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Programa Soterópolis especial de Natal

No programa Soterópolis desta quinta-feira, dia 24, você verá:
As previsões para 2010: tarô, astrologia, numerologia e jogo de búzios.
Lindinho vai às compras e escracha com vendedores, clientes anônimos e famosos como Fátima Mendonça e até com Papai Noel.
Um olhar feminino no grafitte baiano: Katia Araújo, Mônica Reis, Tami e Tatiana Matos em uma reportagem especial do Soterópolis.
Marcio Mello conversa no estúdio sobre seu novo CD, Solitário Punk.
Tomie Ohtake expõe na Paulo Darzé Galeria de Arte.
Quem nunca cantarolou uma canção romântica que atire a primeira pedra. Preferência popular, a música brega nasceu cafona, alcançou um imenso sucesso em 70. Cafona, cult ou brega, não tem quem resista ao som do tecladinho…
E mais a agenda cultural da capital e do interior.
Assista ao Soterópolis! Apresentação de Luciana Accioly e direção de Silvana Moura.
Quinta: 22 horas
Sexta e domingo: 18 horas
www.tve.ba.gov.br/soteropolis

Ribeira: passado, presente e futuro

Capa da grande reportagem televisiva Ribeira: passado, presente e futuro

Os alunos Avany Barreto, Polyana Bittencourt e Rafael Veloso apresentam na próxima terça-feira, dia 15, a partir das 14h30, no Centro Universitário da Bahia – FIB, o Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do grau de bacharél em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Instituição.
O trabalho trata-se de uma grande reportagem televisiva intitulada Ribeira: passado, presente e futuro, que aborda a história do bairro da Ribeira, situado na Península Itapagipana, na Cidade Baixa, em Salvador – Bahia. A região era conhecida como local de veraneio, no século XVIII. Um dos poucos bairros, onde moradores, ainda hoje, conservam o hábito de colocar cadeiras nas portas das casas no final da tarde para apreciar a paisagem. Além do resgate histórico, a grande reportagem apresenta os problemas de infra-estrutura e conflitos enfrentados, atualmente, entre moradores, barraqueiros e frequentadores do bairro, além dos desafios para o futuro da Ribeira.
A partir dos depoimentos de quem morou e de quem ainda mora no bairro, são reveladas as diferentes fases pelas quais passou, os aspectos econômicos, culturais e as peculiaridades de hábitos de vida que tornam a localidade bucólica, tal como uma cidadezinha do interior.

Meningite Meningocócica volta a matar na Bahia

Fiquei chocado hoje com a informação da morte do jornalista Luciano Camacan, 23 anos. Ele morreu na noite desta segunda-feira, dia 30, vítima de Meningite Meningocócica tipo C. Luciano passou mal durante o final de semana, sentindo intensa dor de cabeça e com febre. Na segunda-feira pela manhã  foi levado para a clínica COT no bairro do Canela, onde morreu. O sepultamento aconteceu no final da tarde, no cemitério Bosque da Paz, na Estrada Velha do Aeroporto.
Formado em jornalismo pela Faculdade da Cidade, o jovem já trabalhou na TV Educativa da Bahia (TVE) e há quatro meses integrava a equipe do programa Na Mira, na TV Aratu. Só o conhecia de vista, às vezes pegávamos ônibus juntos a caminho do trabalho, mas essa notícia me deixou muito abalado. Era um rapaz muito jovem, deveria ter seus sonhos e aspirações profissionais.
Onde estão as autoridades? O secretário de Saúde? Cadê a vacina gratuita para a população?

Soterópolis de cara nova
Soterópolis de cara nova

Quinta-feira, 22 horas, um novo Soterópolis. A TVE completou 24 anos e o Soterópolis ganhou mais espaço na programação. Temos agora uma hora de duração e você vai acompanhar reportagens mais aprofundadas.

Esta semana, vamos mostrar alguns colecionadores baianos e seus objetos de desejo. Você pode assistir a íntegra da entrevista com o antropólogo Roberto Albergaria, contando sobre a sua coleção no www.irdeb.ba.gov.br/soteropolis. Neste mesmo site, estarão disponibilizados o programa e um blog para você interagir com a gente e enviar conteúdo digital (fotos, vídeos e áudios).

Nossos estagiários estão fazendo Videorreportagens. Esta semana, é a vez de Milena Palacios invadir a Rádio Educadora para mostrar como funciona o programa Evolução Hip Hop.

Luciana Accioly estreia o quadro Devaneios: o artista visual no divã e quem inaugura esta sessão é Devarnier Hembadoom.

Por isso, assista ao Soterópolis, que tem direção de Silvana Moura e é apresentado por Luciana Accioly.

