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Forrozeiro baiano Zelito Miranda morre aos 68 anos
Forrozeiro baiano Zelito Miranda morre aos 68 anos

O forrozeiro baiano Zelito Miranda morreu aos 68 anos, na madrugada desta sexta-feira (dia 12), em Salvador. O cantor e compositor estava em casa acompanhado da esposa, Telma Miranda, quando passou mal e faleceu. A família de Zelito informou que a causa da morte foi problemas pulmonares e que o sepultamento aberto ao público vai acontecer às 16h45, no cemitério Bosque da Paz, na capital baiana.

O artista ficou conhecido como “Rei do Forró Temperado”, por incrementar o tradicional ritmo nordestino com o “tempero” de outros estilos, como o rock e o jazz. Com quase 40 anos de carreira, 220 músicas compostas, 12 discos gravados, entre CDs e LPs e um DVD, Zelito Miranda, levava multidões ao shows do Forró no Parque, projeto que fazia antecipando os festejos juninos e lotava o Parque da Cidade, em Salvador. Zelito Miranda nasceu em 30 de agosto 1953, na cidade baiana de Barrocas, então localidade do município de Serrinha, a 170 quilômetros de Salvador. 

Autoridades lamentaram a morte de Zelito Miranda. O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que “a música baiana está de luto”. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, ressaltou que “Zelito Miranda é um artista na sua mais pura essência. Um símbolo da nossa cultura que levava o forró por todo o mundo. Sua obra está eternizada em nossas memórias”.

O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, também lamentou o falecimento de Zelito Miranda. “Generosidade, essa é a palavra chave que me ocorre ao lembrar dessa grande figura: Zelito Miranda. Lembro do início de minha carreira, gravando minhas trilhas no estúdio de Zelito na Boca do Rio, sua presença simpática e acolhedora, sua figura sorridente e bem humorada. O país perde um grande forrozeiro, defensor de nossas raízes e tradições, corpo e alma mergulhados na nossa cultura popular”, destacou o dramaturgo.

Festival de Cultura Japonesa de Salvador inicia venda de ingressos

Após suspensão por dois anos, devido a pandemia da Covid-19, a capital baiana volta a receber o Bon Odori – Festival de Cultura Japonesa, que será realizado de 26 a 28 de agosto, no Parque de Exposições de Salvador, localizado na Avenida Paralela. Na programação da 14ª edição do Festival estão atrações para todas as idades, como: oficinas culturais, concursos de beleza e , jogos, shows de música e dança, artes marciais e workshops. Este ano, o Festival recebeu um significado especial e apresenta como tema o Ganbarimashou, que significa que “vamos fazer o nosso melhor” ou “vamos em frente, juntos”.

O destaque do Festival de Cultura Japonesa de Salvador 2022 é o dublador Charles Emmanuel, conhecido dos fãs de animes, cartoons e filmes brasileiros, que estará pela primeira vez no evento. Ele se apresenta na sexta-feira (dia 26), em um bate-papo sobre o seu trabalho e o processo criativo das vozes dos personagens Rony Weasley (Harry Potter), Ben 10 e o Perna-de-Peixe (Como Treinar seu Dragão). Já o Reatmo é a atração internacional que cria apresentações audiovisuais com influência de música eletrônica e técnicas vocais, que chamaram atenção de bandas como Maroon 5 e Linkin Park.

Para quem gosta de dançar, o Festival vai trazer os grupos Wadô e Mitsuba. O primeiro refere-se aos tambores japoneses que utiliza forte sonoridade acompanhada de uma performance de jovens baianos. Já o Mitsuba apresenta o Yosakoi Soran, uma dança inspirada no Soram Bushi, estilo de dança e música tradicional em Hokkaido, no Japão.

Os ingressos já podem ser adquiridos através da plataforma on-line Ticket Maker ou nos principais shoppings da cidade no Balcão de Ingressos, lojas Pida e Pagoda. Quem comprar antecipado garante o ingresso por R$10 (sexta-feira) e R$ 15 (sábado e domingo), exceto crianças de até oito anos que não pagam. A expectativa é que o evento reúna público superior a 50 mil pessoas nos três dias de programação. Mais informações no site www.bonodorisalvador.com.br.

