êxtase coletivo”, complementa Guego. Outro Céu é uma realização da Nace – Núcleo de Ações Culturais Estratégicas, viabilizado através do patrocínio do Viva Cultura, da Prefeitura Municipal de Salvador. O espetáculo tem assistência de direção de Flávia Rodrigues e traz no elenco os artistas da dança Cami Carvalho, Joely Pereira, Ícaro Ramos, Alice Rodrigues, Marcos Ferreira e Ruan Wills.

Com concepção e direção artística da bailarina e gestora cultural Eliana Pedroso, a ideia do ateliê baiano, inspirado no Ateliê de Coreógrafos Brasileiros (2002 a 2006), é valorizar e movimentar a cena performática no estado, montando espetáculos que deem oportunidades para que os artistas da dança possam ocupar a cena na capital baiana sempre em consonância com os objetivos do projeto.

“Atuei como bailarina metade da minha vida. Portanto, tenho enorme prazer em retomar os projetos artísticos da nossa empresa, na presença de quem alimenta a nossa arte, o público, privilegiando o Ateliê de Coreógrafos Baianos. Através de patrocínio privado, o projeto oferece aos artistas envolvidos uma sólida estrutura de produção que permite o exercício da criatividade em sua plenitude, e instala um ambiente de diálogo artístico com a meta de estrear um espetáculo, cuja linguagem principal é a dança, nos palcos de Salvador”, detalha Eliana Pedroso.

Devido à pandemia a capacidade máxima da Sala do Coro para cada apresentação será de apenas 65 pessoas. Para ter acesso ao espaço, será obrigatório a apresentação do cartão de vacinação e o uso de máscara.

Serviço:

O quê: Espetáculo de dança Outro Céu – Ateliê de Coreógrafos Baianos 2021

Quando: quinta-feira (dia 28) e sexta-feira (dia 29), às 20h; e sábado (30/10), às 16h e às 20h

Onde: Sala do Coro do do Teatro Castro Alves (Praça Dois de Julho, s/n, Campo Grande, Salvador)

Quanto: Ingresso gratuito

Mais informações: (71) 99622-1871

Atriz Neusa Borges recebe presencial Medalha de Mérito Cultural Cruz e Sousa
Atriz Neusa Borges recebe em Salvador Medalha de Mérito Cultural Cruz e Sousa

A atriz Neusa Borges recebe, em cerimônia presencial realizada em Salvador, a Medalha de Mérito Cultural Cruz e Sousa conferida pelo Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina. A entrega será realizada pelo presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Edinho Lemos, acompanhado pelo presidente do Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina, Luiz Moukarzel.

A solenidade ocorre, nesta sexta-feira (dia 22), às 10h30, na Casa do Olodum, no Pelourinho, Centro Histórico da capital baiana. Devido à pandemia de Covid-19, a entrega simbólica da honraria ocorreu de forma virtual em novembro de 2020. A Medalha Cruz e Sousa é a maior distinção da área cultural de Santa Catarina. A Medalha foi criada em 1994 e tem como objetivo reconhecer importantes feitos em prol do desenvolvimento cultural do Estado.

Nascida em Florianópolis, no dia 8 de março de 1941, Neusa Maria da Silva Borges começou a carreira como atriz e crooner de orquestras em São Paulo, onde trabalhou com grandes maestros, como Clóvis Lima e Salgado Filho, sempre cantando e dançando. A estreia na televisão ocorreu na telenovela Venha ver o sol na estrada, na TV Record.

No começo da carreira, atuou ainda em Beto Rockfeller, na extinta TV Tupi. A atriz faz pequenas participações até chegar à Rede Globo, onde participou de novelas de grande sucesso, como Escrava Isaura, Dona Xepa, Dancin’ Days, A Indomada, Carmem, De Corpo e Alma, O Clone, Caminho das Índias, Amazônia, América e Salve Jorge.

Escola Olodum em Florianópolis e parceria com o Bolshoi

Na mesma ocasião, o presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Edinho Lemos, assinará o Termo de Cooperação entre a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, o Olodum e o Instituto Liberdade. O documento visa a realização do espetáculo que irá reunir bailarinos do Bolshoi e músicos do Olodum, em março de 2022, na cabeceira continental da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. O evento será realizado por meio de projeto aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal. O espetáculo tem o apoio institucional do Governo do Estado de Santa Catarina, através da Fundação Catarinense de Cultura.

