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Cantor Erasmo Carlos morre aos 81 anos
Cantor Erasmo Carlos morre aos 81 anos

O cantor e compositor Erasmo Carlos morreu aos 81 anos, nesta terça-feira (22), no Rio de Janeiro. O “Tremendão”, como ficou conhecido, voltou a ser internado nesta segunda-feira (dia 21), no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio e chegou a ser intubado. O músico tratava uma síndrome edemigênica, quando há retenção de líquidos dentro dos vasos sanguíneos e geralmente é provocada por doenças cardíacas, renais e dos próprios vasos.

No dia 2 de novembro, após duas semanas de internação, o artista teve alta da unidade hospitalar e chegou a postar uma foto em seu perfil no Instagram, desmentindo os boatos de sua morte. “Bem simbólico… depois de me matarem no dia 30, ressuscitei no Dia de Finados e tive alta do hospital!!!! Obrigado a Deus, a todos que cuidaram de mim, rezaram por mim e se torceram pela minha recuperação… Essa foto com a Fernanda traduz como estamos felizes”.

Nascido no Rio de Janeiro em 5 de junho de 1941, Erasmo Esteves – nome de batismo do artista -, começou a sua carreira em 1958 integrando a banda The Snakes, junto com Tim Maia. Acrescentou o “Carlos” ao nome artístico em homenagem ao grande amigo e parceiro de composições Roberto Carlos e ao produtor musical Carlos Imperial, com quem trabalhou. Considerado um dos pioneiros do rock no Brasil, Erasmo participou ao lado de Roberto Carlos e Wanderléa da Jovem Guarda, movimento cultural que tomou conta do país na década de 1960.

Em mais de 60 anos de carreia artística lançou 38 discos e compôs mais de 600 músicas, entre elas clássicos como: Sentado à Beira do Caminho, Minha Fama de Mau, Mulher, Quero que tudo vá para o inferno, Mesmo que seja eu, Amigo, Gatinha Manhosa, É preciso saber viver e É proibido fumar.

Em 2014, Erasmo havia perdido o filho Alexandre, de 40 anos, num acidente de moto. Erasmo deixa a esposa Fernanda Passos e os filhos Gil Eduardo e Leonardo Esteves, além de netos. Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório do artista.

Repercussão no meio artístico

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou nas redes sociais, lamentando a morte do artista. “Deixa saudades e dezenas de músicas que sempre estarão em nossas lembranças e na trilha sonora de nossas vidas. Meus sentimentos aos familiares, amigos e fãs de Erasmo Carlos”.

A cantora e compositora Marisa Monte lembrou um apelido de Erasmo. “Um espírito colossal com um coração bondoso. Não era à toa que seu apelido era Gigante Gentil. Super pai, super avô, super-homem”, escreveu Marisa.

Milton Nascimento afirmou que “tive a sorte de conviver com Erasmo praticamente desde a minha chegada ao Rio. Sempre prestigiamos um ao outro, foram muitos shows, encontros pelo Brasil, e muitas conversas. Ele até salvou minha vida uma vez, na Urca, estava atravessando a rua e não vi o carro vindo.”

Gal Costa morre aos 77 anos
Gal Costa morre aos 77 anos

A cantora baiana Gal Costa morreu na manhã desta quarta-feira (dia 9), aos 77 anos, em São Paulo. A informação da morte foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista. “É com profunda tristeza e o coração apertado que comunicamos o falecimento da cantora Gal Costa, na manhã desta quarta-feira, 09 de novembro, em São Paulo”. A cantora estava afastada dos palcos desde setembro quando se submeteu a uma cirurgia para retirada de um nódulo na fossa nasal direita. Ela deixa um filho adotivo, Gabriel, de 17 anos. Ainda de acordo com a assessoria da artista, as “informações sobre o velório e o sepultamento serão divulgadas posteriormente”.

Nascida em Salvador em 26 de setembro de 1945, Maria das Graças Penna Burgos iniciou na carreira musical em 1964, ainda na capital baiana. A cantora estreou no espetáculo Nós, Por Exemplo…, ao lado de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia, que integraram os Doces Bárbaros. Com um timbre especial, Gal Costa escreveu seu nome no hall das principais vozes da Música Popular Brasileira (MPB). A cantora se consagrou com célebres interpretações, como das canções Meu nome é Gal e Baby.