Serviço:

O quê: Bon Odori – XIV Festival de Cultura Japonesa de Salvador 

Quando: sexta-feira (dia 26/08), das 12h às 22h; sábado (dia 27/08), das 10h 22h; e domingo (dia 28/08), das 10h às 21h

Onde: Parques de Exposições de Salvador (Av. Luis Viana Filho, 1.222, Paralela, Salvador – BA)

Quanto: ingressos antecipados até 25/08 por R$ 10 para a sexta-feira (dia 26/08) e R$ 15 para o sábado e domingo (dias 27 e 28/08); Ingressos no local por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) para a sexta-feira (dia 26/08) e R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) para o sábado e domingo (dias 27 e 28/08)

Espetáculo “Escândalo - A Comédia Da Mulher Só” em única apresentação em Salvador - Foto: Luiz Cláudio Mendonça
Espetáculo “Escândalo – A Comédia Da Mulher Só” em única apresentação em Salvador

A atriz Cristiane Mendonça faz única apresentação do espetáculo cênico musical Escândalo – A Comédia Da Mulher Só, em Salvador. A encenação acontece nesta quarta-feira (dia 27), às 20h, Solar Restaurante, no Rio Vermelho, na orla da capital baiana. Originalmente com direção de Fernando Guerreiro, a nova versão do espetáculo, que tem texto de Elísio Lopes Jr, é dirigida pelo ator Marcelo Praddo e tem direção musical de Luciano Salvador Bahia. O espetáculo foi criado para homenagear a trajetória da a atriz Cristiane Mendonça e seus mais de 30 anos de carreiras nos palcos de Salvador. O ingresso custa R$ 20.

A peça Escândalo tem como tema central as desventuras de uma cantora que tenta, de todas as maneiras, fugir da solidão. A personagem Cristiana Monteiro é uma romântica convicta, que resolve fazer um show com as músicas que marcaram a sua vida amorosa. Entre uma canção e outra, ela confidencia ao público casos de sua vida afetiva. Com muito humor e leveza, o espetáculo é uma deliciosa comédia musical, que vai fazer rir e emocionar a plateia. No repertório, canções de Roberto Carlos, Caetano Veloso, Lulu Santos, Ana Carolina, Djavan, dentre outros.

Escândalo estreou em 2009 e, em apenas dois meses, foi assistido por cerca de 3 mil pessoas. Voltou a cartaz em novembro de 2013 sendo a primeira obra a fazer temporada cênica no sofisticado Café-Teatro Rubi, para onde voltou em mais algumas temporadas. Posteriormente, esteve ainda no Teatro Módulo e no Teatro Sesi do Rio Vermelho. Em maio deste ano, fez uma apresentação com casa cheia no Bistrô das Artes, no Carmo.

Serviço:

O quê: Espetáculo cênico musical Escândalo – A Comédia da Mulher Só

Onde: Solar Restaurante – Rio Vermelho (Rua Fonte do Boi, 24, Rio Vermelho, Salvador – BA)

Quando: quarta-feira (dia 27/07), às 20h

Quanto: ingresso a R$ 20. Reservas pelo telefone: (71) 99658-8870

Viagens do velejador Aleixo Belov em exposição no metrô de Salvador
Viagens do velejador Aleixo Belov em exposição no metrô de Salvador

Baianos e turistas que passarem pela Estação de Metrô Campo da Pólvora, em Salvador, poderão conferir a exposição fotográfica que mostra as viagens feitas pelo velejador Aleixo Belov. O comandante ucraniano, naturalizado brasileiro, é um dos poucos navegadores que já fizeram seis viagens pelo mundo, sendo três delas em solitário num veleiro com a bandeira do Brasil.

A mostra, que acontece a partir desta quarta-feira (dia 13), em parceria com a CCR Metrô Bahia, estará disponível no nível C da estação até o dia 15 de agosto. Após esse período, a exposição – que faz parte do acervo do Museu do Mar Aleixo Belov, localizado no Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador – seguirá para a Estação de Metrô Aeroporto, ficando em cartaz de 16 de agosto a 19 de setembro.

