O som da vida*
Salvador da Bahia
Terra de encanto e magia
tua beleza espelhada
nas águas claras da baia,
a proteção a Todos os Santos confia
Teus filhos te bem dizem todos os dias,
rezam por ti nas 365 Igrejas
ou dançam ao som dos atabaques
dos terreiros de candomblé
Odoyá minha mãe Yemanja,
Odoyá!
Te referencio no dia 2 de fevereiro
no mar do Rio Vermelho
Me empanturrei com a moqueca de Dadá
No Largo das Baianas, provei o acarajé
da Dinha, Cira e Regina
tomei sorvete na Ribeiro
me banhei nas águas escuras do Abaeté
vi o pôr do Sol da Barra
Na vinda da pescaria
fui guiado pelo Farol de Itapuã
na sexta-feira pedi proteção
ao Senhor do Bonfim
Te procurei em Cajazeiras,
fui de trem no Subúrbio Ferroviário,
do Mercado Modelo
subir com o Elevador Lacerda,
saudei o poeta Castro Alves
na praça que é do povo
e te encontrei dançando ao som
do Oludum no Pelourinho
Nos olhos da morena formosa vi
a malícia de mulher,
o sorriso de menina
e a doçura da soteropolitana
Debater a relação do jornalismo com a Câmara Municipal e a Assembléia Legislativa. Esse é o objetivo do I Seminário de Jornalismo Político da FIB, realizado nos dias 25 e 26 de março, às 18h30, no auditório da Faculdade Integrada da Bahia. Confirmaram presença no evento o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Emerson José, o assessor de imprensa da instituição, Ipojucan Cabral, e os jornalistas Marconi Souza, A Tarde, e Franciel Sobreiro, da Assessoria de Comunicação da Assembléia Legislativa. A entrada é franca.
Promovido pelos alunos do 6° semestre do curso de jornalismo da instituição, o seminário reunirá estudantes de comunicação de diversas faculdades de Salvador e profissionais da área. “A intenção é colocar em discussão o trabalho das assessorias de comunicação na Câmara Municipal e na Assembléia Legislativa e a cobertura feita pelos jornais baianos dessas casas legislativas”, explicou Antonio Brotas, mestre em comunicação e política e organizador do evento.
Maiores informações através do e-mail: ambrotas@uol.com.br
O jornalista Ricardo Noblat faz palestra nesta quarta-feira (19/03), às 10h, no auditório da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA), para os estudantes de jornalismo da instituição. A entrada é franca e mais informações podem ser adquiridas na própria Facom, na Rua Barão de Geremoabo, s/n, Ondina, em Salvador, ou pelos telefones: (71) 263-6174 e 263-6177.
Foi realizada no dia 19 de fevereiro, às 19h, no auditório da Faculdade Integrada da Bahia (FIB), no bairro do Stiep, em Salvador, Aula Magna do curso de Comunicação Social. Com o tema “Diploma. Para Quê“, compuseram a mesa como palestrantes e debatedores a jornalista licenciada, Superintendente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba), assessora de imprensa da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do Sindifarma, Kardé Mourão; o jornalista e atual deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT-BA), Emiliano José; o jornalista e professor da FIB, César Augusto Oliveira; e o proprietário da agencia publicitária Dica, Arnaldo Paranhos.
Com quase uma hora de atraso, o debate se prolongou até às 21h30, sendo encerrado com as respostas dos questionamentos feitos por alguns dos 180 estudantes de Publicidade e Propaganda e Jornalismo de vários semestres da faculdade, que ali se encontravam. A palestra que gerou maior repercussão foi a da diretora do Sinjorba, tendo seu ponto máximo quando a jornalista Kardé Mourão traçou um perfil do profissional de imprensa na Bahia.
