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Janela da Alma

(Resenha)

Por Rafael Veloso

O documentário “Janela da Alma” (2001), de João Jardim (diretor dos documentários “Terra Brasil” e “Free Tibet”) e Walter Carvalho (diretor de fotografia do filme “Abril Despedaçado”) mostra, através de depoimentos bem humorados, a rotina de deficientes visuais, suas dificuldades e o modo com que eles aprenderam a lidar com as barreiras que lhe são impostas no dia a dia.
Entre os entrevistados está o músico Hermeto Paschoal, a atriz Marieta Severo, o escritor João Ubaldo Ribeiro, o vereador cego Arnaldo Godoy, o fotógrafo cego Evgen Bavcar, o neurologista Oliver Sacks, a cineasta Agnes Varda, entre outros.
O título do filme faz uma alusão à frase de Leonardo da Vinci: “o olho é a janela da alma, o espelho do mundo”. Ao contrario do que pensava Da Vinci, é possível enxergar além do sentido físico da visão. E o filme foge, justamente, deste conceito puramente fisiológico, tentando acabar com preconceitos, mostrando que o deficiente visual é capaz de ter uma vida produtiva profissionalmente e afetivamente, aceitando sua condição e se opondo a vitimização do assunto.
Reforçando essa idéia o escritor português e prêmio Nobel José Saramago afirma que somos “todos cegos de algum modo. Cegos de razão, cegos de moral”, e que a memória visual é ligada à emoção.
O excesso de informação também é citado como um fator de cegueira na nossa realidade moderna. O cineasta Win Wenders usa a armação de seus óculos para fazer um enquadramento e seleção das imagens que escolheu para construir o seu universo, “pois ter imagens demais é não ter nada”.

Referências Bibliográficas:

§ Filme Janela da Alma (Ficha técnica):
Título Original: Janela da Alma
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 73 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2002
Estúdio: Ravina Filmes
Distribuição: Copacabana Filmes
Direção: João Jardim e Walter Carvalho
Roteiro: João Jardim
Produção: Flávio R. Tambellini
Música: José Miguel Wisnick
Fotografia: Walter Carvalho
Edição: Karen Harley e João Jardim
§ CONTI, Mário Sérgio. Documentário “Janela da Alma” discute questões do ver e da visão, no site Folha On Line.
. Acesso: Agosto / 2006.
§ Site Cidade Internet . Acesso: Agosto / 2006.

O preço de uma verdade

(Resenha)

Por Rafael Veloso

O filme “O preço de uma verdade” (Shattered Glass, EUA, 2003), do diretor Billy Ray é baseado em fatos reais. Aborda um conflito ético na imprensa, ao relatar a história do jovem jornalista Stephen Glass (Hayden Christensen), que em 1998, para se tornar popular e ganhar prestigio com os colegas de redação da revista “The New Republic”, passa a inventar histórias que dariam boas reportagens, como se fossem originais. De 41 textos produzidos e publicados por ele, 27 eram total ou parcialmente inventados e copiados. Glass retratado no filme é uma figura carismática, com uma fragilidade adolescente que encanta e desarma a todos, inclusive o editor da revista, Michael Kelly (Hank Azaria).
Mas Kelly é substituída Chuck Lane (Peter Skarsgaard). Apesar de o novo editor ser mais sério e mais responsável, inicialmente, nada muda para o jovem e bem sucedido repórter, que continua tendo suas pautas aceitas com regularidade. A situação começa a mudar quando Stephen produz uma matéria sobre uma convenção de hackers, dando um suposto furo de reportagem em uma revista on-line, que decide investigar a história mais a fundo. E a partir daí que surgem as primeiras contradições, que vão ganhando proporções de iceberg rumo a o inevitável: quando a máscara de Glass cai por completo.
O filme, que por alguns momentos deixa os espectadores angustiados com as seqüências de mentiras do personagem central – em uma tentativa desesperadora de contornar a situação, manter seu emprego e o carisma junto aos colegas –, reforça o dever do bom jornalista de não romantizar uma história, aumentava ou inventar fatos e/ou fontes, contatos como Glass fazia, tudo em nome de uma boa história para publicar. Além do trabalho de redobrado em checar todos os fatos de um texto.
O filme é excelente exemplo para os futuros profissionais da comunicação persistiram a ética e primar pela credibilidade em seu trabalho. Lembrando sempre, que o dever do jornalista é prestar um serviço a sociedade, informando com veracidade os fatos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

· Ficha técnica do filme “O Preço de uma verdade”:
Título Original: Shattered Glass
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2003
Distribuição: Lions Gate Films Inc.
Direção: Billy Ray
Roteiro: Billy Ray, baseado em artigo de Buzz Bissinger
Produção: Craig Baumgarten, Marc Butan, Tove Christensen, Gaye Hirsch e Adam Merims
§ Site “Cidade Internet”
,
.
Acessado em: 07/Ago/2006.
§ Site: “Yahoo! Brasil Cinemas”
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Acessado em: 07/Ago/2006.
§ Site “Cine Repórter”
.
Acessado em: 07/Ago/2006.

Jornal paulista teve circulação suspensa

O Diário de Marília teve sua circulação de ontem (01/10)suspensa através de uma liminar concedida pela juíza Paula Bredariol. A ordem judicial atendeu ao pedido do ex-prefeito José Abelardo Camarinha (PSB), candidato a deputado federal e seu filho, deputado estadual Vinícius Camarinha (PSB), candidato à reeleição. O jornal do grupo CMN – Central Marília Notícias – que também possui duas emissoras de rádio – foi incendiado na madrugada de 8 de setembro do ano passado.

Capa do jornal Os políticos consideraram caluniosas as informações contidas na manchete de que ambos estariam inelegíveis em decorrência de uma representação da Procuradoria Regional da República de São Paulo, por abuso do poder econômico e uso de funcionários e bens públicos em campanha.

Por ordem da juíza foram retiradas da matéria as palavras “incriminados” e “inelegíveis”. O jornal só circulou por volta das 10 horas, sem a matéria, e teve uma segunda edição, por volta das 12 horas, com a matéria alterada conforme a determinação judicial.

O “Diário de Marília” é o jornal do grupo CMN – Central Marília Notícias – que também possui duas emissoras de rádio – foi incendiado na madrugada de 8 de setembro do ano passado e seu diretor, jornalista José Ursilio, acusa o ex-prefeito de ser o mandante. Três homens ligados ao grupo político de Camarinha já estão presos pelo crime.

Segundo o jornal, “a coluna discutia o histórico de acusações contra Camarinha, que provocaram a impugnação da sua candidatura. Tanto que o sistema oficial de contagem de votos nem apresentava ontem a votação do ex-prefeito”.

Quem sairá perdendo?

Não sou tardicionalista, pelos contrario, adoro mudanças novidades e odeio rotina. Mas, algumas mudanças já se provaram que não dão certo. É igual a receita de bolo. Não da pra mexer muito se não desanda.

Espero poder daqui a quatro anos dizer que estava errado, mas pelo que aconteceu na Prefeitura de Salvador, acredito que essa mudança no Governo do Estado baiano, não vá ser benéfica.

Não sou Carlista, mas adepto ao modo administrativo que vinha sendo desenvolvido no governo de Paulo Souto. Não devemos esquecer do crescimento do PIB baiano. O dobro do País inteiro no mesmo período do ano passado. O desenvolvimento do setor turístico. O planejamento de industrial do interior do estado.

Ao novo governante, um aviso, estará de olho.

O Guerreiro da Luz e seu mundo*

Por Paulo Coelho

(…)
Para o guerreiro da luz, não existe amor impossível. Ele não se deixa intimidar pelo silêncio, pela indiferença, ou pela rejeição.
Sabe que atrás da máscara de gel que as pessoas usam, existe um coração de fogo.
Por isso o guerreiro arrisca mais que os outros. Busca incessantemente o amor de alguém – mesmo que isso signifique escutar muitas vezes a palavra “não”, voltar para casa derrotado, sentir-se rejeitado em corpo e alma.
Um guerreiro não se deixa assustar quando busca o que precisa.
Sem amor, ele não é nada.

*Coluna Maktub, de Paulo Coelho, publicada no jornal Correio da Bahia, em 10 de março de 2006.