Nas redes sociais, a morte de Gal Costa foi lamentada por diversas autoridades e artistas. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “o país, que Gal Costa cantava para mostrar sua cara, hoje perde uma de suas grandes vozes. Mas o legado, a obra, a lembrança e as canções serão eternas como seu nome Gal. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e milhões de admiradores”.

O governado da Bahia, Rui Costa, afirmou que “com sua partida, perdemos uma das mais potentes vozes da nossa música, eternizada em interpretações que cantam a Bahia e o Brasil para todo o mundo. Está decretado luto oficial na Bahia por 3 dias”. Para Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos, “musa de todas as estações, voz inigualável, ousada e única. A perda de Gal Costa me enche de tristeza, pois ela sempre representou a trilha sonora da minha vida. Uma lacuna no panteão das grandes interpretes de nossa música popular brasileira”.

O imortal Gilberto Gil, escreveu em ser perfil no Instagram: “nossa irmãzinha se foi… Gal, a quem chamava de Gaúcha. Fica a saudade pra mim, pra todos que eram próximos dela e pra tanta gente na extensão deste Brasil imenso que se encantava com o canto dela. Agora o canto dela fica conosco pro resto das nossas vidas, pra o tempo todo da nossa história”.

A cantora Daniela Mercury relembrou o último encontro que teve com conterrânea. “Gal sempre arrebatadora no palco e nos camarins. E agora me pergunto: como viver sem Gal? Estou partida ao meio. Minha amiga. Saudade. Te amo.”

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Gal Costa se consagrou com célebres interpretações, como das canções Meu nome é Gal e Baby
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*Atualizado às 19h12

Corpo do músico Luiz Galvão está sendo velado em São Paulo
Corpo do músico Luiz Galvão está sendo velado em São Paulo

O corpo do músico Luiz Galvão, um dos fundadores dos Novos Baianos, está sendo velado na tarde desta segunda-feira (dia 24), no Funeral Arce, no bairro do Morumbi, em São Paulo, onde será cremado. O cantor, compositor e poeta morreu na noite de sábado (dia 22), aos 87 anos, na capital paulista. Ele estava internado desde o dia 16 de setembro, depois de sofrer um infarte, na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Em seguida, foi internado no Instituto do Coração, onde morreu.

Luiz Dias Galvão nasceu na cidade baiana de Juazeiro, no norte do estado, em 22 de julho de 1935, mas só foi registrado dois anos depois. Além de músico, foi jogador profissional de futebol em Juazeiro e campeão baiano de futebol de salão. Formado em agronomia, exerceu a profissão por seis anos, quando decidiu viver de arte. Ainda na adolescente, Galvão conheceu outro conterrâneo ilustra, o músico João Gilberto, pai da Bossa Nova.

Com os Novos Baianos, ao lado de Moraes Moreira (1947 – 2020), Paulinho Boca de Cantor, Baby do Brasil e Pepeu Gomes, Galvão lançou o álbum Acabou chorare, que juntava samba, rock, bossa nova, frevo, choro e baião. O disco de 1972 trazia faixas como Preta pretinhaMistério do planetaA menina dança e Besta é tu. A coletânea foi eleita pela revista Rolling Stone como a melhor da história da música brasileira, em outubro de 2007.

No total, foram oito discos de estúdio, dois álbuns ao vivo, e dois de reuniões do grupo. Luiz Galvão escreveu a maioria das canções gravadas pelo grupo. O poeta, como gostava de se definir, também é autor dos livros: Novos Baianos: A história do grupo que mudou a MPB (2014); João Gilberto: a bossa e Anos 80: A história de uma amizade na década perdida (2021). Luiz Galvão deixa a esposa Janete Galvão e os filhos Lahirí e Kashi.

Morre, aos 91 anos, o cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard

O cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard morreu, nesta terça-feira (dia 13), aos 91 anos. A informação foi confirmada pela família do diretor à imprensa francesa. “Jean-Luc Godard morreu pacificamente em casa, cercado por entes queridos”, afirmou sua esposa Anne-Marie Mieville e os produtores em comunicado enviado aos meios de comunicação franceses. O texto afirmou, ainda, que Godard será cremado e não haverá cerimônia oficial.