De acordo com a museóloga Etiennette Bosetto, a parceria com a CCR Metrô Bahia fará com que mais pessoas conheçam a história de Belov, que atualmente está em uma expedição inédita para atravessar o Estreito de Bering, que liga os oceanos Pacífico e Ártico. “A exposição tem como objetivo divulgar a figura de Aleixo Belov, suas aventuras e o novo espaço cultural por ele inaugurado, o Museu do Mar. A mostra, fruto dessa importante parceria com a CCR Metrô Bahia, será itinerante e iniciará no Campo da Pólvora, em Nazaré, escolhida por ser uma das estações de grande movimento e a mais próxima do museu”.

“Com essa exposição, buscamos oferecer ao nosso cliente uma experiência cultural e de bem-estar dentro do Sistema Metroviário, além de fomentarmos o desenvolvimento de ações artísticas. A CCR Metrô Bahia tem o compromisso de investir na promoção da cultura e no apoio a iniciativas como esta”, destaca Jocelyn Cárdenas, gerente de Comunicação, Sustentabilidade e Ouvidoria da concessionária.

Museu do Mar Aleixo Belov 

Localizado em um casarão amarelo de três andares que mistura arquitetura clássica com moderna no Santo Antônio Além do Carmo, o Museu do Mar Aleixo Belov guarda relíquias adquiridas durante asseis viagens que o velejador Aleixo Belov, de 79 anos, fez pelo mundo, sendo três delas em solitário no veleiro “Três Marias”. Essa embarcação é o pilar central do equipamento cultural, que funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com acesso permitido até as 17h. O ingresso custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Crianças de até 5 anos não pagam. Nas quartas-feiras, o acesso é gratuito.

Projeto Bahia Sagrada apresenta série de concertos gratuitos em igrejas de Salvador
Projeto Bahia Sagrada apresenta série de concertos gratuitos em igrejas de Salvador

Entre os dias 8 e 17 de julho, será possível visitar cinco das principais igrejas do circuito histórico-cultural de Salvador de um jeito diferente. Neste período, os templos serão palco para concertos que estreiam uma série de ações desenvolvidas pelo projeto Bahia Sagrada. Dez atrações nacionais e locais ocuparão esses espaços com apresentações que vão misturar música instrumental, orquestra e canto coral, em repertórios que vão de Villa-Lobos a Axé Music, passando por rock progressivo.

Os repertórios de todos os concertos dialogam com a cultura baiana e com os espaços das igrejas. “Todos os artistas convidados foram orientados a dar um acento regional à apresentação. Também fizemos pedidos especiais, como a releitura do Hino ao Senhor do Bonfim, que completa 100 anos em 2023. Além do significado religioso que o hino tem para os baianos, ele é bastante representativo do diálogo que a religião estabelece com a cultura. O hino foi gravado no álbum de estreia da Tropicália, em 1968”, explica Rafael Alberto Alves, diretor artístico do projeto. Segundo Alves, o hino será apresentado em pelo menos dois concertos – por um quinteto de cordas com berimbau e na guitarra.

Os ingressos gratuitos podem ser retirados antecipadamente online pelo site sympla.com/bahiasagrada. Além dos concertos, o projeto prevê ainda reformas e restaurações dos templos, a elaboração de um livro e de um guia enfocando as igrejas como edifícios históricos, a iluminação das talhas de ouro e dos azulejos portugueses da Igreja do Convento de São Francisco, e a criação de museus que apresentam a história desses lugares e suas relações com a própria história de Salvador e de outros municípios baianos. Os concertos são financiados pela Chesf via Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, e com apoio da Arquidiocese de São Salvador da Bahia.

Na Igreja Basílica do Senhor do Bonfim se apresentam o Quinteto da Bahia e o duo Gabriele Leite e Eduardo Gutterres. Na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos se apresentam As Ganhadeiras de Itapuã e o Grupo Ofá. A igreja de São Pedro dos Clérigos recebe o Núcleo de Ópera da Bahia. Na Igreja São Francisco se apresentam o duo André Mehmari e Rafael Cesário, e Chico Brown. Já na Nossa Senhora da Conceição da Praia se apresentam o Coro Juvenil do Neojibá e o Coral Ecumênico da Bahia.