Diário Pessoal

Confissões

Olá pessoal, eu bem sei que esse aqui é um espaço reservado para publicar textos intrinsecamente ligados a área jornalística e da mídia em geral, mas cometo a mesma intempérie de algum tempo atrás e partilho com vocês (meus três ou quatro leitores), um pouco da minha vida pessoal e da dor e da delicia de ser Rafael Veloso. De ser um “Guerreiro da Luz”, de velar um “não” e ainda sim, continuar a caminhar numa busca incessante pelo verdadeiro sentido na minha vida: O AMOR!

Estou muito feliz, apesar de todas as atribulações, do corre-corre na faculdade e alguns probleminhas de saúde na família (nada grave, mas deixo claro de antemão). O motivo dessa felicidade toda? A resposta é simples descobri que não preciso estar ao lado de alguém para ser feliz. Basta amar essa pessoa. Na verdade, não fiz essa descoberta sozinho. O DVD Isabella Taviani Ao Vivo, em particular a canção Contramão de Vivianne Tosto, me ajudaram muito nisto. Estou, pela segunda vez em menos de seis meses, novamente apaixonado. Se sou correspondido? Não sei. Se isso me importa? Claro! Mas, enquanto me “armo” com as roupas e as armas do Guerreiro da Luz, e crio coragem para me declarar, vou vivendo esse momento especial. Para vocês um obrigado pelos “ouvidos” atenciosos a essa minha confissão, em forma de canção.

Senhoras e senhores com vocês:

Contramão
(de Vivianne Tosto)

A vida inteira eu desejei um beijo seu
Olhos em você, minha solidão
Deixei, por isso, minha boca viajar
Te procurando pela contramão

Que te queria e eu
Conseguia imaginando
Não te resisto, não
Nem te conquisto, então
De castigo vou ficando

Já que eu não beijo sua boca
Beijo então
Seu perfume
Seu cigarro
Já que eu não toco o seu corpo
Toco então
Um violão embriagado

O que eu sabia é
Que te queria e eu
Conseguia imaginando
Não te resisto, não
Nem te conquisto, então
De castigo vou ficando

Boca a boca vai mudando
Essa vontade
Seu exército invadindo
O meu país
Até quando o corpo pede
Essa saudade?
Mesmo a ilusão de amor
Me faz feliz

Que gosto terá,
De orvalho no ar
Tabaco ou saliva?
Se fosse importar
Seu gosto de mar,
Amor ou despedida

Broncas do Rafa – Padre Pinto desiste de curtir o Carnaval

Da série: “Hipocrisia da igreja”

Nesta terça-feira (21), o padre Pinto voltou a aparecer na mídia, desta vez, com hematomas roxos no rosto. Segundo o ex-pároco da Igreja da Lapinha, em Salvador-BA, os machucados seriam consequência de uma queda que sofreu devido a problemas de pressão arterial. Por isso, padre Pinto desistiu da agenda de badalações no Carnaval de Salvador. Cancelou o desfile no bloco Filhos de Gandhy e as visitas que faria aos camarotes do ministro da Cultura, Gilberto Gil e da cantora Daniela Mercury. “Estou fisicamente cansado, vou aproveitar esses dias da festa para me dedicar aos trabalhos artísticos”, diz o religioso ao jornal A TARDE, do último dia 22.

Questionado sobre a mudança de planos, o pároco se limitou a dizer que o encontro desta manhã de quase duas horas com o superior geral da Congregação Vocacionista, Ludovico Cabultto, não o fez declinar. O padre disse ainda que Cabultto não criticou o modo de celebrar missas, as entrevistas à imprensa e a aparição em festas. “Pelo contrário. Me convidou para ir à Itália e outros países da Europa para difundir a minha arte e meu projeto evangelizador”, conta.

POLEMICA – Em 9 de janeiro passado, o padre recebeu um comunicado oficial da Congregação da Sociedade das Divinas Vocações para deixar a casa onde reside há 33 anos. Todo esse estardalhaço começou quando o pároco da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Lapinha celebrou missas na Festa dos Santos Reis (5 e 6 de janeiro) vestido com fantasias que lembravam Oxum (orixá das águas), um índio e indumentárias africanas, sempre com uma maquiagem carregada e com coreografias. Uma aparição no Festival de Verão de Salvador, onde rezou com a banda Psirico, danço com o Ilê Aiyê e deu um “selinho” em Caetano Veloso. “Quero ser visto como um rebelde. Ainda levanto a bandeira contra a hipocrisia da igreja”, afirma o padre.