Jean-Luc Godard, nasceu em Paris, em 1930, mas foi morar em Nyon, na Suíça. Retornando a capital francesa em 1949, já com 19 anos, para se dedicar ao cinema, sua grande paixão. Um dos pioneiros do movimento Nouvelle Vague, Godard estreou como diretor com o longa-metragem O Acossado, em 1960. Seus filmes ficaram conhecidos por romper com convenções já estabelecidas do cinema francês, em 1960, contribuindo com o início de uma nova forma de fazer cinema, utilizando câmara portátil, cortes de salto e diálogos existenciais.

O diretor foi vencedor de importantes premiações, inclusive, do Oscar pelo conjunto de sua obra, em 2010. Entre as obras que marcaram a brilhante trajetória do diretor, estão filmes como: O Despreza (1963), estrelado pela atriz Brigitte Bardot, Bando à Parte (1964), Pedro, o Louco (1965) e o mais recentes Filme Socialismo (2010) e Adeus à Linguagem (2014).

A página oficial do Festival de Cannes no Twitter lembrou que desde sua primeira aparição no Festival, ao todo 21 filmes de Jean-Luc Godard foram exibidos em Cannes, um dos mais importantes festivais de cinema mundial. “É com imensa tristeza e gratidão, bem como profundo respeito, que o Festival saúda uma última vez este artista sem cujo trabalho o cinema não teria hoje a mesma cara”, disse a publicação.

O diretor do premiado filme Bacurau, Kleber Mendonça Filho, também usou suas redes sociais para lamentar a morte do cineasta franco-suíço e ressaltar seu legado para a sétima arte. “Jean Luc Godard faleceu. E não vai morrer nunca. Obrigado”, afirmou o cineasta brasileiro.

Artista plástico baiano Emanoel Araujo morre em São Paulo
Artista plástico baiano Emanoel Araujo morre em São Paulo

O artista plástico baiano Emanoel Araújo morreu nesta quarta-feira (dia 7), aos 81 anos, em São Paulo. Emanoel que também era escultor, fundador e curador do Museu Afro Brasil foi encontrado sem vida por um funcionário do museu em sua residência, no bairro da Bela Vista, região central da cidade de São Paulo. O velório, aberto ao público, está sendo realizado no Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera, na capital paulista. O sepultamento ocorre às 16h, no Cemitério da Consolação, na região central de São Paulo.

Emanoel Araujo nasceu em Santo Amaro da Purificação, na região do recôncavo baiano, em 15 de novembro de 1940. Em 1959 realizou sua primeira exposição individual ainda em sua terra natal. Mudou-se para Salvador na década de 1960 e ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia (UFBA), onde estudou gravura. Sua primeira premiação nacional foi em 1966, por sua participação na II Exposição Jovem Gravura Nacional no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e, no circuito internacional, foi premiado, em 1972, com a medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de  Florença, Itália. No ano seguinte, recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor.

De 1981a 1983 dirigiu o Museu de Arte da Bahia. Entre 1992 e 2002 foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Emanoel Araujo expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50  exposições individuais e mais de 150 coletivas. Nas redes sociais, artistas e autoridade lamentaram a morte de Emanoel Araujo. O cantor e compositor Caetano Veloso lembrou que foi colega de escola do artistas plástico. “Morreu meu amigo, colega do ginásio, companheiro de adolescência, conterrâneo santamarense, xará, mestre e discípulo Emanoel Araújo”, escreveu o Caetano.

O músico e imortal da Academia Brasileira de Letras, Gilberto Gil ressaltou a importância artística de Emanoel Araujo: “a sua arte e o seu talento alcançaram projeção nacional e internacional. Desejamos paz e conforto para familiares e amigos”. O governador da Bahia, Rui Costa, também lamentou a morte de Emanoel Araújo. “A Bahia, que se orgulha de tantos filhos talentosos, hoje se entristece com a morte, aos 81 anos, do ilustrador, cenógrafo, pintor, escritor e museólogo Emanoel Araújo”.

https://twitter.com/caetanoveloso/status/1567590779912163328?s=20&t=rCpc0fKl0moZlYRIAFXsnw
Forrozeiro baiano Zelito Miranda morre aos 68 anos
Forrozeiro baiano Zelito Miranda morre aos 68 anos

O forrozeiro baiano Zelito Miranda morreu aos 68 anos, na madrugada desta sexta-feira (dia 12), em Salvador. O cantor e compositor estava em casa acompanhado da esposa, Telma Miranda, quando passou mal e faleceu. A família de Zelito informou que a causa da morte foi problemas pulmonares e que o sepultamento aberto ao público vai acontecer às 16h45, no cemitério Bosque da Paz, na capital baiana.