“São igrejas bastante conhecidas, com inegável relevância histórica. Mas queremos levar aos concertos pessoas que não conhecem os locais. Além de também surpreender quem já está acostumado com eles”, explica Camilo Cassoli, diretor geral do projeto. “O fiel que é habituado ao espaço, por exemplo, vai ter um direcionamento diferente do olhar para perceber aspectos artísticos e arquitetônicos que passam despercebidos no dia a dia”, complementa Cassoli.

Para acolher e orientar o público, o projeto vai contratar como monitores jovens do Coral Aponte, atendidos pelo centro Comunitário Monsenhor José Hamilton que está vinculado à Paróquia da Ascenção do Senhor. Todos são alunos da Escola Estadual Bolívar Santana, que fica no Centro Administrativo da Bahia.  Responsável pela Pastoral do Turismo de Salvador e consultor do projeto, Padre Manoel Oliveira acredita que as ações “contribuem para o fortalecimento do nosso turismo religioso, inclusive desfazendo o preconceito de que cultura e religião são incompatíveis. Trata-se de um projeto musical, com nuances de outras denominações religiosas, em templos católicos tombados pelo patrimônio histórico nacional”, destaca.

Outra iniciativa dos concertos Bahia Sagrada é a realização de ações formativas para professores e alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas de Salvador. Mais de 300 pessoas irão participar de palestras com o historiador Rafael Dantas e com o maestro Ângelo Rafael sobre questões históricas e sensibilização musical a partir do repertório dos concertos e da arquitetura das igrejas que acolhem o projeto.

Programação completa da série de concertos Bahia Sagrada:

Sexta-feira, dia 8 de julho, às 19h – Quinteto da Bahia na Igreja Nosso Senhor do Bonfim

Sábado, dia 9 de julho, às 16h – As Ganhadeiras de Itapuã na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

Sábado, dia 9 de julho, às 18h –  Grupo Ofá convida Rum Alagbê na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

Domingo, dia 10 de julho, às 16h –  Núcleo de Ópera da Bahia na Igreja São Pedro dos Clérigos

Domingo, dia 10 de julho, às 17h30 – Ivan Sacerdote e Felipe Guedes na Igreja São Francisco

Sexta-feira, dia 15 de julho, às 19h –  Gabriele Leite e Edu Gutterrez na Igreja Nosso Senhor do Bonfim

Sábado, dia 16 de julho, às 17h30 – André Mehmari e Rafael Cesário na Igreja São Francisco

Sábado, dia 16 de julho, às 19h30 – Chico Brown na Igreja São Francisco­


Serviço:

O quê: Série de concertos do projeto Bahia Sagrada

Quando: de 8 a 17 de julho

Onde: Igreja Basílica do Senhor do Bonfim, Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, Igreja de São Pedro dos Clérigos, Igreja de São Francisco e Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia.

Quanto: ingressos gratuitos podem ser retirados antecipadamente online pelo site sympla.com/bahiasagrada

Seminário aborda os personagens da Independência do Brasil na Bahia

O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) promove seminário virtual sobre alguns dos personagens da Guerra pela Independência do Brasil na Bahia. As batalhas culminaram no 2 de Julho, data em que, no ano de 1823, os militares e civis portugueses que ainda resistiam à independência deixaram a Bahia. O evento gratuito acontece nesta terça-feira (dia 5) e na quarta-feira (dia 6), a partir das 16h, com transmissão pelo canal do Instituto no YouTube.

O seminário vai traçar um perfil histórico de alguns nomes que tiveram um papel de relevância no processo de conquista da Independência do Brasil, notadamente ligados à guerra travada em Salvador e seu Recôncavo. A cada dia do seminário serão abordados três personagens.

