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Projeto Espicha Verão traz o grupo Buena Vista Social Club
Projeto Espicha Verão traz o grupo Buena Vista Social Club

A terceira edição do projeto Espicha Verão traz a Salvador a banda cubana Buena Vista Social Club, que se apresenta no palco flutuante instalado no Porto da Barra, no dia 13 de março. Na oportunidade, serão realizados um tributo ao fotógrafo francês Pierre Verger e uma homenagem à América Latina. A abertura do Espicha Verão 2010 será neste sábado (27), e a programação começa às 6 da manhã, com atividades esportivas, como: aulas de hidroginástica, aeróbica, ginástica localizada, caratê, ioga.

O Espicha Verão acontece durante três sábados (dias 27 de fevereiro, 6 e 13 de março) e a programação musical começa a partir do meio-dia. No primeiro dia do projeto será realizado um tributo ao cantor e compositor baiano Dorival Caymmi, que contará com atrações como Carlinhos Cor das Águas, Paulinho Boca de Cantor, Filhos de Ghandy, Alice Caymmi, Jussara Silveira, Carlos Gazineu, Juan e Ravena e Aloísio Menezes. No segundo dia do Espicha Verão, as homenageadas serão para as mulheres, pelo Dia Internacional da Mulher. Por isso todas as atrações serão comandadas pelas cantoras Márcia Short e Isabela Taviani.

Além das atrações musicais, o público vai acompanhar as atividades culturais, com mostra da cultura popular, a exemplo da Burrinhas de Taperoá, Terno de Reis de Tanquinho, mostra literária, coreto para repentistas e grupos de teatro itinerante, mascarados de Maragojipe. O projeto acontece também no interior, em cidades como: Itacaré, Lençóis, Ilhéus, Porto Seguro, Mangue Seco e Maraú.

Morre o cantor do mar da Bahia, Dorival Caymmi
Morre o cantor do mar da Bahia, Dorival Caymmi

Morreu neste sábado (dia 16), no Rio de Janeiro, aos 94 anos, o cantor e compositor baiano Dorival Caymmi. Vítima de falência múltipla de órgãos e insuficiência renal, Caymmi imortalizou em suas composições o seu amor pela Bahia. Músicas como: O Que É Que a Baiana Tem?, Acontece Que Eu Sou Baiano, Coqueiro de Itapoã, É Doce Morrer No Mar, Marina, Rosa Morena, Maracangalha, Samba da Minha Terra, entre tantas outras, interpretadas pelo próprio compositor ou por artistas como Carmem Miranda, Gal Costa e Maria Bethânia, levaram as belezas da Bahia e a magia da mulher baiana ao mundo.

Dorival Caymmi nasceu em Salvador em 30 de abril de 1914. Ele começou sua carreira artística em 1936 ao ganhar um concurso de músicas carnavalescas. Incentivado por amigos, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1938. A música O que é que a baiana tem?, eternizada na interpretação de Carmen Miranda, em 1939, foi seu primeiro grande sucesso. A canção marcou ainda o início da carreira internacional da “pequena notável”, como Carmen Miranda ficou conhecida.

Dorival Caymmi deixa viúva, a cantora Stella Maris, com quem viveu por 68 anos, e três filhos, os também músicos Dori, Nana e Danilo Caymmi. O prefeito de Salvador João Henrique Carneiro decretou luto oficial por três dias.

As super ofertas de Alex Góes: cantor lança seu quarto CD em Salvador
As super ofertas de Alex Góes: cantor lança seu quarto CD em Salvador

Mesmo concorrendo com um grande evento reunindo 20 artistas da Axé Music, o show de lançamento em Salvador, do quarto CD do cantor e compositor Alex GóesSupermercado do Eu -, realizado no último dia 17, lotou a Praça Tereza Batista, no Pelourinho.

Esbanjando simpatia e bom humor, Alex cantou os antigos e os novos sucessos, sempre com a ajuda da plateia – um público cativo, composto por pessoas de diversas faixas etárias -, que se rendeu ao comando do cantor e,  em coro, cantou todas as músicas. Foi uma noite para consagrar uma carreira iniciada em julho de 1994, num primeiro show realizado no Teatro Expresso Baiano, do Clube Baiano de Tênis, quando ainda era conhecido como Alex e Banda.

Ao longo desses 11 anos, Alex Góes vem recebendo o reconhecimento popular nos palcos e já lançou quatro discos de forma independente, todos com composições próprias, reunindo influencias nacionais e internacionais do rock oitentista.

Supermercado do Eu – O quarto CD de Alex Góes, musicalmente é quase uma sequência do anterior, Terceiro Cd. A sonoridade é apenas um pouco mais leve, explorando menos as distorções da guitarra e valorizando ainda mais os violões de aço e o piano. O CD conta com a participação especial de Paulinho Moska, na faixa Amargura. A música de trabalho – Autodestruição -, já está tocando em algumas rádios do Rio de Janeiro e de Salvador.

