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Inscrições abertas para o Prêmio São Paulo de Literatura 2021
Prêmio São Paulo de Literatura anuncia os ganhadores da 14ª edição

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira (dia 23) os ganhadores da 14ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura, o maior do país em premiação individual para o gênero. O mineiro Edimilson de Almeida Pereira conquistou a categoria de Melhor Romance do Ano de 2020, com a obra Front, da Editora Nós, e a gaúcha Morgana Kretzmann venceu na categoria Melhor Romance de Estreia do Ano de 2020, com o livro Ao pó, da Editora Patuá. Cada ganhador receberá o prêmio em dinheiro de R$ 200 mil.

Esta edição do prêmio contou com 21 finalistas, devido ao empate técnico pelo corpo de jurados na categoria Melhor Romance de Estreia. Participaram autores de oito estados brasileiros: foram sete de São Paulo; três do Rio de Janeiro; três do Rio Grande do Sul; três de Minas Gerais; dois da Bahia; um de Goiás; um do Paraná e um de Pernambuco. Ao todo, 281 livros foram inscritos na premiação, um recorde comparado ao ano anterior, quando houve 200 publicações inscritas.

Responsável pela definição dos dois vencedores, o júri do Prêmio São Paulo de Literatura foi composto por: Eduardo Cesar Maia, Flávio Carneiro, Iris Amâncio, Juliana de Albuquerque, Ketty Valencio, Leo Lama, Luciana Araujo Marques, Paula Fábrio, Paulo Lins e Tom Farias.  Já a curadoria foi de Claudia Lage, Lígia Ferreira, Eduardo Wolf e Martim Vasques da Cunha.

Os grandes vencedores

Edimilson de Almeida Pereira nasceu em Juiz de Fora (MG), é poeta, ficcionista, ensaísta, professor e pesquisador da cultura e da religiosidade afro-brasileiras. Pereira é Professor Titular de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Autor prolífico, com dezenas de livros e artigos.

Morgana Kretzmann nasceu na cidade de Tenente Portela, interior do Rio Grande do Sul, mas vive em São Paulo. É atriz, roteirista e produtora cultural, com prêmios nacionais e regionais. Também é formada em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Santa Catarina. Ao pó é seu romance de estreia.

Confira a lista completa com os finalistas da 14ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura:

  • Melhor Romance do Ano de 2020

Edimilson de Almeida Pereira, Front (Nós)

Giovana Madalosso, Suíte Tóquio (Todavia)

Jeferson Tenório, O avesso da pele (Schwarcz)

Maria José Silveira, Maria Altamira (Instante)

Menalton Braff, Além do Rio dos Sinos (Reformatório)

Michel Laub, Solução de dois estados (Schwarcz)

Nélida Piñon, Um dia chegarei a Sagres (Record)

Noemi Jaffe, O que ela sussurra (Schwarcz)

Sandra Godinho, Tocaia do Norte (Penalux)

Sheyla Smanioto, Meu corpo ainda quente (Nós)

  • Melhor Romance de Estreia do Ano de 2020:

Caê Guimarães, Encontro você no oitavo round (Record)

Emmanuel Mirdad, Oroboro baobá (Penalux)

Eury Donavio, Fiados na esquina do céu com o inferno (Coqueiro)

Glaucia Vale & Willian Vale, A mãe do ouro (Giostri)

José Falero, Os supridores (Todavia)

Marcela Dantés, Nem sinal de asas (Patuá)

Mariana Brecht, Brazza (Moinhos)

Morgana Kretzmann, Ao pó (Patuá)

Renata Belmonte, Mundos de uma noite só (Faria e Silva)

Sidnei Xavier dos Santos, A linha augusta do campo (Quelônio)

Wagner G. Barreira, Demerara (Instante)

Inscrições abertas para o Prêmio São Paulo de Literatura 2021
Inscrições abertas para o Prêmio São Paulo de Literatura 2021

Estão abertas as inscrições para a 14ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura, que promete a maior premiação individual para o gênero no país. Cada ganhador receberá um prêmio no valor de R$ 200 mil. Serão contemplados um autor pela categoria Melhor Romance de Ficção do Ano de 2020 e outro como Melhor Romance de Ficção de Estreia do Ano de 2020. As inscrições são gratuitas e abertas a autores lusófonos e editoras brasileiras. Os interessados têm até às 23h59 do dia 6 de setembro de 2021 para se inscrever pelo link da plataforma. O edital completo está disponível no site do Prêmio São Paulo de Literatura.

Criado em 2008 pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do estado paulistano, o Prêmio São Paulo de Literatura tem como objetivo estimular a produção literária de qualidade, valorizar o setor e favorecer a formação de leitores e escritores, reconhecendo grandes nomes e também novos talentos. Para concorrer, a obra de ficção deve ter sido escrita originalmente em português e ter sua primeira edição publicada entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2020. Somente obras no formato impresso, com ISBN, podem participar. Na categoria Melhor Romance de Ficção do Ano de 2020, poderão se inscrever autores que já publicaram romances anteriormente. Já na categoria Melhor Romance de Ficção de Estreia do Ano de 2020, os escritores podem ter obras publicadas em outros gêneros, desde que o livro inscrito seja o seu primeiro romance de ficção.

