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Livro "Mentes Poéticas", da editora Mente Aberta
Livro de poesia reúne obras de mais 100 autores

A obra de 127 poetas amadores e profissionais de 5 países, 36 cidades e de 10 estados brasileiros estão reunidas no livro Mentes Poéticas, que terá lançamento virtual no canal da editora Mente Aberta no YouTube. A live, que acontece nesta sábado (dia 21), às 17h30, contará com a participação dos organizadores, Pedro Camilo de Figueirêdo, Danilo Flavio Santos da Cruz, Urbano Félix Pugliese do Bonfim e Nadialice Francischini de Souza, e terá a mediação do jornalista Luis Filipe Veloso, que também assina poesias no livro.

A obra, que conta com prefácio e a participação, como autor, do juiz e escritor baiano Rodolfo Pamplona Filho, nasceu inicialmente da mente inquieta do editor Pedro Camilo que, acreditando de modo absoluto no poder transformador da poesia em versos, convidou seus amigos, propondo o desafio de reunirem 100 poetas de todos os gêneros para enriquecerem um pouco mais a vida com seus devaneios.

“Esta é primeira obra de uma série de centenas de mentes poéticas que se reunirão de agora em diante, para, juntas, compartilharem seus olhares privilegiados sobre os mais comezinhos aspectos da vida e do viver”, pontua Pedro Camilo, um dos idealizadores. Doutorando em Estudos Contemporâneos pela Universidade de Coimbra, Pedro Camilo é mestre em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), editor e responsável pela Editora Mente Aberta.

Serviço:
O quê:
Lançamento online do livro Mentes Poéticas
Quando: sábado, dia 21, às 17h30
Onde: Canal da Editora Mente Aberta no YouTube
Mediador: Luis Filipe Veloso

O poeta Ruy Espinheira Filho lança “Sob o Céu de Samarcanda”
O poeta Ruy Espinheira Filho lança “Sob o Céu de Samarcanda”

Sob o Céu de Samarcanda é o título do novo livro do escritor Ruy Espinheira Filho. O lançamento será neste sábado (dia 10), às 10h, na Livraria LDM, na Piedade, em Salvador, com a presença do autor. A publicação da editora Bertrand Brasil traz poemas que abordam temas diversos, como amor, solidão, dor, memória, velhice, anjos, morte e a própria poesia.

Ruy Espinheira Filho é baiano, formou-se em Jornalista em 1973, é mestre em Ciências Sociais, doutor em Letras, professor de Literatura Brasileira do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e membro da Academia de Letras da Bahia.  Já publicou 13 livros, entre eles Julgado do Vento (1979), As Sombras Luminosas (1981), Memória da Chuva (1996) e De paixões e de vampiros: uma história do tempo da Era (2008).

Serviço:

O quê: Lançamento do livro Sob o Céu de Samarcanda, de Ruy Espinheira Filho

Onde: Livraria LDM (Rua Direita da Piedade, 22, Piedade)

Quando: sábado (dia 10), a partir das 10h

Quanto: ingresso gratuito

Informações: (71) 2101–8007

Um ano de total dependência

Hoje, 7 de setembro de 2003 – um ano se passou. Eu que pensei que não fosse conseguir resistir a tanta dor, estou aqui lembrando desta mesma data um ano atrás, naquela bela tarde de sábado, onde nos conhecemos.

Hoje, sinto o peso da mágoa que trago em meu coração. Sei que o quanto me custou e custa não ter desistido de viver, mesmo que seja longe de você. Sei o quanto mudei nesses doze meses, quantas noites em claro escrevendo textos e textos na esperança de exorcizar tua presença em minha mente, para que eu pudesse finalmente deitar e dormir em paz. Sei o quanto foi difícil, naquela noite de Natal, ver cair por terra o único fio de esperança que eu mantinha de reatar nosso namoro, quando você me disse estar com alguém que estava lhe fazendo feliz.