Em seu site na Internet o artista explica o que é o Supermercado do Eu. “O título do trabalho veio do fato de ter percebido que a maioria das músicas escolhidas para o repertório, falava de sentimentos da alma de cada um. Os nomes das faixas, portanto, seguiram essa linha, dentro do universo de sentimentos e, por isso, agrupei todos nas prateleiras do Supermercado do Eu”, destaca Alex.

Banda Soma - Foto Divulgação
Soma é a nova revelação na música alternativa baiana

Formada em meados de 2001 de experiências inicias com música, os ex-colegas de faculdade Rafael Silva e Josué Souza (Josh), a Soma consolida-se, agora, como uma das mais novas revelações do rock local.

O seu nome é inspirado na droga homônima do livro de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo. A identificação com o som da banda depende bastante do ouvido de quem a escuta, devido à grande quantidade de influências musicais. Entretanto, não é difícil perceber que RadioheadOásis e parte da cena rocker inglesa dos anos 1990, encontram-se nas canções melancólicas da banda.

Depois de poucas apresentações no formato de um trio semiacústico e de algumas tentativas fracassadas em incorporar um baterista adequado, só no final de 2001, a Soma chegou a sua primeira formação sólida, composta por Rafael (voz e guitarra), Josh (guitarra), Rogério (baixo e backing vocals) e Duda (bateria).

Novos Públicos

Banda Soma
Fotos: Divulgação

Em 2002, a Soma participou do I Festival Goiânia New Undergroud e do London Burning Gosta de Crianças, no Rio de Janeiro numa experiência gratificante, como comenta o guitarrista Josh. “A recepção foi muito boa. Goiânia é outro mundo para as bandas indie. Existe realmente um movimento (bandas + público) e o fato da cidade ter uma população bem jovem e pouco conservadora ajuda muito”.

A passagem pelo Rio de Janeiro causou estranheza. “Não acreditava que a gente era da Bahia e tocava nosso tipo de som. Acho que ficaram assustados, principalmente porque estávamos muito loucos”, resumi. Os shows em outros estados rendeu bons frutos para a Soma. Os rapazes venceram na categoria banda indie revelação em 2002 no 2º Indie Destaque, realizado pelo selo carioca Midsummer Madness.

Cena indie baiana

Banda Soma

Mesmo com todo esse reconhecimento, ainda é difícil fazer um som alternativo na Bahia, com diz o guitarrista Josh. “Não há público suficiente para suportar uma cena comercialmente viável que não caia no axé, pagode, etc. Temos muitas bandas e pouco público, essa é a verdade. A cena indie daqui conta somente com as bandas, alguns produtores fazendo milagres e um séquito fiel, embora pequeno de seguidores. Falta dinheiro, locais adequados, equipamentos, público e atenção da mídia de massa (TV, rádio). É preciso conquistar espaços fora daqui também”, afirma.

Dentre os planos dos músicos está o lançamento do primeiro CD. “Devemos contar com a colaboração de algum selo independente na distribuição, estamos no início, compondo e definindo o trabalho. Vamos seguir com o mesmo estilo musical e participando de todos os processos, desde produção até a concepção gráfica do CD”.

As gravações devem continuar baseadas na nossa fórmula “caseira”, com exceção da bateria, que deve ser gravada em estúdio. “Preferimos trabalhar assim e temos tido bom retorno com isso. É muito importante ver que um CD produzido pela banda pode se destacar no mercado fonográfico independente”, e filosofa: “não somos só instrumentistas que sobem num palco e entram em estúdio para gravar. Nos preocupamos em estar envolvidos em tudo que diz respeito à banda”, afirma.

O som da vida*

O som está presente em nossas vidas desde o momento em que somos concebidos. As primeiras manifestações da vida são sonoras como: o choro, o riso e as primeiras palavras. Tocando, cantando, dançando, acompanhando e ouvindo uma música, podemos vivenciar momentos ricos, que ampliam o potencial criativo e favorecem o equilíbrio emocional. A Musicoterapia é uma especialidade que utilizando a música, o som e seus elementos, busca a prevenção, a recuperação e a readaptação do indivíduo à sociedade.
O Musicoterapeuta é um profissional graduado em universidade, que pode trabalhar em maternidades, no acompanhamento de mães e pais no pré-natal e no pós-parto, na estimulação essencial com bebês em creches, maternidades e outras instituições; no atendimento a deficientes mentais, na recuperação de dependentes químicos, na assistência a dependentes físicos, na reabilitação, na prevenção do stress, em indústrias; no atendimento a pacientes com doenças terminais, inclusive AIDS e Câncer; atuando com idosos e no desenvolvimento pessoal aprofundando a vivência do processo criativo e as relações interpessoais.
Para o pianista Amaral Vieira “a música é a arte que melhor exprime o conceito de eternidade e provocará sempre, em qualquer idade e até nos profissionais de maior experiência, as mais inusitadas surpresas e emoções, renovando-se a cada nova aproximação”. “A saúde é tão musical, que a doença não e outra coisa senão uma dissonância e esta dissonância pode ser resolvida pela música”, disse Boelhius.
*Texto publicado na 1ª Edição do jornal comunitário “O Mundo”, em 30 de outubro de 1999.