A 13ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura teve como vencedores a escritora Claudia Lage na categoria de Melhor Romance de Ficção do ano de 2019, com a obra O Corpo Interminável, publicada pela Editora Record; e Marcelo Labes, que venceu na categoria Melhor Romance de Ficção de Estreia de 2019, com o livro Paraízo-Paraguay, publicado pela Editora Caiaponte.

Premiado escritor Franklin Carvalho lança o novo romance
Premiado escritor Franklin Carvalho lança novo romance

Eu, que não amo ninguém é o título do novo romance do premiado escritor e jornalista baiano Franklin Carvalho. A publicação apresenta o amor dos “100 Modelos de carta de amor”, o amor do romantismo tosco dos homens no seu cotidiano de brutalidade, o amor em um período especialmente conturbado da realidade nacional, os anos 1960, num dos pontos mais remotos do interior. O lançamento virtual será na próxima quinta-feira (dia 20), às 19h30, no canal do YouTube Acontece nos Livros. A publicação está em pré-venda, com 20% de desconto até o lançamento pelo site da Editora Reformatório.

Autor dos premiados Céus e terra (Romance, editora Record, 2016), e A ordem interior do mundo (editora 7 Letras, 2020), Franklin Carvalho enfoca em Eu, que não amo ninguém os vícios e as virtudes do sentimentalismo e da cordialidade brasileira. O livro narra a trajetória de João de Isidoro, homem sem eira nem beira que mora de favor no terreiro de um pai de santo no interior da Bahia.

João vê uma chance para mudar de vida quando é incumbido de levar até Francisco dos Anjos, dono de engenho na cidade do Penedo (AL), um feitiço para atrair mulheres. Na hora de entregar a encomenda, porém, ele trapaceia e repassa uma imitação, retendo o verdadeiro preparado atrativo, mas é obrigado a permanecer no engenho até que o dono das terras tenha algum sucesso no amor e comprove a eficácia da magia. Dias, meses, passam, e o convívio dos dois homens, de naturezas bem distintas, é a matéria principal do romance.

“Quando comecei a escrever, eu estava impressionado com o livro O castelo branco, de Orhan Pamuk, que fala de um mestre e um escravo na Turquia, que trocavam conhecimentos e segredos, até quase terem as suas identidades confundidas”, revela Franklin. “Quis explorar esses limites do duplo, do convívio. Mas também quis exercitar uma literatura que pudesse ser recitada, oralizada, como nas performances do escritor e ator italiano de Dario Fo, que eu lia e assistia em vídeo, admirando o seu teatro, sua gesticulação e entrega. Por isso o ‘Eu, que não amo ninguém’ é dedicado a Dario Fo”, conta.

Além dessas duas influências, a narrativa teve origem em visitas a Penedo (AL), considerada a “Ouro Preto do Nordeste” pelas suas igrejas históricas, e em pesquisas sobre a cidade, também contemplando elementos regionais e místicos, como o caboclo Jurupari, aliado de João de Isidoro. “Mas acredito que essa forma de narrar, de teatro e de circo, de rapsódia popular, é o grande motor da obra”, diz o autor. “Eu, que não amo ninguém é uma crônica dos equívocos que continuam acontecendo até hoje”, reflete Franklin.

O texto é, o tempo todo, carregado de um lirismo que os personagens dividem ao se expressarem abertamente. Nas cartas de amor, outra forma de diálogo, ressai também a expressão desatada: “Aqui o tempo se levanta todas as manhãs e se põe no fim da tarde. Nós o vemos novo, crescente, cheio e minguante e mais uma vez novo. O tempo chove, o tempo enche o São Francisco, o tempo escorre rio abaixo, o tempo carrega peixes, o tempo banha e alimenta os meninos. E há só o tempo, Jandira, o amante tem o mar inteiro de tempo pela frente. Por isso escrevo essa carta fantasma endereçada à gaveta da escrivaninha”.

Premiações

Franklin Carvalho é jornalista e autor dos livros de contos Câmara e Cadeia (2004) e O Encourado (2009). Em 2016, o seu romance Céus e Terra venceu o Prêmio Nacional de Literatura do Serviço Social do Comércio (Sesc), e em 2017, o Prêmio São Paulo de Literatura na categoria Autor Estreante com mais de 40 anos. O autor participou da comitiva brasileira na Primavera Literária Brasileira e no Salão do Livro de Paris, eventos realizados na capital francesa em 2016. Foi palestrante na Feira do Livro de Guadalajara (México – 2017) e na Festa Literária de Paraty 2018.

Em 2019, ganhou o Prêmio Nacional de Literatura da Academia de Letras da Bahia com o livro de contos A ordem interior do mundo. Em 2020, o Itaú Cultural escolheu seu conto Primeiro tu dentre os 12.982 trabalhos inscritos no edital de apoio à literatura Arte como Respiro, que teve como tema A Vida Pós-Pandemia. Tem contos publicados na Revista Gueto, na Ruído Manifesto e na Coleção Identidade, da Amazon.

Serviço:

O quê: Lançamento virtual do livro Eu, que não amo ninguém (Ed. Reformatório), de Franklin Carvalho

Quando: quinta-feira (dia 20), às 19h30

Onde: canal do YouTube Acontece nos Livros.