“O mercado de trabalho no estado é muito ruim. A maioria dos jornalistas tem que escolher entre comprar seu carro ou sua casa própria. Na categoria tem alcoólatras, usuários de drogas e estressados. O salário médio no jornal A Tarde é de R$ 1.200,00. O piso na Tribuna da Bahia é de R$ 500,00″, afirmou.
A sindicalista formada em jornalismo há 21 anos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), concluiu para uma plateia surpresa com a situação e o desrespeito com o profissional de comunicação na Bahia afirmando que “acabou o jornalismo romântico. O profissional tem de investir em se informar cada vez mais. A liberdade de imprensa é só da empresa. O jornalista é um funcionário assalariado”. O professor César Oliveira, carinhosamente chamado por seus alunos de “Cesinha”, aproveitou o texto do publicitário Luciano Lima Júnior, para traçar o perfil dos cliente de uma agencia publicitária.
Já o deputado estadual Emiliano José, que emocionou-se ao falar que a atual coordenadora do Curso de Jornalismo Tattiane Teixeira foi sua aluna alguns anos atras, mencionou o livro A Regra do Jogo, de autoria de Cláudio Abraão, afirmando que para ser um bom jornalista “é preciso chegar, saber ouvir, procurar, ouvir outras fontes”. E fez questão de frisar que “o jornalismo lida com a essência do poder”.
O proprietário da Agencia Dica Arnaldo Paranhos, formado em Economia pela Universidade Católica do Salvador e trabalhando com publicidade há 11 anos, fez um panorama do atual mercado publicitário na Bahia e ressaltou a importância dos estudantes se tornarem empreendedores e com criatividade criarem suas próprias agencia, dando como exemplo a fundação da Dica.
Falar em jornalismo do futuro é sem sombra de dúvidas falar de uma nova geração de jornalistas que estão saindo dos bancos das faculdades e sendo lançados aos leões no mercado de trabalho, mais do que nunca competitivo e que mantém ao passar do tempo, uma certa dose de conservadorismo, apesar dos inúmeros avanços tecnológicos, cada vez mais constantes, principalmente com a invasão dos computadores nas tradicionais redações.
E foi a informatização das redações que acabou criando novas funções. Essa importante ferramenta, revolucionou o jornalismo nos anos 90. Dezenas de profissionais tarimbados das grandes redes de televisão e dos principais jornais de circulação nacional migraram para o jornalismo digital. Figuras conhecidas como Lillian White Fibe e Paulo Henrique Amorim, engrossam a listas dos profissionais que, se não migraram de vez, estão em vias de trocarem seus veículos de comunicação tradicionais pela Internet.
Mas não foi só a forma de comunicação que mudou com informatização, houve uma sensível mudança na linha editorial das grandes empresas jornalísticas. Os jornais se tornaram mais leves, com textos mais claros e objetivos, priorizando o mínimo de palavras para o máximo de compreensão. Lançando mão de ilustrações mais explicativas e a utilização de gráficos. Houve uma redução no tamanho das publicações em alguns centímetros, além da criação de canais de TV brasileiras por assinatura específicos de notícias durante 24 horas por dia, como a Globo News e o Band News.
Mas infelizmente, mesmo com tantos avanços tecnológicos e com a criação dessas novas mídias, as redações cada vez mais vazias, só fazem deixar claro que o espaço para os jornalistas continua pequeno e principalmente para os recém – formados. Esses, normalmente, tratados como escravos. Acredite se puder, tem estudante de Jornalismo, aqui na Bahia, estagiando para ganhar 75% do salário mínimo. Isso sem falar na jornada de trabalho que muitas vezes ultrapassa as cinco horas estabelecidas por lei.
Essa nova geração, onde me incluo, é que tem que mudar essa visão do mercado de trabalho, de que estudante de comunicação não tem que ter um salário no mínimo digno. Devemos exigir melhores condições de trabalho, liberdade de expressão e não sermos apenas instrumentos de políticos e empresários gananciosos que não querem distinguir um profissional de um equipamento tecnológico de sua propriedade.