Horários:

Quinta-feira, às 22 horas

Sexta-feira, às 18 horas

Domingo, às 18 horas

Para não perder bons jornalistas

ESTÁGIO PROFISSIONAL*

por Gerson Luiz Martins

A situação atual do processo de estágio realizado em boa parte dos cursos de jornalismo determina a perda de bons e talentosos jornalistas. É necessária e urgente a implantação, em todos os estados, da regulamentação do estágio em jornalismo, conforme a proposta da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e com o endosso do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo (FNPJ).
O processo atual está viciado e não colabora para o aprimoramento do jornalismo – serve apenas de mão-de-obra barata para as empresas. É importante deixar muito claro. Estágio em jornalismo é proibido, ilegal. Se denunciado ao Ministério Público do Trabalho, as empresas poderão ser autuadas e multadas. De outro lado, os cursos de jornalismo não podem mais fechar os olhos para essa realidade e tampouco a Federação Nacional dos Jornalistas pode ficar insensível à questão.
Para os cursos de jornalismo, o estágio se tornou um obstáculo ao desenvolvimento de projetos, pesquisas e atividades de extensão. Estudantes de jornalismo interessados e com bom nível de aprendizagem muitas vezes são seduzidos pelas oportunidades de “estágio”. Essa situação seria, de certa forma, mais tranqüila. Entretanto o processo comprovou que muitos “estagiários” estão nas redações única e exclusivamente por meio de “QI” (quem indica).
Muitos “estagiários” não possuem as condições mínimas de trabalho, são despreparados e terminam por incorporar muitos vícios do trabalho cotidiano. E por não dominar o processo de produção jornalística, ficam mais suscetíveis a essas situações. Assim, temos estudantes sem qualificação ética, sem conhecimento suficiente para estarem em processo de estágio.
Qualidade de formação – Sabe-se, pelos próprios estudantes, que as redações estão cheias de “estagiários”. Estes não têm supervisão, têm problemas crônicos de texto, ganham muitos vícios e poucas virtudes. De outro lado, bons alunos ficam fora, não têm oportunidade. Por isso é imperativo a implantação imediata da regulamentação do estágio.
Essa regulamentação é realizada entre três partes: a universidade, a empresa e o sindicato. A empresa disponibiliza as vagas, a universidade seleciona os estudantes mais qualificados e o sindicato fiscaliza e garante que o trabalho dos alunos seja supervisionado por profissionais da redação e por professores designados para essa tarefa.
Sempre soubemos, em todas as áreas profissionais, o que é Estágio Supervisionado. Foi dessa forma institucionalizado o estágio acadêmico/profissional no país e criadas entidades especialmente para administrar o processo – como o CIEE e o Instituto Euvaldo Lodi, este ligado ao sistema das federações das indústrias em cada estado.
Jornalismo é muito mais do que talento, é capacidade para a produção jornalística e tudo o que isso implica. O estágio irregular prejudica a profissão, os profissionais e principalmente os estudantes, assim como o leitor, o consumidor de notícias. Só ganha o mau empresário que não se importa com a qualidade, com a credibilidade.
É importante que os estudantes de jornalismo promovam debates sobre a questão do estágio, que na área de comunicação afeta somente o jornalismo. Os estudantes deveriam criar uma Enejor, a exemplo da Enecos, entidade estudantil que promove discussões sobre a melhoria dos cursos da área, para debater este e outros assuntos de interesse específico dos discentes de jornalismo.
Com o estágio regulamentado ganham todos, pois bons estudantes de jornalismo, com excepcional “talento” – aqui entendido como capacidade intelectual, criativa, profissional e acadêmica – terão oportunidade de experimentar o cotidiano das redações, promover a qualidade da formação e a qualidade do trabalho jornalístico, além de apresentar aos empresários excelentes e potenciais profissionais para contratação futura.

*Publicado no site Observatório da Imprensa

Ônibus 174

(RESENHA)