Sigo em um processo lento e progressivo. Um dia após o outro, tentando me manter vivo. Tentando manter acessa a chama da esperança em amar novamente. Brigando contra essa apatia que estou vivendo, contra a fúria do tempo e da alma humana, para que essa chama não se apague. Continuo tentando buscar no meio da multidão alguém que consiga preencher o vazio que você deixou. Busca até agora, em vão.

Quero pedir licença ao compositor Leoni, para parafrasea-lo e adequar a letra de Os Outros“Já conheci muita gente / (…) procuro evitar comparações / entre flores e declarações / eu tento te esquecer / a minha vida continua, mas é certo que eu seria sempre seu” .

No dia do grito da Independência do Brasil, eu lembro esses versos que fiz para a pessoa que criou em mim a total dependência e aproveito para dizer-lhe e gritar ao mundo se for preciso que, apesar de tudo – toda a nossa história conturbada e efêmera para alguns -, eu continuo TE AMANDO…

Lembro…

(Rafael Veloso)

 

Lembro a expectativa

de como você reagiria,

quando toquei em sua mão

pela primeira vez.

(…)

Lembro da sua respiração ofegante

(…)

Lembro dos planos que fizemos

Lembro ter prometido

que seriamos compreensivos

um com o outro.

(…)

Lembro da dependência

que você criou em mim,

no dia 7 de setembro.

 

Lembro do meu atraso de quase uma hora

Lembro de tudo isso e ao lembrar,

sinto como se você ainda estivesse ao meu lado.

(…)

Lembro de te ligar para desejar boa noite, (…)

(…)

Lembro de você sempre que passo

naquele shopping center,

na praça dos cinemas,

no estacionamento,

na orla,

nas músicas que ouvimos,

na rádio que você sintonizou,

nas mensagens de e-mail,

no caminho para a minha casa,

no seu antigo número de telefone

– que não sai da minha cabeça

(…)

Lembro de você nas primeiras horas do dia

e sempre no último suspiro ao adormecer.

Você está presente em minha rotina.

Você está em mim.

Eu agradeço a Deus por você existir e

ter entrado em minha vida,

mesmo que tenha sido como

um cometa.

Queria tanto estar ao seu lado nesse momento.

Tenho certeza de seriamos felizes juntos!

 

Lembro,

sempre lembrarei

e não quero te esquecer jamais.

 

Lembro de você “porque nunca na vida tive um amor verdadeiro.”

“Por estando ao teu lado eu enfrentaria o mundo inteiro”.

Eu só não consigo lembrar o que fizemos de errado?

Salvador, 16 de dezembro de 2002, 0h47min.

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Salve Salvador!*

Salvador da Bahia
Terra de encanto e magia
tua beleza espelhada
nas águas claras da baia,
a proteção a Todos os Santos confia
Teus filhos te bem dizem todos os dias,
rezam por ti nas 365 Igrejas
ou dançam ao som dos atabaques
dos terreiros de candomblé
Odoyá minha mãe Yemanja,
Odoyá!
Te referencio no dia 2 de fevereiro
no mar do Rio Vermelho
Me empanturrei com a moqueca de Dadá
No Largo das Baianas, provei o acarajé
da Dinha, Cira e Regina
tomei sorvete na Ribeiro
me banhei nas águas escuras do Abaeté
vi o pôr do Sol da Barra
Na vinda da pescaria
fui guiado pelo Farol de Itapuã
na sexta-feira pedi proteção
ao Senhor do Bonfim
Te procurei em Cajazeiras,
fui de trem no Subúrbio Ferroviário,
do Mercado Modelo
subir com o Elevador Lacerda,
saudei o poeta Castro Alves
na praça que é do povo
e te encontrei dançando ao som
do Oludum no Pelourinho
 
Nos olhos da morena formosa vi
a malícia de mulher,
o sorriso de menina
e a doçura da soteropolitana

*Escrita em 29 de março de 2003 em homenagem aos 454 anos de fundação da cidade de Salvador – BA.