Em 2018, o Olodum e o Instituto Liberdade assinaram um convênio para a instalação da unidade da Escola Olodum em Santa Catarina, a única fora da Bahia. Depois de implantada, a unidade vai beneficiar 800 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, no turno após ao escolar. A Escola Olodum em Santa Catarina está em obras e vai funcionar no antigo terminal de ônibus no bairro Jardim Atlântico, na região continental da capital catarinense.

Atriz Neusa Borges recebe presencial Medalha de Mérito Cultural Cruz e Sousa
Projeto da Escola Olodum de Florianópolis, que será instalada num terminal desativado.
Foto: Perspectiva
Espetáculo "O Beijo no Asfalto" ganha versão teatral baiana no YouTube
Espetáculo “O Beijo no Asfalto” ganha versão teatral baiana no YouTube

Estreia neste sábado (dia 16) a versão baiana para o espetáculo O Beijo no Asfalto, clássico de Nelson Rodrigues (1912-1980). A montagem teatral da A Última Companhia de Teatro tem direção de Celso Jr. e será exibida gratuitamente no canal da companhia no YouTube por tempo limitado. A peça faz uma analogia do enredo original escrito em 1961, com a contemporaneidade das “Fakes News”, quando o personagem principal Arandir, interpretado pelo ator Igor Epifânio, é envolvido numa trama sórdida até a sua destruição.

Nesta versão, o espetáculo teatral se adapta ao audiovisual, mas sem perder a teatralidade da narrativa trágica de Nelson Rodrigues. “A gente optou por não naturalizar demais e sim teatralizar. Isso obviamente está refletido tanto na cenografia, na Iluminação de João Sanches, nos figurinos de Roberto Laplane, na própria direção e na movimentação de cena, é muito teatral, é muito trágico. Ao mesmo tempo, a gente consegue renovar a obra de Nelson, imprimindo o sotaque baiano”, afirma o diretor Celso Jr. Ele explica, ainda, que “embora a gente acredite que vá fazer a peça com plateia presencial no ano que vem, essa versão foi pensada especificamente para gravação audiovisual”.

O ator Igor Epifânio ressalta o desafio da construção desta nova versão de O Beijo no Asfalto. “Nelson Rodrigues é um dramaturgo clássico e quem estuda Artes Cênicas de alguma maneira já o viu. Ele tem uma mão bem característica, bem original. É muito bom fazê-lo. Ele traz essa teatralidade da vida, que é mais construída, mais pensada e que eu acho muito interessante. Como ator, é um desafio sempre bom pensar o que você pode acrescentar de novo para a versão”, garante.

Para o ator, o contexto da pandemia, das fake news, o excesso de informação e até a forma como isso tudo nos afeta, o ajudaram na defesa do seu personagem. “Para mim o desafio maior foi expor esse Arandir que eu estava enxergando agora, pós pandemia, no meio de todo esse caos que estamos vivendo e o quão desprotegidos estamos ou até despreparados para fazer alguns comentários sem pensar, mas que vão reverberar negativamente na vida da gente e de outras pessoas”, analisa Igor Epifânio.

Além de Igor e do diretor Celso Jr. que também contracena no espetáculo, estão no elenco os atores: Camila Castro, Luiz Pepeu, Alexandre Moreira, Fernanda Paquelet, Meniky Marla, Igor Nascimento, Thauan Vivas, Beatriz Alsanti, Isabela Silveira e Tiago Querino. Essa montagem do espetáculo O Beijo no Asfalto é fruto do Edital Gregórios Ano II, de 2019, promovido pela Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos. “Esse projeto previa a montagem de duas peças, a primeira foi A Última Virgem, que estava em cartaz quando veio a pandemia e a gente teve que interromper depois de apenas cinco apresentações e fazia parte também do projeto a montagem de O Beijo no Asfalto, que precisou ser pensada para o audiovisual”, ressalta Celso Jr.

Serviço:

O quê: Espetáculo O Beijo no Asfalto – A Última Companhia de Teatro

Quando: A partir das 23h59 deste sábado (dia 15)

Onde: no canal da A Última Companhia de Teatro no YouTube

Quanto: Exibição gratuito, mas por tempo limitado

Ouça abaixo a entrevista do diretor Celso Jr e do ator Igor Epifânio no episódio #18 do podcast Destaques da Semana

Theatro Municipal de São Paulo celebra Dia das Crianças com espetáculo "Pedro e o Lobo"
Theatro Municipal de São Paulo celebra Dia das Crianças com espetáculo “Pedro e o Lobo”

O Theatro Municipal de São Paulo comemora com o Dia das Crianças, nesta terça-feira, 12 de outubro, com uma programação especial que se estende até o domingo (dia 17). A Orquestra Experimental de Repertório (OER) e o grupo mineiro Giramundo Teatro de Bonecos apresentam um espetáculo de música sinfônica com projeção de imagens animadas, deixando a Sala de Espetáculos do Municipal com ares de cinema. É como se um filme acompanhasse a música, em que bonecos digitais são animados previamente e sincronizados à performance da orquestra.

Ao todo serão cinco apresentações do cine concerto: no feriado do dia 12 (terça-feira) e no domingo (dia 17), às 11h, na quarta-feira (dia 13) e na sexta-feira (dia 15), às 19h, e no sábado (dia 16), às 17h. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) e devem ser adquiridos exclusivamente no site theatromunicipal.org.br.

O repertório traz duas obras, cada qual de um autor, que se convergem pelo fato de terem sido compostas com a intenção de conectar as crianças à música de concerto, sendo alegres, descontraídas e de fácil entendimento. Sob a batuta do maestro Jamil Maluf, regente titular da Orquestra Experimental de Repertório, o grupo artístico interpreta a suíte Os Comediantes, de Dmitriy Kabalevsky (1904-1987). Na sequência, e desta vez na companhia do Giramundo, a OER executa Pedro e o Lobo, obra de Sergei Prokofiev (1891-1953) conhecida por aproximar as crianças das diferentes sonoridades de uma orquestra.

A diretora geral do Theatro Municipal de São Paulo, Andrea Caruso Saturnino, lembra que a Orquestra Experimental de Repertório tem uma trajetória marcada não só pela formação de novos músicos, mas também pela proposta de repensar o formato tradicional de apresentação orquestral dialogando com o cinema, o teatro e a música popular. E destaca que neste espetáculo, “o público vai poder acompanhar um programa com viés educativo, cheio de inovações e novas linguagens, que instigam os sentidos e as percepções, sem deixar de lado a imaginação”, afirma.

O título de Prokofiev (1891-1953) é conhecido, mas a montagem de Pedro e o Lobo pelo grupo Giramundo e a Orquestra Experimental de Repertório pode ser considerada uma estreia. Ainda que contando com bonecos originais criados por Álvaro Apocalypse em 1994, para esta versão os bonecos foram inteiramente reconstruídos digitalmente. Esse ineditismo faz do espetáculo o primeiro do repertório do Giramundo realizado sem o uso de bonecos “físicos”, manipulados por marionetistas durante as apresentações. As marionetes originais estarão sendo expostas no Theatro, e o público poderá conferir de perto a inspiração da animação que será projetada durante a execução da peça.

Mesmo incorporando novas linguagens, a produção mantém todos os propósitos educativos da peça original de Prokofiev, escrita em 1936, que associa os instrumentos ou naipes da orquestra a cada um dos personagens da narrativa. A obra foi uma encomenda de Natalya Sats (1903-1993), diretora artística russa que por muito anos dirigiu teatros para crianças, incluindo o Teatro Musical de Moscou. Com direção de Marcos Malafaia e Ulisses Tavares e design de bonecos originais de Álvaro Apocalypse, o espetáculo marca a volta do Giramundo a um dos principais palcos paulistanos depois de três décadas e em ano de aniversários: 50 anos do grupo e 110 anos do Theatro Municipal de São Paulo.

As apresentações presenciais no Complexo Theatro Municipal de São Paulo, abertas ao público, estão sendo realizadas com capacidade reduzida de até 30% da casa como medida a garantir a segurança das pessoas e o distanciamento entre os assentos. O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Secretaria Municipal de Cultura administrado pela organização social Sustenidos por meio de contrato de gestão firmado com a Fundação Theatro Municipal.