O artista ficou conhecido como “Rei do Forró Temperado”, por incrementar o tradicional ritmo nordestino com o “tempero” de outros estilos, como o rock e o jazz. Com quase 40 anos de carreira, 220 músicas compostas, 12 discos gravados, entre CDs e LPs e um DVD, Zelito Miranda, levava multidões ao shows do Forró no Parque, projeto que fazia antecipando os festejos juninos e lotava o Parque da Cidade, em Salvador. Zelito Miranda nasceu em 30 de agosto 1953, na cidade baiana de Barrocas, então localidade do município de Serrinha, a 170 quilômetros de Salvador. 

Autoridades lamentaram a morte de Zelito Miranda. O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que “a música baiana está de luto”. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, ressaltou que “Zelito Miranda é um artista na sua mais pura essência. Um símbolo da nossa cultura que levava o forró por todo o mundo. Sua obra está eternizada em nossas memórias”.

O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, também lamentou o falecimento de Zelito Miranda. “Generosidade, essa é a palavra chave que me ocorre ao lembrar dessa grande figura: Zelito Miranda. Lembro do início de minha carreira, gravando minhas trilhas no estúdio de Zelito na Boca do Rio, sua presença simpática e acolhedora, sua figura sorridente e bem humorada. O país perde um grande forrozeiro, defensor de nossas raízes e tradições, corpo e alma mergulhados na nossa cultura popular”, destacou o dramaturgo.

Artista plástico baiano Tatti Moreno morre aos 77 anos
Artista plástico baiano Tatti Moreno morre aos 77 anos

O artista plástico baiano Tatti Moreno morreu na tarde desta quarta-feira (dia 13), aos 77 anos, na sua residência, em Salvador. A causa da morte não foi divulgada. O velório será nesta quinta-feira (dia 14), às 11h30, no Cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana. Tatti deixa esposa Gisele Fraga e três filhos, André, Gustavo e Paula. O artista ficou famoso por suas esculturas, como os 12 orixás flutuantes no Dique do Tororó, a do casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, no bairro do Rio Vermelho, e o Cristo com braços erguidos para o céu, em Lima, capital do Peru.

Em 2016, Tatti lançou um livro biográfica retratando seus mais de 50 anos de carreira. Fruto de um estudo cronológico realizada pela esposa do artista Gisele Fraga e que durou três anos, A Arte de Tatti Moreno foi escrito por Claudius Portugal e destaca a trajetória do artista plástico baiano, iniciada ainda aos 12 anos de idade. Dos bonecos da infância, feitos de arame, cola e sucatas, Tatti partiu para a utilização do latão, aço inoxidável e alumínio em suas obras já durante as aulas com o mestre Mário Cravo Júnior, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

A morte do escultor foi lamentada por artistas e autoridades. “A arte de Tatti Moreno espelha a força de um ciclope que tem a colher no olho, e que dá de comer a muitos outros, respeitando o Ajeum. Assim como todos os lugares que tiveram a honra de receber seus cuidados, o nosso Candyall Guetho Square também ganhou seus olhos, suas mãos e sua artisticidade. Um filho da Terra, do dom e do tato. Que vá em paz, e que as rodas mais sagradas o recebam”, escreveu no Twitter, o músico Carlinhos Brown.

O governador da Bahia, Rui Costa, disse que foi com triste que recebeu a notícia. “A Bahia perde um de seus importantes talentos. Ficam a obra e a gratidão por representar e divulgar tão bem o nosso Estado. Meus sentimentos à família e aos amigos”, escreveu o governador, que decretou luto oficial de um dia. O prefeito de Salvador, Bruno Reis disse que: “hoje a Bahia perdeu um dos maiores artistas plásticos da história. As obras de Tatti Moreno estão em vários cantos do mundo e de Salvador. Dos orixás do Dique até a escultura de Jorge e Zélia no Rio Vermelho, conseguimos perceber a essência do trabalho desse grande artista”.

“Tatti Moreno marcou sua passagem por aqui de forma definitiva. De suas mãos, nasceram obras inesquecíveis, que se transformaram em cartões postais de nossa cidade. Tatti criou uma obra única, inimitável, com uma forte relação com nossa ancestralidade africana. Deixa muita saudade do seu jeito brincalhão, alto astral, sempre com uma ideia nova na cabeça. Morre o artista, fica a obra e a obrigação de preservá-la”, ressaltou Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos.