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Vila Velha promove espetáculos, debates e exposição no projeto "Ditadura Não Mais"
Vila Velha promove espetáculos, debates e exposição no projeto “Ditadura Não Mais”

Entre os dias 7 e 19 de outubro, o Teatro Vila Velha, em Salvador, convoca o público para discutir o tema Ditadura a partir de uma programação especial que reúne espetáculos, debates e exposição audiovisual. A abertura do projeto Ditadura Não Mais acontece na próxima sexta-feira (dia 7), às 20h, com a estreia da peça A Lira dos Vinte Anos, de Paulo César Coutinho, com direção de Paulo Henrique Alcântara, que segue em cartaz sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h, até o dia16 de outubro.

O espetáculo, que se passa em 1968, “o ano que não terminou”, narra a história de jovens que enfrentam a ditadura militar e perdem a inocência quando se comprometem ativamente com os destinos da nação. Já nos dias 10 e 17, segundas-feiras, às 19h, o público assiste ao monólogo Major Oliveira, com texto de Daniel Arcades e interpretação do ator Antônio Fábio, que assina também a direção ao lado do autor. Na peça, as reflexões de um ex-militar que é abandonado em um asilo pelos filhos assim que sabem sobre as investigações feitas pela Comissão da Verdade no país.

No projeto, acontecem ainda duas edições do Palco Aberto, que debatem os temas A dramaturgia do Golpe, na terça-feira (dia 11), às 19h, com a participação do jornalista Luis Nassif e dos dramaturgos Paulo Henrique Alcântara e Daniel Arcades, e Uma Nova Educação, na terça-feira (dia 18), às 19h, que discute os rumos da educação com as reformas propostas no país, tendo como convidados educadores, estudantes, gestores e um representante do Ministério da Educação. O projeto conta ainda com a exposição audiovisual Conhecer para não esquecer, produzida pela TVE, que reúne 100 depoimentos de personalidades baianas sobre o período da ditadura.

Programação Ditadura Não Mais

Espetáculo A Lira dos Vinte Anos

Dias 7 a 16 de outubro, sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h
Sessões extras nos dias 14 (sexta-feira) e 19 (quarta-feira), às 15h
Ingressos: R$30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)
Classificação: 16 anos

Espetáculo Major Oliveira

Dias 10 e 17 de outubro, segundas-feiras, às 19h
Ingressos: R$30 (inteira) e 15 (meia-entrada)
Classificação: 14 anos

Palco Aberto – A Dramaturgia do Golpe

Dia 11 de outubro, terça-feira, às 19h
Ingresso: pague quanto quiser

Palco Aberto – Uma Nova Educação

Dia 18 de outubro, terça-feira, às 19h
Ingresso: pague quanto quiser

Conhecer para não Esquecer – Exposição Audiovisual

Dias 7 a 18 de outubro, Cabaré dos Novos
Aberta a partir de 1h antes de cada evento do projeto Ditadura Não Mais

Ação do Sinapro-Bahia distribui livros para agências do interior
Ação do Sinapro-Bahia distribui livros para agências do interior

Gestão de pessoas, plano de negócios, governança corporativa e relacionamento societário. Essas são algumas das informações contidas nas 224 páginas do livro Abri Minha Agência, e agora?, de Antônio Lino Pinto. Além desses pontos, a obra traz as principais oportunidades e desafios que o pequeno e médio empresário de propaganda vai enfrentar ao abrir seu próprio negócio, ou está enfrentando, no caso dos que já têm uma agência.

A publicação, da Editora Dash, será distribuída para as 16 agências de propaganda de Itabuna e Feira de Santana, que participaram da primeira edição do Workshop Itinerante Ideia em Movimento, promovido pelo Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia – Sinapro-Bahia, no mês de agosto. “Pretendemos enriquecer ainda mais os conhecimentos, seja compartilhando informações das palestras durante os workshops, seja com esta iniciativa de presentear as agências com um exemplar da obra de Antônio Lino”, explica Gustavo Queiroz, presidente do Sinapro-Bahia.

As duas primeiras palestras do Workshop Itinerante Ideia em Movimento foram realizadas nos dias 24 e 25 de agosto, em Itabuna e Feira de Santana, respectivamente. Nas duas oportunidades o palestrante foi Antônio Lino Pinto, sócio da Viramundo Consultoria em Gestão (SP), diretor da Confederação Nacional da Comunicação Social – CNCS e diretor da Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro).

Forró Cabrueira promove aulão gratuito no Rio Vermelho, em Salvador
Forró Cabrueira promove aulão gratuito no Rio Vermelho, em Salvador

Será realizada no próximo domingo (dia 9), a partir das 15h30, no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, em Salvador, mais uma edição do Aulão Cabrueira. O encontro, com entrada franca e aberta ao público, faz parte do projeto Pôr do Sol, e tem como objetivo o incentivo à prática de atividades físicas através da dança.

Reconhecido internacionalmente, o grupo Cabrueira é considerado hoje o maior grupo de forró da Bahia e, com seus 11 anos de história, orgulha-se por já ter se apresentado em diversos países do mundo, além de compor o corpo de baile de importantes grupos forrozeiros da Bahia e do Brasil.

Marca registrada por onde passa, a famosa “pedalada” ou jogo de pernas da Cabrueira ganhou seu espaço pela grande expressão da música através do movimento diferenciado das pernas. Um estilo de dança muito rico e com a mistura de outros ritmos como: forró, salsa, tango, bolero, samba de gafieira e o gingado da capoeira.

Pesquisa comprova que a prática do sexo é mais valorizada pelos homens do que pelas mulheres
Pesquisa comprova que a prática do sexo é mais valorizada pelos homens do que pelas mulheres

Considerado pela Organização Mundial da Saúde como um dos quatro pilares da qualidade de vida, ao lado do trabalho, do lazer e da vida familiar, o sexo é um assunto que desperta bastante curiosidade na população. Sexualidade foi o tema abordado pela médica psiquiatra e pesquisadora Carmita Abdo, em Salvador, na noite dessa quarta-feira (dia 21), durante a segunda edição do Ciclo de Palestras Holiste. O evento, que lotou o auditório do São Salvador Hotéis e Convenções, no bairro do Stiep, foi aberto com a palestra da médica psiquiatra Fabiana Nery, sobre Sofrer por amor: qual o limite?.

Doutora e Livre-Docente pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Carmita Abdo apresentou alguns dados da pesquisa realizada recentemente pelo Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O estudo traçou um panorama das práticas e dos tabus dos relacionamentos sexuais no país e os impactos destes nas relações interpessoais, afetivas e sociais. Um dos itens da pesquisa, que entrevistou três mil homens e mulheres em sete capitais brasileiras, com idade média de 35 anos, foi o questionamento do que é qualidade de vida. Para os homens, em primeiro lugar está se alimentar, seguido de tempo para conviver com a família e em terceiro lugar está a prática do sexo, na frente de dormir bem, trabalhar no que se gosta e cuidados com a saúde. Já para as mulheres, o sexo vem em 8º lugar, perdendo na preferência feminina somente para a prática de exercícios físicos e sair de férias em família.

Segundo Carmita, as mulheres foram condicionadas a manterem distância psíquica dos seus corpos. Esse é um traço cultural, uma influência ambiental que acaba sendo transmitida por gerações através da epigenética. “Para a gente mudar isso, teremos de viver novos tempos e novas influências, para que as mulheres passem a ter um contato melhor com seus corpos. A mulher precisa se apropriar do seu corpo e também entrar em contato com as sensações físicas na mesma medida que os homens entram”, aconselha a especialista.

Considerada uma das mais importantes pesquisadoras sobre Comportamento Sexual no Brasil, Carmita Abdo fez, ainda, um paralelo entre a sexualidade desde as eras anteriores à escrita até os dias atuais. “Hoje a gente já sabe que, tanto homens e mulheres, quanto mais intelectualmente desenvolvidos e bem inseridos sócio culturalmente, melhor é o sexo que eles fazem”, afirma a especialista que se dedica a estudar o assunto há mais de 40 anos.

Sofrer por amor

A médica psiquiatra Fabiana Nery, coordenadora do Centro de Estudos Holiste fez a distinção sobre a forma de amor patológico, que gera sofrimento, do amor saudável, onde há atenção, cuidado, dedicação, bem-estar, apoio e segurança. “O amor patológico é como se o parceiro fosse uma droga que você está viciada. Causa dependência emocional, onde a pessoa fica dependente afetivamente do companheiro por ter baixa autoestima. Essas pessoas necessitam de aprovação e aceitação do outro, por não acreditarem no próprio valor”, explica Nery.

Fabiana explicou, ainda, as diferentes formas de amor, como a “Filia” – que é dedicado a amigos e familiares; “Ágape” – amor fraterno, que não há necessidade de reciprocidade; “Eros” – Amor carnal, onde é exigida exclusividade e reciprocidade; e “Delicio Amoroso” ou “Erotomania”, onde a pessoa cria um amor crônico e imaginário, geralmente por algum ídolo ou celebridade.

O Ciclo de Palestras Holiste foi aberto no mês de julho com as presenças do filósofo Luiz Felipe Pondé, que falou sobre Os desafios da Mudança e do psiquiatra Luiz Fernando Pedroso, diretor clinico da Holiste, com o tema Psiquiatria para Além da Medicina. A terceira edição do Ciclo de Palestras Holiste está prevista para acontecer no mês de novembro. Os interessados podem acompanhar a programação no site: www.holiste.com.br/palestras.

Ciúmes e sexualidade são temas de ciclo de palestras em Salvador

A médica psiquiatra e pesquisadora Carmita Abdo é a convidada da segunda edição do Ciclo de Palestras Holiste, que acontece no próximo dia 21 de setembro (quarta-feira), às 19h, no São Salvador Hotéis e Convenções, no bairro do Stiep, em Salvador. Na ocasião, a especialista irá falar sobre Comportamento Sexual. O evento, que é gratuito, será aberto pela médica psiquiatra e coordenadora do Centro de Estudos Holiste, Fabiana Nery, que vai tratar sobre o tema Sofrer por amor: Qual o limite?. Após a conferência, será realizada uma mesa redonda, onde as duas palestrantes responderão às perguntas da plateia. As inscrições podem ser feitas no site palestras.holiste.com.br, mas as vagas são limitadas.

Considerada uma das mais importantes pesquisadoras sobre Comportamento Sexual no Brasil, Carmita Abdo se dedica a estudar o assunto há mais de 40 anos. Doutora e Livre-Docente pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Carmita fundou e até hoje coordena o Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Recentemente o ProSex realizou uma pesquisa envolvendo três mil homens e mulheres em sete capitais brasileiras.

O objetivo do estudo foi traçar um panorama das práticas e dos tabus dos relacionamentos sexuais no país e os impactos destes nas relações interpessoais, afetivas e sociais. “Nesse tempo todo que tenho trabalhado com o assunto, eu tenho constatado e confirmado que realmente o sexo é o gatilho de muitas das ações humanas, dos erros e das virtudes de homens e mulheres. Sem dúvida um assunto muito instigante”, afirma Carmita.

Autora de oito livros, entre eles Sexualidade Humana e Seus Transtornos, Da Depressão à Disfunção Sexual – e vice-versa e Descobrimento Sexual do Brasil, Carmita explica que, no país, assim como em todo o mundo, o relacionamento entre as pessoas, nos últimos anos, passou por significativas mudanças. “O compromisso não é mais imprescindível, as relações sexuais se dão quase que instantaneamente, antes até que as pessoas se conheçam, pois se elas se sentem mutuamente atraídas já se permitem fazer sexo, o que acaba resultando na dissociação entre relação afetiva e sexual, hoje razoavelmente independentes”, afirma a psiquiatra.

Em sua palestra de abertura, a médica psiquiatra e coordenadora de Centro de Estudos Holiste, Fabiana Nery, irá explicar que o ciúme normal, que é natural de todas as pessoas, seria um sentimento onde o indivíduo tem medo de perder a pessoa amada. “Em geral, essa emoção é transitória e está relacionada a casos específicos, apresentando uma intensidade normal para aquela situação. Quando falamos de um ciúme patológico ou doentio, ou ainda sobre a síndrome de Otelo, estamos falando de um quadro onde a pessoa tem a necessidade de posse e controle do ente amado, principalmente do controle do comportamento e dos sentimentos daquela pessoa”, esclarece a psiquiatra Dra. Fabiana.

O primeiro evento do Ciclo de Palestras aconteceu em julho e contou com as palestras do psiquiatra Luiz Fernando Pedroso, diretor clinico da Holiste, com o tema Psiquiatria para Além da Medicina e do filosofo Luiz Felipe Pondé, que falou sobre Os desafios da Mudança. O evento reuniu psiquiatras, psicólogos e outros profissionais da saúde mental.

Serviço:

EventoCiclo de Palestras Holiste

Palestrantes: Dra. Fabiana Nery, médica psiquiatra e coordenadora do Centro de Estudos Holiste, tema Sofrer por amor: Qual o limite?, e a Dra. Carmita Adbdo, médica psiquiatra e coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Comportamento Sexual.