Serviço:

O quê: Especial Semana da Criança – Suíte Os Comediantes e Pedro e o Lobo – Concerto Presencial, aberto ao público da Orquestra Experimental de Repertório e do Giramundo Teatro de Bonecos

Onde: Theatro Municipal de São Paulo (Praça Ramos de Azevedo, s/nº, Sé – próximo à estação de metrô Anhangabaú)

Quando: terça-feira, 12 de outubro, às 11h; quarta-feira (dia 13), às 19h; sexta-feira (dia 15), às 19h; sábado (dia 16), às 17h; e domingo (dia 17), às 11h

Quanto: ingressos a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). Em função da pandemia de Covid-19, a bilheteria do Theatro Municipal de São Paulo está fechada por tempo indeterminado. Venda de ingressos exclusiva no site do Theatro Municipal de São Paulo (https://theatromunicipal.org.br/pt-br/).

Classificação: Livre

Theatro Municipal de São Paulo celebra Dia das Crianças com espetáculo "Pedro e o Lobo"
O espetáculo “Pedro e o Lobo”, do Giramundo de Teatro de Bonecos, ganha montagem com projeções animadas e a Orquestra Experimental de Repertório (Foto: Divulgação)
São Paulo Companhia de Dança apresenta espetáculos gratuitos em Campos do Jordão
São Paulo Companhia de Dança apresenta espetáculos gratuitos em Campos do Jordão

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) realiza duas apresentações gratuitas na cidade paulista de Campos do Jordão. Os espetáculos acontecem no Auditório Claudio Santoro, do Museu Felícia Leirner, na sexta-feira (dia 8) e no sábado (dia 9), às 20h, com entrada franca mediante reserva de ingressos pelo site www.sympla.com.br. A ocupação da plateia estará limitada a 43% da capacidade total, garantindo distanciamento mínimo de 1 metro entre as poltronas. Seguindo os protocolos governamentais estabelecidos de enfrentamento à Covid-19, o público terá a temperatura aferida antes da entrada no Auditório e precisará usar máscaras durante todo o evento.

As apresentações serão abertas com o solo A Morte do Cisne, em versão assinada por Lars Van Cauwenbergh a partir do original de Michel Fokine (1880-1942). Na sequência, os bailarinos apresentam Pivô, obra de Fabiano Lima eleita o terceiro melhor espetáculo de dança pelo júri do Guia da Folha de São Paulo em 2016, ano de estreia da coreografia. A criação trabalha movimentos do basquete, do hip-hop e da dança contemporânea ao som de composições brasileiras como a ópera O Guarani (1870), de Carlos Gomes (1836-1896). Logo após, o público confere o Grand Pas de Deux de Carnaval em Veneza, em versão de Duda Braz a partir da obra de Marius Petipa (1818-1910). Vibrante e virtuoso, esse duo clássico toma como inspiração os bailes de máscaras da Europa do século XVII.

As apresentações se encerram com Melhor Único Dia, de Henrique Rodovalho, coreógrafo residente da São Paulo Companhia de Dança. Vencedora do Prêmio APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte como Melhor Estreia de 2018, a coreografia experimenta movimentos expandidos e continuados a partir da relação dos bailarinos, que permanecem o tempo todo em cena, embalados pela trilha original criada para a obra por Pupillo na voz da cantora Céu.

Essa será a sétima vez que a São Paulo Companhia de Dança volta a se apresentar em Campos do Jordão, lembra a diretora artística e executiva da Companhia de Dança, Inês Bogéa. “É impossível não lembrar das outras passagens que a Companhia fez pela cidade, como em edições do tradicional Festival de Inverno e no 3º Ateliê Internacional de Dança da SPCD, realizado em 2017. Agora, voltamos com um programa que exalta o encanto do balé clássico e a energia da dança contemporânea brasileira, demonstrando a força da dança feita em São Paulo”, afirma Inês.

Serviço:

O quê: Apresentações gratuitas da São Paulo Companhia de Dança em Campos do Jordão

Quando: sexta (dia 8) e sábado (dia 9), às 20h

Onde: Auditório Claudio Santoro do Museu Felícia Leirner (Av. Dr. Luis Arrobas Martins, 1880, Alto Boa Vista – Campos do Jordão-SP)

Quanto: entrada franca mediante reserva em www.sympla.com.br

São Paulo Companhia de Dança apresenta espetáculos gratuitos em Campos do Jordão
Cena de “Melhor Único Dia”, de Henrique Rodovalho – Foto: Fernanda Kirmayr