No primeiro dia, terça-feira (dia 5), o jornalista e pesquisador do IGHB, Jorge Ramos, vai falar sobre Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, combativo jornalista do Diário Constitucional e vereador em Salvador, que fazia oposição feroz ao brigadeiro Madeira de Mello, comandante dos portugueses que tentaram impedir a independência do Brasil. Madeira de Mello é justamente o segundo personagem tema do seminário. A sua biografia e as circunstâncias em que atuou será tratado pelo historiador Manoel Passos, autor de O processo da Independência no Recôncavo Baiano, fruto do Mestrado em História do Patrimônio pela Universidade do Porto (Portugal).

O historiador cachoeirano Cacau Nascimento, também professor e mestre em História, tratará do “Barão de Belém”, último personagem desse dia. Rodrigo Falcão Brandão, recebeu o título de nobreza justamente por sua participação na guerra. Ele era Coronel de Milícias e à frente de 200 homens marchou para Cachoeira, assegurando que a vila aclamasse, em 25 de Junho de 1822, Dom Pedro “Defensor Perpétuo do Brasil”. Mais tarde ele participou de várias batalhas, como a de Pirajá.

No segundo dia, quarta-feira (dia 6), o seminário vai enfocar a Sóror Joana Angélica, mártir da Independência. Ela foi assassinada por soldados portugueses no Convento da Lapa, em  Salvador, em fevereiro de 1822. Os militares acreditavam que no convento estivessem escondidos brasileiros, contra quem lutavam nas ruas de Salvador. A vida de Joana Angélica e o seu martírio serão enfocados pela professora e mestre Antonia Santos, pesquisadora do tema.

O segundo personagem a ser tratado no segundo dia será o “Tambor Soledade”, ferido no ataque da barca canhoneira portuguesa à então vila de Cachoeira, em 25 de junho de 1822, episódio que marca o início da guerra. Ele terá a sua biografia traçada pelo historiador Igor Roberto de Almeida, mestre em História Social pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), cuja dissertação foi “Manoel da Silva Soledade: a emblemática figura do 25 de Junho”. O “Tambor Soledade” era negro e a figura ensanguentada dele ocupa o centro da célebre tela “O Primeiro Passo para a Independência”, de Antonio Parreiras.

Por fim, a professora Antonietta D’ Aguiar Nunes, mestre e doutora em História, falará sobre Maria Felipa. Trata-se de um personagem emblemático da guerra. Negra que vivia da atividade de catar mariscos para sobreviver, muito provavelmente analfabeta, ela liderou um grupo de mulheres igualmente humildes que impediu o desembarque de soldados portugueses na Ilha de Itaparica.

Exposição e curso História da Bahia

Este seminário é um desdobramento da exposição que está montada no “Panteão Pedro Calmon”, na sede do IGHB, e que apresenta as imagens de alguns desses heróis e heroínas que lutaram para libertar o Brasil. A exposição, que pode ser visitada das 14h às 17h na sede do IGHB, na Piedade, em Salvador, e o seminário, visam proporcionar aos baianos a oportunidade de conhecer de perto as imagens dos homens e mulheres que tiveram um papel decisivo na epopeia do 2 de Julho e que contribuíram, de alguma maneira, para a vitória na guerra que consolidou a Independência do Brasil.

No site www.ighb.org.br estão abertas as inscrições para a primeira turma do curso História da Bahia deste ano. As aulas acontecem de 11 a 15 de julho, das 14h às 18h, no auditório do IGHB e serão ministradas pela professora doutora Antonietta D´Aguiar Nunes. O investimento é de R$ 50 (cinquenta reais) e a carga horária de 20 horas com direito a certificação.

Serviço:

O quê: Seminário “Personagens da Guerra pela Independência do Brasil na Bahia”

Quando: terça e quinta-feira, dias 5 e 6 de julho, às 16h

Onde: Transmissão pelo Canal do IGHB no YouTube

Quanto: gratuito

Espetáculo de dança homenageia os 80 anos de Gilberto Gil na Bahia
Espetáculo de dança homenageia os 80 anos de Gilberto Gil na Bahia

O Balé Teatro Castro Alves (BTCA) estreia Viramundo, espetáculo de dança que homenageia os 80 anos de Gilberto Gil. A montagem inspirada na obra do cantor e compositor baiano será apresentada na Sala Principal do Teatro Castro Alves, em Salvador, nesta sexta e sábado (dias 1º e 2/07), às 21h e domingo (dia 3/07), às 20h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) estão à venda na bilheteria do TCA ou pela plataforma Sympla. Viramundo, título de uma das canções de Gil, tem direção e criação coreográfica de Duda Maia. O espetáculo de dança e música coloca em cena o BTCA e a Orquestra Afrosinfônica, sob a batuta do maestro Ubiratan Marques, que assina a trilha sonora original.