Por Rafael Veloso

Um exemplo do fascínio que a mídia incita nas pessoas e do alto preço que elas estão dispostas a pagar pela fama, foi o drama vivido pelas reféns do ônibus que fazia a linha 174, seqüestrado no bairro do Jardim Botânico, Rio de Janeiro, em 12 de junho de 2000. O relato deste episódio dramático de violência urbana, acompanhado por transmissão ao vivo durante quatro horas e que comoveu toda a população brasileira é abordado no documentário “Ônibus 174” (Bus 174), lançado em 2002 e dirigido por José Padilha.
O episódio culminou com a morte de uma das reféns, a professora Geisa Gonçalves, morta com três tiros disparados por Sandro do Nascimento e um pela própria polícia carioca, numa tentativa frustrada do Esquadrão de Operações Especiais em evitar a fuga do seqüestrador, que acabou sendo morto por asfixia na viatura policial depois de rendido.
No filme, o relato do seqüestro é contado em paralelo à história de vida do seqüestrador – um sobrevivente da chacina da Candelária, em 1993 -, na tentativa de contextualizar todas aquelas imagens dramáticas. Para isso, o diretor fez uma cuidadosa investigação utilizando imagens pinçadas das transmissão ao vivo feito pelas principais emissoras de televisão, além de exibir documentos oficiais, entrevistas com as reféns, familiares e amigos de Sandro, e do viúvo da vítima, bem como de policiais que participaram da operação.
É através deste trabalho de Padilha que o espectador fica sabendo que o seqüestrador, também é uma vítima da violência desde cedo. Sandro aos nove anos de idade viu sua mãe, Clarice do Nascimento, ser assassinada dentro de seu pequeno estabelecimento comercial em São Gonçalo.
No documentário, o diretor mostra o despreparo da polícia para agir em situações como essa, apontando como a interferência de autoridades que não estavam presentes no local e as deficiências técnicas dos policiais que participavam da negociação com o seqüestrador prejudicaram o desfecho do fato.
Durante todo o tempo que durou a ação, o seqüestrador fazia terror psicológico com as vítimas e incentivava o desespero, como forma de sensibilizar as autoridades e a população. Orquestrando um jogo perigoso, em que fomos todos envolvidos, em busca de seu sonho de um dia ser conhecido em todo o país, como relata a tia de Sandro. No transcorrer do documentário nos perguntamos, até que ponto as transmissões ao vivo de dramas como esse do ônibus 174 não contribui para que meninos de rua continuem tentando deixar de ser invisíveis perante a sociedade?
Sempre achamos que problemas como a violência urbana é de inteira responsabilidade dos governantes e de suas políticas equivocadas para dirimir a desigualdade social existente no país, mas esquecemos de nossa responsabilidade também. O Ônibus 174 vem nos mostrar que os bandidos são frutos de uma sociedade que os exclui, seja enquanto meninos de rua nos faróis de trânsito ou encarcerados em celas minúsculas e superlotadas, as chamadas “faculdades do crime”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

§ Ficha Técnica:
Título Original: Ônibus 174
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 133 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2002
Direção: José Padilha
§ Site “Cidade Internet”
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Acesso: 27/set/2006.
§ Site “Cinemando”
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Acesso: 27/set/2006.
§ BRASIL, Antônio. IN.: “Ônibus 174 não passa na Cidade de Deus”. Disponível no site Observatório da Imprensa.
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Acesso: 27/set/2006.
§ REUTERS, Agência. In.: “Documentário ‘Ônibus 174’ choca Rio BR ao relembrar tragédia”. Disponível no site Folha On Line.
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Acesso: 27/set/2006.

O preço de uma verdade

(Resenha)

Por Rafael Veloso

O filme “O preço de uma verdade” (Shattered Glass, EUA, 2003), do diretor Billy Ray é baseado em fatos reais. Aborda um conflito ético na imprensa, ao relatar a história do jovem jornalista Stephen Glass (Hayden Christensen), que em 1998, para se tornar popular e ganhar prestigio com os colegas de redação da revista “The New Republic”, passa a inventar histórias que dariam boas reportagens, como se fossem originais. De 41 textos produzidos e publicados por ele, 27 eram total ou parcialmente inventados e copiados. Glass retratado no filme é uma figura carismática, com uma fragilidade adolescente que encanta e desarma a todos, inclusive o editor da revista, Michael Kelly (Hank Azaria).
Mas Kelly é substituída Chuck Lane (Peter Skarsgaard). Apesar de o novo editor ser mais sério e mais responsável, inicialmente, nada muda para o jovem e bem sucedido repórter, que continua tendo suas pautas aceitas com regularidade. A situação começa a mudar quando Stephen produz uma matéria sobre uma convenção de hackers, dando um suposto furo de reportagem em uma revista on-line, que decide investigar a história mais a fundo. E a partir daí que surgem as primeiras contradições, que vão ganhando proporções de iceberg rumo a o inevitável: quando a máscara de Glass cai por completo.
O filme, que por alguns momentos deixa os espectadores angustiados com as seqüências de mentiras do personagem central – em uma tentativa desesperadora de contornar a situação, manter seu emprego e o carisma junto aos colegas –, reforça o dever do bom jornalista de não romantizar uma história, aumentava ou inventar fatos e/ou fontes, contatos como Glass fazia, tudo em nome de uma boa história para publicar. Além do trabalho de redobrado em checar todos os fatos de um texto.
O filme é excelente exemplo para os futuros profissionais da comunicação persistiram a ética e primar pela credibilidade em seu trabalho. Lembrando sempre, que o dever do jornalista é prestar um serviço a sociedade, informando com veracidade os fatos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

· Ficha técnica do filme “O Preço de uma verdade”:
Título Original: Shattered Glass
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2003
Distribuição: Lions Gate Films Inc.
Direção: Billy Ray
Roteiro: Billy Ray, baseado em artigo de Buzz Bissinger
Produção: Craig Baumgarten, Marc Butan, Tove Christensen, Gaye Hirsch e Adam Merims
§ Site “Cidade Internet”
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Acessado em: 07/Ago/2006.
§ Site: “Yahoo! Brasil Cinemas”
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Acessado em: 07/Ago/2006.
§ Site “Cine Repórter”
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Acessado em: 07/Ago/2006.