Abertura: quarta-feira (dia 21/09)

Horário: às 19h

Local: São Salvador Hotéis e Convenções (Rua Doutor José Peroba, 244, Stiep, Salvador – BA)

Inscrições: Gratuitas

Mais informaçõeswww.holiste.com.br/palestras

“A felicidade não é uma coisa inalcançável”, afirma Valter Hugo Mãe no Fronteiras Braskem do Pensamento
“A felicidade não é uma coisa inalcançável”, afirma Valter Hugo Mãe no Fronteiras Braskem do Pensamento

“O mais novo escritor baiano”. Foi assim Valter Hugo Mãe, nascido em Angola e radicado em Portugal, pediu para ser apresentado no início de sua conferência no Fronteiras Braskem do Pensamento, realizada na noite dessa segunda-feira (dia 05/09), em Salvador. O autor de o nosso reino, o remorso de baltazar serapião, o apocalipse dos trabalhadores e a máquina de fazer espanhóis – série de obras conhecidas como a tetralogia das minúsculas, por terem sido escritas sem letras capitais -, mostrou todo o seu carisma, sensibilidade e talento, arrancando gargalhadas e seduzindo o público baiano, que lotou a sala principal do Teatro Castro Alves. O evento tem patrocínio da Braskem, conta com o apoio da Rede Bahia e Unijorge, e realização Telos e Caderno 2 Produções Artísticas.

O escritor abriu a conferência com um texto inédito sobre as diversas reações e pedidos que ele, como escritor, ouve em suas andanças. “Escreva um romance sobre moças que gostam de moças, porque não engravidam. Elas são como os escritores que só usam a língua portuguesa. Já minha mãe quer que eu escreva sobre a felicidade para que seja algo que eu não possa perder”.

A felicidade, aliás é tema recorrente em suas obras. Para Valter Hugo Mãe, “a felicidade é uma construção da consciência. Eu acredito numa felicidade que seja uma maturação do conhecimento, o entendimento de que a tristeza é uma construção para a felicidade”. Valter afirmou ainda que “a felicidade não é uma coisa inalcançável. É muito mais concreta. Passamos a vida toda esperando que alguma coisa errada em nós mude, quando deveríamos aceitá-la. Eu sou frequentemente feliz aceitando as minhas perdas e as minhas limitações. A felicidade é um exercício de consciência”, resumiu.

Coube ao jornalista e também escritor Edney Silvestre mediar o debate com a plateia. Quando perguntado sobre a sensação de estar em Salvador pela primeira vez, Mãe respondeu que até se sentia “estúpido” por não ter vindo antes. “Conheço muitos lugares no Brasil e muitas pessoas me diziam que, enquanto eu não viesse a Bahia não teria conhecido o Brasil. Eu achava que a Bahia era um dos lugares supérfluos para um escritor português conhecer. Mas, ao chegar ao Pelourinho, só não chorei por que tinha muita gente olhando para mim”, confessou.

Reconhecido por seu conterrâneo José Saramago como um “tsunami literário” já na publicação de seu segundo romance, Valter Hugo Mãe reconheceu na Bahia um radical português enriquecido. “É como um passado de Portugal bem-sucedido. É como se a Bahia tivesse conseguido sanar a história. O que se torna comovente na Bahia é que uma história horrenda se torna quase uma justiça ao passado que nós herdamos”. Ainda sobre sua visita ao Centro Histórico de Salvador, o escritor relatou ter escutado um funk do Pokémon. “Eu não sabia que existiam canções assim. A gente não sabe se dança ou se tira a roupa”, disparou Valter, provocando uma gargalhada na plateia.

Sobre seu processo produtivo Valter Hugo Mãe, afirmou sentir uma certa depressão ao terminar de escrever um livro. “Depois a gente sente uma alegria, como se estivesse solteiro, livre para começar outras paqueras, começar a escrever outros livros. E o próximo livro é uma tentativa de conseguirmos alcançar a plenitude”, explicou Valter, que acaba de divulgar o título do seu novo livro “O Homem imprudentemente poético”, que será lançado no Brasil em novembro. “Eu acreditei em muitas coisas na minha vida, mas demorei muito para acreditar em mim, que é uma das coisas fundamentais”.

Quando questionado por Edney Silvestre sobre “o seu despudor incomum aos escritores”, Valter respondeu: “é uma coisa maravilhosa que as pessoas tenham vindo de lugares distintos para estarem aqui. Por isso, eu não viria para ser metade de mim. Por isso essa minha entrega”, conclui. No final da conferência Valter Hugo Mãe ainda encontrou disposição para autografar seus livros no foyer do teatro.