Todo o elenco do BTCA está em cena, ressoando as danças que Gilberto Gil, em sua figura e em sua produção, desperta em seus corpos. “Mais do que transformar a obra de Gil em dança, a ideia foi de apropriar a musicalidade de Gil e produzi-la com o corpo. Achar essa dança Gil, esse corpo Brasil, que é futurista, que é ciência, que é sertão, que é Tropicália, que é fala, que é protesto, todos esses elementos que estão muito fortes no caminho que Gil traçou. Essa foi a grande aventura: trazer uma assinatura de cada corpo dançante a partir da pesquisa da musicalidade e do conteúdo desse ícone, esse rei”, introduz Duda Maia, que conduziu uma verdadeira imersão com o BTCA durante dois meses de processo criativo.

Para a criação da trilha sonora original, nascida dos embriões que Gil inventa e ecoa, Ubiratan Marques se baseou em três movimentos de percepção da obra do homenageado: o 1º movimento, Sertão; o 2º, Tropicália; e o 3º, Expresso 2222. São sonoridades que representam sua leitura e remetem às características próprias de Gilberto Gil, misturadas a trechos de suas canções em novos arranjos. A Orquestra Afrosinfônica ocupa o palco junto com a companhia de dança, movendo e cantando juntos, rompendo distâncias como Gil sempre faz. “Quando um sopro iluminado me apresentou a possibilidade de participar de Viramundo, caminhei para casa imaginando sons, histórias, vidas, cores… Pois é assim que a música surge em minha frente: o trajeto da vida em diálogo com o universo”, conta o maestro.

No elenco de dançarinos intérpretes-criadores, estão Adriana Bamberg, Agnaldo Fonsêca, Ângela Bandeira, Cristian Rebouças, Dayana Brito, Dina Tourinho, Douglas Amaral, Evandro Macedo, Fátima Berenguer, Fernanda Santana, Gilmar Sampaio, Jai Bispo, Joely Pereira, Konstanze Mello, Lílian Pereira, Luís Molina, Luíza Meireles, Maria Ângela Tochilovsky, Mirela França, Mônica Nascimento, Paullo Fonseca, Renivaldo Nascimento (Flexa II), Rosa Barreto, Ruan Wills e Solange Lucatelli.

Completando a ficha técnica, Renata Mota assina a cenografia, Adriana Ortiz na iluminação, Hisan Silva e Pedro Batalha, dupla dirigente da marca Dendezeiro, criaram o figurino e o Centro Técnico do TCA assumiu as soluções de cenotecnia. Anna Paula Drehmer e Ticiana Garrido, membros do BTCA, são assistentes de coreografia e Marcelo Jardim é preparador vocal convidado.

Quarteto da Osba vai recepcionar o público

Nas apresentações dos dias 2 e 3 de julho, a camerata Quarteto Novo, da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), formada por André Becker (flauta), Margareta Cichilova (violino), Djalma do Nascimento (violoncelo) e Paco Garcés (viola), irá recepcionar o público no foyer da Sala Principal do Teatro Castro Alves, meia hora antes do início da sessão, com um repertório de música popular brasileira em arranjos para sua formação instrumental, incluindo músicas de Gilberto Gil.

Serviço:

O quê: espetáculo Viramundo, do Balé Teatro Castro Alves (BTCA)

Quando:  sexta e sábado (dias 1º e 2/07), às 21h; domingo (dia 3/07), às 20h

Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves (Praça Dois de Julho, s/n, Campo Grande, Salvador – BA)

Quanto: ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia entrada) à venda na bilheteria do TCA ou pela plataforma Sympla

Classificação indicativa: 12 anos

Espetáculo de dança homenageia os 80 anos de Gilberto Gil na Bahia
Fotos: Mauricio Serra